Capítulo I



Harry Potter © J.K. Rowling





Título: Like Diamonds. ( Feito Diamantes.)
Gênero: Romance/Drama
Shipper: Tiago/Lilian;Remo/Jane;Sirius/Lena


Eu sei que é basicamente desnecessário dizer isso, porém...

Os personagens aqui presentes (com exceção de Lena e Jane) não me pertencem, e sim a querida Jo... mas estou na dúvida se roubo o Sirius, ou não.

A idéia dessa fic surgiu a muito tempo, isso é, muito mesmo. Tanto que a fic é de 2005, e essa era uma fic em que eu pretendia colocar a Bellatrix como par para o Sirius (quem me conhece sabe que eles são meus dois queridinhos eternos). Mas daí, não ia dar certo para a idéia, simplesmente.

Então eu criei a Lena, espero que vocês gostem dela. (Para os leitores antigos: Vocês vão ver que eu mudei bastante o estilo da Lena.)

Quanto ao trailler? Eu tentei escrever um estonteante por duas semanas. E simplesmente não consegui, me irritei e decidi não colocar um trailler. Nunca são muito bons mesmo. A Toujours Pur foi uma exceção dos deuses, porque eu gosto do trailler dela. Mas de fato, sou melhor com romances longos e ritmados. Juro que sou.

Bom, é isso. Caso for ler, muito obrigada por perder seu tempo comigo.
Sem mais, vamos ao primeiro capítulo.


Like Diamonds



Eles brilham.
Eles se eternizam.


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Capítulo I




-- Essas férias passaram rápido. – comentou o jovem de 16 anos, enquanto jogava mais um ou dois livros para dentro do malão.

Sirius Black sorriu e dando uma piscadela marota presumiu:

-- Porque eu estava aqui, Pontas.

Potter riu e escorou-se em sua cama de dossel, cruzando os braços e analisando o amigo que procurava febrilmente alguma pena.

-- Provavelmente, aliás... você tem mesmo certeza de que fez a coisa certa?

-- Saindo de casa? – questionou Sirius, jogando os cabelos para trás e voltando a procurar.

-- É.

-- É claro que tenho certeza. –- ele riu desdenhoso – Só me arrependo de não ter saído antes. Falando nisso, valeu mesmo por sabe como é, dar abrigo a essa pobre alma.

Tiago não precisava ver o rosto do amigo para saber que ele sorria, divertido.

-- Você sabe que é bem vindo, pode ficar o quanto quis... SIRIUS! OLHA O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AÍ!

O outro se sobressaltou, salvando em tempo o tapete do tinteiro que escorregava da mesa em direção ao chão impecável da Mansão Potter.

-- Ai, droga. – ele riu – Foi mal, Pontas. Quase acabei com o seu chão do seu quarto.

Tiago resmungou alguma coisa e voltou sua atenção para as próprias malas.

Enfim, com ou sem Sirius, as férias decididamente passaram rápido, amanhã eles embarcariam no expresso de volta a Hogwarts, para o ultimo ano, onde completariam seus estudos e, se Merlin quisesse, ele, Tiago, começaria seu treinamento para virar auror. Assobiou enquanto jogava vestes no malão. E ele iria rever sua ruivinha. Como será que ela estava? E quem sabe esse ano ela não resolveria por finalmente lhe dar uma chance?

O pôr-do-sol se aproximava, pintando o céu além da imensa janela. O quarto era grande, com a cama de lençóis brancos parecendo sempre extremamente convidativa para algumas horas de sono. Mas o que realmente atraia a atenção era a lareira, no canto do quarto, pedindo para ser acesa.

-- Ei, isso é de algum de vocês?

A atenção dos jovens foi para a porta, onde se encontrava um outro rapaz, com os cabelos mais claros que os de Tiago e Sirius, com olhos ternos e de rosto cansado.

-- Remo, você achou minha pena! – exclamou Sirius. – Aleluia, não a encontrava nunca.

Aluado sorriu e passou a pena de gavião para o amigo, jogando-se em uma das poltronas que preenchiam o quarto. Remo Lupin chegara ontem, pronto para embarcar junto com os amigos.

-- Ah, eu acabei! – exclamou Tiago, contente. Fazia horas que ele arrumava aquela mala.

O garoto tentou fechar o malão, para descobrir em seguida que tudo estava muito mal organizado, impedindo o malão de fechar-se. Ele fez uma careta que fez Sirius rir.

-- Não fecha. – murmurou, irritado.

Remo riu.

-- Pra variar, isso acontece sempre. Você ainda não aprendeu que precisa dobrar e arrumar as coisas ao invés de jogá-las aí dentro de qualquer maneira?

Tiago revirou os olhos.

-- Blá, blá, blá!

-- Agora você vai ter que retirar tudo e começar tudo de novo!

-- Ah, não mesmo! -- Tiago reprimiu os lábios predestinado. Lupin sabia que quando o amigo fazia aquela expressão, era porque ele estava realmente determinado e naturalmente, acabava conseguindo.

Tiago pensou alguns instantes enquanto encarava o malão, tentando encontrar um meio alternativo de resolver a situação.

De repente, largou-se sobre ele, sentando-se e forçando o malão a fechar sobre o peso de seu corpo. Sirius soltou uma gargalhada enquanto Remo sorria levemente. Pontas começou a pular sentado, arriando os objetos dali e finalmente prendendo o malão.

-- Eu não disse que conseguiria? – Tiago sorriu, presunçoso.

-- Nunca duvid...

Um leve toque na porta fez os garotos esquecerem a conversa por alguns instantes. Em seguida ao toque, a porta abriu-se e deu lugar a uma bela mulher que deveria estar com quase quarenta anos. Seus cabelos claros caiam em seus ombros e o rosto era jovial, com aparência saudável.

Katarina Potter sorriu, fazendo com que pequenas rugas de expressão divertissem ao redor de seus olhos atentos.

-- Já acabaram, meninos? O jantar já está quase pronto.

Sirius sorriu, largando as vestes que colocaria no malão e dirigindo-se a mulher.

-- Káta! – exclamou, com o apelido carinhoso que inventara para ela. – Te ver é uma benção, já estava ficando sufocado com tanta feiúra dentro desse quarto, e ver você é um presente de Merlin, falando em comida ainda!

A mulher sorriu enquanto era abraçado pelo garoto. Todos os três eram mais altos que ela, e ela se sentia idiotamente protegida ali no meio. Sentia como se os três fossem seus filhos.

-- Sirius – reclamou Tiago, finalmente descendo de cima da sua mala – Largue a minha mãe!



-- Dá pra acreditar que amanhã estaremos embarcando? – a jovem rolou na cama, espreguiçando-se preguiçosamente e em seguida inclinando-se para olhar a amiga.

O relógio ao lado da cama marcava três e meia da manhã, o que significava que dali algumas horas, elas teriam que levantar e arrumar-se para subir a bordo do Expresso de Hogwarts. Pela ultima vez pensou ela, tristemente.

A outra jovem, de cabelos cor de chocolate, que se encontrava de olhos fechados no colchão no chão, colocado improvisadamentente, resmungou.

-- Hunf, é. Na verdade dá sim. – disse Lena Marlinson demonstrando o pouco caso.

Lílian Evans sorriu, voltando a deitar-se e a encarar o teto. Desde o primeiro ano de escola, ela nunca conseguira sequer pregar os olhos verdes vivos na noite que antecedia a viagem.

-- Você não dorme não? – Lena voltou a reclamar. – Aliás, você não deixa os outros dormirem?

Lily riu, voltando a encarar a amiga.

-- Não entendo como você consegue dormir!

-- Por Merlin, nós fazemos isso há SETE anos, Lílian. Durma, vamos! Amanhã a Jane chega, lembra?

A garota de cabelos cor de fogo, deu de ombros voltando a deitar-se. Ela conhecia a personalidade forte de Lena desde sempre. Sabia que ao mesmo tempo em que ela poderia ser adorável, ela também poderia ser intragável. E gostava disso.

Lena ajeitou-se melhor sob seu edredom, tentando aproveitar os minutos que teria antes que Lílian recomeçasse a falar.

-- Vou rever Potter amanhã de manhã. – não dera outra, dois minutos após o silencio, a ruiva voltara a falar.

-- Hoje . – corrigiu – Já passa da meia-noite – então se sentou, mordendo o lábio, faceira – Porque está tão preocupada com isso?

Lílian não precisava de luz para saber que Lena estava sorrindo e que seus olhos cinzentos e recobertos com longas pestanas, esperavam a resposta avidamente.

-- Não sei – ela deu de ombros – Apenas me veio na cabeça... – sem perceber, começara a enroscar uma mecha dos cabelos nos dedos.

-- Realmente acho que deveria dar uma chance para ele esse ano. – objetivou Marlinson.

-- Talvez. Nunca se sabe, se ele já tiver desinflado aquele bendito ego quem sabe o que pode acontecer, não é?

Lena sorriu de lado, deitando-se em seguida. Algo dizia que aquele seria um ano cheio de surpresas.



Katarina desvencilhou-se dos braços de Sirius, ainda rindo.

-- Nessa velocidade, não chegaremos lá embaixo nunca.

-- Oh! O que a humildade faz com os seres humanos – dramatizou Sirius, revirando os olhos. – Casa grande, é assim mesmo, não?

Káta riu mais uma vez.

-- Garotos, vou na frente. Estarei esperando lá embaixo, certo?

Eles assentiram.

-- Mãe, meu pai já chegou?

Os olhos escuros de Katarina, antes risonhos, ficaram sombrios. Os tempos andavam complicados, os chamados no Ministério cada vez mais freqüentes.

-- Não, querido. Mas não se preocupe, ele deve chegar logo. – ela sorriu e saiu pelo corredor, deixando-os sozinhos.

Remo suspirou.

-- Merlin, precisam deter esse cara.

Sirius bocejou, não parecendo nem um pouco preocupado.

-- Onde está Pedro?

Tiago, que estivera absorto em pensamentos, despertou.

-- Ele disse que vai ficar fora esse ano, disse que não precisa de N.I.E.M. S – uma leve ruga de expressão apareceu entre as sobrancelhas do garoto. Ele logo deu de ombros – Não me preocupo muito, também.

-- Nem eu – assentiu Sirius.

-- Vocês nunca se preocupam com nada – Remo torceu o nariz fazendo os amigos sorrirem.

-- Que mentira, Aluadinho, a gente se preocupa em amar você. – Sirius fez um biquinho enquanto juntava as mãos e piscava os olhos negros de longas pestanas.

Os três riram, e continuaram a andar por um dos muitos corredores da Casa dos Potter. Era uma casa colonial, construída a muitos anos antes, no estilo clássico. O jardim enorme (com espaço para um campo de quadribol construído atrás da casa) e a fonte com água corrente eram a prova disso. No mais, era uma casa de cinco andares, com muitos corredores, muito mármore, muitos quartos, muitos quadros. Sem duvida os Potter moravam bem, muito bem. E Sirius nunca deixava de comentar isso nas férias que passava ali.

Agora, com a briga com sua mãe, Walburga, ele decidira pegar suas coisas e se mudar daquela casa, indo morar com Tiago, pelo menos enquanto não era maior e arranjasse algum dinheiro.

Lupin coçou os olhos, visivelmente com sono.

-- Vocês sempre dormem a essa hora por aqui?

-- Não... mas com o tal de Voldemort e o trabalho que ele tem dado aos aurores do Ministério, eu e minha mãe temos o costume de esperar meu pai voltar. Sirius também, agora que ele ‘tá morando aqui.

-- É verdade, vamos descer logo então.

-- Isso se conseguirmos. Com essa quantidade de corredores, não sei como não nos perderemos.

Tiago riu:

-- Cale a boca Pulgas, sua casinha no Largo Grimmauld não era nada pequenininha. Nem aquela casa de campo que vocês também têm.

Sirius deu de ombros, jogando os cabelos negros para longe dos olhos.

-- Você sabe que nunca dei a mínima, era tudo a cara da pirada da Belatriz e da horrorosa da Narcisa.

-- Narcisa é bonita, Sirius.

Sirius riu.

-- Vocês sempre adoraram se provocar. Ainda acho que vocês acabam se pegando, se é que você me entende. – ele deu uma cotovelada brincalhona nas costelas do amigo, enquanto os três começaram a descer o segundo lance da escadaria.

-- Ah, ela é bonita. – tornou a repetir Pontas, bobamente.

-- É, ela é. – assentiu Sirius – As três Black tem sua beleza, não é a toa que fazem tanto sucesso no mundo bruxo. – ele silenciou, como sempre silenciava quando o assunto era a família.

Tiago descobriu que teria que mudar de assunto se quisesse que o amigo continuasse falante e na ânsia de pensar, acabou tropeçando e rolando alguns degraus escada abaixo. Sirius explodiu em uma risada, que ecoou na casa, com muita pouca gente pra muito espaço, feito um latido.

Black agarrou-se no corrimão da escada, aparentemente achando muito engraçado, enquanto Remo estendia a mão a Tiago e ajudava o amigo a levantar-se e a recompor-se.

-- Vá te catar, seu saco de pulgas inútil. – resmungou Tiago apertando as costelas que lhe doíam. – Acho que fraturei uma costela...

Sirius riu ainda mais. Até que encarou lá embaixo. A escadaria era circular, sendo assim, olhando do corrimão ele via todos os andares, até o térreo. Ele descobrira que não estavam nem na metade.

-- Merlin! – apoiou-se no corrimão, de costas, parecendo de repente muito cansado. – Isso me cansa só de olhar.

Tiago riu, pensando.

-- Ah, não! – exclamou Remo, passando a mão pelo rosto, cansado. – Eu conheço essa cara. O que está tramando?

-- Nada... – ele sorriu, desentendido. – Só estava pensando, aposto 4 galeos como chego lá embaixo antes de vocês. – as sobrancelhas negras foram erguidas por detrás dos óculos.

Sirius riu.

-- Você não me alcança nem se eu for andando e você correndo.

Remo revirou os olhos, antes mesmo de Tiago sorrir e disparar escadaria abaixo, ele já sabia o que aconteceria, e logo pos-se a correr.

-- REMO! – berraram Tiago e Sirius, disparando atrás do amigo. – Assim não vale!

Os três riam, enquanto corriam descontrolados escadaria abaixo, corriam os três o mais rápido que podiam, o orgulho em jogo.

-- Tiago... – começou Sirius, quando já corriam a um minuto.

-- O que foi, Sirius? Bela hora a sua para confissões.

Sirius sorriu.

-- Preciso te lembrar de uma coisa...

Imediatamente a curiosidade de Tiago foi atiçada, seus ótimos sentidos de apanhador atiçaram-se sem perder a concentração da correria.

-- O QUE FOI?!

-- Três D’s... – disse Sirius displicente.

-- O que? – exclamou Potter, franzindo as sobrancelhas, sem entender nada.

-- Sabia que você não tinha prestado atenção nas aulas.

-- Que aulas, meu deus?

Sirius deu um sorriso imperceptível e arfante pela corrida misturada com a fala, exclamou:

-- Destinação, Determinação e Deliberação!

Tiago compreendeu uma fração de segundo tarde demais, ele se jogou sobre Sirius para impedi-lo, mas era tarde, O maroto já havia rodopiado e desaparecido.

-- Ele aparatou, Remo! – reclamou Tiago, levantando-se pela segunda vez. Agarrara o vazio.

Remo riu. Os dois puderam ouvir uma risada canina vinda lá de baixo.

-- NÓS TE PEGAMOS, ALMOFADA!

Remo sorriu, assentindo para Tiago.

-- Vamos lá, aprendemos ano passado.

Tiago revirou os olhos. Ainda lembrava de Wilkie Twycross. Instrutor de aparataçao que visitara os alunos no ano anterior, em Hogwarts. As aulas foram um desastre completo. E Tiago e Sirius irromperam o salão com fogos, em uma delas. Ele sorriu com a lembrança mas logo foi despertado por um suspiro de Remo.

-- Vamos logo.

-- Odeio aparatar. Sufoca – resmungou. – Prefiro voar. -- sorveu o ar e aparatou.

Remo sorriu. Ele ainda não sabia, mas futuramente um garoto com a cara de Tiago e cicatriz na testa falaria a mesma coisa, fazendo-o lembrar irremediavelmente do amigo. Mas isso, como já foi comentado, ele não estava nem perto de saber.


Quando Remo sentiu os pés firmes e abriu os olhos, encontrou Sirius e Tiago numa guerra de almofadas.

-- Você trapaceou seu imbecil! Não valeu!

Eles riram. Quando foram interrompidos pela lareira no canto esquerdo da sala maravilhosamente bem mobiliada e já bagunçada pelos Marotos. Um homem de cabelos escuros e olhos esverdeados saiu do meio das chamas verdes, sorrindo para os três.

-- Oi, pessoal! Ainda acordados? Já são quatro horas, o expresso sai daqui duas horas!

-- Pai! – exclamou Tiago, parando de golpear Sirius e pondo-se de pé.

Os quatro conversaram por alguns minutos e depois se dirigiram para a sala de estar, onde Katarina esperava o marido, lendo um livro sobre a luz de um candelabro.

-- Você precisa parar de me esperar chegar. Todos vocês.

Katarina ergueu imediatamente os olhos escuros do livro, sorrindo radiante.

-- John! – ela jogou-se nos braços dele.

Agora era sempre assim, sempre aquele problema. Aquele alivio quando ele chegava em casa, em segurança, pelo menos até o dia seguinte.

John Potter permitiu absorver o cheiro dos fios dourados do cabelo da esposa, depois a soltou e sorriu aos garotos.

-- Por que vocês não vão dormir agora que cheguei em segurança? – ele sorriu, brincalhão.

Tiago negou, mordiscando um dos bolinhos que a mãe trouxera para o pai.

-- Queremos novidades, pai. Nós sabemos que você tem coisas a contar e que está escondendo. Estamos indo embora amanha, e proibiram as corujas por tempo indeterminado, lembra? Sabemos que a situação está critica e precisamos saber!

John suspirou, sorrindo levemente. A determinação do filho era invejável.

-- Sentem-se – ele apontou a mesa comprida – Vou resumir e vocês correram pra cama, não quero saber de nenhum ‘mas’ entenderam? Depois quem sofre para tirá-los da cama sou eu.

Os três assentiram e sentaram-se a mesa, aguardando.

-- Vou colocar vocês três a par do que os aurores sabem, isso não pode ser espalhado por ai, naturalmente. – ele fez uma pausa, e recomeçou cansado. -- Voldemort está crescendo terrivelmente e seus poderes aumentando descontroladamente. O ministério está trabalhando muito, mas sem obter muito êxito. Em duas semanas, foram decretadas seis mortes. E tudo indica que isso tende a piorar, ainda não sabemos quanto. Mas muito. Voldemort começou a reunir aliados, pessoas que concordem com ele e ajudem-no a matar...

-- Sabia! – exclamou Sirius, interrompendo. – Régulos, meu maldito irmão. Disse alguma coisa sobre isso. Ele quer ser um desses caras, minha prima Belatriz também. Como eles chamaram, mesmo? Ah, sim! Comensais da Morte, se não me engano.

O Sr.Potter ergueu as sobrancelhas, aparentemente essa informação o Ministério ainda não sabia.

-- Obrigado Sirius. – Sirius assentiu e esperou John continuar – Eu sei que vocês têm entre 16 e 17 anos, e estão bem grandinhos, para entender o que está em jogo, Voldemort e seus Comensais, se Sirius estiver certo, tem como primeiro objetivo, conseguir ainda mais aliados, e depois... - ele deu uma pausa - depois, terminar com... nascidos trouxas.

Tiago murmurou algo inaudível, Sirius lendo sua mente, encarou-o.

-- Relaxe, Lílian está bem. Hogwarts é segura, temos Dumbledore.

-- Mas por quanto tempo? – o rosto de Tiago assumiu uma expressão tensa e séria.

-- Vai ser difícil controlar Voldemort – continuou o Sr.Potter – Ele está conseguindo o que quer, apavorar a todos. Nada mais é como antigamente...

Fez-se silencio, exceto pelo som das mordidas de John Potter nos bolinhos.

-- Agora chega. – Katarina levantou-se – Para cama.

Os três assentiram, e ela estreitou os olhos.

-- Eu falo sério sem traquinagens. Durmam!

Os três riram e foram para seus quartos, sob resmungos de Tiago de que não ficaria aparatando toda hora e que precisava de uma vassoura móvel a sua disposição na sala, para quando quisesse subir até o quarto.

-- Quem manda ficar com o ULTIMO andar?! – Foi a ultima coisa que Katarina ouviu Sirius rebater, antes que suas vozes fossem apagadas.

Ela sorriu.

-- Esses três...

-- Eu sei. – O marido assentiu, rindo.

Ela sentou-se ao seu lado, a fim de curtir a noite com o homem que mesmo depois de 20 anos de casada, ainda era perdidamente apaixonada.



Katarina tinha razão, fora mesmo difícil acordar na manhã seguinte.

Tiago, Sirius e Remo encontravam-se bocejando na estação King’s Cross, os olhos de pálpebras pesadas de sono procurando admirar todos os trouxas que empurravam febrilmente os carrinhos com malas até sua plataforma.

-- Uma coisa que nunca entendi, -- começou Sirius entre um bocejo e outro – É como esses trouxas não estranham, quer dizer. Olhe os nossos malões e as nossas corujas! Eu desconfiaria, quer dizer é estranho nosso tipo de bagagem né?

Tiago riu. Seus pais haviam acompanhado-os até ali, despedindo-se e comentando que provavelmente o Ministério voltaria a liberar as corujas, então eles se corresponderiam.

Sirius ergueu as sobrancelhas quando uma trouxa loura passou por eles, seu sono parecendo ter se dissipado.

-- Tiago... – murmurou. Imediatamente o amigo também a viu e levou a mão aos cabelos.

Remo revirou os olhos, suspirando. Os amigos tinham o que ele chamava de Eretomania, para os leigos, compulsão sexual masculina. Mas Tiago e Sirius preferiam simplesmente chamar de válvula de escape.

-- Ei, pessoal! – exclamou Remo, que logo foi silenciado com ‘shius’ dos amigos, que ainda encaravam a loura que ia entrando na zona da plataforma cinco. – Vamos logo. – revirou os olhos e saiu empurrando o próprio carrinho para o meio das plataformas nove e dez.



A plataforma nove e meia, com a locomotiva vermelha a vapor repousando, já estava apinhada de alunos das mais diversas idades. O som de conversa enchia o local que se intitulava Expresso de Hogwarts . A fumaça da locomotiva se dissipava sobre a cabeça dos estudantes, enquanto estes conversavam. Gatos das mais diversas cores andavam por entre suas pernas. Os pios das corujas descontentes era ensurdecedor. Algumas pessoas já estavam dentro do trem, brigando por um assento ou debruçado nas janelas, conversando com a família.

Remo sorriu para Tiago e Sirius quando eles se juntaram a ele.

-- Lá estão as meninas. – apontou ele.

Realmente, lá estavam elas. Os três sorriram e permitiram-se admira-las de longe.

Lena, Lílian e Jane. Três belezas absolutamente distintas. Mas era impossível dizer qual era a mais bonita. Lílian, sempre maravilhosamente arrumada, sorria e passava a mão longa de dedos finos nos cabelos acobreados. Sua pele alva refulgia, brilhando e cegando a qualquer um que não tivesse os olhos preparados para sua beleza. O rosto era delicado, de garota mulher, cheio de pequenas sardas, os olhos amendoados eram doces, ingênuos, porém sempre desconfiados, verdes como o mar. Ela retorcia levemente o nariz quando ria de verdade e não apenas por educação.

Jane tinha tudo para ser uma garota sem sal, apesar de seus cabelos dourados caindo-lhe pelos ombros, ela não possuía nada aterrador como as amigas. Mas as bochechas vermelhas e o sorriso de covinhas junto com o par de olhos azuis como safira davam-lhe um ar juvenil e espontâneo. Gostoso de ser admirado.

Lena era simples e puramente espontaneidade. Ela não mentia, não esnobava. Era orgulhosa, sincera, doce, cítrica. Os olhos cinzentos lembravam o amanhecer de um dia de outono. Brilhavam demonstrando força e determinação. Os cabelos cor de chocolate estavam presos em uma trança solta, que repousava em seu ombro direito e ia até a altura da cintura. A trança solta, com alguns fios mais curtos fugitivos caindo no rosto, lhe dava um ar relaxado. De noites quentes de sábado na varanda. Ela nunca se preocupava em se arrumar demais, nada de muita maquiagem. Nada de roupas elegantes. Era bela como uma tarde de sol. Sua pele era dourada, cor de mel. Não se parecia com nenhuma garota que Sirius conhecera, ele estava acostumado com loiras de cabelo solto e impecável, unhas compridas sempre feitas. Lena roia as unhas.

Os três se aproximaram, sorrindo.

-- Oi, meninas!

As três ergueram o olhar e pararam de conversar.

-- Remo! – exclamou Lílian, jogando-se em seus braços num abraço apertado – Como foram suas férias?

-- Foram boas – ele sorriu e ignorando os protestos de Tiago, beijou a bochecha da ruiva. – E as suas?

-- Boas.

-- Por que diabos você não é assim comigo Lílian? – reclamou Tiago, ajeitando melhor a gaiola de sua coruja malhada nas mãos.

-- Lendo nas entrelinhas, Potter. Eu diria que ela não gosta de você – suspirou Sirius – E sabe, eu não a culpo.

Todos riram, até mesmo Lílian.

-- Oi Lena. – Sirius sorriu ao observar as pernas bem desenhadas da garota, a mostra por um pedaço de jeans minúsculo que ela chamava de short.

Ela encarou-o. Quase tinha esquecido de como ele era alto e bonito.

-- E aí Sirius, tudo bom?

Ele assentiu, sorrindo de lado ao inclinar-se para beijar sua face. Ela tinha um cheiro leve e marcante. Como chocolate quente no inverno.

-- Você fez falta, fiquei trancado as férias inteiras com Tiago, entende? É difícil ficar olhando a cara feia dele todo esse tempo.

O punho de Tiago imediatamente voou para o braço de Sirius, os garotos riram novamente. Mas a locomotiva vermelha deu sinais de partida, o que fez com que todos rapidamente pegassem suas bagagens e subissem no expresso.

-- Hei garotas – começou Lílian – Eu encontro com vocês depois, certo?

Elas assentiram, e saíram a procurar um vagão na companhia de Sirius e Tiago. Lílian e Remo iriam para o vagão dos monitores, ele observou-a enquanto ela lia desesperadamente o papel com seu primeiro discurso como monitora-chefe.

-- Ora Remo! – ela soltou o ar dos pulmões enquanto se desviava de uma aluninha do primeiro ano, aparentemente perdida. – Como você pode ficar tão...sóbrio?

O garoto riu com o comentário.

-- Sabe, Lílian... você pode achar loucura mas depois que você convive sete anos com Sirius e Tiago, você descobre que os detalhes são importantíssimos e que é besteira organizar tudo antes, porque no final o seu plano acaba não dando no que você esperava – ele riu novamente ao ver a ruga que formara-se entre as sobrancelhas da ruiva -- De certa forma, aprendi com eles que o importante é falar tudo o que vem na hora – ele observou-a por mais alguns segundos -- Você deveria relaxar.- completou ao ver as faces pálidas da garota.



No corredor do expresso, na direção contraria, Sirius puxava as malas, febrilmente, tentando encontrar algum vagão vazio.

-- Droga! Em todos eles, se não tem Sonserinos, tem pirralhos!

-- Sirius – Jane o repreendeu, apesar de sorrir – Você não deveria chamar os calouros assim! Você não lembra como foi assustador a primeira vez?

Sirius parou, recordando. Depois deu de ombros voltando a andar.

-- Eu não estava assustado, de qualquer forma é o que eles são. Pirralhos chatos que atrapalham a circulação nos corredores e... PELO AMOR DE MERLIN VAMOS ANDAR LOGO COM ISSO? -- berrou ele a plenos pulmões a três garotos que tumultuavam o corredor com seus malões, que saíram logo de fininho.

-Sirius, de o fora daí, você NÃO consegue andar pelos corredores sem fazer estardalhaço e é VOCÊ quem esta entalando tudo, sua anta! – Tiago empurrou Sirius “delicadamente” para fora do caminho e tomou seu lugar na frente do grupo.

Eles recomeçaram a andar até que finalmente encontraram uma cabine vazia. Entraram com estardalhaço. Sirius e Tiago arrumaram as malas no bagageiro e todos sentaram, levemente cansados.

-- Então como foram as férias? – perguntou Sirius para as garotas ignorando as imitações medonhas que Tiago fazia ao imitá-lo.

-- Hum... – Jane parou de rir das imitações -- As coisas estão complicadas não é mesmo?Com aquele lance do Voldemort e tudo, não? Com todos esses ataques e prisões sem motivo...

Lena suspirou pesadamente, desviando o olhar da janela.

-- Meus pais disseram que não sabem se Hogwarts ainda é segura, estavam pensando até em não me deixar voltar. – Sirius sentiu uma estranha cambalhota no estomago – Mas com Dumbledore e tudo, acharam melhor não.

Sirius assentiu.

-- É seguro lá, com Dumbledore.

Tiago cutucou o ombro de Sirius, brincando.

-- Pelo amor de Merlin Almofadinhas, você deveria tentar ser um pouquinho mais inteligente às vezes, nos seus comentários e tal, sabe? Portanto, enquanto você por algum motivo não consegue... faça um favor a sacrossanta humanidade e cale a boca.

Lena riu enquanto Jane censurava Tiago por cima de seu livro. Sirius abria a boca para responder quando a porta da cabine se abriu revelando um par de belos olhos verdes, Tiago levou a mão imediatamente aos cabelos. Atrás de Lílian vinha Remo, os dois já com as vestes da escola. Tiago não pode deixar de notar como aquela saia pregueada ficava linda nas pernas de Lílian.

Os olhos de Remo e Jane se encontraram e os dois coraram sugestivamente, Sirius levantou as sobrancelhas.

-- Então Lílian como se saiu no discurso? – Lena sorriu levemente quando a amiga jogou-se no banco ao seu lado.

Lílian fez uma careta e murmurou um “ótima” enquanto retornava a olhar para a janela, levemente envergonhada com o olhar fixo que Tiago lhe dava sentado a sua frente.

Conforme o tempo passava, o sol ia se pondo na vidraça, deixando a cabine num tom gostoso e levemente alaranjado, a paisagem lá fora era de arvores atrás de arvores, o ar emanava calor, mostrando que o verão estava em alta.

Sirius e Tiago estavam sentados no chão, jogando uma partida animada de snap explosivo enquanto Remo e Jane se encaravam levemente corados, Lena observava interessada a partida.

Sirius desviou o olhar do jogo e pousou-o na loira sentada a sua frente, Jane nem notou o olhar, ele olhou então para Remo, sentado as suas costas, e esboçou um grande sorriso maroto, Tiago logo compreendeu e também sorriu perguntando a Lena para puxar assunto:

-- Então, Lena, e a senhorita?Apaixonada?

-- Eu não, no momento acho os homens uns hipócritas egoístas e desprezíveis, e você não acha isso deles, Sirius?

-- Hey... Eu sou homem, lembra?

Lisa esboçou uma cara surpresa:

-Ah, é mesmo! Eu tinha me esquecido.

Todos ao redor de Sirius deram gostosas gargalhadas, enquanto a garota sorria levemente.

A noite já se estendera na cabine, à lua iluminava o sofá em que os garotos, todos já com as vestes da Grifinória, conversavam e comiam o que sobrara das delicias do carrinho de guloseimas.

O expresso foi ficando cada vez mais lento até finalmente parar, de repente começou uma agitação repentina no corredor que significava que os alunos já estavam desembarcando, desesperados por um jantar e uma cama, amanhã de manha, o ano letivo já começaria.

Todos saíram da cabine, carregando suas malas e conversando animadamente, apenas Tiago e Lílian ficaram ali. Ele olhou o perfil delicado da ruiva, permitindo-se admirar seus lábios cheios. Ela parecia apreensiva com sua presença ali.

-- Sabe, Evans...Eu não mordo.

Lílian não respondeu, jogou o cabelo para trás, colocou a capa e desceu seu malão dispensando a ajuda de Tiago com um gesto displicente. Ao alcançarem a entrada, o conhecido tumulto já estava presente, alunos gritando uns com os outros, as corujas piando cansadas, o som de risadas. Tiago permitiu-se um sorriso saudoso. Iria sentir falta de Hogwarts e tinha um mau pressentimento sobre o que o aguardava lá fora.

-- TIAGO, SEU LERDO VOCÊ NÃO VEM NÃO?ACHA QUE TEMOS A NOITE INTEIRA PRA TE ESPERAR? - a voz brincalhona de Sirius penetrou seus pensamentos.

-- Ah, sim, eu vou. Já vou.



Lílian puxava Lena pela multidão.

-- Aonde vai com tanta pressa?! – ela exclamou, já cansada e querendo pousar o pesado malão no chão.

-- Arranjar uma carruagem! Quase tinha esquecido como isso aqui é cheio.

-- Não seja idiota – revidou, revirando os olhos – Você sabe que os marotos a essa altura já acharam uma e estão nos esperando, e Jane está com eles. Não faça essa cara – acrescentou quando a ruiva torceu o nariz, desgostosa. – Você disse que iria dar uma chance a Tiago esse ano.

-- Eu não disse isso! Eu disse que...

-- Já sei, já sei! – Lena interrompeu antes que Lily continuasse – Mas faça isso por mim, sim? – pegou-a pela mão e puxou-a com força contra a multidão, indo encontrar os garotos.

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**Andressa Evans Potter **
Oi, garota! Uma das suas fics preferidas?Nossa³, que honra, cara! Sério, brigada mesmo. Que bom que gosta tanto :O espero que tenha gostado do novo primeiro capitulo, é divino ter leitoras antigas aqui comigo! :D beijão!

Nanda Potter
Guriia!Padrão Pam de Qualidade!AHEUAEHUEAUHA, me sinto muito cheia quando vocês falam essas coisas, muito mesmo! Cara, que gom que vocês gostam tanto! :D E ainda bem que vai acompanhar C: espero que tenha gostado do primeiro! Alias, você não tinha uma fic? Deletou ela?! :S

L²ùuuh Black
Sua fic preferida?! *olhos brilhando* SÉRIO!? Cara, to me sentindo muito master agora graças a todas vocês! Mas sério, a preferida? OLHA QUANTAS TEM NESSE SITE! :O ahiuaehuieuae puxa, obrigada MESMO!
Espero que eu arrase de novo então! HAEHUIAEUIA beijo querida!

Luisa Hunter*
Aí, Luh amada! Nem vou responder você por aqui, respondo na MTEA . ;D heauaEIUHiau conversando por comentários de novo, então? voltando aos velhos e bons tempos ;) e realmente, terceiro bimestre é O bimestre. é tipo a ultiam chance. HEIAUHEIAUEIUEA. Beijo doooida!

*Lari Forrester Black*
Que bom que você gostou do nome, tava em dúvida quanto a isso :x Se não me engano, você é nosa por aqui, não? Espero que goste e que continue voltando :D

Beijos, garotas! Obrigada por me estimularem tanto C:

Stay beautiful.

P.


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