Despedida de Solteiro



Capítulo 1: Despedida de Solteiro


Os raios de sol já invadiam o quarto luxuoso, o iluminando magnificamente e aquecendo-o com o maravilhoso calor do verão. A luz fez com que ela acordasse, porém, a mulher permaneceu de olhos fechados ,e agarrada ao travesseiro.


Parecia estar com medo de abrir os olhos e ver que tudo o que estava acontecendo era, de fato, real. “Escorregando de nossos dedos como as areias do tempo...promessas foram feitas...lembranças guardadas. De volta aonde eu pertenço. Foi tudo um sonho?” . Será que ele havia realmente se casado com aquela garota? Como ele pudera?? Respirou fundo. “O amor fere algumas vezes...não é fácil encontrá-lo...Procurando em todos os lugares você se volta e afirma que ele sempre esteve lá.” pensou ela quando a imagem do loiro invadira sua mente.


Isabella suspirou e, por fim, abriu os olhos de íris extrema e intensamente azuis. Espreguiçou-se e em seguida rumou para o banheiro com aquelas perguntas em sua mente. Havia já cinco dias que elas não a deixavam em paz. Porém, no fundo, para ambas as perguntas, ela tinha as respostas...Sim


Sim, ele, Draco, estava casado com Virgínia que, agora, era uma Malfoy. E...sim...ele se casou pois estava realmente apaixonado por aquela imitação barata de Malfoy. Era dessa forma que Isabella definia a ex-Weasley.


Naqueles cinco longos dias os três, Narcisa, Draco e Isabella, agiam da seguinte forma: a loira e a afilhada conversavam com todo o amor e carinho que sentiam uma pela outra, o loiro ignorava por completo a prima de segundo grau mas, em troca, era tratado com frieza pela mãe.


Ao terminar o seu banho, Isabella arrumou-se demoradamente, pois não estava com a menor vontade de tomar café junto com Draco. Subiu até a sala de jantar que continha seu precioso piano, passou por sua biblioteca particular, até chegar na sala espaçosa e elegante.


Mais um suspiro...mais uma lembrança. Dessa vez, a lembrança era de outro loiro. Lúcio Malfoy. Ela se recordara carinhosamente das vezes em que sentavam para conversar seriamente e, ao fim das conversas, começavam a tocar, Lúcio violino e Isabella piano.


Caminhou até uma espécie de cristaleira que havia na sala e, de dentro dela, retirou o violino do padrinho. Aquele instrumento esbanjava uma beleza sentimental para Isabella. Esta, saíra de seus aposentos e rumara para o jardim da mansão, levando consigo o violino.


Enquanto andava meio que sem rumo, sentiu uma lufada do aroma da laranjeira que Narcisa plantara. Abriu um sorriso e caminhou até a laranjeira. Devido aos encantamentos da loira, a laranjeira estava linda e enorme. Havia um banco branco ao lado da laranjeira. Isabella acomodou-se no banco e começou a tocar uma melodia alegre e contagiante.


O som belo do violino ecoava pelo jardim e invadia o quarto de Narcisa. A loira observava a afilhada da varanda. Aquela melodia...Lúcio tocara para ela tantas vezes...Ouviu o som da porta abrindo. Sabia quem era.


Draco adentrou no quarto da mãe. Caminhou calmamente pelo cômodo luxuoso, desprezando o porta-retrato de prata pura cuja foto era dele com Isabella, no porto de Portugal. Viu a mãe sentada na varanda.


- Bom dia... – disse o loiro enquanto sentava-se ao lado de Narcisa.


- Bom dia.


O silêncio caiu sobre os dois. O único som ali era o do violino. A atenção de ambos estava voltada para Isabella.


- Ela...é tão vítima quanto você. – comentou Narcisa, quebrando o silêncio.


- Hum? – murmurou o loiro olhando a mãe, com uma sobrancelha arqueada.


- Isabella.


- Não começa mãe, por favor. – resmungou Draco.


- Por quê? Você veio aqui exatamente para saber dela... – comentou a loira, com aquele sorriso de quem sabe das coisas.


- Não diga bobagens. – murmurou o homem ao seu lado.


- Antes do final, você cairá e quebrará a cara. Então...se arrependerá. E será tarde, eu espero. Pois eu, no lugar de Isabella, jamais o perdoaria. – disse Narcisa enquanto levantava-se.


A loira deu um tapinha no ombro do filho e retirou-se em seguida. O deixando sozinho com os pensamentos dele. O olhar dele estava fixo em Isabella. Suspirou e respirou fundo ao ver a mãe juntar-se à prima. ” Não é inverno...porém sinto o frio tomando conta de meu ser...Sentimentos de gelo...Lembranças de cristal.” pensou ele enquanto observava a mulher a quem ele mais amara.


Isabella parara de tocar ao ver a madrinha aproximar-se dela. Abriu um sorriso e colocou o violino no colo.


- Bom dia querida... – disse Narcisa enquanto sentava-se ao lado da afilhada. – Por que não foi tomar café?


- Acordei tarde...e sem fome. – respondeu Isabella, ainda sorrindo docemente.


- Ouvi você tocando... – comentou a loira tranqüilamente. - ...Igual a Lúcio...


Isabella engoliu o seco. Seu sorriso vacilara por um instante, mas não sumira.


- O coração de Draco também ouviu...E o guiara até a varanda do meu quarto, onde está a te observar até agora. – sussurrou Narcisa, como quem conta um segredo muito importante.


A loira sorriu e piscou para a afilhada.


- Madrinha...ele está casado agora. Não há mais nada a ser feito. – disse Isabella cansada de sentir seu coração ser dilacerado cada vez que se recordava daquele fato. Respirou fundo, segurando as lágrimas e voltou a falar alguns segundos depois. – Como ele pôde olhar em meus olhos e não acreditar em mim? Como ele pôde me ouvir dizer aquelas palavras e ainda assim não acreditar em mim?


Narcisa acariciou as mãos delicadas da jovem. Não precisava dizer nada, apenas aquele seu gesto confortava a afilhada.


- Desculpe...Já passou... – sussurrou Isabella se recompondo.


- Não se preocupe...No fim...tudo fica do jeito que realmente deve ficar.


Voltando para a varanda do quarto da loira...


Draco observava atentamente sua mãe conversando com Isabella. O que tanto falavam? Sua atenção foi desviada para uma coruja-das-torres que deixara um pergaminho cair em seu colo. Apanhou o pergaminho com cuidado e espantou a coruja. O loiro endireitou-se na cadeira e sorriu ao ver que a carta era de sua esposa.




“Draco,


Como estão as coisas aí? Espero que bem, pois aqui em casa as coisas estão péssimas. Ninguém está falando comigo direito. Me sinto completamente sozinha.


Amor...você podia vir para cá algum dia desses, não é? Escondido...Estou precisando tanto de você. Sinto sua falta.


Não demore para responder a carta.


Te amo.



Virgínia Malfoy.”



O sorriso de Draco alargou-se. É claro que iria vê-la. Tudo bem...teria que entrar naquela...casa...Mas era por sua esposa. Levantou-se e saiu dos aposentos de sua mãe, rumando para os próprios aposentos. Responderia a carta mais do que depressa.


***


Na manhã do dia 9 de julho, um sábado ensolarado...


Isabella acordara bem disposta. Estava animada, pois encontraria Harry, Rony e Hermione no Beco Diagonal às dez da manhã. Haviam combinado de comprarem o material para a Academia de Aurores e em seguida irem almoçar no Caldeirão Furado.


Após tomar banho, vestiu um vestido azul claro de alças finas e bem colado no corpo. As pernas ficavam a mostra, pois o vestido ia até a metade das coxas. Calçou uma sandália branca e maquiou-se.


Ao terminar de se arrumar, foi tomar café da manhã no jardim, com Narcisa e Draco. Avisou a madrinha de que iria ao Beco Diagonal, porém não comentou que se encontraria com seus amigos.


Após o café, Isabella foi para o Caldeirão Furado pela Via Flú. Ao chegar no recinto, tirou a fuligem do vestido, resmungando algo como “Não devia ter vindo de pó de flú”. Quando terminara de endireitar-se, olhara ao seu redor. Não demorou para avistar os amigos. E, com um sorriso irradiante, rumou até eles.


Harry estava vestindo uma calça jeans, uma camisa vermelha e calçava um par de tênis branco e prata. O cabelo estava desalinhado, como sempre. Um sorriso surgira em seus lábios quando seu olhar cruzara com o de sua amiga.


- Isa! – exclamou ele.


- Oi gente. – disse Isabella ao aproximar-se.


Rony estava com uma bermuda jeans, blusa regata branca e um par de tênis preto. O ruivo estava de mãos dadas com sua noiva, Hermione. Esta estava usando uma calça capre jeans, uma blusinha verde e calçava uma sandália verde, no mesmo tom da blusa. O cabelo castanho estava solto e liso, apenas a franja estava presa por uma presilha branca.


- Que bom que chegou. – disse Hermione.


- Demorei? – perguntou Isabella calmamente.


- Está atrasada. – brincou Rony.


- Eu nunca me atraso. Chego na hora que bem me convir. – disse a mulher rindo divertida.


- Vamos. Temos compras para fazer antes do almoço. – disse Harry enquanto passava o braço pelos ombros de Isa.


Os quatro saíram do Caldeirão Furado pelos fundos que davam para o Beco Diagonal. Estava cheio de bruxos, como de costume, já que eram as férias escolares.


- Venham, vamos comprar penas e pergaminhos. – disse Hermione.


Ao entrarem na loja, dispersaram-se: garotas para um lado, homens para outro.


- Olha essa pena de repetição, Mione. – disse Isabella enquanto observava a pena negra e verde escrever num pedaço de pergaminho o que ela acabara de falar.


Hermione aproximou-se, porém, tinha outro motivo.


- É boni...Isa! – exclamou ela baixinho, para a amiga sussurrar como ela.


- O que? – perguntou Isabella num murmúrio.


- Tenho um convite para você. Minhas primas insistem em dar para mim uma espécie de despedida de solteiro...


- Que legal, Mione! – exclamou Isabella sorrindo animada.


- Isa...chhhhhhhh...


- Desculpe. – sussurrou Isabella.


- Nós iremos no Show Bar.


- Show Bar?


- Isso. Uma boate onde homens e mulheres fazem shows de striptease...


- Nossa. – murmurou Isabella rindo baixinho.


- ...Será sexta. Vá para minha casa via flú ou como preferir. Só esteja lá às dez horas da noite. Certo?


- Pode deixar.


As duas sorriram e foram fazer suas compras. Elas, Harry e Rony tomaram sorvete, jogaram conversa fora, divertiram-se. Estavam precisando extremamente daquilo, pois em breve aqueles momentos e oportunidades acabariam.


Almoçaram no Caldeirão Furado e passaram a tarde inteira lá. Novamente conversando, rindo, unidos como nunca.


***


Na sexta-feira, na Mansão Malfoy...


- Onde vai, querida? – perguntou Narcisa ao ver a afilhada levantar-se da mesa. – Já está satisfeita?


- Sim, madrinha. O jantar estava ótimo. – respondeu Isabella tranqüilamente.


- Já vai se arrumar?


Draco, que até então estava calado e olhando para o próprio prato, ergueu seu olhar para as duas mulheres. “Se arrumar? Para quê? Onde será que ela vai?”. Essas perguntas invadiram mais do que imediatamente a mente do loiro.


- Sim...


- Divirta-se, querida. Não volte tão tarde.


- Não se preocupe madrinha. – disse Isabella sorrindo.


Após beijar delicadamente a testa de Narcisa, ela rumou para seus aposentos, deixando a loira com o filho na sala de jantar.


- Mãe?


- Ela vai sair com umas amigas. – disse Narcisa, que já adivinhava que era aquilo que Draco queria saber.


- Eu não ia perguntar sobre ela. – resmungou o loiro.


Narcisa abriu um sorriso triunfante e voltara a comer.


Isabella produziu-se para aquela noite. Além de ser uma noite para comemorar com a amiga, Hermione, era a noite ideal para distrair-se e tirar Draco de sua cabeça. Ao menos, era isso o que queria.


Às nove e meia da noite, pedira a James que a levasse para a casa de Hermione. Chegou lá às dez em ponto.


- Onde eu irei buscá-la, srta. Lestrange? – perguntou o motorista.


- Não se preocupe James, volto sozinha. – disse Isabella enquanto saia do carro.


Observou o carro ir embora e então resolveu tocar a campainha da casa da amiga. Abriu um sorriso ao vê-la saindo para abrir o portão.


- Você está linda. – disse Isabella após adentrar na casa.


Hermione estava usando um vestido amarelo, estilo tomara-que-caia. Não era tão curto, ia até um pouco acima dos joelhos. Calçava uma sandália branca de salto transparente. O cabelo, liso, estava preso num rabo de cavalo alto. A garota usava uma maquiagem suave.


- Você também, Isa.


Isabella trajava uma saia preta de um tecido bem molinho, bem curta, indo até a metade de suas coxas, deixando suas belas pernas a mostra, usava um cinto prata super transado. Sua blusinha frente-única era rosa clara, cujo decote a deixava muito sensual. A sandália preta combinava perfeitamente com a roupa. Assim como a amiga, usava uma maquiagem suave.


Entregou o dinheiro trouxa para Hermione, que guardou na bolsinha branca que carregava.


- Onde estão suas primas? – perguntou Isabella.


- Olha nós aqui! – exclamou uma mulher sorrindo de orelha a orelha.


- Isa, essa é a Daphine.


Daphine tinha 20 anos, fazia faculdade e era muito bonita. Possuía cabelo castanho escuro, liso, olhos castanhos, pele clara. Uma típica Granger.


- E essa é Alicia.


Alicia Granger tinha 18 anos, e era muito parecida com a irmã mais velha, Daphine. Cabelos e olhos castanhos, pele clara e macia, corpo delicado, nada em excesso e estatura mediana.


- Prazer. – disse Isabella sorrindo.


- Vamos garotas! Ou teremos que enfrentar uma fila e tanto. – comentou Alicia.


As três concordaram e saíram da casa.


- Poxa Mione, nem dei oi para seus pais. – disse Isabella.


- Relaxa Isa, eles nem estão em casa.


Daphine desativou o alarme de seu carro, um Peugeot 206 vermelho, e, ao entrar no carro, sentou-se no banco do motorista. Ao seu lado ficou Alicia e atrás Isabella e Hermione. A mulher ligou o carro e ganhou o asfalto.


Enquanto Alicia ligava o rádio e colocava um cd de música eletrônica...


- A Mione falou muito de você! – disse Daphine em voz alta, pois a irmã deixara o volume do rádio alto. – Já foi em baladas trouxas?


- Algumas vezes! – respondeu Isabella, também em voz alta.


As quatro foram conversando até o Show Bar.


- Olha já a fila que está. – disse Alicia.


- Relaxa maninha. Desçam ao e peguem a fila. Eu vou estacionar o carro. – disse Daphine.


Isabella, Hermione e Alicia saíram do carro e rumaram para a fila. Vários homens mexiam com as três, que apenas sorriam, Mione, sem graça, Isa e Alicia, animadas. Logo Daphine juntou-se às três.


Elas adentraram no Show Bar meia hora depois. Isabella e Hermione ficaram deslumbradas com os ambientes daquela casa noturna, que já estava apinhada de gente, mas em menos de uma hora ficaria completamente lotada.


- Mione, vai com a Isa lá no guarda-volumes guardarem nossas bolsas. – disse Daphine sorrindo marotamente.


Confusas, as duas caminharam até o guarda-volumes perguntando uma à outra o que as irmãs Granger estariam aprontando. A resposta para aquela pergunta que não queria calar veio apenas à uma hora da manhã.


O show de strippers já havia começado. Primeiro, homens no palco e mulheres dançando no balcão do bar. Já havia ido um cowboy loiro. Ele escolhia algumas garotas da platéia para “brincar”. Isabella estava maravilhada com aquilo tudo.


Então entrou um Zorro que ela achara para lá de sensual...e outras coisas.


- As nossas queridas Daphine e Alicia têm um pedido especial para o Zorro. – começou o DJ. – Hermione, por favor, suba no palco para comemorar sua despedida de solteiro!


Hermione olhou de relance para as primas, completamente corada.


- Não acredito que fizeram isso! – exclamou ela enquanto era guiada por elas e por Isabella até o palco.


Isabella sorria animadamente, esbanjando seu encanto...Encantando o stripper! O homem olhou-a sensualmente nos olhos e mandou-lhe um beijo, tirando o fôlego da mulher.


Ela observou Hermione dançar com ele, de corpo colado. Tirar sua capa...sua camisa e seu chapéu. Dançar mais um pouco e, por fim, ganhar um beijo no queixo. E então, enquanto seguia a amiga com os olhos, Hermione estava descendo do palco pela escadinha lateral, Isabella sentiu um par de mãos colocá-la em cima do palco sem dificuldade alguma.


- Eu vou matar vocês! – exclamou Hermione para as primas, ainda morrendo de vergonha.


- Vai não, prima. – disse Alicia rindo divertida.


- Cadê a Isa?


- Ali, olha. – respondeu Daphine sorrindo enquanto apontava para o palco.


O queixo de Hermione caíra.


Isabella estava pendurada no homem, enlaçando a cintura dele com suas pernas. Um dos dançarinos levou até eles uma taça com leite condensado e jogou um pouco no colo da mulher.


- Posso? – perguntou o stripper sensualmente.


Isabella derreteu-se. Concordou com a cabeça e sentiu o ar faltar quando viu o stripper lamber com a ponta da língua o filete de leite condensado.
As pessoas na platéia foram a loucura com aquilo.


- Vai no meu camarote. É só dizer “O Steven mandou eu subir no camarote dele” e te levarão até lá. – disse o stripper discretamente enquanto a colocava com cuidado no chão.


Estava claro que ambos estavam extremamente atraídos um pelo outro...E que algo entre aqueles dois estava para acontecer.


Isabella estava um tanto quanto surpresa com aquilo. Olhou-o nos olhos mais uma vez e desceu do palco em seguida, com a ajuda dele, é claro.


- Nossa, Isa! Eu vi o jeito como ele ficou te olhando! – exclamou Daphine.


- E eu vi o jeito como você olhou para ele. – comentou Hermione sorrindo esperançosa.


- Venham garotas. Vamos conversar lá no bar. – disse Alicia.


As quatro sentaram-se ao balcão. Pediram bebidas e ficaram bebendo enquanto Isabella contava o que havia acontecido.


- O que é que você está esperando?! Vai logo para o camarote! – exclamou Alicia.


- Está vendo aqueles seguranças na frente daquela escada? Então...lá é o camarote. – disse Daphine.


Eu vou com você até lá. – disse Hermione.


As duas levantaram-se e começaram a atravessar a pista. Até alcançarem a escada, foram recebendo várias propostas para conhecerem alguns rapazes, dançarem, e toda aquela azaração.


- Isa... – começou Hermione após pararem diante da escada.


- Diga.


- Tem certeza do que está fazendo? Digo...o Draco...


- Ele é apenas uma lembrança. Nada mais.


- Mas...


- Mione, vim aqui para relaxar também. E é o que eu vou fazer. – disse Isabella sorrindo irradiante.


Hermione abriu um sorriso. Sim, queria que a amiga fosse delirantemente feliz...Ao menos sabia que ela estava disposta a ser. Desejou-lhe boa sorte e observou-a falar com os seguranças e em seguida subir a escada.


Isabella, ao chegar no camarote, rumou até a mesa reservada de Steven. Ele ainda não estava lá. Sentou-se a mesa e ficou ali, ouvindo música enquanto o aguardava.


Não ficou muito tempo esperando. Vinte minutos depois, Steven saíra de uma porta que havia no fundo do camarote. Com um sorriso encantador, rumou até aquela mulher que tanto lhe atraíra.


- Oi. – disse ele e em seguida deu um beijo no canto dos lábios de Isabella.


- Olá, Steven.


- Quer beber alguma coisa? – perguntou ele enquanto sentava-se diante dela.


- Não, obrigada. – começou a garota. – Sou Isabella...Muito prazer.


Steven não conseguia parar de sorrir. Ela era...perfeita. O fascinava. O seduzia...


- O prazer é meu, pode apostar.


Ambos sorriram. Começaram a se conhecer. Coisas báscias...Idade...Onde morava...O que fazia da vida, é claro que, nesse ponto, Isabella mentira...


- Estou na faculdade. – disse ela calmamente.


Steven levantou-se e a fizera levantar-se também. Caminharam até a grade do camarote, que dava vista para a pista do palco. Ficaram conversando, é claro que era ele quem falava mais do que ouvia. Precisava ficar com aquela mulher...sendo assim, estava jogando todo seu charme para cima dela. O que deu um excelente resultado, pois em menos de uma hora os dois já estavam no maior amasso num dos cantos do imenso camarote.


Isabella começou a explorar os “pontos fracos” de Steven. Orelha...nuca...costas....peito...barriga. Acariciava e arranhava. Isso quando não estava subindo pelas paredes, praticamente, pois ele parecia querer dominá-la por completo, porém ela mostrou-lhe que aquela tarefa não era nada fácil.


No fim, ambos terminaram ofegantes e concordando que estava na hora de saírem imediatamente do Show Bar.


- Vamos lá para minha casa...Tomar um bom vinho....O que acha? – sugeriu Steven enquanto ainda prensava a mulher contra a parede.


- Tudo bem...Só tenho que avisar minhas amigas...


- Não demore. Estarei te esperando na porta aqui da boate.


Isabella concordou, beijou-o rapidamente e saiu do camarote. Enquanto descia a escada, desamassava a saia como podia e recuperava o fôlego. Mal acreditava no que estava acontecendo...Um estranho...”Mas que estranho...” pensou ela sorrindo enquanto caminhava até o bar. Juntou-se à Hermione e Daphine.


- Mas já? – perguntou Hermione.


- Onde está Alicia? – perguntou Isabella.


- Foi dançar com um cara... – comentou Daphine. – Como foi??


Isabella sorria de orelha a orelha.


- Vou para a casa dele. – disse ela com simplicidade.


Hermione e Daphine entreolharam-se.


- Já, Isa? – perguntou Hermione receosa.


- Deixa ela, Mione. – disse Daphine sorrindo abertamente.


- Mione...Não se preocupe...Vou ficar bem. – disse Isabella sorrindo serenamente.


Hermione levantou-se e abraçou a amiga.


- Me manda uma coruja depois. – sussurrou Mione.


- Pode deixar...


Dez minutos depois, Isabella estava entrando no carro de Steven, um Toyota Celica branco ((http://www.wickedbodies.net/00-On-Celica/Toyota%20Celica%2000-04%20-%20b-2%20ss%20and%20complete%20kit.jpg)).
- Bonito seu carro. – comentou Isabella.


- Não tanto quanto você. – disse Steven e piscou para ela em seguida.


Foram ouvindo música e conversando. Novamente, Steven mais falava do que ouvia. E ele parecia realmente não se importar, o que Isabella agradecia imensamente, do contrário, teria que inventar coisas.


Não demoraram muito para chegarem na casa do stripper. Após ele estacionar o carro na garagem, saíram do mesmo e entraram na bela casa.


- Fique a vontade. – disse o moreno enquanto jogava a chave do carro na mesa da sala de estar.


Isabella olhava tudo com máxima atenção. Para um homem que morava sozinho, estava muito bem conservada. Então lembrou-se de ele ter falado sobre uma empregada. Sorriu suavemente enquanto andava lentamente pela sala.


- Muito bonita sua casa...


- É...minha mãe que a decorou. – comentou o homem enquanto rumava até o bar e apanhava uma garrafa de vinho e duas taças.


Steven abriu a garrafa com o saca-rolhas e serviu as taças com o líquido branco. Em seguida, caminhou até o sofá em que Isabella estava sentada. Acomodou-se ao lado da jovem e ofereceu-lhe uma das taças.


- Quer dizer que você é um engenheiro... – disse a mulher após beber um gole de vinho branco.


- Isso...e nas horas vagas eu danço lá no Show Bar.


Os dois embalaram em um conversa sobre trabalho, onde Isabella ficava desviando das perguntas de Steven o máximo que podia, até que não conseguiu mais pensar no que perguntar à ele para escapar de um interrogatório que sabia que ele estava querendo fazer desde que estavam no camarote. Então, sem perder mais tempo...


- Onde foi que paramos mesmo lá no Show Bar? – perguntou ela enquanto colocava as taças vazias na mesa.


Isabella ganhara uma resposta ardente, pois Steven a pegara de jeito, fazendo-a sentar em seu colo, de lado e, em seguida, começou a beijá-la intensamente. Um beijo tão intenso quanto o último que deram na boate. Sem pensar duas vezes, a mulher começara a desabotoar a camisa negra que o moreno vestia.


Aquilo foi um sinal, para Steven. Já que ela estava desabotoando sua camisa...então significava que podia fazer que quisesse. E queria mostrar que sabia dominar uma mulher. Mas primeiro, queria deixá-la um pouco mais à vontade. E, para isso, ele deslizou uma de suas mãos, que ainda estava na cintura fina da jovem, até as coxas que a saia negra não era capaz de cobrir, já que era curta.


Os toques...as mãos daquele homem pareciam atear fogo na pele de Isabella. Talvez porque fazia tempo que não tinha relações sexuais. Delirava com as carícias. E não conseguiu segurar um gemido rouco ao sentir os dedos hábeis dele tocarem sua intimidade. Ela encravou suavemente suas unhas na nuca de Steven quando ele começou a fazer movimentos rápidos de vai e vem com os dedos por cima da calcinha de renda. Calcinha esta que logo foi parar no chão da sala de estar.


Steven e Isabella sabiam perfeitamente que aquela seria a única noite que passariam juntos. Estavam ciente de que cada um tinha sua vida, portanto, fizeram questão de aproveitar aquela noite o máximo que puderam. Um noite prazerosa para ambos.


Quando finalmente viram-se exaustos, notaram que já havia amanhecido. Os dois encontravam-se na espaçosa cama de casal de Steven. Este, jogado sobre o corpo escultural de Isabella, repousando a cabeça sobre os volumosos seios que ela possuía e, que por sinal, ele tanto adorara. Antes de sair de cima da mulher, brincou um pouco com cada mamilo dela, chupando-os e mordendo-os com suavidade.


- Eu adorei te conhecer...Isabella... – sussurrou ele enquanto deitava-se ao lado dela e a abraçava.


A garota apenas sorriu e beijou os lábios de Steven com suavidade. Ficou acariciando a face de traços marcantes e fortes que ele tinha, até que ele adormecera por fim.


- Obrigada por tudo... – murmurou ela após depositar-lhe um beijo cálido nos lábios.


Steven estava dormindo, mas sorrira suavemente, ainda que inconscientemente. E nem percebeu que aquela mulher misteriosa e de sorriso enigmático que o encantara levantara-se de sua cama.


Isabella tomou um banho rápido e logo vestiu-se, colocando por último a calcinha, que ficara jogada no chão da sala de estar. Olhou tudo ao seu redor e sorrira. Mal acreditava no que havia acontecido. E, sim, estava feliz. Afinal, havia cumprido seu objetivo: esquecer Draco Malfoy por uma noite.


Às sete e meia da manhã, no jardim da mansão Malfoy...


Draco e Narcisa estavam tomando café da manhã quando ouviram o som de alguém aparatando fora do portão da propriedade. Era Isabella. A garota havia aprendido a aparatar, pois fizera o curso do Ministério junto com Harry, Rony e Mione.


- Ela está...chegando agora? – perguntou o loiro fitando a mãe, inexpressivo.


- Sim... – respondeu Narcisa.


Isabella caminhou até os dois, sorrindo irradiante. Era visível que tivera uma noite excelente.


- Querida...isso são horas? – perguntou a loira.


- Desculpe, madrinha... – disse Isabella, sem tirar o sorriso dos lábios.


- E como não vou desculpá-la? Se divertiu bastante ao que parece. – comentou Narcisa propositadamente, apenas para “alfinetar” o filho.


- Muito. Mas conversamos sobre isso mais tarde...Preciso tomar um banho e dormir...


As duas riram divertidas, ignorando a cara amarrada de Draco. Realmente, Narcisa conseguira “alfinetá-lo”. Ele tentara de todas as formas não prestar atenção ao que as duas falaram, mas foi impossível. Onde será que Isabella fora afinal? “Não quero saber e tomara que morra aquele que sabe” pensou o loiro enquanto servia-se de mais suco de abóbora.












N/A: Nooooooossa, quanto tempo hein gente? Desculpa pela imensa demora em postar a nova fic...É que a faculdade deu muito trabalho agora no fim do ano e nem tive tempo de escrever. Esse capítulo não saiu como eu queria, talvez eu o refaça, mas já está aí o primeiro capítulo da última parte da minha trilogia. Espero que não esqueçam de comentar. E acessem o blog que eu montei http://sentimentos-inesqueciveis.zip.net/index.html e comentem lá também.

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