Antes tarde do que nunca
Sirius e Lupin estavam num lugar escuro, sombrio e úmido, parecia estar escurecendo, não dava pra dizer ao certo onde eles estavam, o lugar lembrava uma construção antiga e abandonada, lá tinha uns três comensais da morte e eles estavam duelando. Sirius parecia se divertir aos montes enquanto Lupin parecia meio nervoso, até mesmo assustado, dava para ouvir gargalhadas ao fundo, alguém parecia realmente se divertir bastante com todo essa situação.
- Remo, calma, vai dar tudo certo. – falava Sirius que se desviava de um feitiço azul – Tenta se divertir.
- Difícil, Sirius, eu acho que não vai dar tempo. – falava Lupin que continuava nervoso.
- Você tomou a poção?
- Eu já disse que não. – respondeu Remo impaciente – A poção acabou antes, não deu tempo de pedir pra mandar mais e eu não tinha os ingredientes para fazer.
Numa fração de segundos, Remo começou a se transformar em lobisomem.
- Isso não é bom. – comentou Sirius que rapidamente se transformou em cachorro e partiu pra cima de Remo para tentar controla-lo.
O lobisomem foi pra cima de um dos Comensais que continuava acordado, só tinham dois, o outro foi estuporado por Sirius segundos antes. A gargalhada estava sumindo rapidamente.
Na Rua dos Alfeneiros número 4, um garoto de cabelos escuros e olhos extremamente verdes acordava assustado, sua cicatriz ardia intensamente.
Harry estava assustado com o sonho, ele parecia extremamente real, assustadoramente real.
- Onde Sirius e Lupin estariam? Devo mandar uma carta para alguém contando o que sonhei? - pensava o garoto, mas logo essas perguntas perderam o lugar para coisas como - Não adianta, não vão responder a minha carta, não responderam as outras que eu mandei perguntando novidades ou falando que a sua cicatriz ardia, por que responderiam a essa?
- Moleque – gritava uma voz que esmurrava a porta do quarto – Jantar!
O ‘moleque’ levantou e foi se ‘arrastando’ até a porta, ele estava muito entediado, abriu a porta e viu uma bandeja com suco e um pingo de comida.
O garoto estava de castigo de novo, Duda tinha uns hematomas roxos no braço, resultado das brigas em que havia se metido nas férias, e os Dursley, por puro comodismo, atribuíram tais marcas a algum tipo de briga que Harry tenha tido com o seu primo, por isso não podia quase sair do quatro e Petúnia colocava menos comida do que o de costume para ele.
Edwiges piava enlouquecidamente, não podia sair a mais de três dias, ela já estava estressada e começava a irritar o bruxo.
- Por que eles não vieram me pegar? Eles devem estar se divertindo sem mim! – pensava Harry furioso – Minha cicatriz arde com muita freqüência, mas ninguém parece ligar pra isso. Mandei cartas para: Rony, Mione, Sirius, Lupin, Natty, Ju, Cris, Bia, até pra Zelda, as cartas voltam ou ninguém as responde as minhas perguntas, só escrevem coisas como: ‘Tome cuidado’. ‘Não tome atitudes precipitadamente.’ ‘Não aja por impulso’... – debochava enquanto se lembrava - Por que ninguém responde as minhas perguntas? – o bruxo estava realmente possesso, mas quem podia culpa-lo? Ele não recebeu notícias praticamente o verão inteiro, o que lhe tranqüilizava era que a televisão trouxa não tinha dito nada sobre acontecimentos inexplicáveis, isso queria dizer que nenhum grande ataque tinha acontecido, ou assim ele preferia pensar. – Nenhuma informação útil no [i] Profeta Diário[/i], as únicas coisas que dizem no jornal são notas estúpidas dizendo que eu sou um menino mimado e que Dumbledore é um velho caduco. Como eu queria ter informações de verdade! Odeio ficar sem saber o que está acontecendo, logo eu que vi Voldemort voltar, ele usou o meu sangue para isso! Sem mim se quer iam imaginar que ele estava voltando, iam ser pegos de surpresa. Droga, eu sou praticamente atacado todo ano por ele! Eu tenho direito se saber das novidades! – ele se sentou na cama, aos poucos Harry foi se acalmando, ele apenas precisava gastar a raiva dele em alguma coisa, ser sincero consigo próprio ajudou bastante ou talvez a dor que sentia por ter socado a porta do armário, tivesse ajudado a desviar sua atenção.
Uma coruja bicava a janela, era uma coruja cinza. Harry colocou a coruja dentro do quarto e lhe deu água enquanto abria a carta.
[i] Olá, Harry!
Como estão sendo as suas ferias? - Terríveis - Espero que estejam sendo melhores que as minhas – Duvido -.
Tô morrendo de saudades – Eu também -, mas em breve vamos nos ver, acredito que amanhã (tomara!).
Quanto a sua cicatriz arder de vez enquando, acho que isso deve ter alguma coisa com o Voldemort, mas não fica preocupado, não deve ser nada demais, acho que era algo esperado já que ele está cada vez mais poderoso – Com certeza ela sabe de alguma coisa que eu não sei -.
Relaxa e aproveita o seu último dia na casa dos Dursley. A sua priminha pediu pra você mandar um abraço dela para o nosso querido Dudinha – Como seu pudesse sair do quarto -.
Não podemos escrever sobre mais nada – como se eu ainda nutrisse alguma esperança de receber uma resposta diferente dessa -, pedidos da Zelda, conversamos melhor amanhã.
Faça suas malas hoje, pois amanhã a Bia e a Cris vão passar ai pra te pegar – Até que enfim lembraram de mim -, só não sabemos o horário.
Muitos beijos, Natty.
eu já ia me esquecendo, junto tem uma foto minha e da Ju, nós realmente estamos entediadas sem você e o resto do povo.
Beijos de novo.[/i]
A foto que tinha era de duas feiticeiras sentadas num banco de pedra, olhando meio aborrecidas para o nada e um dedo quase no flash, provavelmente era de Ben, a foto mudava de duas garotas aborrecidas para duas garotas que pareciam tentar alertar uma terceira pessoa que não era vista.
O menino sorriu pela primeira vez em muito tempo nesse verão, como sempre a namorada e a prima conseguiam faze-lo rir nem que fosse a distância. Ele só queria saber onde as duas e supostamente Ben estavam, não parecia com nenhum lugar que ele conhecesse.
Harry estava mais feliz agora, ia embora amanhã, não ia ver e nem ia ser mal tratado pelos tios durante um bom tempo, iria encontrar os amigos, finalmente teria férias divertidas, assim ele esperava.
Ele começou a arrumar o malão, mas logo depois desistiu e resolveu dormir, amanhã acordava cedo e terminava de arruma-lo.
Já era noite, mas perto dali, na casa de Senhora Figg, duas mulheres conversavam.
- Elas já estão dormindo. – falou Vicki descendo as escadas que acabavam na sala – não paravam de perguntar porque não podiam ver o Harry lá na casa dos tios dele ou traze-lo pra cá.
- Elas se dão bem com ele. – comentou uma mulher de cabelos ruivos escuros – Parecem gostar sinceramente do garoto.
- Eles se conheceram ano passado no trem, quando elas estavam indo para Hogwarts pela primeira vez – falou Vicki se sentando no sofá – Foram os gêmeos dos Weasley que apresentaram elas.
- A sua filha namora um Weasley, certo? – perguntou a ruiva antes de dar um gole em seu chá quente.
- É. – disse Vicki sorrindo – O garoto mais novo.
- Boa noite, garotas. – falou uma senhora entrando na casa – Meu turno acabou – Senhora Figg agora tirava o seu casaco e o pendurava – Agora é a vez do Mundungo, espero que ele não abandone o turno antes da hora marcada, exatamente como fez na semana passada. – disse a Senhora zangada.
- Alguma coisa suspeita, mãe? – perguntou a mulher de cabelos vermelhos.
- Não, Jackie. Tudo como o esperado. – ela agora tentava desviar dos gatos afim de chegar na cozinha – Eu vou colocar comida para os gatos e depois vou me deitar, vejo vocês amanhã.
- Boa noite, Senhora Figg.
- Boa noite, mãe. – a mulher apenas acenou, pois estava ocupada tentando não pisar em nenhum de seus gatos.
- Eu às vezes fico com vontade de falar com o Harry, contar o que tá acontecendo. – disse Vicki que andava calmamente na direção da janela e olhando para a casa vizinha.
- Nós não podemos, pelo menos não por enquanto. – falava Jackie – É para o bem dele, lembre-se das sempre sábias palavras de Dumbledore.
- Vem cá, Jackie. – pediu Vicki que olhava desconfiada pela janela, a bruxa saiu correndo na direção da janela na mesma hora – Você tá vendo aquele homem ali? – perguntou ela apontando para um homem que usava um sobretudo preto.
- Tô. – respondeu Jackie que colocou a mão na varinha que estava dentro do bolso do seu casaco na mesma hora.
- Vamos lá fora ver o que tá acontecendo. – disse a mãe de Bia indo na direção da porta.
- Cadê o inútil do Mundungo?! – reclamou Jackie seguindo Vicki.
Quando elas abriram a porta, só viram o homem aparatar, se quer deu pra ver quem era.
- Nós temos que tomar cuidado. – disse Jackie quando fechou a porta.
- Ainda bem que amanhã o Harry vai pra casa do Sirius. – disse Vicki – Vou ficar mais aliviada, lá ele vai tá mais protegido.
- Eu vou dar uma volta. – falou Jackie se levantando do sofá e indo na direção da porta de novo.
- Você vai aonde? – perguntou Vicki se virando pra amiga.
- Procurar o Mundungo. – disse Jackie sorrindo marotamente – Se eu botar as minhas mãos nele, que Merlim tenha pena da alma dele!
- Calma, não aconteceu nada com o Harry. – falou Vicki tentando tranqüilizar a amiga.
- Mas não vamos esperar acontecer pra eu poder torcer o pescoço daquele desmiolado, né? – perguntou ela antes de bater a porta.
Harry estava colocando as últimas coisas que faltavam em seu malão quando ouviu a campainha tocar. Ele supôs que fossem Bia e Cris, pois ouviu seu tio resmungar algo. Harry estava chateado, pois tinham dito para ele que só teria que passar uma semana com os Dursley, só que vieram pegar ele com algumas semanas de atraso. Harry acredita que não desceu correndo assim que ouviu a campainha porque elas o deixaram passar seu aniversário na casa dos Dursley, então deixou-as esperando lá embaixo, como se isso fosse um castigo, sabia o quanto estúpido e sem sentido isso era, mas não conseguiu evitar.
- Harry, tudo bem? – perguntou Cris que empurrou Duda, com muito esforço para um lado para poder ajudar Harry com o seu malão, vassoura e a gaiola da Edwiges.
- Tudo. – mentiu Harry entregando a gaiola de Edwiges a Cris, Apesar de estar bem chateado, conseguiu disfarçar bem.
- Podemos ir agora? – perguntou Vicki.
- Quem é você? – perguntou Petúnia com um tom antipático.
- Sou a mãe de uma amiga do Harry. Meu nome é Victoria Dumbledore. – falou ela estendendo a mão para Petúnia apertar, essa apenas olhou para a mão de Vicki com nojo. – É nessas horas que eu me arrependo por ter assinado documentos contra o extermínio dos trouxas. – falou ela pensando alto enquanto tirava a mão da frente de Petúnia.
- Eu posso ir, não posso? – perguntou Harry que já estava do lado de fora da casa, parecia que se os tios não o deixasse ir, ele saia correndo dali.
- Vai logo, e não me aparece até o ano que vem. – falou tio Válter.
- Vamos! – falou Bia que pela primeira vez abria a boca.
Os quatro ficaram parados na rua até os Dursley fecharem a porta.
- Hã, é, bem... – Harry tentava falar, mas só emitia uns sons sem sentido – Como nós vamos para casa do Sirius e do Lupin? – perguntou o bruxo quando eles começaram a andar na direção da casa da Senhora Figg.
- Eu vou aparatar, e vocês vão via Pó de Flú. – falou Vicki.
- E como nós vamos via pó de flú? Ela vai conjurar uma lareira bem no meio da Rua dos Alfeneiros? – pensou Harry, que só a remota idéia de ficar naquele lugar por mais dez minutos o assustava.
- Aqui estamos. – falou Vicki quando eles começavam a entrar no quintal da Senhora Figg. Vicki tocou a campainha da casa, logo abriram a porta.
- Entrem! – falou uma moça com um grande sorriso, essa moça era alta, tinha cabelo vermelho escuro, olhos azuis claros e pele branca, parecia ter a idade de Vicki.
- Bia, - chamou Harry, ela era a que estava mais perto dele. Eles já entravam na casa tão conhecida por Harry – O que nós estamos fazendo aqui na casa da Senhora Figg? E quem é essa mulher na casa da Senhora Figg?
- Nós vamos usar a lareira dela e essa mulher é Jackie Figg, filha da Arabella Figg. – explicou Bia.
- E ela sabe que nós vamos usar a lareira? – perguntou Harry.
- Claro. – respondeu Cris – ela é uma pessoa bem simpática, foi super agradável ontem quando nós chegamos.
- A senhora Figg é bruxa? – perguntou Harry espantado.
- Ela é um aborto, mas sua filha é bruxa, ela era do mesmo ano que a minha mãe, só que ela era da Lufa-lufa. – disse Bia passando a ficha completa de Jackie.
- Eu gostaria que você soubesse, que é uma honra para nós duas ter Harry Potter em nossa casa. – falou Jackie para Harry.
- Obrigado. – falou Harry ainda estático – Não sei pra que isso, já perdi as contas de quantas vezes vim aqui. - pensou
- Querem biscoitos? – ofereceu Arabella a Cris, Harry e Bia, que os aceitaram.
- Melhor que os do Hagrid. – comentou Harry depois da primeira mordida.
- Até os da Ju são melhores que os do Hagrid. – brincou Bia.
- Quando nós vamos, Vicki? – perguntou Cris.
- Agora. – falou ela. – Muito obrigada por nos cederem a lareira. – agradeceu ela – essas férias eu vou passar na casa do Sirius e do Remo, mas depois você pode passar lá em casa. – falou Vicki para Jackie. – Obrigada pelos biscoitos. – falou ela para Arabella enquanto pegava um biscoito.
- Cadê a Ju e a Natty? – perguntou Harry.
- Na Romênia. – respondeu Cris.
- Na Romênia? O que diabos elas estão fazendo na Romênia? – pensou.
- Meninos vocês já sabem o que fazer, depois que vocês forem, eu aparato lá. – falou Vicki. A primeira a ir foi Bia, depois foi Harry e por último foi Cris.
Notas da Autora: Oie! Bom, demorei pra escrever a continuação – mais de um ano pra ser sincera – mas o importante é que eu escrevi! Espero que gostem, pois deu trabalho escrever...hehehehe. Tentei melhorar as coisas, espero ter conseguido, por favor, comentem, é muito importante. Bjus, Ju Lupin.
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