Uma Lembrança Turva
Me lembre de não esquecer que te amo
Autora: Thaís Potter Malfoy
Shippers: Harry/Hermione; Draco/Hermione; Harry/Gina.
Resumo: Hermione sofre um ataque e acorda na enfermaria da escola, sem memória. Agora ela está totalmente perdida e não sabe se deve acreditar em seus sentimentos ou no que as pessoas lhe dizem.
Capítulo Onze – Uma Lembrança Turva
Notava-se que era uma festa. Várias pessoas amontoavam-se num mesmo lugar, tornando-o abafado e causando falta de ar em muito presentes.
Apesar disso, Hermione sorria feliz, acompanhada pelos amigos, Harry, Rony e Gina. Os quatro sentavam-se numa mesa redonda, em um canto distante da pista de dança, onde podiam conversar. Harry e Rony usavam belos trajes a rigor, sendo o do moreno inteiramente preto, a não ser pela camisa branca, o que o deixava com um ar misterioso, enquanto o do ruivo era branco, sem deixar de ser elegante.
As garotas também trajavam belos vestidos. Hermione usava um azul-petróleo com lantejoulas em seu decote V e na barra. O vestido tinha alças finas e era frente única, fazendo com que as curvas de suas costas parecessem ainda mais sensuais. Naquela noite, Hermione prendera os cabelos num coque perfeito, deixando alguns cachos caídos para ganhar charme.
Gina estava quase tão bela quanto a amiga. Ela deixara os longos cabelos ruivos soltos, desta vez enrolando as pontas, numa ondulação perfeita. O vestido dela era vermelho-vivo, tomara-que-caia e longo.
No momento, os quatro quase rolavam em risadas enquanto olhavam para a pista de dança, onde acontecia uma das maiores pérolas que o mundo bruxo jamais veria. Os olhos de Hermione estavam cheios de água e o rosto de Rony estava tão – senão estivesse mais – vermelho quanto seus cabelos.
- Eu não posso acreditar que o Hagrid trouxe o Grope! – conseguiu dizer Rony, com muita dificuldade. Algum tempo depois, quando resolveram parar de olhar o ‘espetáculo’, os ânimos estavam mais calmos, porém o riso persistia, como naquelas crises em que não conseguimos parar.
- É simplesmente... muito... engraçado! – disse Harry.
- Eu não consigo... hahaha... Parar de rir! – disse Rony, contorcendo-se em sua cadeira.
- Sinceramente... – começou Gina. – Eu sempre achei que Hagrid não batia muito bem, mas hoje eu tive a confirmação.
Hermione conteve um pouco o riso e percebeu o quão sério Harry ficara perante o comentário de Gina. No mesmo instante, Gina evitou o olhar do moreno, buscando novamente a pista de dança. Então, Hermione sentiu que era o momento perfeito.
- Harry... – ela começou. – Posso falar com você?
- Obviamente, Mione. – ele concordou. - Vamos lá fora?
- Só vai levar um segundo... – ela disse, encarando Rony, que deu nos ombros. Claramente, ele não gostava de ser excluído das conversas de Harry e Hermione.
Os dois amigos deixaram a mesa e o salão, indo em direção ao jardim; foram seguidos pelos irmãos Weasley com o olhar. Quando não estavam mais ao alcance dos olhos e ouvidos alheios, Harry perguntou:
- O que foi, Mione?
Hermione deu um fraco sorriso. – Primeiro, eu quero que você saiba que, não importa o que você escolha, eu vou sempre estar com você.
- Não precisava me dizer – ele sorriu de volta. – Eu sei que você, teimosa que é, jamais deixaria de estar ao meu lado, mesmo com toda essa história.
Hermione começou a caminhar lentamente para mais longe da festa e Harry a acompanhou. Pararam próximo a algumas árvores, e agora mal conseguiam ouvir todo o barulho da festa.
- O que quero te dizer, Harry... Ou melhor, te pedir, é para que você pense melhor quanto à sua decisão de abandonar Hogwarts. – ela disse, encarando-o profundamente, firme em seu pedido.
- Eu já decidi, Mione. – ele tentou explicar. – Tenho que procurar as malditas partes de Voldemort, que sabe Merlim onde estão, e destruí-las. Além do mais, voltar agora é bobagem. Hogwarts não é mais segura, nem lugar nenhum.
- Mas pelo menos estaríamos com nossos amigos, juntos! – ela argumentou. – Os membros da Ordem estão lá, e tenho certeza de que você vai poder derrotar Voldemort com toda certeza se terminar o sétimo ano. Não que você não seja capaz agora, mas... Ah, você me entendeu. – ele riu – E, Harry, não se pode largar os estudos no ano dos NIEM’s.
- Escute – ele olhou dentro dos olhos castanhos – Eu sei o quanto aquele lugar é importante pra você, também é pra mim. E eu sei o quanto você gosta de estudar, Mione, e nada te impede de voltar. Inclusive ficarei feliz por você.
- Queria saber que parte do “eu vou sempre estar com você” o senhor Potter não entendeu. – ela cruzou os braços enquanto ele ria outra vez. – Mas, Harry, pense bem. O que será da sua vida se não terminar Hogwarts? Por mais que você seja Harry Potter e blábláblá, a escola é importante.
- Se eu sobreviver, a gente pensa nisso – ele respondeu, piscando um olho para ela e fazendo-a rir.
- Seu bobo. – ela deu um soco leve no ombro dele. – É claro que vai sobreviver.
- É bom saber que alguém tem esperanças em mim. – ele fitou seus próprios sapatos.
- Promete que vai pensar? – ela perguntou. Hermione levou o dedo até o queixo dele e o fez encará-la.
- Prometo – ele respondeu, com um leve sorriso. Hermione o abraçou de modo protetor, repousando a cabeça no ombro direito do amigo em seguida. – Está linda hoje, sabia? – ele quebrou o silêncio.
Ela riu, sem graça. – Obrigada. Você também está... encantador.
- Encantador? – ele perguntou, jogando verde.
- Ah, Harry... Assim você me deixa sem jeito. O que é que deu em você hoje? – ela brigou, e mais alguns socos foram distribuídos à vontade pela morena. – Vamos voltar? – ela perguntou, sorrindo.
- Prefiro ficar mais um pouco – disse o moreno – Tenho a sensação de que Gina está prestes a me tirar pra dançar.
- Dançar não é tão ruim.
- Aí vem a outra “festeira”... Vai querer que eu dance com você também?
- Se isso é um convite, eu aceito.
Mesmo Harry fazendo cara de quem não estava gostando, Hermione tomou uma de suas mãos e envolveu a outra em sua cintura. Os dois começaram a se mover vagarosamente, no ritmo da música que tocava lá dentro, durante um tempo até Harry resolver se afastar.
- Acho melhor não, Mione, ou você vai acabar com os dedos seriamente machucados.
- Você não é tão mal assim – ela comentou.
Ele olhou desconfiado. – Acho que não fui feito exatamente para dançar.
- Gina não se decepcionaria.
- Não estou muito preocupado com ela agora – ele disse. Harry, de repente, tornou-se sério, assustando a amiga. Olhou-a nos olhos de modo fixo e penetrante enquanto a distância diminuía.
O contato direto de seus olhos não se quebrou em momento algum. Um brilho habitava os olhos de Harry, como se ele visse uma luz intensa. Mas Hermione deixou de apreciar esse brilho especial quando o rapaz encostou os lábios nos dela e a obrigou a fechar os olhos. E nem mil palavras poderiam descrever aquela sensação que ela esperara por tanto, tanto tempo.
Hermione desceu as mãos dos ombros de Harry para seu peitoral, por cima da camisa social, para depois voltar as mãos para os ombros. Harry puxou-a pela cintura para mais perto, acabando com qualquer distância que pudesse existir. Em seguida, O Escolhido entreabriu os lábios, gentilmente pedindo passagem, ao que Hermione assentiu.
Ao mesmo tempo em que ele invadia a boca de Hermione com sua língua (e a morena correspondia), Harry foi andando para frente de modo imperceptível até que ele mantivesse Hermione entre ele mesmo e uma árvore, pressionando o próprio corpo no dela. A grifinória não pôde evitar que um gemido urgente saísse de sua boca, provocado pela proximidade dos corpos.
Era tão bom – e certamente estranho, ao mesmo tempo. Eles conseguiam atingir a sincronia perfeita, o ritmo perfeito, sem nunca terem se beijado antes. A forma tímida como o beijo começara, porém, já não estava mais lá; fora substituída por um modo mais ardente e possessivo, presente nos braços de Harry, que a apertavam tão forte, e nas unhas de Hermione, que agora brincavam nas costas fortes do rapaz.
Nunca saberiam ao certo quanto tempo ficaram ali, naquele mesmo beijo, mas pareceu uma eternidade. Ofegaram levemente no momento em que seus lábios desgrudaram, e Hermione permaneceu de olhos fechados. Precisou morder o lábio inferior para não soltar um suspiro extasiado. Harry, no entanto, tinha a expressão abobada, olhando para o vazio, e um sorriso no rosto.
Depois de muito tempo naquele mesmo silêncio, um tanto quanto desconcertante, Hermione resolveu perguntar a Harry o motivo de toda aquela loucura – e ela se referia ao beijo.
- Eu... Não sei. – ele disse, sincero, assim que ela perguntou. – Uma vontade insuportável tomou conta de mim e simplesmente... Deixei-me levar.
- Não devia ter feito isso, Harry. – ela abaixou os olhos.
- Não gostou?
- Não é isso... – ela suspirou.
- Olha... Me desculpe. Não quero de modo algum que as coisas fiquem estranhas entre nós. Mas achei que você também queria... Não fez nada para me impedir. – ele murmurou, com simplicidade.
- É minha culpa, mesmo. Eu devia ter feito algo, mas acho que também queria... Acho, não. Tenho certeza. E eu queria muito, Harry. Há muito tempo. – ela corou, e virou-se de costas para que ele não visse isso.
- Então não há porque se arrepender, certo? – ele colocou uma das mãos no ombro da ‘amiga’.
- Na verdade, há. – ela virou-se para ele. – Eu não podia ter te beijado. Rony me pediu em namoro hoje, e eu aceitei.
- Por que não me contaram? – o rapaz quis saber, carinhoso.
- Nós íamos dizer amanhã. – ela encarou Harry. – Não diga nada a ele?
- Só se você não disser à Gina.
- Por quê?
- Ontem à noite ela foi até o meu quarto, disse que queria voltar. E eu disse que pensaria no assunto... Hoje, quando ela foi levar uma xícara de chocolate quente no quarto para mim, nós nos beijamos.
- Então vocês voltaram? – perguntou a morena, com lágrimas nos olhos.
- Eu... Imagino que sim. – ele respondeu.
- Estou muito decepcionada com você, Harry. Não que eu não tenha culpa... Mas foi você quem me beijou! Não tem consideração pela Gina? – Hermione ficou muito nervosa.
- Mione...
- Quer saber? Apenas ignore esse beijo, finja que não aconteceu. – ela já estava voltando para a festa, quando se voltou para ele e completou – E nunca conte isso a ninguém.
Hermione acordou assustada. Olhou em volta e não reconheceu o lugar imediatamente, precisando de um tempo para lembrar que estava em seu novo quarto de monitora-chefe. Logo depois, questionou-se sobre o motivo de acordar tão repentinamente e o sonho veio a sua mente.
Parecia bem real, e isso lhe causava arrepios. Sentia como se uma parte de sua memória houvesse sido restaurada. Além disso, ela tinha certeza de que não era possível sentir um beijo de modo tão profundo quanto ela sentira sonhando. Teria, então, realmente se lembrado?
Só havia uma maneira de descobrir: perguntando a Harry. Seria embaraçoso, com certeza, principalmente se o beijo fora um sonho, pois então o moreno ficaria sabendo que ela sonhara em beijá-lo, mas ela não conseguia pensar em outra maneira.
Talvez, com um pouco de cautela, não precisaria contar exatamente o sonho que tivera para ele; Harry queria mesmo lhe contar algo, mas tudo conspirara contra isso, e ela sabia que o que ele queria dizer tinha a ver com a ‘relação’ deles, por causa do beijo que eles trocaram antes do jogo – o mesmo que fizera Draco ficar morrendo de ciúmes.
“Oh, não. Draco”. A consciência de Hermione pesou ao lembrar-se do namorado. Era a segunda vez que ‘sonhava’ com Harry, estando com ele. Ela definitivamente não tinha o direito de fazer isso com o seu loiro... Se ele soubesse daquele sonho, ainda mais depois de tudo que acontecera entre eles no fim de semana, ficaria arrasado, talvez até inseguro, e com mais ciúmes do que nunca.
Hermione decidiu, então, limpar a mente daqueles pensamentos atordoantes, e se concentrar no longo dia que teria pela frente.
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Quando chegou à enfermaria, o lugar parecia alegre. Hermione pôde ver a cama de Harry com Rony e Gina envolta e arriscou dar uma rápida olhadela para o fundo do dormitório, onde achou uma cama vazia, indicando que Draco já recebera alta.
- Mione! – Harry exclamou quando a viu. Gina, aparentemente, não ficara muito feliz ao deixar de ser o centro das atenções do namorado.
- Como está, Harry? – perguntou a morena, aproximando-se da cama dele.
- Bem, bem... E você? O Malfoy não te fez nada depois que eu desmaiei, fez?
“De certo modo...” Hermione pensou, contendo um sorriso. – Não, não... ele ficou muito ocupado com a Parkinson.
Rony se meteu na conversa – Foi tão engraçado o jeito como ele foi escorregando pela escada com aquele traseiro murcho dele! Depois, ficou fazendo cara de quem comeu e não gostou... pena que você desmaiou, cara.
“De murcho aquele traseiro não tem nada... “, pensou Hermione, sem se conter.
- Hoje de manhã ele parecia feliz demais para quem caiu com o traseiro na escada. – Harry comentou.
- Por quê? – Hermione perguntou, automaticamente. – Ele recebeu alguma visita?
- Não, não recebeu... Por quê?
- Nada! Absolutamente nada... – a morena ficou aliviada em segredo, muito satisfeita porque Pansy Parkinson não resolvera fazer uma visita a Draco. – Bom, eu já vou então...
- Já? – Harry murmurou.
- Oh, sim... tenho deveres da monitoria.
- Ué... voltou a ser monitora? – perguntou Rony.
- Monitora-chefe, Ronald. E, sim, voltei. – Hermione sorriu. – Ah! E resolvi aceitar aquele quarto que eu tenho direito, sabe...
- Mas você tinha combinado conosco que ficaria ficar nos dormitórios! – resmungou Rony.
- Ah, mas você fez muito bem, Mione. – Gina interveio. – O dormitório é totalmente sem privacidade.
- O que te fez mudar de idéia? – perguntou Harry – Vamos ficar mais tempo sem nos ver agora...
Hermione ficou na dúvida do que dizer. Entre tantos motivos, o principal que a fizera optar pelo quarto era a possibilidade de ver Draco com mais privacidade e mais constantemente. Obviamente, porém, não podia dizer aquilo aos amigos.
- A Lilá me fez mudar de idéia. – ela respondeu, o que não era de todo mentira.
Um silêncio permaneceu durante alguns segundos, até Rony dizer: - Bom... eu vou dar uma volta por aí, antes de começarem as primeiras aulas.
- Nem todos têm a sorte de perderem a aula do Snape. – Harry gabou-se e recebeu um soco do amigo.
- Vai perder o resto das aulas da semana se continuar com essa gracinha. – Rony brincou.
- Harry, docinho... acho que também já vou. – Gina disse, dando um beijo cinematográfico no namorado, ao que Rony preferiu olhar desconcertado pela janela; Hermione riu do jeito do amigo.
Foi então que percebeu que não estava como Rony. Ela, que antes não gostava de ver qualquer carinho por parte do casal, agora encarava o beijo normalmente, não sentia nada. Mesmo depois do sonho que tivera durante sua primeira noite no novo dormitório, sentiu como se Harry fosse um passado em seu coração. E, achou estranho, aquilo lhe deixava em uma incrível paz.
- Também já vou, Harry – Hermione disse, assim que os pombinhos encerraram o beijo. – Não quero chegar atrasada pra aula do Snape, sabe.
- Mas ainda quero aquela conversa, srta. fujona. – ele disse, sorrindo. Hermione gelou, pois as palavras do amigo a fizeram lembrar ainda mais do sonho que tivera.
- Tudo bem, conversamos hoje... Vá até o meu quarto novo. – ela sugeriu, dizendo para ele como chegar lá. – Agora é melhor irmos. – ela disse e Rony e Gina concordaram. – Até mais, Harry.
- Tchau, cara.
- Depois eu volto, amor. – despediu-se Gina, fechando a porta da enfermaria ao passarem.
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A aula de Snape não podia ser mais chata e entediante. Naquela manhã, o professor resolvera passar uma aula teórica sobre as propriedades das pedras preciosas e suas utilidades no preparo de poções.
- ... Portanto, agora conseguem entender porque o diamante é tão cobiçado, tanto no meio bruxo quanto no meio trouxa. – o professor dizia, com sua voz arrastada – Além de ser o sólido mais resistente já encontrado, também é um importante ingrediente da poção Portus, utilizada para fazer as Chaves de Portais. Anotem em seus pergaminhos o dever de casa...
A classe toda murmurou e resmungou em uníssono, exceto duas pessoas. De uma delas, isso já era esperado. Essa pessoa, é claro, era Hermione Granger, a sabe-tudo. A outra – felizmente, ninguém notara – era Draco Malfoy. Ambos deixaram de se manifestar porque nem ao menos ouviam o professor de poções. Estavam perdidos em seu próprio mundo, seus olhares discretos um para o outro deixavam isso evidente.
- Draco! Fale com ele! Ele sempre te ouve... – Pansy o chamou para a realidade, para a fúria da grifinória sentada do outro lado da sala. – Peça para ele passar menos dever, chuchu.
Draco, que nem sabia do que se tratava, retorceu o nariz ao ouvir a palavra ‘chuchu’. – Escute, Pansy... Será que dá pra parar de me chamar dessas coisas ridículas que você tira sei lá de onde? Estamos em público, sabe.
- Tudo bem, se você quer assim... – ela deu nos ombros. – Mas fale com o Snape! Eu não estou com a mínima vontade de escrever cinco pergaminhos inteiros sobre a história das principais pedras preciosas.
- Cinco pergaminhos? – ele assustou-se. – Vou falar com o Snape agora mesmo... - Pansy sorriu enquanto o loiro se dirigia até a mesa do professor e os outros alunos guardavam o material.
- Pois não, sr. Malfoy. – o professor disse.
- Professor, queria pedir para o senhor pensar melhor sobre o nosso dever de casa. – Draco disse, tentando puxar ao máximo o saco do professor, sendo educado. – Não teremos muito tempo para escrever, por mais que sejam somente cinco pergaminhos... A Sonserina tem treino todas as noites. O time está dando o seu melhor para ganhar da Grifinória no próximo jogo.
O professor pareceu ponderar – Neste caso, senhor Malfoy... – ele ficou em pé e chamou a atenção da turma – Escutem, todos. Vou ajudá-los, apesar de não o merecerem. Poderão fazer os trabalhos em duplas.
Todos suspiraram aliviados e um burburinho recomeçou. – Obrigada, professor. – uma aluna disse em voz alta.
- Contudo... – ele continuou, desanimando os mais espertos – Sua dupla terá que ser de uma casa diferente da sua.
Silêncio.
Snape, obviamente, sabia que as duplas teriam de ser formadas por um grifinório e um sonserino, já que só estas duas casas participavam daquela classe. Foi então que Draco teve a brilhante idéia, antes que alguém o fizesse. Ele, então se aproximou de Hermione, enquanto esta o olhava, desconfiada.
- Granger...
- O que foi, Malfoy? – a morena respondeu, o mais ríspida que podia.
- Vou te fazer o favor de permitir que forme dupla comigo, sim? – ele disse, cheio de seus modos convencido e prepotente.
- Se está pedindo para fazer dupla comigo, Malfoy... Tudo bem.
Alguns dos amigos de Draco, Rony, Lilá e outros grifinórios observavam a conversa dos dois, não acreditando no que estavam vendo.
- Ótimo, então. – ele tentou não demonstrar a alegria, assim como a morena.
- O que está fazendo, Draco? – perguntou Blaise Zabini. – Vai em dupla com a sangue-ruim?
Dino teve que segurar Rony para que este não avançasse em Malfoy.
- E isso é da sua conta desde...? – o loiro rebateu. Lançou um ultimo olhar para Hermione antes de se afastar dela. Chegando perto dos amigos sonserinos, ele deu uma risadinha – Blaise... você não saca mesmo as coisas, não é? A Granger é a melhor aluna da Grifinória. Logo, eu vou tirar uma nota brilhante em Poções, e não terei que ao menos me coçar pra isso.
Os amigos dele riram, mas logo disfarçaram quando Hermione se aproximou deles. – Ah, Malfoy. – ela disse. – Você não achou mesmo que ficaria sem fazer nada, achou? Não sei se você se lembra, mas eu perdi a memória, portanto não tenho todo o vasto conhecimento que tinha antes. Você terá que se coçar, sim. Encontre comigo na frente da biblioteca hoje à noite, às 7h, logo após o jantar.
E saiu sem se despedir, deixando Draco ser pisoteado e zombado pelos seus ‘amigos’.
- Mione, ficou louca? – perguntou Rony, quando a alcançou no corredor. – Formar dupla com o Malfoy é muito arriscado... ele jamais viria até você se não estivesse armando alguma!
- Ele não vai fazer nada comigo, Rony, não se preocupe. – ela afirmou, com um sorriso, mesmo aquilo não seno totalmente verdade.
Hermione sorriu ainda mais. Draco ainda não conhecia seu quarto novo.
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- Está atrasado, Malfoy – Hermione disse quando o loiro chegou à biblioteca.
- Um Malfoy nunca está atrasado, é o mundo que se adianta. – ele disse, com seu sorriso torto tão típico. – Vamos fazer logo este trabalho. – ele baixou o tom da voz, quase sussurrando. – Quero aproveitar o tempo que restar fazendo algo mais interessante...
- Tenho uma novidade pra você, Malfoy... – ela também baixou o tom da voz, e abriu um sorriso. – Por que não vem comigo?
Ele olhou intrigado, mas resolveu segui-la. Hermione caminhou por corredores desconhecidos por ele, mas parecia ir em direção à Torre da Grifinória. Antes de chegar lá, porém, ela abriu uma porta quase que escondida pela estátua do primeiro Guardião de Hogwarts, Teodor Fliny, e revelou um quarto, quase tão grande quanto o dele. Depois que o loiro passou, Hermione fechou a porta atrás dele.
- Gostou? – ela perguntou, sorrindo.
- Não me diga que...?
Ela apenas sorriu. – Decidi aceitar o quarto que, assim como você, tenho direito.
Draco também sorriu, com uma boa dose de malícia. – Estou imaginando tantas coisas que podemos fazer neste quarto...
- Draco... – ela advertiu, enquanto ele chegava mais perto. – Já falamos sobre isso.
Ele tomou-a pela cintura e a beijou. Apertava a morena para mais perto de si, e ela tentava (mas não realmente queria) se afastar dele, empurrando seus ombros fortes.
- Draco, pára... – ela tentava dizer entre os beijos, rindo.
- Okay, eu paro. – ele disse, mas não a soltou. – Mas confesse... Você também pensou em passar horas maravilhosas comigo aqui quando aceitou esse quarto, não foi?
- Sim, pensei –
- Eu sabia! – ele disse, beliscando perigosamente a orelha dela com seus dentes.
- Você só pensa besteira, Draco! – ela disse, mas ela mesma estava pensando montes de besteiras enquanto ele distribuía beijos em seu pescoço. – Eu quis o quarto para passarmos mais tempo juntos, mas não para fazermos o que você está pensando nessa sua cabecinha cheia de sacanagem.
- De qual cabeça está falando?
Hermione eu um soco forte no ombro dele, fazendo com que ele a soltasse para massagear o lugar onde ela acertara.
- Hermione, doeu! – ele resmungou.
- Isso é para aprender a não fazer gracinhas. Quanto mais gracinha fizer, mas longe estará de fazer o que você taaanto deseja. – ela chantagiou.
- Mas me diz uma coisa... – ele voltou a envolvê-la com os braços. – Não podemos namorar um pouquinho agora? Em comemoração ao quarto novo...
Ela fez cara de pensativa – Se for só um pouquinho...
Ele sorriu e andou até a cama, com a morena nos braços. Deitou-a sobre o colchão e deitou por cima, passando a beijar o pescoço de Hermione de forma carinhosa e sedutora. Esta fechou os olhos para curtir melhor a sensação tão boa proporcionada pelo namorado. Draco aproximou-se do ouvido dela, sussurrando:
- Nunca fiquei tão agradecido ao Snape como hoje. – Hermione ofegou quando a voz um tanto quanto sexy de Draco invadiu seu ouvido.
- Nem eu... Até onde eu me lembro, é claro. – ambos riram.
Draco encarou-a profundamente antes de arrancar-lhe mais um beijo ardente. Hermione colocou as mãos por dentro da camisa de Draco, acariciando suas costas e o puxando para mais e mais perto, por vezes passando também as mãos no cabelo sedoso do sonserino.
- Draco... – ela disse, cortando o beijo. – Você é um pouquinho pesado, amor...
- Desculpe... – ele disse, deitando-se no colchão para que ela ficasse por cima. – Vem cá.
Hermione passou a perna por cima do loiro, ficando sobre ele com uma perna de cada lado do corpo do namorado. Inclinou-se para frente até atingir os lábios de Draco, colando os seus corpos. No momento em que o beijo estava começando a ganhar calor e sensualidade, o casal separou-se bruscamente; alguém estava batendo na porta.
- Mione? É o Harry...
Continua...
N/A: Eu fiquei completamente abismada com os poucos comentários que recebi no capítulo anterior =( Se continuar assim, vou até desistir da fic, porque ninguém valoriza o nosso trabalho árduo, apesar de demorado.
Entretanto, para quem comentou, o meu muito obrigado especial...
Ah, e nesse capítulo tem recadinhos pra quem comentou... Então lá vai.
Respostas aos comentários:
Tanne: Oiee, Tanne! Valeu mesmo pelo comentário, adorei! Então você também ta se apaixonando por D/Hr? Também, né, com a “Uma Vingança Quase Perfeita” não tem como não se apaixonar... Mas olha... esta fic (a minha) ainda tem chances de ser H/Hr! Você viu bem nesse capítulo, não viu? Nem tudo está perdido! Para ser sincera, eu não sei exatamente que rumo esta fic vai tomar, mas pelo que eu vi tanto H/Hr quanto D/Hr vão te agradar! =P Espero que continue lendo apesar te tudo! Hehe. Beeeeijinhos, e continue comentando!
Frann =] : Menina! Não desiste da fic não! E fique tranqüila que eu vou atualizar mais freqüentemente. Antes que eu perca leitores importantes como você! Fico muuuito feliz que você tenha gostado do outro cap, viu? Espero que tenha gostado deste também. =P Continua comentaaaando, por favor! Até a próxima (que não vai demorar tanto). Beeeijos, e muito² obrigada.
Srta. Granger Malfoy: Amei de paixão seu comentário, Pri. ( posso te chamar assim, né? Huhu ) Que bom que você gostou do SEU capítulo. ;P Bom, nesse capítulo teve uma prévia do que Draco e Mione vão aprontar no quarto dela... hauiehauiehaiue. Mas é segredo, hein! Brigada mesmo pelo comentário, adorei... Continua lendo e comentando, ok? AAAMO. *-* Até a próxima... Ah, e pra não perder o costume.. ATUALIZA, pelo amor de DEUS!
Bella Malfoy #) : Brigada pelo comentário, espero que continue acompanhando a fic... e continue dando a sua opinião! Valeeu meeesmo².
Nick Granger Potter : Bom... não falta muito pra Mione descobrir a verdade. Mas isso não quer dizer que ela ficará com o Harry imediatamente... Mas nem eu mesma sei se ela vai MESMO ficar com Draco, ou com Harry. Então... vai depender do meu humor quando eu for escrever o final da fic. ;P Mas espero sei comentário nos próximos capítulos, e espero que continue gostando da fic... Beiijão!
Bom... agora vou indo. O próximo capítulo terá revelações fortes, assim como este. E uma pequena ceninha de ciúmes, já sabem de quem. ;P
Muito obrigada, e comentem!
Thais Potter Malfoy.
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