Dias Difíceis



CAPITULO VINTE E UM
DIAS DIFÍCEIS

Mesmo com seu sucesso com a magia Protego, Kain continuou exercitando ela por toda as férias de natal.
E novamente, sem prestar atenção, já era o último dia de férias de natal, a neve caia mais fraca, e os alunos haviam voltado para o castelo.
Jack e Julia chegaram ao mesmo tempo na sala comunal, Jack tinha passado as férias em Aspen nos Estados Unidos, onde tinha passado as férias com os avós.
Já Julia, passou as férias em Londres, mas fora para os tais “Parques de Diversão”, com seu tio meio trouxa, e aprendeu que nem tudo é chato no mundo deles.
O dia ia acabando, os alunos vagavam fracos e cansados para o dormitório depois do jantar. Kain preferiu ficar esperando todos saírem para falar com o diretor sobre as últimas aulas de defesa.
Quando quase todos saíram, ele se levantara e caminhou para o diretor.
- Professor? – perguntou Kain á Auronel, que estava anotando coisas em sua caderneta.
- Sim? – disse a voz calma e súbita.
- Sobre os treinos – disse Kain com leve pressentimento de tristeza e conformação – como vão ficar? Estarei muito ocupado agora, com os treinos de Quadribol, inclusive.
O professor estudou o garoto, e abriu a boca, mas pensou e fechou de novo, mas disse – venha aqui, por favor...
Os dois foram para um lado mais afastado da mesa do corpo docente, e disse – Sei que agora vai ser difícil comparecer aos treinos, mas tente entender, isso é para o seu bem, avise para o Professor Diggory quando puder ou não puder comparecer, tudo bem?
Kain concordou com a cabeça e se retirou.

Os dias foram passando, as aulas de defesa que eram quase todos os dias, foram reduzidas para quarta-feira e sexta-feira. Kain estava fazendo um bom progresso em sua jornada autodefensiva, porém, não estava bem na sua escolar.
Passara a maior parte do tempo, tentando fazer as magias das aulas de Feitiços, conseguira fazer perfeitamente o Wingardium Leviosa, porém, seu desempenho técnico em Runas Antigas estava um lixo.
Reverus não gostava muito de Kain, agora tinha uma oportunidade de acabar mais ainda com a sua vida, depois de todos os seus erros em sua matéria, recebendo apenas um D (deplorável) na prova.
Em Poções, seu esforço era nitidamente frenético, tinha um certo entusiasmo em fazer poções de efeito destruidor (como a Essência de Trufa Explosiva, e a Poção auto-explosiva), mas não poções mais apropriadas como as de antienvenenamento, ou de cura, mas fazia seus esforços.
A noite ia caindo naquela sexta-feira, era cansativo ter dois tempos de runas antigas, duas de Feitiços, e duas de DCAT (Defesa Contra as Artes das Trevas), ainda ter o treino vespertino de autodefesa.
- Ah maldição – bocejou Kain quando saiu da aula, cansado e todo coberto de hematomas pelo corpo. Pelo o que julgava, os hematomas poderiam levar a lesões sérias, e tinha de visitar Madame Pomfrey de mês em mês para poder cuidar de seu tórax, que fora quase partido pelo golpe da armadura.
Chegando da enfermaria, ali estavam alguns jogadores da Lufa-Lufa, que enfrentaram no sábado passado a Sonserina, e parece que os efeitos do jogo não foram muito bons!
- Ah meu bom Deus – disse a Madame Pomfrey – vou ficar louca com esses garotos!
A enfermaria estava em movimento constante, as enfermeiras auxiliares corriam pra lá e pra cá como loucas.
- Senhor Rellen – disse Madame Pomfrey – sente-se nessa cadeira, logo vou lhe atender!
Kain sentou e viu elas se moverem bem rápido e precisas, mas, com certa indigestão.
- Bom, vamos ver o que temos aqui – disse ela examinando o peito de Kain, colocara a varinha em seu peito e estudou ele bom um bom tempo – Bom, o funcionamento esta bom, mas ainda têm as suas falhas, tente tomar mais o remédio – e passara um frasco de liquido verde.
A semana ainda fora mais cansativa ainda, depois dos treinos de defesa, ainda tinha os de Quadribol.
No ultimo treino, Kain capturara o pomo em menos de vinte minutos, deixando todos de boca aberta, poderia estar cansado, mas tinha muito gás para o jogo do próximo sábado.
Na quinta-feira, Kain estava pesquisando os trabalhos na biblioteca com Julia, que também estava tendo dificuldades em poções.
- Bezoar é extraído do estômago de bode? – Julia espantou-se vendo a descrição em como retirá-lo.
- É nojento, mas saí daí mesmo! – afirmou Kain.
Kain olhara para seu relógio e vira que já eram oito e meia.
- Vamos jantar – dando uma palmada no ombro de Julia.
Os dois se dirigiam para o corredor quando viram uma silhueta se aproximando no corredor, estava resmungando coisas, parecia bem furioso.
- Esconda-se! – puxou a menina para trás de uma armadura.
Era Reverus, estava resmungando alguma coisa que eles não podiam escutar direito. O professor passou direto, sem examinar nada, parecia estar muito ocupado.
- Porquê será que ele estava daquele jeito? – perguntou Kain.
- Parecia estar contrariado! – disse num tom sombrio.

Quinta-feira e sexta-feira passaram tão rápidos, que Kain não percebeu que o jogo seria na manhã seguinte. Estava tão vidrado em seu livro, que não tinha percebido a hora de dormir.
Enfiou as coisas na mochila, e fora para o dormitório.
Ficou na cama, estudando a cortina vermelha por um bom tempo, pensou porquê Reverus estava com raiva. Porém essa dúvida não o fez perder o sono, muito pelo contrário, o dera mais sono ainda.
A manhã chegou, muito clara e fria, o sol reluzia à vontade de Kain se levantar e preparar-se para o jogo que viria a seguir.
Levantou com calma e arrumou a cama, todos ainda estavam dormindo (eram umas seis e meia da manhã), e saiu para o banheiro fazendo silêncio.

Algumas horas depois, todos estavam acordados, muitos estavam entusiasmados, a energia movia por toda Hogwarts. Muitos usavam chapeis com a cabeça de um leão em cima dela. Quando Kain entrou no Grande Salão, foi chamado para sentar junto com o time.
- Bom galera – disse Andrews num tom nervoso e ansioso – esse jogo tem que ser o melhor que já jogamos nesse colégio!
Todos concordaram em coro.
- Andrews – disse Kain num tom sério – diferente da Corvinal, a Sonserina é muito mais perigosa! Você viu os estragos que ela fez com a Lufa-Lufa, não foi?
Andrews pensara, olhou para os seus jogadores e disse:
- Dane-se! – disse ele num tom animador – sabemos o que estamos enfrentando! Então, vamos dar uma surra neles, para que nunca se esqueçam!
Então o professor Deolyn chega á mesa deles e diz num tom triste – não haverá jogo hoje!
- O QUÊ? – gritou Andrews – como assim NÃO VAI TER?
- bom, houve um problema de ultima hora com o estádio – disse Deolyn coçando a cabeça – e controle-se Andrews, se não quiser levar uma detenção!
Andrews se sentou com a cara emburrada pro prato e começou a resmungar pro nada.
- O que houve com o estádio professor Diggory? – perguntou Luna.
- Congelado... – respondeu.
Todos se entreolharam.
- Congelado? Como assim? – perguntou Kain.
- É, encontramos o estádio assim faz umas cinco horas – disse Deolyn – e sol nem parece descongelá-lo. Parece ser um tipo de feitiço.
- Era só o que me faltava – Retrucou Andrews – eu treino o meu time com garra em esforço, e é isso que acontece?
Kain olhara para o professor com uma expressão triste, e Deolyn apenas se virou e disse: Eu, como diretor da casa as Grifnória, tentarei fazer alguma coisa...
- Tipo o quê? – perguntou Lee com um tom meio sarcástico, mas ao mesmo tempo sério.
Deolyn estudou a sala por um tempo, olhara com um tipo de desaprovação, e muita seriedade.
- Darei um jeito – disse o professor – não me perguntem como, mas darei um jeito para jogarmos esse ultimo embate contra a Sonserina.
Virou a costa e saiu do Grande Salão.
- O jeito é voltar a estudar – disse Kain – Não quero me dar mal.

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