Reuniões, discussões e algumas
Zelda, Sirius, Quim, Tonks, Lupin, Snape, Molly, Vicki, Mundungo e outros membros da Ordem da Fênix ficaram no hall estuporando os quadros enquanto o Ben, Harry, Rony, Jorge, Fred, Gina, Mione, Natty, Cris, Ju e Bia voltaram para a cozinha.
- Que vó mais chata que eu arrumei. – reclamou Natty – Que mania de ficar gritando.
- Natty, sem querer ofender, você tem essa mesma mania. – falou Mione.
- Quase todo dia a gente tem que ouvir ela gritando. – falou Ben – A lesada da Tonks sempre quebra alguma coisa ou tropeça em alguma coisa.
- Ben, - falou Arthur entrando na cozinha segurando um bolo de papel – Isso aqui é o que você tem que fazer hoje. – entregou uma folha pra ele – É urgente, depois a Zelda te diz o que foi dito na reunião.
- Travessa do Tranco, bar dezesseis. – falou Ben confirmando o que lia – O que que tem lá?
- Você vai descobrir, essa não é uma boa hora pra nós falarmos sobre isso. – falou Arthur olhando para os garotos que disfarçavam, porém, prestavam uma baita atenção na conversa – O Lynn está esperando você lá.
- Quem é que tá num bar a essa hora da manhã? – resmungou Ben enquanto lia o papel.
- Exatamente quem a gente quer que você vigie. – falou Arthur abrindo a porta da cozinha.
- Vejo vocês mais tarde. – falou Ben saindo da cozinha ainda lendo a folha.
- O que nós vamos fazer hoje aqui? – perguntou Mione.
- Nós podemos tentar ouvir a reunião de hoje. – sugeriu Jorge com um sorriso maroto.
- Você não desiste? – perguntou Gina se sentando – Tentamos ouvir as reuniões as férias inteiras e nada.
- Eu já disse que não dá pra ouvir nada na sala de reunião. – falou Mione impaciente – Eles sempre a protegem com feitiços que nos impedem de ouvir a conversa.
- Eu não agüento mais falar pra eles que a Orelha Extensível não vai servir para nada. – falou Gina passando manteiga numa torrada – Eles não me escutam.
- Se vocês não levam fé na minha idéia, o que nós vamos fazer? – perguntou Jorge emburrado.
- Queridos, vocês podem dar um jeito no segundo andar? Ele tá todo empoeirado, precisamos jogar as coisas mofadas fora. – falou Molly, ela estava apenas com a cara do lado de dentro da cozinha – Mas antes, levem comida para o Bicuço. – pediu – Obrigada. – ela fechou a porta.
- Estamos sendo explorados. – reclamou Fred – Não fazemos nada além de trabalhar, trabalhar e trabalhar desde que chegamos aqui.
- Será que não dá pra gente voltar pra casa de vocês, não? – perguntou Rony.
- A gente não se cansa tanto nem jogando quadribol. – falou Jorge – Que saudade daqueles treinos que nos deixam exaustos.
- Mas que pelo menos somos pagos. – completou Fred.
- Assim vocês colaboram com a Ordem da Fênix. – debochou Gina.
- Faz tempo que eu não vejo o Bicuço, como é que ele tá? – perguntou Harry tentando mudar o assunto, esse parecia incomodar os Weasley.
- Mais chato do que nunca. Ele tá estressado por estar preso aqui. – respondeu Fred mal humorado – Mas ele quer o que? Que a gente deixe ele sair pra dar umas voltas nessa cidade trouxa, pra ele chamar bastante atenção?
- Mas já que temos que alimenta-lo, vamos logo. – falou Gina se levantando.
- Aqueles ratos mortos são nojentos. – comentou Mione.
Na sala ao lado membros da Ordem da Fênix conversavam.
- O que nós temos pra falar hoje além da falta de responsabilidade do Mundungo? – perguntou Dumbledore olhando fixamente para o bruxo.
- Eu já me desculpei, mas eu não podia deixar de aproveitar, eu já disse, era uma oportunidade única. – justificou Mundungo.
- Você reparou quantas vezes você usou a palavra ‘eu’? O que importa enquanto você estiver em turno, não é você e sim o Harry, sem ele nossas chances acabam. – disse Molly, ela tinha algumas diferenças com Mundungo, ela achava que ele era tão responsável quanto os gêmeos e as vezes questionava a participação dele na Ordem – Pensei que você tinha entendido isso quando aceitou fazer parte da Ordem da Fênix.
- Eu já pedi desculpas.
- Espero que isso não aconteça de novo. – falou Jackie – Uma oportunidade única que faça você abandonar o seu dever para aproveita-la.
- Pensei que eu já tinha resolvido o meu problema com você. – falou ele se voltando para Jackie.
- Pensou errado, você ainda anda. – falou a bruxa irritada.
- Jackie, calma, não aconteceu nada com o Harry. – falou Vicki.
- Mas podia ter acontecido, você viu o que eu vi do lado de fora da casa.
- O que tinha do lado de fora da casa? – perguntou Mundungo preocupado.
- Você saberia se estivesse onde deveria estar. – disse Jackie.
- Espero que o senhor tenha entendido que não deve deixar o seu posto por motivo algum. – falou o diretor de Hogwarts.
- Eu entendi. – falou Mundungo se sentando corretamente na cadeira.
- O que nós temos de novo desde a última reunião? – perguntou Lupin.
- Como nós suspeitamos que o Kilroe seja o novo aliado de você-sabe-quem, eu pedi para o Lynn e o Ben irem atrás dele na Travessa do Tranco, precisamos ter certeza antes de tomar alguma decisão. – falou Arthur – Severo, ele já apareceu em alguma reunião de Comensais da Morte?
- Não, mas o Lord das Trevas não mistura todos os Comensais, alguns nunca se encontraram, o objetivo é que se tiver um traidor, ele não possa delatar todos os Comensais.
- Muito bem pensado da parte dele. – comentou Dumbledore pensativo – O Tom sempre foi muito esperto.
- Hagrid continua a tentar fazer contato com a sua mãe e os outros gigantes, mas nenhuma resposta positiva ainda, ele e a Madame Maxime continuam tentando, mas os gigantes estão muito bem escondidos. – falou Quim.
- Continuamos a procurar a Aysha. – falou Zelda.
- Algum avanço? – perguntou Tonks interessada.
- Não, mas é difícil, ela é...
- Nós sabemos o que ela é. – falou Emelina com um ar imponente – Vocês a transformaram nisso. – resmungava.
- Era necessário, ele era uma das mais cruéis Comensais, era o único jeito de deter-la. – explicou Zelda nervosa.
Desde que começaram a procurar Aysha, Emelina Vance provocava Zelda e as outras feiticeiras que fazem parte da Ordem da Fênix dizendo que a culpa era delas pela dificuldade de achar Aysha.
- Elas fizeram o que tinham que fazer. – defendeu Estúrgio Podmore, um bruxo de queixo quadrado.
- Se elas não tivessem feito o que fizeram, Voldemort poderia ter perdido os seus poderes temporariamente como perdeu, mas teria se recuperado antes e o tempo de caos provavelmente continuaria, talvez não com tanta intensidade, mas continuaria. – falou Sirius.
- Quem garante que ela não continua servindo aquele-que-não-deve-ser-nomeado? – perguntou a bruxa.
- Por mais que continue, graças a atitude das feiticeiras, ela não tem mais tanta importância, o que ela pode fazer como... – começou Tonks, mas ela foi bruscamente interrompida por Emelina.
- Não me importa o que vocês acham. – falou a bruxa se levantando – Eu acho que foi uma atitude desesperada que não teve a permissão de ninguém, nem dos Poderes que Valem, nem do Ministério...
- O Ministério queria interroga-la, só que eles não entendiam que não iam conseguir arrancar nada dela e que ela ia acabar escapado mais cedo ou mais tarde. Ela ficou muito poderosa, Azkaban não ia significar nada pra ela, ela ia fugir quando quisesse. – falou Lupin.
- Eu continuo achando que essa Mihaela era uma louca que não sabia o que estava fazendo, ficou desesperada porque a Aysha saiu do controle dela e tomou uma atitude estúpida. Como a maioria das que ela tomou. O que essas quatro feiticeiras que ela escolheu fizeram pelo mundo bruxo até agora?
Um jarro no canto da sala explodiu e algumas janelas bateram assustando todos os bruxos na sala, inclusive Emelina.
- Eu aconselho que você não fale mal da Mihaela na minha frente, pois as conseqüências podem ser tristes para você. – alertou Zelda que se levantou e olhava perigosamente para Emelia que parecia um animal acuado – E também não fale mal das minhas meninas, elas não são maiores de idade e já tiveram um confronto frente a frente com vampiros, foram torturadas pelo Voldemort e em nenhum momento esqueceram da tarefa delas, proteger Harry Potter. Você em nenhum dos seus quase sessenta anos de existência fez algo se quer parecido. Então eu sugiro que você pense duas vezes antes de falar se você não quiser explodir no lugar daquele jarro da próxima vez.
Ninguém nunca tinha visto Zelda tão furiosa com alguém, talvez uma vez. Durante um minuto ninguém falou nada, apenas ficaram olhando a feiticeira fitar a bruxa que estava pálida.
- Eu não sou obrigada a ficar num local onde sou ameaçada. – falou Emelina se levantando com o resto de coragem que lhe tinha sobrado e batendo a porta.
- Eu não deveria ter gritado com ela. – falou Zelda se jogando na cadeira – Muito menos devia tê-la ameaçado. Mas ela tava pedindo!
- Você se descontrolou, mas ela não devia ter falado mal da Mihaela e nem das garotas, muito mais na sua frente. – disse Vicki – eu como mãe tive que me segurar pra não voar no pescoço dela.
- Eu não acho bom nós brigarmos entre si. – falou Dumbledore – Emelina apenas estava colocando defeitos ao invés de fazer algo, isso é verdade, mas nós devemos debater como os bruxos civilizados que somos. Se alguém tem mais alguma coisa pra expressar, colocar pra fora, agora é a hora.
Todos olhavam para os lados procurando ver se alguém ia se candidatar, mas ninguém o fez.
- Todos entenderam que o que elas fizeram foi a melhor coisa que elas podiam ter feito? – perguntou Dumbledore. Todos balançaram a cabeça positivamente.
Eles deviam estar se sentindo como criancinhas do Jardim que brigaram e o professor chamava a atenção deles, agora.
- Se não temos mais nada pra falar hoje, acho melhor finalizarmos a reunião. – aconselhou Lupin – Cada um de nós tem muito o que fazer nessa tarde, muitos tem que ir para os respectivos trabalhos, continuem sendo discretos. Nos vemos semana que vem.
- Uma pergunta. – falou Estrúgio quando todos se levantavam – A Emelina vai continuar na Ordem?
- Acho que não. – respondeu Dumbledore – Se ela tem algo contra a Mihaela, que nos ajudou tanto na Primeira Ordem da Fênix e que continua nos ajudando como pode hoje em dia, acho que ela não deve continuar na Ordem. Ela apenas tem reclamado, sem sugestões de melhora, por isso eu peço que nenhum de nós fale qualquer coisa com ela sobre os assuntos da Ordem.
- Alguém vai comer aqui? – perguntou Molly.
- Eu vou. – respondeu Tonks – Vou ficar aqui hoje.
- Por favor, não derrube nada, eu não agüento mais ouvir aqueles quadros gritando. – pediu Sra. Weasley.
- Foi sem querer. – falou Tonks corando.
- Eu tenho que pegar a poção e ir para a Floresta. – falou Remo – Não quero me transformar em lobisomem de novo. Mas eu sei que ainda é cedo.
A floresta em que Lupin ficava nas noites de lua cheia, era uma perto do condomínio onde mora. Ninguém ia lá, ainda mais a noite, era mata fechada e os trouxas tinham medo de se perder.
- Eu prefiro ir para casa, muito o que fazer. – falou Zelda que ainda parecia nervosa – Sem contar a dor de cabeça que eu tô sentindo.
- Eu vou junto. – falou Sirius.
- Eu vou comer alguma coisa antes de voltar para a rua dos Alfeneiros. – falou Mundungo.
- Aqui? – perguntou Molly.
- É. – respondeu Mundungo – Sua comida é deliciosa.
- Eu tenho que ir trabalhar. – falou Vicki.
- Nos vemos depois. – falou Zelda saindo da sala junto com Sirius e Remo.
Eles encontraram o povo no segundo andar discutindo com Kreatcher, o elfo-doméstico dos Black, que insistia em não deixar os garotos jogarem um quadro podre do tataravô de Sirius fora.
- Kreatcher, esse quadro tá podre, nós temos que jogar fora. – falou Fred que puxava o quadro de um lado enquanto o elfo puxava do outro. É lógico que Fred não puxava com força, se não Kreatcher já estaria voando na outra ponta do quadro.
Fred soltou o quadro que acabou imprensando o elfo contra a parede.
- Corre, corre. – gritava Jorge para Harry que estava mais perto do quadro – Corre, antes que ele acorde.
- Isso é injustiça. – reclamou Mione – Ele é mais fraco que vocês.
- E mais chato também. – falou Rony correndo atrás de Harry que descia as escadas correndo.
Eles pareciam se divertir tanto que não tinham ter visto Zelda, Sirius e Remo parados olhando eles disputarem o quadro com o elfo-domestico.
- Quando eu peço pra elas simplesmente arrumarem as próprias camas, elas só faltam me azararem. – falou Zelda indignada – E elas parecem estar se divertindo enquanto ajudam na arrumação aqui.
- Por Merlim. – falou Gina – Não façam barulho aí embaixo, corram em silêncio, eu não quero ver mais um ataque histérico desses quadros.
Quando eles chegaram no primeiro andar, caminharam tranqüilamente até chegarem na cozinha e entregarem o quadro para Sra. Weasley, ela iria jogar no lixo.
- Nós já vamos. – informou Remo quando eles entraram na cozinha.
- Já? – perguntou Bia - Tá tão divertido.
- Já tá tarde. – disse Sirius.
- Sirius, é meio dia, ainda. – falou Olívio.
- Eu tô com dor de cabeça.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Cris.
- Não. – responderam os membros da Ordem que almoçavam.
- Isso me leva a crer que aconteceu alguma coisa. – falou Natty.
- Não aconteceu nada demais. – disfarçou Zelda – Nada anormal para uma reunião. A irritação comum.
- Tem certeza? – perguntou Ju.
- Tenta ler. – disse Cris discretamente para Natty.
- Não dá. – falou Natty também discretamente – Eu já tentei. Quanto mais nervosa ela fica, mais difícil fica pra ler.
Ninguém tinha acreditado na desculpa esfarrapada de Zelda, mas ela parecia realmente mal, então resolveram não forçar.
- Vocês têm que descansar bem hoje, amanhã o dia será longo para vocês. – disse Zelda para as feiticeiras.
- A reunião nos Poderes que valem é amanhã, não é? – perguntou Ju.
- É, por que, você esqueceu? – perguntou Bia.
- Que isso! Imagina!
- Você nunca lembra de nada. – falou Bia.
- Nos vemos no jogo. – falou Olívio para os gêmeos.
- Já combinou com resto do time onde colocar as barracas? – perguntou Jorge.
- Já.
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