Academia de Aurores



Capítulo 3: Academia de Aurores


No final da tarde do 24 de julho, um dia após o casamento de Rony e Hermione, Draco chega na mansão com uma expressão de triunfo no rosto. Abrindo os primeiros botões da camisa que estava usando, ele vai caminhando até a sala de chá, onde sabia que Narcisa estaria, na companhia de Isabella, tomando o chá da tarde.


Assim que o loiro adentra na sala, as duas mulheres param de rir, ficando apenas com sorrisos nos lábios. Isabella baixa o olhar para seu cálice com suco até a metade. Sentia-se estranha quando via Draco com aquele ar superior...de quem conseguira realizar algo...


- Boa tarde. – ele diz com um tom de voz neutro enquanto senta-se a mesa e começa a colocar suco em seu cálice.


- Boa tarde, Draco. Sabe, eu acharia extremamente interessante saber onde você passou a tarde. – disse Narcisa, já ordenando que o rapaz contasse o que fizera.


- Fui ao Ministério da Magia. – respondeu ele, ainda mantendo a voz ponderada.


- Ah, sim... – murmurou a loira, que retomara a conversa com a afilhada, para desgosto de Draco, que esperava, realmente, que a mãe lhe perguntasse algo do tipo: “Fazer o que lá?”, mas aquela pergunta não veio.


O rapaz tivera que guardar para si a sua conquista. Na verdade, ele fora ao Ministério da Magia pois queria arrumar um emprego lá. E conseguiu com uma facilidade incrível. Começaria no dia seguinte mesmo. Iria trabalhar no Departamento de Execução de Leis Mágicas.


Draco passara a tarde toda estudando seu ambiente de trabalho. Havia gostado dele. Havia gostado do poder do departamento sobre os outros, até mesmo o Departamento de Aurores. Sim, achara o emprego perfeito.


Naquela altura, Narcisa e Isabella já haviam terminado de comer. Sendo assim, levantaram-se da mesa, após pedirem licença para Draco, e saíram da sala de chá, deixando o loiro sozinho.


Tentado à escutar a conversa das duas mulheres, ele esperou que elas se afastassem para que ele pudesse se levantar. Com passos silenciosos, foi caminhando em direção às vozes de sua mãe e de Isabella. As duas encontravam-se sentadas confortavelmente no sofá da sala de visitas. Draco permaneceu no corredor, onde podia escutá-las perfeitamente.


- Então, Isa, você vai partir no dia 1... – comentava Narcisa.


- Sim, certo. Embarco no navio que me levará para a Academia de Aurores às onze da noite. – disse Isabella calmamente.


- E...você retorna em três anos... ? – indagou a loira, suspirando.


- Exato...


- E não vou pode te mandar cartas...E nem você para mim...Não acha que essa é uma regra muito rígida? – perguntou Narcisa, endireitando-se no sofá.


Draco não prestara atenção ao que Isabella estava falando. Encostou-se na parede enquanto fitava o teto. Sim, ela estava indo embora então. “Aposto como aqueles idiotas do Potter e o casal Weasley vão com para a Academia de Aurores com ela também.” Pensava o loiro, respirando fundo.


Enquanto o rapaz retornava para a sala de chá para que pudesse terminar de comer, vários pensamentos invadiam sua mente, sem deixar que ele pudesse analisá-los com mais calma. “Não duvido que quando esses imbecis retornem para Londres estejam em casais.” Pensava ele enquanto cortava com força extra o pedaço de torta de caramelo.


Naquela noite, às onze e meia, Isabella já estava com vestes de dormir e deitada em sua cama. Lia com atenção um livro de uma escritora trouxa chamada Danielle Steel, a quem gostava muito. De repente, ouviu leves batidas em uma das janelas do quarto.


A jovem, fechando o livro, olhava para a janela em que o som de bicadas vinha. Certamente se tratava de uma coruja. Levantou-se e, ao abrir a cortina, viu que não se tratava de uma coruja qualquer. Era Edwiges, a coruja de Harry.


- Edwiges! - exclamou Isabella sorrindo enquanto abria a janela e acolhia a coruja.


Isabella, com a coruja no ombro, fechou a janela e ajeitou a cortina em seguida.


- Deve estar com sede, não é mesmo? – comentou ela enquanto estalava os dedos.


Em questão de segundos um elfo doméstico apareceu em seu quarto. Fez uma reverência elegante e então olhou para a jovem quem o chamara.


- Kaali, traga água e ração para a coruja, por favor. – pediu Isabella enquanto tirava o pergaminho da pata de Edwiges.


- Sim, senhorita Lestrange. – disse o elfo, fazendo outra reverência e sumindo com um estalo novamente.


Isabella sentou-se na cama para poder ler a carta de Harry.


”Isa,


Espero que esteja tudo bem com você. Comigo está, pode apostar.
Espero também que Edwiges não tenha te acordado. Se sim, minhas
Sinceras desculpas. É que estou sem sono e estava pensando em você...
Então, resolvi te mandar esta carta.
Bem, queria saber gostaria de ir comigo ao aeroporto buscar Rony e Mione.
Aguardo sua resposta.


Com carinho,
Harry.”



Isabella sorria de orelha a orelha. Logo o elfo retornara ao quarto para entregar-lhe a água e a ração para a coruja. Enquanto Edwiges se alimentava, a moça ia escrevendo sua resposta para Harry. Sim, é claro que gostaria de ir buscar Rony e Hermione no aeroporto...com ele. Afinal, ela tivera a impressão de que ele queria beijá-la no casamento. Seria somente impressão? Será que havia bebido algumas doses de wisky de fogo a mais? Poderia tirar suas conclusões quando fosse encontrar o amigo.


***


Logo sexta-feira, dia 29 de julho, chegara. Isabella e Harry haviam combinado que almoçariam juntos no aeroporto enquanto esperavam Rony e Hermione chegarem.


- Desculpe, madrinha, mas não vou poder almoçar aqui hoje. Vou com Harry buscar o Ronald e a Hermione no aerorporto e vamos almoçar por lá mesmo. – explicava Isabella.


Narcisa e ela encontravam-se no jardim naquela manhã. A loira suspirou e assentiu com a cabeça. Teria que almoçar sozinha, já que agora que Draco estava trabalhando, almoçava em um restaurante próximo do Ministério da Magia.


Às onze e meia, James encarregara-se de levar Isabella ao aerorporto. Assim que chegou, ela rumou para o primeiro andar do aeroporto, que era mais calmo e era onde marcara de encontrar Harry. Caminhou até a escada-rolante que descia para o térreo. Era ali que encontraria o amigo, que, por sinal, já estava lá.


- Harry! – exclamou Isabella enquanto ia andando, com os costumeiros passos graciosos, até o rapaz.


- Oi Isa... – disse ele enquanto abraçava-a afetuosamente.


Isabella retribuiu o abraço. Ficaram alguns segundos assim, sem falar nada, apenas sentindo um o perfume do outro. A moça acariciava delicadamente o cabelo do rapaz, que estava adorando receber aquela carícia de toques tão delicados e tão bem recebida.


- Deixe-me ver você. – sussurrou ele enquanto a afastava um pouco e a olhava de cima a baixo. – Está linda...como sempre.


Isabella riu divertida e deu um tapinha no ombro de Harry.


- Obrigada. Bem, que horas o casal vai chegar? – perguntou ela calmamente.


- Se tudo correr bem por lá...às duas horas eles já estão aqui. Mas, você sabe, sempre surge algumas coisa...então...acho que às três horas.


Ambos riram e começaram a conversar sobre o casamento dos amigos. Foram andando em direção à praça de alimentação. Compraram suas comidas e acomodaram-se em uma mesa no centro da praça.


-...estava com vergonha no começo, mas o Fred e o Jorge insistiram tanto que acabei dançando... – comentava Isabella, sorrindo.


- É... – disse Harry vagamente.


“Se não fossem o Fred e o Jorge...talvez eu tivesse conseguido beijá-la...mas, o que será que teria acontecido depois? Aliás, será mesmo que ela deixaria que um beijo acontecesse? Afinal, sei que ela sempre irá ver em mim...só um amigo...O olhar dela me confirma isso...” pensava o rapaz, desanimado. Não que ele deixasse aquilo transparecer. Longe disso. Ele conseguia ocultar aquele sentimento. Mas até quando?


Harry observava Isabella falar, observava seus gestos finos e delicados. Era tão perfeita que seria impossível não se apaixonar por ela. E agora era assim que ele estava: apaixonado. Aquele sorriso brilhante e aquele olhar encantador eram apenas reflexos do que ela realmente era por dentro. E era aquilo o que o rapaz tanto amava.


Quando terminaram de almoçar, rumaram para a área de desembarque. Já passava das duas horas quando anunciaram que o avião que vinha do Caribe estava aterrissando. Não demorou mais do que meia hora para que Harry e Isabella pudessem ver os amigos saindo do corredor de desembarque.


- Olha lá, Mione! É o Harry e a Isa! – exclamou Rony todo sorridente.


O casal apanhou suas bagagens e correram até os amigos. Fizeram a maior algazarra ali. Riam divertidos, falavam alto, mas não se importavam se estavam chamando atenção dos trouxas. Estavam reunidos novamente, e aquele era motivo de festa.


- Andem...cade as fotos que tiraram? Eu e Harry estamos curiosos! – disse Isabella, completamente eufórica.


- Calma, Isa. Vamos para casa primeiro. Estou doida para ver o pessoal. – comentou Hermione, sorrindo levemente.


- Como vocês são estraga-prazeres! – exclamou Harry.


- Ah, estamos cansados rapaz. Vamos indo lá para fora onde poderemos aparatar. Ai vamos contando no caminho como é que foi a viagem. – disse Rony, animado.


Os quatro foram saindo do aeroporto. Rony e Mione falavam com carinho das praias do Caribe, do hotel em que ficaram hospedados e das pessoas que conheceram.


- Sério, quando pudermos, temos que ir nós quatro para lá! É demais!. – dizia Rony.


Ao saírem do aeroporto, tiveram que caminhar por alguns minutos até encontrarem um beco deserto. Aparataram no jardim da casa nova de Rony e Mione (http://stonek.com/argentina/gaiman/gaiman2695.jpg).


- Quando saímos da festa de casamento nem tivemos tempo de ver a casa direito. Demos uma rápida passada aqui com o meu pai... – comentava o ruivo enquanto abria a porta.


Ao entrarem, Rony e Hermione quase caíram para trás. Isso porque os pais da mulher, os pais do ruivo e os irmãos, com a exceção de Percy e Gina, estavam ali na sala de estar, esperando-os. Haviam algumas faixas penduradas no teto, onde estavam escritas coisas do tipo “Sejam bem-vindos!” ou “Parabéns Rony e Mione!”.


Era uma festa de boas-vindas. Todos foram cumprimentar o casal. Estavam muito animados, completamente felizes. Nem mesmo parecia que estavam em tempo de guerra. A felicidade deles certamente afastou aquela realidade.


- Nossa, filha, você está até queimadinha... – comentava a Sra. Granger docemente.


- Estou morrendo de fome... – dizia Rony enquanto ia até a mesa onde estavam dispostos alguns salgados, bebidas e doces. - A comida do vioa nem é tão boa assim...


- Rony...é avião. – resmungou Hemione.


- Que seja...


Logo, todos acomodaram-se na sala e ficaram ouvindo o casal contar com detalhes sobre o lugar maravilhoso que era o Caribe. Após o relato, a sala encheu-se de conversas paralelas. Harry e Isabella estavam sentados em duas cadeiras, lado a lado.


- Harry...


- Isa... – disse o moreno ao mesmo tempo que a moça.


Riram divertidos.


- Pode falar... – sussurrou o rapaz.


- É que...só queria dizer que...hum...


Agora olhando nos olhos de Harry, ficava difícil lançar alguma indireta do tipo “Lembra na festa de casamento? Você queria me beijar?”. Como é que perguntaria uma coisa daquelas para ele? E se fosse somente sua impressão? E se ele não estava querendo beijá-la? Aquelas perguntas tiraram a coragem da jovem.


- ...que estou ansiosa, pois está chegando o dia de irmos para a Academia. – disse rapidamente.


Isabella pareceu desapontar o rapaz, já que ele aparentava até estar murchando.


- Ah...sim...Eu ia falar a mesma coisa...


Aquela frase tirou as dúvidas de Isabella. “Ele não queria me beijar...foi impressão minha...Ah Isabella, sua burra...vocês são apenas amigos, o que mais queria?”.


A festa não foi até tarde da noite, já que o casal queria “descansar”. Quando todos haviam ido embora, Rony e Hermione foram para o quarto.


- Vamos tomar um banho minha tigrezinha... – sussurrou o ruivo contra o ouvido da moça, ao abraçá-la fortemente por trás, deixando assim, que ela sentisse seu membro rijo.


- Rony...


Mas Hermione não tivera tempo de falar, pois logo viu-se no colo do marido, que a levava diretamente para o banheiro...


***


Os dias foram se passando rapidamente para Isabella. No domingo, 31 de julho, ela, Rony e Hermione ficaram desde manhãzinha até às onze e meia da noite com Harry, já que era o aniversário do rapaz. Eles não podiam ficar até tarde no bar em que estavam porque no dia seguinte teriam muito o que fazer.


Na manhã do dia 1 de agosto, Isabella acordou cedo, com um sorriso nos lábios. Finalmente, iria para a Academia de Aurores. Tomou um banho demorado e nem quis descer para tomar café. Narcisa é quem teve que ir até o quarto, levando uma bandeja com torradas, tortinhas de fruta e suco para a afilhada.


- Bom dia, querida. Trouxa umas coisas para você comer. – disse enquanto colocava a bandeja na mesa-de-cabeceira.


- Bom dia, madrinha. Desculpe não ter ido tomar café lá com você...É que preciso arrumar minha mala. – dizia a garota, de dentro do closet.


- Tudo bem, seu café está aqui na mesinha. Qualquer coisa, vou estar na biblioteca. – disse calmamente e retirou-se dos aposentos da afilhada.


A loira foi caminhando em direção à biblioteca e, no caminho, encontrou com seu filho, Draco.


- Ainda aqui... – comentou, surpresa.


- Vou entrar um pouco mais tarde hoje...


- Me acompanhe até a biblioteca...Preciso falar com você.


Draco começou a andar ao lado de sua mãe.


- O que quer falar? – perguntou, ocultando sua curiosidade.


- Sobre Isabella...


- Não começa, mãe...


- Sabe que ela está partindo hoje. – disse Narcisa, séria.


Naquela altura, os dois já haviam parado de andar. Um encarava o outro.


- E eu fico muitíssimo feliz por isso. Ela já vai tarde.


- Está dizendo isso da boca para fora.


Draco calou-se. Não sabia o que dizer, não com sua mãe encarando-o daquela forma tão firme.


- Seu pai faria questão de nos levar até o porto...


- Se está pensando em pedir para eu ir, não perca seu tempo. Eu não vou.


- Você é quem sabe, Draco. – disse enquanto voltava a andar.


- Eu não sou como o meu pai, mãe. – disse o loiro com um tom de voz firme.


Narcisa parou de andar e virou-se para o filho.


- Antigamente, você costumava ser. Agora...não é metade do que Lúcio foi.


Ao terminar de falar, Narcisa fechou-se na biblioteca, sorrindo. Sabia que, agora, seu filho iria travar uma batalha contra si mesmo. Ela queria aquilo. Queria que ele se questionasse até se perguntar se estava certo em relação à Isabella. O resultado daquele diálogo ela só veria à noite.


A loira passou a tarde na biblioteca, apenas lendo. Na hora do almoço, pediu para um dos elfos domésticos servir o almoço no quarto de Isabella. Ao entrar, viu duas malas pretas na cama espaçosa, ambas abertas. Em uma das malas haviam roupas, sapatos, acessórios, maquiagem e perfumes. Na outra, pergaminhos, livros, penas e tintas.


- Isa, querida, deixa algumas coisas aqui na mansão... – disse Narcisa, enquanto olhava o closet quase vazio.


- Madrinha...são três anos sem sair de uma ilha...


- Está bem...está bem. Mas, vamos, pare um pouco e venha almoçar.


As duas começaram a comer em silêncio. Quando estavam terminando...


- Essa mansão vai ficar tão vazia sem você... – comentou Narcisa.


- Terá o Draco...e...como ele mesmo disse, a esposinha dele virá morar aqui quando ela terminar os estudos. – disse Isabella a contragosto.


- Nem me lembre disso. Infelizmente a mansão não é só minha...por isso não tenho como impedir que isso aconteça...Mas juro, querida, vou fazer de tudo para que aquela pobretona se arrependa de vir morar aqui.


Ambas riram divertidas. Ao terminarem de almoçar, um elfo doméstico foi buscar as bandejas e deixou-as sozinhas em seguida.


- Seu riso me traz tanta alegria... – suspirou Narcisa, ao ver a afilhada fechar as malas.


- Madrinha...três anos passam rápido. De qualquer forma, se acontecer alguma coisa...me escreva...passo por cima de qualquer um para vir aqui te ver. Eu prometo. – murmurou Isabella, abraçando a loira fortemente.


Ao sentir as lágrimas marejarem seus olhos, Narcisa se afastou um pouco, disfarçando.


- Vou pedir para James nos levar até o porto...


Enquanto isso, em uma sala do Ministério da Magia, Draco ainda se perguntava se deveria ou não ir. Após pensar tanto naquela manhã à respeito daquilo, decidiu que iria, mas invisível, para não dar à Isabella gostinho algum de “vitória”. Pegaria uma poção de invisibilidade no estoque de poções da mansão Malfoy e iria escondido no carro.


E foi exatamente aquilo o que fez. Quando chegou na mansão, encontrou Narcisa e Isabella jantando. Resmungou um “Boa noite” para a mãe e foi até o escritório de seu pai. Pegou um frasco que continha um líquido transparente, azulado, e foi em busca de James. Ao encontrar o motorista...


- Olha, eu vou com você na frente. Mas vou invisível. Não conte à minha mãe e muito menos à Lestrange. – ordenou Draco.


- Sim, sr. Malfoy. – disse James.


O loiro nem jantou direito. Estava ligeiramente nervoso. Ela iria embora. Quando voltasse, Gina estaria morando na mansão. Como é que seria? Certamente, ao menos uma briga por dia sairia dali. Tentou parar de pensar nisso e foi para seus aposentos, arrumar-se.


Às dez horas, James avisou-o que Narcisa e Isabella estavam se preparando para sair. Draco, mais do que depressa, deixou seu quarto. Saiu da mansão com passos silenciosos e entrou no carro, ficando no banco da frente, ao lado do motorista, como havia planejado. Escutou as duas mulheres entrarem no carro alguns minutos depois. Viu James guardar as malas da moça e em seguida, entrar no carro.


Draco foi o caminho todo em silêncio. Nem mesmo se mexia. Apenas prestava atenção em sua mãe e sua prima. Ambas não falavam nada. A loira estava com cara de choro. “Não acredito que vai chorar por causa da Lestrange” pensou o rapaz, carrancudo.


Ás dez e vinte da noite, chegaram no porto. Haviam alguns carros no estacionamento. Os quatro saíram do carro. James pegou as maças de Isabella e entregou-as para a dona.


- Faça uma boa viagem, srta. Lestrange.


- Obrigada, James.


Narcisa e Isabella começaram a andar até a área de embarque. O grande e imponente navio estava ancorado. Ali só haviam bruxos, já que os trouxas não passavam pela barreira invisível na qual não permitia que vissem o navio e as pessoas que ali estavam.


Draco ia seguindo as duas. Parou de andar ao ver as duas fazerem o mesmo. Uma parou diante da outra.


- Não esqueça, madrinha...se acontecer alguma coisa...se precisar de mim...eu atravessarei o mar para aliviar a sua dor...eu virei até você... – disse Isabella.


As duas abraçaram-se fortemente.


- Sabe que é uma verdadeira filha para mim...Sempre vai ser...Eu te amo profundamente...É um diamante raríssimo e muito precioso para mim. – disse Narcisa, com lágrimas escorrendo pela face de pele alva e macia.


- Eu também te amo muito...Obrigada por tudo...


- Não agradeça. Agora vá...Estarei aqui daqui três anos...Eu virei te buscar...É uma promessa.


As duas se afastaram um pouco. Mas ainda estavam abraçadas.


- Sem tristezas, querida. Vá e conquiste tudo o que quiser...O horizonte é seu agora...Siga seu caminho e...quando puder...venha me ver... – disse a loira, enxugando as lágrimas da afilhada.


- Queria que Lúcio estivesse aqui...


- Ele está, Isabella...Ele nunca esteve tão perto de nós quanto está agora. – sussurrou Narcisa.


As duas pararam de chorar. Isabella pegou suas malas e deu um passo para trás.


- Nos encontraremos em breve...mãe. – murmurou e então se afastou.


Ao ouvir aquilo, Narcisa não agüentou. Voltou a chorar e ficou observando a afilhada ir até os Weasley e Harry Potter. Todos a abraçaram. Ela era tão querida por eles. Sentiu um certo conforto com aquilo pois, se um dia acontecesse alguma coisa com ela, Narcisa, seu diamante nunca estaria sozinho.


- Cuide-se querida... – dizia a sra. Weasley.


Cada um que abraçava Isabella, dizia algo do gênero. É claro que Fred e Jorge falaram coisas diferentes...


- Deixamos algumas Gemialidades Weasley na mala do Roniquinho... – começou Fred.


- Faça bom uso também. – terminou Jorge.


- Bote a Academia de pernas pro ar. – disseram juntos.


O apito ensurdecedor do navio soou pela primeira vez.


- Vão logo. Está na hora. – disse o sr. Weasley.


Harry, Rony. Hermione e Isabella se despediram de todos e embarcaram no navio, juntamente com as outras pessoas. O interessante era que não eram todos da idade deles. Haviam pessoas mais velhas também. O navio começou a zarpar. O quarteto aglomerou-se na proa para poderem acenar para os Weasley.


Narcisa, ainda com lágrimas escorrendo pela face, acenou delicadamente para sua afilhada. Outra pessoa que acenou, ainda que involuntariamente, foi Draco. “Vá embora...Vá logo...” pensava com os olhos marejados. Respirou fundo e postou-se ao lado de sua mãe.


- Ela é fabulosa... – comentou a loira calmamente.


- Como...


- Sou sua mãe, Draco. Eu sabia que estava no carro...E sei que está com vontade de chorar. Não se preocupe...Não irei contar para a Isabella. – disse Narcisa.


O loiro nada disse, ficou apenas olhando o navio ir se afastando enquanto deixava apenas a névoa noturna para trás.


- Vamos...não há mais nada a ser feito aqui. – resmungou o rapaz.


Narcisa e Draco retornaram até o carro, onde James aguardava e em seguida partiram para a mansão.


Enquanto isso, no navio...


- Isso é demais...Estamos indo para a Academia de Aurores! – exclamou Rony, eufórico.


- Vamos...temos que encontrar nossa cabine. – disse Hermione.


Os quatro pelas portas de vidro e depararam-se com um hall todo de mármore negro. Havia algumas escadas.


- Hum...para onde será que ficam as cabines? – indagou Harry.


- Vamos descer... – disse Isabella calmamente.


Isabella e Hermione iam na frente, logo atrás, Harry e Rony. Chegaram num corredor extenso, repleto de portas. Ao encontrarem uma cabine vazia, deixaram suas malas e logo saíram do aposento. Queriam explorar o navio. O único problema era que alguns paravam Harry para cumprimentá-lo e se apresentar.


Vendo que não seria muito fácil explorarem o navio, voltaram para cabine ((http://www.tips.devisland.net/cruise-ship-cabin-night.jpg)). Passava da meia noite quando os quatro, após colocarem seus pijamas, estavam deitados, Rony e Hermione na cama de casal, Harry na cama esquerda e Isabella na direita.


- Bem...de acordo com esse aviso...nós vamos desembarcar na ilha às seis da manhã. Às cinco horas o apito vai soar, para que acordemos. Ao desembarcarmos, temos que ir de tapete voador, que comporta duas pessoas no máximo, até o castelo. As bagagens devem ser deixadas nas cabines, pois serão transportadas para os quartos que ocupam dez pessoas... – ia explicando Hermione enquanto lia o aviso.


- Dez pessoas? É separado homem de mulher? – perguntou Rony, arqueando uma sobrancelha.


- Não... – disse a garota vagamente enquanto procurava pela informação, após ler, começou a explicar. - ...Após tomarmos o café, um dos mestres irá até a mesa do primeiro ano e vai passar uma lista onde devemos colocar nossos nomes, até completar um quarto...assim por diante. É nesse momento que nossas malas são transportadas.


- Acho que devíamos é dormir.... – resmungou Harry enquanto tirava os óculos.


- Concordo com o Harry...Teremos que acordar cedo... – disse Isabella, aconchegando-se na pequena cama.


Não fora uma das melhores noites do quarteto, já que o navio se mexia muito. E se assustaram com o apito forte, pois acordaram empunhando suas varinhas, com a exceção de Rony, que havia caído da cama.


- O que está acontecendo?! – exclamou o ruivo.


- Estamos chegando! – disse Isabella após espiar pela janelinha.


Os quatro podiam ver a ilha, ainda distante. Tomaram banho, um por vez, rapidamente e se arrumaram.


- Vamos, estamos perto! – exclamou Harry sorrindo.


Os quatro deixaram a cabine, como alguns também iam fazendo. Subiram até a popa do navio, onde podiam ter uma boa vista da ilha. Quinze minutos depois, estavam desembarcando do navio. No fim da escada, haviam dois homens vestidos de marinheiros.


- Bem-vindos a Ymländris. – disse um deles.


- Logo ali na frente há tapetes voadores que levaram vocês para a Academia de Aurores. – explicou o outro, indicando os tapetes.


- Obrigado. – disse Harry calmamente.


Os quatro foram até os tapetes. Rony e Hermione subiram em um. Harry ajudou Isabella a subir e em seguida, sentou-se ao lado da garota. Os tapetes iam voando há três metros do chão, contornando a ilha, até que puderam vislumbrar a Academia de Aurores...












N/A: Oieeeeeeee galera. Malz a demora, eu estava fazendo uma revisão do capítulo e tava com dificuldades para achar fotos...Entrem no blog da fic para verem as fotos dos personagem, da ilha e do castelo.
Agora, os agradecimentos!
Alessandra: Lindíssima, obrigado!!! Huahauhauhau, Paulinho, abraços pra você, continue acompanhando a fic hein! As gatinhas da Mari, Miaka e Pá, adorei os coments de vcs! Sy e Thiago, valeu mesmo! E por último, e não menos importante, Re! Minha princesa, obrigado mesmo viu!

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