Fim?



Melissa subia as escadas para o dormitório feminino. Apesar de não ter o primeiro horário das aulas, perdera a hora, havia tempo para pegar suas coisas e correr para o salão principal. Se tivesse sorte, o dormitório poderia até estar vazio. Arrumava suas coisas distraidamente...
-- Melissa?
-- ãhn... ah, oi Mione! – disse encarando a garota brevemente.
-- bom dia. – Hermione sentou-se na beirada da cama de Mel, com um olhar discretamente desconfiado... -- eu não queria me meter na sua vida... mas reparei que você não tem dormido aqui durante uns bons dias.
Melissa parou de arrumar sua mochila e encarou Mione outra vez.
-- ah. Bom... é...
-- já estou sabendo sobre você e o........... o... Malfoy. Harry me falou. Espero que não tenha problema.
-- ah... Não, não. Sem problema. – Melissa voltou a concentrar-se em sua mochila.
-- sei que faz tempo que não conversamos...
-- pois é. As aulas têm te tomado um grande tempo.... digo... você sabe...
-- é. Mas..... bom, Harry me pediu para conversar com você.
-- comigo? – Melissa sentou-se na cama também, sem tirar as mãos da mochila.
-- Melissa... não sabemos se é certo o que você está fazendo. – Hermione fora direta, ainda possuía um tom constrangedor na voz, mas prosseguia decidida. -- esses encontros com o Malfoy... são perigosos.
-- perigosos?
-- Melissa você sabe do que eu digo. A família dele...... o pai...
-- ele não é o pai dele.
-- nós sabemos, mas durante os últimos anos ele não tem negado o sangue.
-- Hermione!
-- você sabe que é verdade. É muito estranha toda essa história. Desculpe-me se estou sendo direta demais, mas... pense bem. Não há motivos para o Malfoy agir assim se não for por que quer alguma coisa vinda de voc...
-- meu deus! Vocês estão mesmo perturbados.
-- não! Estamos sendo realistas.
-- Draco mudou.
-- isso não é impossível, mas... continuo afirmando que o pai dele... não se muda fácil, se é que você me entende.
-- Já disse que ele não é o pai dele.
-- mas sofre grande influência do próprio. E a qualquer momento pode acontecer alguma coisa não muito bo...
-- me desculpe Mione, mas creio que estou um pouco atrasada. – Melissa desviava-se do assunto descaradamente, levantou-se, desceu as escadas e seguiu para o salão principal. Hermione ficou sozinha no dormitório das garotas... com um ar contrariado.
-- bom. Ele não pode dizer que eu não tentei! – também se levantou e seguiu o mesmo caminho que Mel.




-- o... o senhor tem certeza de que me ouviu? – Rony estava sentado em uma sala relativamente escura. Encarando os joelhos. O homem louro à sua frente andava pelo local, como se estivesse contrariado. Falava baixinho para si mesmo...
-- ele não fez isso. Não fez.
-- o quê?
-- será que você pode ficar quieto um minuto?
-- desculpe, senhor.
-- vai sujar nosso nome... aquele muleque.... ousou não me obedecer... e aquelazinha... sangue-ruim... aquelazinha...
-- senhor?
-- MAS O QUE É AGORA? – Rony, que brevemente encarara o homem, voltou a abaixar a cabeça. O louro andou depressa até o ruivo sentado, num ato quase violento, forçou-o a levantar e apontou a varinha para seu rosto. -- escute aqui... Weasley. Eu vou saber se tudo o que você me disse for mentira. EU VOU SABER. ENTENDEU? – Rony balançou a cabeça positivamente. -- se você se atreveu a falar alguma coisa errada sobre o meu filh...
-- não falei. – Rony desvencilhou-se do louro, nervoso. -- estou aqui porque pensei que o senhor gostaria de saber o que o seu querido filho anda fazendo com a minha Melissa. Mas, já que o senhor não acredita... eu vou andando.
Rony ameaçou sair da sala, quando ouviu uma risada forçada.
-- ora, ora. – o homem ajeitava as vestes. -- mas ficou nervoso, o pequeno Weasley. – Rony o encarou. -- mas. Me diga. Por que me contou tudo isso? – Rony hesitou. -- ora vamos. Agora você já disse tudo. Quero saber o por quê.
-- acho que o seu filho tem que se meter com gente como vocês.
-- olhe como fala.
-- e eu estou errado?
-- está ficando atrevido, garoto.
-- só não quero mais ver ele com aquelas mãos em cima da minha Melissa...
-- sua?
-- é. Minha.
-- mas... não vá me dizer que você perdeu a sangue-ruim pro meu filho? – o homem soltou outra risada forçada, e Rony voltou a abaixar a cabeça. -- nem pra isso você serve, Weasley?
-- o senhor vai ou não fazer alguma coisa? Já disse que não quero mais a Melis.......
-- claro que vou... aliás. Já até comecei. E... você pode parar com essa crise toda. Não vai mais ver a “sua” sangue-ruim com o meu filho. – Lucius ameaçou outro sorriso.
-- e eu posso saber o qu......?
-- obviamente que não.
-- mas... Eu te contei...
-- algo que eu nunca esperaria de você.
-- mas...
-- escute, Weasley. Se você quiser continuar a ser... útil... vai ter que continuar a me informar coisas sobre os dois.
-- como é que eu vou saber mais que isso?
-- é isso o que eu chamo de “ser útil”. Vá descobrir. – o louro virou-se de costas. -- mas, acredito que só precisarei saber quando será o próximo encontro dos dois. – voltou-se para Rony novamente. -- pode ir andando. Preciso sair daqui rápido.
-- senho...
-- saia!
-- como é que eu vou contar ao senhor se descobrir alguma coisa?
-- já ouviu falar em corujas? Agora saia.
Rony obedeceu. Ainda não entendia o verdadeiro motivo do que fizera... estava demasiado confuso e com muita raiva do que vira na noite passada. Preferia pensar que estava fazendo um favor à Melissa e conseqüentemente... a Draco. Afinal, Lucius Malfoy dissera a ele que faria algo para romper o namoro dos dois. Que motivos teria para mentir, já que, definitivamente, também não era a favor daquilo tudo?




Melissa, já no salão principal, sentava-se à mesa da Grifinória. Correu os olhos por cima das mesas das outras casas até chegar ao ponto exato que queria: o garoto louro sentado com vestes verde e prata, que lhe retribuía o olhar. Virou-se tão rápido que não percebeu que Draco estava sozinho a um canto, e com as feições diferentes da arrogância rotineira. Outros alunos da Sonserina cochichavam e viravam-se para Draco, vez ou outra. Melissa não percebera nada até um grupo de garotas da Corvinal passar cochichando também, às suas costas. A cena se repetira algumas vezes enquanto Melissa tomava o seu café. Pensava ouvir seu nome esporadicamente, mas não dava atenção... antes de se levantar, mais um grupo de estudantes passou por ela, e ela teve a certeza, desta vez, de que ouvira seu nome.
-- mas o que é que está acontecendo aqui? – disse já em pé às costas de algumas garotas Sonserinas, que pararam. Uma delas virou-se.
-- não se faça de tola, Johns. – Pansy Parkinson se aproximava.
-- q-quê?
-- já estamos sabendo.
-- sabendo o quê? Vocês todas enlouqueceram?
-- sobre você e... Draco. – o estômago de Melissa apressou-se a se manifestar. -- sua desqualificada... eu sei que você o enfeitiçou... eu sei...
Melissa não deu ouvidos à Pansy e saiu em direção ao saguão de entrada. Por sorte, tinha o primeiro horário vago, precisava colocar os pensamentos em dia. Estava quase saindo do castelo quando foi alcançada por alguém e puxada a um canto.
-- Mel. – Draco a olhava fixamente.
-- Draco...? Mas... o que você está fazendo? Nós tínhamos que tomar mais cuidad...
-- todo mundo já sabe.
-- ãhn? Mas... e como isso aconteceu? Parkinson me parou no salão principal e...
-- eu vi. Ela me interrogou na sala comunal também. Não sei como isso foi acontecer... algumas poucas pessoas tinham uma vaga idéia sobre nós, mas... não sei como se espalhou desse jeito, Mel. – ele soltou-a e andou pelo saguão da escola.
-- o que vamos fazer agora?
-- Melissa...
-- Draco nem pense nisso. Não vou abrir mão de você.
-- nós temos que dar um tempo.
-- não. Não temos!
-- Melissa você não entende.
-- você é que não entende! Nós podemos dar um jeito...
-- MEU PAI, MEL! MEU PAI!
-- shhh.............. não grite assim comigo, Draco...
Draco se aproximou dela novamente, passando os dedos por seu rosto.
-- desculpa. – beijou os lábios da garota levemente. -- eu não quero te machucar... não quero te fazer mal, Melissa.
-- como é que você vai me fazer algum mal? Nós vamos dar um jeito...
-- não tem mais jeito.
-- Draco... – Melissa começou a ficar com os olhos marejados e ainda encarava o louro.
-- não me olhe assim...
-- eu te amo. Te amo muito. – se abraçava a ele fortemente. -- não quero ficar longe de você.
-- não faz assim. – ele afagava os longos cabelos da garota. -- eu também te amo demais.
Ficaram abraçados uns poucos minutos até serem interrompidos por grupos de alunos saindo do salão principal. Não tiveram tempo suficiente para fingirem estar ali por acaso e não serem notados... alunos da Sonserina passavam com olhares de desprezo...
-- se metendo com mestiças agora, Malfoy? – exclamou Zabini passando por Draco e Melissa, já um pouco afastados... -- traidor do sangue. – falou baixinho somente para Draco ouvir. O louro, com uma visível expressão de raiva no rosto, tirou a varinha das vestes e seguia em direção a Zabini. Melissa segurou seu braço antes que ele pudesse fazer algo.
-- não, Draco. – disse encarando-o. -- não vale a pena.
Draco saiu do saguão e Melissa não o viu mais durante toda a manhã. Na hora do almoço, Mel avistou Harry, Rony e Hermione na mesa da Grifinória, e resolveu juntar-se a eles. Rony levantou-se imediatamente, no mesmo instante em que Melissa sentou-se à mesa.
-- não queria que ele ficasse assim comigo... – ela disse aos dois amigos, um pouco cabisbaixa. -- queria ser amiga dele de novo.
Harry e Hermione se encararam por um segundo.
Almoçaram mais quietos do que de costume e seguiram para as aulas.

A noite já caía quando Melissa ainda estava parada à porta do vestiário da Grifinória, depois de um treino com a equipe. Harry estava a seu lado.
-- vamos Melissa, ele vai demorar!
-- Harry! Eu quero conversar com ele!
-- mas.... mas...
-- se você quiser ir jantar, pode ir. Não tem problema!
-- não vou te deixar aqui sozinha.
-- pode ir. Vou esperar mais um pouco e já vou. Ta?
-- se você demorar muito eu volto.
-- não precisa... pode ir.
Harry saiu andando em direção ao salão principal. Melissa continuou parada à frente do vestiário por uma meia hora... “ele morreu lá dentro?!” ela ia se perguntando enquanto seguia lentamente para Hogwarts. Draco saía pela porta do salão principal e avistou Mel. Correu até ela. Ainda estavam próximos ao vestiário.
-- estava te procurando. – disse o louro postando-se à frente da garota. Ela não respondeu. -- você vai ficar mal comigo por muito tempo?
-- não estou “mal” com você!
-- está sim.
-- Draco...
-- a gente precisa conversar... e eu to falando sério.
Melissa abraçou-se a Draco num ato involuntário. Postou a cabeça no peito dele, sentia seu coração bater fortemente. Soltou um longo suspiro e beijou-lhe a face logo em seguida.
-- quer ir à nossa sala hoje à noite? – perguntou Draco, quebrando o silêncio entre os dois.
-- está bem. – disse Melissa arrumando os cabelos que lhe batiam no rosto, por conta da brisa que começava a se formar.
Se envolveram num longo beijo.
Rony estava postado à porta do vestiário Grifinório. Ouvira tudo o que precisava, mesmo sem ser de propósito. Esperou, meio escondido, Melissa e Draco desaparecem no caminho que se seguia para Hogwarts e apressou-se a ir até o corujal. Já com um bilhete pronto no bolso, desde o dia anterior, pegou uma das corujas da escola e prendeu o pedaço de pergaminho em um lugar estratégico. “Lucius Malfoy, ok?” falou para a coruja, mesmo sabendo que ela entregaria para a pessoa que quisesse.
Seguiu para Hogwarts, não jantou.
No dormitório masculino, fingiu estar dormindo quando os outros amigos entraram.

Eram 22:30... Melissa subia ao dormitório masculino, a fim de pegar a capa da invisibilidade de Harry e o mapa do Maroto. Quando chegou perto da cama dele, percebera que ambos não estavam no malão de Harry novamente.
O relógio ainda não batia 23:00 hrs, mas Melissa corria apressada pelos corredores de Hogwarts. Chegou ao local desejado e Draco já se encontrava à sua espera, em pé, ao lado da única janela que a sala possuía. Foi ao seu encontro... não disseram nada, apenas trocaram olhares. Melissa fez carinhos no rosto de Draco... e deixava algumas lágrimas escorrerem livremente em seu rosto. Apertou-se ao peito do louro, que correspondia às carícias...
-- não veio com as “suas coisas” de novo?
-- não encontrei...
Ficaram em silêncio por um minuto, mas sem se separarem.
-- Mel você sabe que é sério quando digo que não poderemos mais nos...
-- sei... – disse a garota com os olhos marejados, voltados para os de Draco. -- mas deve haver algum jeito... nós temos que dar um jeito Draco...
-- que jeito? Não quero te colocar em perigo...
-- não vai me colocar em perigo!
-- Melissa! Não quero arriscar.
A garota se desvencilhou do louro e o encarou...
-- você não me ama Draco?
-- claro que te amo!
-- então temos que pensar... juntos.
O louro beijou-a demoradamente, do jeito que só ele sabia fazer... e que Melissa adorava. Ela começou a abrir a camisa de Draco, lentamente, deixando-o fazer o mesmo... estavam envoltos no momento, até que a porta abriu bruscamente, fazendo um som razoavelmente alto... separaram-se assustados.









N/A:
gente. O_o
desculpa a demora. hsausahusahsauh
mas é q, como eu disse, minhas aulas começaram... aí apertou um pouco.
e eu não tava com inspiração pra juntar algumas partes da fic.

mas está aí!!! xD
o cap. 9
yay. uhauiahaiuhauihaiuaaha
tipo, o 10 já está praticamente pronto, só falta arrumar uma coisinha aqui, outra ali... ok.ok???


beijooooooooooooooo!
comentem! _o/

quem quiser me add no msn, ó: [email protected]
e pra quem não sabe também, meu nome é Sarah viu! hauhaiaaaoahahaiuahah

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