Amor inesperado.



Melissa se levantou da cama, na enfermaria. Olhou para Rony, que dormira novamente. Deu um beijo na bochecha do amigo e seguiu para a comunal da Grifinória. Tomou um banho, arrumou seus materiais e, ao chegar perto de sua mesinha de cabeceira, percebeu um bilhete, papel verde escuro, com escritas prateadas:
“Hoje. Na mesma sala, às 23:00 hrs. Quero falar com você.
D.M.”
Leu várias vezes, tentando descobrir como a pessoa entrara no dormitório e colocara o bilhete em suas coisas. No lugar certo. “Draco”. Pensou.
Seguiu para suas aulas. A 1ª era de Poções. Entrou na sala e sentou-se ao lado de Harry.
-- o Rony ainda não melhorou, Mel?
-- ta bem melhor, mas madame Pomfrey pediu mais um dia de descanso. Só por via das dúvidas sabe...
-- ahn...
Melissa olhou para trás, tentando procurar alguém... avistou Draco, sentado ao lado de Goyle. O louro deu uma piscada de leve para Mel, juntamente com um sorriso sarcástico.
-- abram seus livros na página 258. Agora! – Snape entrou na sala.

Mais tarde, já à noite, Melissa tentava arranjar um jeito de ir para a sala, mencionada no bilhete em que recebeu, sem ser vista. Sentada em sua cama, via o relógio virar para 22:50 hrs. Faltavam 10 minutos, e nem do quarto ela tinha saído. Pensou na capa da invisibilidade de Harry... mas o que diria a ele? Nisso pensava depois. Entrou cuidadosamente no quarto dos garotos, mexendo nas coisas de Harry, encontrou não só a capa, mas também o mapa do Maroto. Pegou ambos, deixou um bilhete para Harry e saiu. No bilhete dizia:
“Harry, caso você acorde antes de eu voltar, me desculpe desde agora. Peguei sua capa emprestada, mas vou devolvê-la no mesmo estado. Beijos.
Mel.”

Melissa vestiu a capa e com sua varinha iluminava levemente o mapa pelos corredores da escola. Chegando ao lugar desejado, tirou a capa e guardou o mapa, falando os dizeres “Malfeito Feito”. Entrou na sala. Andou. Não havia ninguém. “Que ótimo, Malfoy” pensou consigo. Voltando em direção à porta, a mesma se fechou na sua frente, e Draco se encontrava atrás dela.
-- que bom que veio Johns.
-- diga logo o que quer Malfoy, tenho que voltar ao salão comunal.
-- pra que a pressa? Vejo que veio preparada. – Draco avistava a capa, o mapa e a varinha na mão de Melissa.
-- precaução. – revidou a garota. -- mas diga logo.
-- só achei que poderíamos terminar o que começamos ontem, Johns.
-- Malfoy, me poupe de suas arrogâncias. Se foi pra isso que me chamou, saia da frente que eu vou embora.
-- não, Melissa. – Draco a pegava pelo braço.
-- que diabos você realmente quer? Deixando bilhetes em minhas coisas, me chamando de Melissa por livre e espontânea vontade...
-- quero... quero continuar o que começamos ontem, já disse Johns.
-- perdeu seu tempo. – Melissa ameaçava sair, mas foi tomada novamente pelos braços de Draco, deixou suas coisas caírem no chão, e se entregou ao beijo do garoto, que o fazia com vontade, parecendo querer aquele momento há muito tempo.
Draco puxou Melissa para perto da cama e começou a acariciar-lhe o rosto, passando seus lábios vagarosamente por suas bochechas...
-- me diga agora que você não quer...
Já a beijava levemente, como na noite passada, desabotoando os botões de sua blusa, chegando ao sutiã...
-- eu não... quero... – a garota tentava revidar, sem sucesso.
Draco acariciava as delgadas pernas de Melissa, por debaixo de sua saia, fazendo-a perder os sentidos com aquelas mãos que pareciam conhecer cada parte de seu corpo...
Melissa fitou Draco por alguns minutos e num ato involuntário começou a desabotoar sua camisa, ajudando-o a tirá-la em seguida, deixando o louro com um sorriso nos lábios. Malfoy sentou na cama, ficando de frente para a garota. Rapidamente, tirou-lhe a saia e a calcinha. Melissa fez Draco se levantar novamente e tirou sua calça e roupa íntima... o louro sentou-se na cama mais uma vez, encostando-se na cabeceira, de modo que deixava seu corpo meio curvo. Melissa sentou-se no abdome de Draco em seguida...
-- você quer mesmo me deixar louco.
Melissa beijava o pescoço de Draco, dando pequenas mordidas... este, por sua vez, agarrou-a pela cintura, levantado-a um pouco, começando a penetração. Ambos soltaram um gemido abafado de prazer... movimentavam-se a fim de saciar o desejo que sentiam, até Mel deslizar o corpo para baixo...
-- não... Mel volta aqui.
A garota, sem ouvir o que o louro pedia, começava a beijá-lo novamente... descendo do peito até o abdome, chegando, finalmente, até o pênis dele... sem pensar duas vezes, abocanhou-o voluptuosamente, fazendo Draco ir à loucura...
-- Melissa... aaaahn...
Mel usava sua criatividade para enlouquecer Draco... deslizou novamente, para cima... voltando a penetrar no pênis de Draco... rolaram na cama, o garoto, agora em cima da Grifinória, resolveu retribuir o gesto feito há pouco... beijava-a por inteiro, chegando em sua vagina. Usava a língua, acariciando e massageando-a... fazendo Melissa soltar gemidos de satisfação...
Passaram a noite quase inteira se amando, até caírem exaustos e pegarem no sono, abraçados.
Era 5:30 da manhã. Melissa acordou sem Draco ao seu lado.
-- Draco?
-- estou aqui. – escutou a voz do louro ecoar pela sala. Ele, já vestido com trajes Sonserinos, sentou-se ao lado de Melissa.
-- bom dia Mel. – beijou-a nos lábios.
-- bom dia. – ela se abraçou a ele, deitando a cabeça em seu peito.
-- está bem?
-- aham... mas preciso voltar pro salão comunal, Draco, daqui a pouco temos aulas, vão nos pegar aqu... – foi calada por um beijo.
-- Melissa... preciso ser sincero com você. Essa foi a 1ª e última noite que fizemos isso. Não posso...
-- Malfoy. – a garota já se levantara, e colocando suas roupas advertiu o Sonserino, ainda sentado. -- o que é que você está me dizendo?
-- Mel, isso é errado... eu sou...
-- um arrogante Sonserino que seduz garotas para depois dizê-las que tudo não passou de um erro?
-- mas bem que você gostou! Não é?
Melissa saiu da sala batendo a porta... deixando um Draco envolto em seus pensamentos...
“Que droga! Eu te amo... Melissa.” Draco sofria... sofria de um amor proibido, quase impossível de ser materializado. Pela primeira vez viu-se numa situação como tal.

Mel chegou ao salão comunal apressada, subiu ao dormitório dos meninos, por sorte Harry ainda não acordara. Guardou a capa e o mapa no mesmo lugar, pegando seu bilhete em seguida.
Correu ao quarto, e deitou na cama. Soltou algumas lágrimas... “como ele pôde...”
O dia foi monótono, Rony saíra da enfermaria e já voltara a treinar normalmente.
Saindo do vestiário, como quase diariamente fazia, Melissa trombou em Malfoy, mas dessa vez foi programado, por ele. Mel passou reto, sem sequer olhar para Draco.
-- Melissa. Por favor... você entendeu tudo errado... Melissa. – agarrou o braço da garota, forçando-a a voltar para o vestiário.
-- me solta Malfoy, não pense que eu vou cair nessa de novo...
-- escuta Melissa. Eu passei esse tempo todo te olhando, e não foi pra levar uma dessas na cara agora.
-- o q-quê?
-- você não percebe as coisas mesmo hein... – Draco soltou um sorriso preocupado... -- desde o 1º ano Mel. Desde que te vi naquele banco, quando o chapéu te mandou pra Grifinória.
-- ah é? Você não me pareceu nenhum pouco simpático nesses anos.
-- Johns! Você é filha de trouxa, está na Grifinória, como eu poderia chegar em você? Lutei contra isso... te ignorei... mas não dá mais.
-- Malfoy, não interessa. Se gostasse de mim, chegaria.
-- como seu amiguinho Weasley fez?
Melissa abaixou a cabeça... Draco não se deixava vencer, em nenhum momento.
-- escuta... é meu pai. Se meu pai descobre que estive com você... ele me mata. Ou vai fazer algum mal a você...
-- Draco... seu pai não é a melhor pessoa que conheço, mas ele não faria nada contra você...
-- não aposte nessa opção.
Draco chegou perto de Melissa, acariciou seu rosto e beijou-a.
-- Malfoy. Hoje eu vou estar em nossa sala. No mesmo horário. Eu quero você lá.
-- Mel... eu não...
-- se você não for hoje, nunca mais precisará ir.
Melissa saiu do vestiário com suas coisas na mão. Era fim de tarde, estava faminta. Pegara algo pra comer e fora se deitar um pouco.
Às 23:00 hrs. entrou na sala já conhecida. Sentou-se na cama, mexia nos lençóis, nos botões de sua blusa... estava ansiosa. “Por que você não chega, Draco...”. Encostou-se no travesseiro e cochilou. Minutos depois foi acordada por um beijo.
-- pensei que não viesse, Malfoy. – Melissa abraçou-se a Draco, com lágrimas caindo em seu delicado rosto.
-- não chora... – o louro enxugou as lágrimas de Mel...
-- vem.
-- pra onde? Está louca?
-- vem comigo Draco.
Melissa pegou a capa da invisibilidade de Harry e jogou por cima de Draco, entrando embaixo logo em seguida. Pegou o mapa do Maroto e puxou o Sonserino porta a fora.
-- só o Potter para achar todos esses trambolhos.
-- é, mas está nos ajudando.
Melissa e Draco chegaram a certa distância do lago de Hogwarts. A garota fez um gesto para sentarem na grama, e deitarem.
-- você vai querer fazer o que fizemos ontem aqui? Na grama? – perguntou o louro.
-- será que você só pensa nisso?
Ambos riram e ficaram deitados por algum tempo...
-- Grifinória... como pode... uma Grifinória fazer um estrago desses em mim.
-- ah... obrigada pela parte que me toca, Malfoy.
Tiveram a chance de conversar...
-- tenho uma coisa pra você. – Draco sentou-se, ainda debaixo da capa, e tirou das vestes algo prata, que tinha um brilho reluzente.
-- o que é? – indagou Melissa curiosa.
Era uma corrente, delicada, com um pingente em formato de coração.
-- abra o coração, Mel.
Melissa atendeu e abriu. Uma foto, de Draco e ela, se movia num beijo apaixonado.
-- é muito lindo. – Mel abraçou o louro, em seguida pediu para ele fechar-lhe a corrente em seu pescoço. -- obrigada.
Draco sorriu...
-- acho que essa é única vez que te vejo sorrir realmente. Por não faz isso mais vezes? – Melissa acariciou o rosto de Draco... e continuou, um pouco tímida... -- Fica lindo quando está sorrindo...
-- não tinha motivos pra sorrir.
-- e agora tem?
-- tenho você.
Os dois se abraçaram e se beijaram. Draco, olhando a corrente no pescoço de Melissa, advertiu-a...
-- Mel, use com cuidado, por favor... se algu...
-- se alguém pega estamos mortos... já sei. Mas se alguém me perguntar, eu vou dizer que estamos juntos sim.
-- você é louca? Se isso cai nos ouvidos do me...
-- do seu pai... eu sei Draco! Mas não podemos ficar nos escondendo assim.
-- Melissa você não sabe do que o meu pai é capaz de fazer. Ele é um comensal da morte. E para um comensal, qualquer coisa é motivo para usar sua magia... negra. Meu pai queria que eu me tornasse um. No começo eu também gostava da idéia, mas eu não sou do tipo que recebe ordens de alguém, ainda mais nessas circunstâncias...
Melissa olhou assustada para Draco, que beijou-lhe o rosto, acalentando-a...
-- mas Lucius é seu pai. Não iria fazer algo contra você.
-- não me importo comigo... temo por você.
-- não se preocupa... eu sei me cuidar. – Melissa beijava Draco louca e apaixonadamente... abria os botões de sua camisa, exibindo o peito alvo e macio do Sonserino... beijava seu pescoço...
-- Melissa o que é que você está fazendo...
-- shhh...
Melissa continuou a despir Draco por debaixo da capa da invisibilidade... abriu o zíper da calça do garoto, abaixando sua roupa íntima... o membro de Draco já pulsava de desejo...
-- M-Mel... o que você...
Melissa ria como uma criança. Colocou uma de suas pernas por cima das de Draco... já encontrava-se sem calcinha e penetrou no Sonserino por completo...
-- aaaaahn... M-Mel...
-- shhh... vão nos ouvir...
Draco pegou Melissa pela cintura, deitando-a no chão novamente... tirou sua blusa, sutiã... levantou levemente a saia da garota e penetrou-a outra vez... abafou seus gemidos com beijos cada vez mais molhados e demorados... massageava, em seguida, os seios de Mel... beijava-os fazendo-a delirar... ambos eram invadidos por ondas de desejo até atingirem o degrau máximo do prazer... exaustos, permaneciam na mesma posição... percebendo porém, que a capa já não os cobria mais... Melissa puxou-a rapidamente para cima dos dois...
-- acho melhor irmos pra nossa sala... – disse a garota desconfiada...
Seguiram, invisíveis, até o lugar e deitaram-se na cama. Conversaram mais alguns minutos...
-- mas Draco, vamos juntos ao baile de fim de ano vai...
-- Melissa e meu p...
-- seu pai, eu sei... mas...
-- está bem. Vamos juntos. Falta muito tempo pro baile, quem sabe as coisas não mudam até lá... – o louro beijou Melissa e fitou-a... continuando a falar segurando seu rosto...
-- eu te amo.
Melissa abraçou-se a Draco, e sussurrou-lhe no ouvido...
-- eu também. – a garota, encostada ao peito de Malfoy, pegou no sono. Este acariciava os cabelos da morena... “mas não posso Mel... não quero que você se machuque...”
Draco e Melissa, mesmo se arriscando, encontraram-se várias vezes naquela mesma sala... e voltavam para os salões de suas casas só quando o dia estava por amanhecer... Melissa sempre com a capa e o mapa de Harry.

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