E Tudo Começa



Entre os olhares de Draco
Por Diego Emanoel


Os últimos dias não podiam ser mais melancólicos, o céu encontrava-se sempre encoberto por nuvens imponentes que não cediam nem com a insistência dos ventos, raramente o Sol aparecia para esquentar as crianças que brincavam nas ruas de Hogsmead.
O expresso de Hogwarts vinha rapidamente pelos trilhos antigos que ligavam Londres a escola, hoje, quase como se a mãe natureza sorrisse para os alunos que vinham para aprender a manusear os dons dados por ela, o Sol brilhava, e sua luz trazia alegria para a alma mais infeliz, pois o resplendor das paisagens do campo quebrava totalmente as lembranças urbanas que eles traziam com sigo.
O pesado trem para na estação, todos os alunos começam a descer dos vagões, entre eles encontrasse Harry Potter, o garoto que sobreviveu Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Seus cabelos escondiam a cicatriz proveniente de tal encontro, mas seu coração sofrido, hoje não lembrava de nada disso, pois a pesada máquina trazia consigo todos os seus amigos, que para ele eram como uma nova família. Entre esses amigos estava Gina Wesley, mal sabe a garota que esse inicio de ano letivo será muito mais significativo para sua vida do que todos os outros que ela já tenha vivenciado.
Os estudantes são levados como de costume, os do primeiro ano pelo lago junto com Hagrid, e os outros nas carruagens, para eles nada podia estar melhor. No salão principal eles se organizam em suas determinadas mesas para a cerimônia que esta preste a começar. Cada um dos professores encontrasse em seu determinado lugar, menos um, o mentor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Quando todos estão nos seus devidos lugares à cerimônia é iniciada com a canção do hino da escola pelo Chapéu Seletor e com os pronunciamentos de Dumbledore.
“Caros alunos e alunas, mais um ano letivo está começando, e eu estou grato por ver o rosto de todos vocês aqui, nessas mesas nesse dia especial. Eu só tenho alguns informes antes da professora McGonagall começar a seleção das casas para nossos novos alunos. Como todos sabem é proibida a entrada de qualquer aluno na floresta aos redores da escola, isso é somente para a segurança de todos”.
“As datas das visitas a Hogsmead estarão com os monitores de suas determinadas casas, lembrando que somente alunos do terceiro ano para frente são autorizados a isso. E como ultimo recado esse ano nós teremos um novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, ou devo dizer melhor, professora, infelizmente ela não se encontra no momento, mas logo amanhã, quando as aulas começarem vocês terão o prazer de conhece-la, isso é tudo. Professora Minerva...”.
A cerimônia de seleção é iniciada, e a cada aluno que tem sua casa escolhida o salão explode em aplausos, o ultimo nome é dito, sua casa é escolhida, “Corvinal!”, diz o Chapéu Seletor e novamente o salão vibra. Todos se acomodam nas mesas e o jantar é servido, para cada um ali hoje é o melhor dia de suas vidas, pois não há nenhuma espécie de preocupação, culpa remorso ou tristeza presentes ali, naquele salão.
Já cansados após a grande janta todos são levados as suas determinadas torres, onde iram descansar para as aulas de amanhã.



O primeiro dia de aula.


Lentamente Harry abre seus olhos, suas mãos são levadas a eles para desembaciar a vista. Alguns minutos são passados, ali, sentado na cama, com as cobertas sobre a cabeça, sem animo algum, mas quando as vozes de seus conhecidos chegam a ele, seu espírito ganha nova força e rapidamente ele está pronto para descer.
No salão comunal estão Hermione, Rony e Gina aguardando a sua vinda, e logo que ele desce, todos seguem para o salão principal para o café da manhã. Os quatros sentam-se na grande mesa da Grifinória e começam a conversar como eles sempre fizeram e sempre vão fazer. Mas no meio do empolgante assunto sobre a A.D. que agora tem o apoio de Dumbledore e da grande parte dos professores, todos ficam em silencio. Cada um no grande salão dirigiu seu olhar a pessoa que acabara de entrar. Uma mulher realmente bonita, de cabelos castanhos e compridos, sua pele branca como leite e de corpo extremamente provocante, seu rosto encontrava-se escondido atrás de um grande chapéu, suas vestes chamam tanta atenção quanto ela em si, pois trajava roupas que lembra algo que os mosqueteiros usavam, sobre seus ombros vinha uma grande capa de couro que se fechada cobria-lhe quase que o corpo todo, mas o que chamou mais a atenção, inclusive de alguns dos professores foi o que ela carrega em seu cinto. Presas a ele havia uma grande espada normanda sutilmente detalhada guardada em uma bainha de couro com algumas inscrições, também no cinto um mosquete de dois disparos tipicamente trouxa do Séc. XVI e duas varinhas, uma delas bem normal, como outra varinha qualquer, mas a segunda era de muito exótica, com cerca de cinqüenta centímetros e levemente contorcidas.
Ela passou pelas mesas sem prestar grande atenção ao impacto que sua presença causou no salão, que antes fervilhava com as vozes dos alunos e agora se encontrava mudo. Se dirigiu a mesas dos professores e sentou-se no lugar de costume de quem ensinava a Defesa Contra as Artes das Trevas.
- Vocês viram isso? – Perguntou Rony ainda meio perplexo com a cena.
- Aham... – Harry não conseguia pensar em muita coisa pra dizer nesse momento.
- Não sei se gostei dela não, me deu calafrios só de ver ela passar com todas aquelas armas. – Gina retira sua visão da provável nova professora e volta para os amigos.
- Eu gostei dela, e aposto como ela deve ser tão boa em duelos quanto qualquer homem. – Fala Hermione, sentindo que agora teriam finalmente uma professora de D.C.A.T. de verdade.
O café da manhã segue sem muitas novidades, e após o seu termino cada um segue para suas respectivas aulas.


Primeira aula de D.C.A.T. de Harry


Ultima aula antes da pausa para o almoço, a aula que todos esperavam, a primeira com a nova professora. As duas turmas a da Grifinória e a da Sonserina se acomodam nas carteiras e aguardam a entrada da professora, que por sinal já deveria estar em sala. Alguns minutos se passam e nada dela chegar, alguns alunos se levantam vão até a porta e aguardam...Quando nenhum deles esperava, um leve ruído vem de um dos cantos da sala, de um lado que ninguém prestou muita atenção, pouco iluminado e sem nada de interessaste. Desse canto surge a professora, praticamente do nada.
- Vocês. – Ela aponta para os alunos perto da porta. – Voltem para seus determinados lugares. – A voz dela soa como uma brisa, calma e gostosa, mas suas palavras exercem um grande peso nos alunos. – Esperava que essa turma fosse diferente das outras que estiveram a pouco aqui, mas vejo que me enganei, nenhum de vocês foi capaz de perceber onde eu estava, menos dez pontos para as duas casas. – “Menos dez pontos?” Harry se pergunta, e com certeza todos os outros ali presentes também, afinal à aula mal começara e eles já estavam perdendo pontos, se continuasse assim às casas iriam disputar para ver quem chega mais próximo do zero. – Agora que estão todos prestando atenção posso fazer as devidas apresentações. Eu me chamo Doreen Ann, e nesse ano estarei preparando vocês a continuarem vivos quando saírem dessa escola. – Ela andou um pouco pela sala muda observando os olhares dos alunos perplexos, quando ela chega em Harry, para e o olha de cima abaixo, e só nesse momento que o garoto pode ver o rosto dela, extremamente bonito e com traços asiáticos. – Então você é o famoso Harry Potter?
- Sim professora... – Não lhe agradava concordar com o famoso, mas não lhe pareceu sábio contradize-la nesse momento.
- Hoje à noite eu e você teremos uma conversa, após o jantar esteja aqui. – Ela se vira e continua olhando para os alunos, que estão mudos, sem saber o que fazer nessa situação. A professora continua. – Eu imagino que vocês saibam fazer o feitiço básico de defesa, o Expelliarmus, então vocês iram me seguir até um dos jardins do castelo para praticar. – E sem muita demora ela já saía da sala e todos a seguem em silencio.


No almoço


Gina chega a mesa da Grifinória um pouco atrasada, ela acha seus amigos e senta por perto. Claramente algo estava errado, eles não estavam com o mesmo animo de hoje cedo. Ela olha para Harry e repara que sua mão esta toda enfaixada, curiosa ela começa a falar.
- Harry o que aconteceu com a sua mão?
- Ah, isso? Foi a esposa do Snape que fez... – Ele olha para a mão enquanto fala.
- Esposa do Snape? – Ela não entendia mais nada.
- É Gina. – Começa Rony. – A nova professora de Artes das Trevas, é pior que o próprio Snape. Não sei como isso é possível, mas ela conseguiu. – Todos que estavam na aula concordaram.
- Mas como ela machucou a sua mão Harry?
- A gente foi treinar o Expelliarmus, e ela fez questão que eu treinasse com ela.
- Você cortou a mão com o Expelliarmus? – Gina não estava acreditando.
- É Gina. – Começa Hermione. – A varinha do Harry saiu tão rápido da mão, que chegou a cortar.
- Eu é que não quero ter aulas com ela...

O primeiro dia de Gina


Gina se despediu dos seus irmãos, de Hermione de Harry e seguiu para a primeira aula do dia, transfiguração com a professora Minerva. Na porta da sala ela encontrou suas amigas e todas sentaram umas perto das outras. A jovem Wesley tinha transfiguração como uma de suas matérias prediletas, por esse motivo à aula passou rápido e foi extremamente agradável. Depois da classe da professora McGonagall ela seguiu para a aula de poções com o professor Snape.
Todos os alunos, tanto da Grifinória quanto da Sonserina não se demoraram a entrar na masmorra onde Severo os esperava.
- Quero todos prestando atenção. – Começa ele. – A poção que vamos preparar hoje é extremamente complicada, e eu não tolerarei nenhum erro. – Ele observa a sala por um tempo curto e continua. – Alguém sabe o que faz nitrato de prata misturado com raiz de araruta?
A sala continua em silencio por um tempo até que um braço é levantado por uma garota na parte da Sonserina.
- Sim Nírian?
- Se misturada, fervidas e depois tomadas em temperatura ambiente faz os olhos ficarem florescentes.
- Muito bem, agora alguém pode me dizer o que acontece se nessa mistura que ela acabou de descrever eu acrescentar monazita triturada com ópio? – Quando ele acabou a frase uma lembrança já a muito passado dela e de seus irmãos veio quase que imediatamente. Era de algo que Fred e Jorge tinham feito em uma de suas travessuras, e eles usaram essa mistura, a Poção dos Olhos Azuis. Então ela levantou a mão. – Pode responder Wesley.
- Se acrescentados eles formam a Poção dos Olhos Azuis, que faz a pessoa que a toma enxergar durante a noite como se fosse dia, só que meio azulado.
- Quase certa, você se esqueceu de dizer que ela só pode ser feita e usada com eficácia durante a Lua cheia. No próximo erro a casa perderá cinco pontos. Agora que vocês já sabem o que vamos fazer, podem começar pela primeira etapa, as instruções estão no quadro, e não errem.
O resto da aula foi até bem tranqüila, para poções, e também a mistura não era tão difícil de fazer como Snape tinha dito, só deviam ter um pouco mais de cuidado no tempo de preparo e nas quantidades certas de nitrato de prata, para evitar um envenenamento e com o ópio, por que se posto demais ou na hora errada pode causar alucinações e acabar ficando viciado.
Ao termino da aula de poções Gina foi para a aula de adivinhação, apesar da Hermione insistir que a aula era pura besteira ela resolveu ir, afinal de contas ela é a supersticiosa da família. A caminha até a torre da professora Trelawney foi um pouco cansativa, afinal são sete andares, mas esse esforço seria recompensado no futuro.
A professora já se encontrava na sala enquanto, um por um os alunos chegavam para a primeira aula de adivinhação. Todos se sentaram e ouviram Sibila falar com um ar misterioso.
- Hoje minhas crianças, nós vamos fazer algo um pouquinho diferente. Quero vocês abram seus livros na pagina 347, no capítulo de observações astrológicas e vão fazer uma leitura silenciosa, depois nós vamos até a sala da professora Sinistra, aonde ela vai tirar as duvidas de vocês sobre as diferenças entre astronomia e astrologia. Isso tudo é por que se hoje der uma noite estrelada nós vamos observar as estrelas para tentar predizer o futuro. Podem começar. – Os alunos pegam seus livros e começam a fazer a leitura pedida pela professora, após meia hora todos já tinham acabado, e eles guiados pela Trelawney seguem para a torre de astronomia.

Depois da aula

Gina sai da torre de astronomia com mais duvidas do que quando entrou, ela nunca iria imaginar que quando a constelação de peixes esta no horizonte as mágicas relacionadas com os sentimentos seriam mais eficazes.
Durante uma conversa rápida em frente às escadarias da torre a garota lembrou ter deixado na sala de adivinhação seu cachecol, então ela voltou com a professora Sibila até lá, e durante o caminho uma conversa se desenrolou.
- Minha criança, desde quando eu vi você entrar em minha sala, senti que você tem alguma preocupação em mente. – Nisso Trelawney coloca sua mão no ombro dela. – Qualquer coisa que esteja lhe incomodando, você pode falar para mim que eu a ajudarei de bom grado, na medida do possível.
- Bem professora, é verdade, tem algo que preenche minha mente com preocupações.
- Vamos, desabafe querida.
- É que desde que entrei aqui em Hogwarts algo tem acontecido. A câmara secreta ter sido aberta. – Gina relembra dos terríveis momentos daquele ano. – Os dementadores que atacaram o Harry e o retorno de Você-sabe-quem. E eu queria saber se finalmente nesse ano ele será diferente. Sem preocupações...
- Sim eu compreendo... Quando chegarmos em minha sala, nós vamos responder essas perguntas Gina, eu lhe prometo.
- Obrigada professora.
As duas chegam até a torre de adivinhação, Gina pega seu cachecol e senta em uma das mesas, enquanto Trelawney ia até uma estante pegar uma pequena caixa de madeira trabalhada com detalhes em prata. Ela a coloca na mesa onde a garota se encontrava e a abre. Dentro há um antigo baralho de taro. Sibila pega as cartas e começa a embaralha-las.
- Gina minha querida, você já jogou taro alguma vez?
- Não professora, mas sempre tive curiosidade em saber como é.
- O taro, é uma técnica de adivinhação, usado por bruxas para bruxas, nunca por bruxos. – Ela para de embaralhar. – Pegue quatro cartas, e as coloque na mesa viradas para baixo. – Gina pega as cartas e as coloca na mesa. A professora desvirou todas as cartas, a garota ficou olhando cada uma que se revelava, e logo na primeira ela já toma um susto, a carta da Morte, Trelawney percebe isso e começa a falar. – Não precise se preocupar com a morte Gina, nem sempre a aparição dessa carta quer dizer uma coisa ruim. Vamos ver todas as cartas antes de você tirar mais conclusões precipitadas. – E as outras três cartas são viradas, a segunda é a Louca, depois surge Os Amantes e por ultimo A Fogueira.
- Professora isso é bom? – Ela olha para todas aquelas cartas e se imagina ficar louca por um garoto que a mata numa grande fogueira.
- De certo modo sim, mas vejo aqui também grande decepção. – Enquanto fala ela vai apontando para cada uma das cartas. – Veja essa carta aqui minha criança, a Morte, ela não representa algo ruim se você ver a carta que vem a seguir. Me parece que nesse ano você passará por uma grande mudança e vai estar relacionada com alguém, isso por que essa carta, A Louca, indica que os seus caminhos vão se cruzar com o de alguém minha querida. Agora veja, - Ela aponta para a terceira carta. – Os Amantes, uma carta tão bela, essa pessoa que você ira encontra lhe trará grande felicidade, com certeza um amor surgirá esse ano para você minha querida.
- E essa carta, A Fogueira o que ela me diz?
- Essa é a que mais me assusta Gina, por que ela aponta grande decepção, e como a carta dos amantes apareceu antes...Só imagino que esse mesmo amor que te dará tanta felicidade vai também lhe trazer muita tristeza... – Gina e a professora, ficam olhando as cartas até que o silencio é quebrado por um ruído suave vindo da porta, elas se viram para ver a Dama Cinzenta entrando na sala.
- Eu não queria interromper, mas vi essa jovem dama da Grifinória aqui e fiquei imaginando se ela não esta com fome, pois o almoço já esta sendo servido no salão principal. – Gina lembra do almoço, é verdade ela estava morrendo de fome, subir todas aquelas escadas a tinha deixado muito cansada.
- É verdade professora, é melhor eu ir almoçar.
- Sim Gina, vá antes que comam tudo. – Ela da uma risadinha e se despede da garota que já ia saindo da sala. – Dama Cinzenta, gostaria de me fazer companhia durante a caminhada até o salão principal?
- Seria uma honra Sibila.



Durante a noite



Harry demorou o máximo possível para terminar sua janta, afinal ele não estava com a menor vontade de ir para a tal conversa com a nova professora.
- Harry, quanto tempo mais você vai demorar? – Hermione o encara como se fosse uma mãe mandando uma criancinha ir tomar banho. – Você sabe que terá que ir falar com ela.
- Mas...
- Nada de mas, vai logo, antes que você acabe recebendo uma bronca pela demora. – Harry vê que não há jeito de contradize-la, então ele se levanta e segue em direção a sala da professora Doreen.
- Harry espere, eu vou com você, eu também tenho aula agora. – O garoto se vira e espera a amiga, já seu irmão olha para ela com uma cara de desconfiança e começa a falar.
- Gina, o que foi que tu ando aprontado?
- Nada Rony! Que desconfiado. – Gina olha pra e tenta começar a se explicar, mas logo é interrompida.
- Então me fala, quem é o garoto que ta dando em cima de ti pra mim da uma surra nele! Anda, me fala. – Rony a olha com a face que todo irmão mais velho faz quando repreende o mais novo.
- Rony! Por que você não vai cuidar da sua vida? – Hermione se levanta e pega Harry e Gina pelo braço e os leva dali, deixando-o com a cara no chão.
- Rony, eu faria a mesma coisa se a Gina fosse minha irmã, afinal quem não ia querer ficar com ela. – Fala Dino imaginando Gina sem...
- Tais querendo levar umas porradas Dino? – Rony ficou vermelho de ciúmes por sua irmã no mesmo segundo em que ouviu as palavras do amigo.
- Não cara, só tava comentando.
- Bom mesmo...
Hermione leva Harry até a porta da sala onde a professora já o aguardava, e depois segue com Gina até a torre de astronomia.
A professora entra e sentasse em uma das carteiras usadas pelos alunos, já o garoto prefere ficar de pé. Doreen o olha por inteiro e começa a falar.
- Harry, você tem alguma idéia porque nós estamos aqui hoje?
- Sinceramente, não professora.
- Bem, quando Dumbledore me chamou para esse cargo ele foi bem claro em me passar, digamos assim, minha missão. Eu estou aqui Harry pra te preparar, para que no dia em que você e Voldemort se encontrarem não seja uma luta desigual.
- Mas porque o Dumbledore não me ensina como me defender? – Harry sabia que a única pessoa que Voldemort temia era Dumbledore, então não há ninguém mais qualificado em ensina-lo a se defender do ele.
- Harry, o Dumbledore é um mago muito poderoso, mas a experiência em duelos reais conta muito mais nessas horas do que poder em si. Por isso ele achou que eu seria mais indicada a lhe ensinar. – Ela se levanta e pega suas armas e varinhas, as prende em seu cinto e segue em direção a porta. – Vamos Harry, a floresta proibida nos aguarda. – “Floresta proibida? Eu ouvi direito”, as exatas palavras que apareceram em sua mente, para ele era mais do que obvio que ela queria mata-lo logo no primeiro dia de aula.
Os dois saem da sala e no corredor eles encontram o Barão Sangrento, parado, como se esperasse algo. Quando Doreen o olha sua expressão muda completamente, a alegria some dando lugar uma a repugnância misturada com raiva. Ele também a olha, e claramente sues sentimentos não eram os mais alegres.
- Professora. – O Barão começa a falar num tom mais frio que gelo. – Nós precisamos conversar. É claro, se você não estiver ocupada no momento. – Ela olha pra ele e depois para Harry.
- Harry, amanhã nós faremos o nosso passeio pela floresta, então vá se preparando. E quanto a você. – Ela olha novamente para o Barão. – Fale logo o que deseja. – O Barão espera Harry sair de vista para começar a falar.

Algum tempo depois

Gina vinha andando da torre de astronomia onde acabara de ter uma aula com a professora Trelawney, ela já se encontrava cansada e com sono, suas pernas estavam doloridas de tanto tempo que ficou em pé olhando pelos telescópios e estudando as cartas celestes. A garota voltava para a torre da Grifinória quando algo na sala onde ela estivera com Harry, a de D.C.A.T. chamou sua atenção. Vagarosamente se aproximou da porta entre aberta, lá dentro estavam a nova professora e o Barão Sangrento Discutindo algo de velhos tempos.
- Doreen, eu até entendo o que ouve entre eu e você, mas o que fez a pobre Lanah para receber sua punição? – Fala o Barão dando as costas para a mulher.
- Hahahaha! Não seja ingênuo, foi você mesmo que selou o fim dela quando começou a se envolver com Salazar.
- Mas como você pode matar sua própria filha?
- Eu aprendi com vo... – Gina estava tão concentrada na conversa que tomou um susto ao ouvir um miado vindo do fim do corredor. Madame Mór-r-ra, com certeza, e antes que o zelador Filch pode-se chegar, ela começou a correr para a torre da Grifinória.



Na noite seguinte


Harry caminhava lentamente até a casa de Hagrid, local onde ele deveria esperar a professora Doreen. Ele bateu na porta e logo foi atendido por seu grande amigo.
- Harry, o que você faz aqui tão tarde? Você sabe que não devia...
- Calma Hagrid, a nova professora me mandou vir aqui.
- Ah, isso, estranho, mas vamos entrando, estou fazendo chá, você quer um pouco?
- Claro. – Harry entra na casa e se acomoda na mesa, duas xícaras são cheias. Eles começam a apreciar o chá sobe os olhares de Canino, que parecia prestar atenção na conversa como se entendesse o que eles diziam.
- Harry, por que ela pediu para você vir até aqui?
- Parece que nós vamos entrar na floresta proibida hoje. – O tom da voz do garoto mostrava como ele não desejara essa ida a floresta.
- Como!? – Hagrid olha para Harry espantado, não poderia ser o que ele imaginava.
- Eu sei, é loucura. – Harry toma mais um gole e olha para a face de Hagrid, que ainda apresenta traços do espanto de apouco.
- Harry, eu quero que você me faça uma coisa.
- Sim Hagrid?
- Preste muita atenção em tudo que essa professora lhe disser hoje, não faça nenhuma besteira e se algo der erra corra o mais rápido que poder para fora da floresta. – Ele estava mais serio do que nunca.
- Hagrid, você ta me assustando, o que ela vai mandar eu fazer? – O medo cresce dentro de Harry como mostra no livro de Roberta Sanders, A mente de um bruxo, “Quando se sabe que algo ruim esta para vir, o sentimento que surge no interior do mago é pior do que aparece quando a própria situação ocorre... pois ali ele já esta preparado para essa situação... O medo do desconhecido ainda é um dos piores medos dos bruxos e de trouxas”.
- Ela vai... – Duas batidas na porta, Hagrid olha, se levanta e vai atende-la. – Professora Doreen, veio buscar o jovem Potter?
- Sim Hagrid, está pronto Harry? – Ela se inclina para o lado para poder ver o garoto.
- Sim professora. – Ele se despede de Hagrid e sai da casa.
- Hagrid. – Fala Doreen. – Outro dia nós conversaremos mais.
- Será um prazer, e uma coisa cuide bem do garoto. – Hagrid ainda parecia preocupado.
- Calma, é só um filhote. – Os dois se afastam da casa e entram na temida floresta.


Pela manhã


A mesa da Grifinória estava cheia como sempre nessa manhã, mas alguém faltava ali hoje. Harry Potter, ele não voltou da ida à floresta com a nova professora, pelo menos ele não estava em sua cama quando todos acordaram. A Floresta Proibida tem uma grande fama, pois em seus vários acres de extensão ela abriga inúmeras espécies de animais extremamente perigosos, como aranhas gigantes, esquálidos noturnos, trasgos das matas e sarcófagos, e todos sabem que um encontro com qualquer uma dessas criaturas pode ser mortal.
Gina veio andando até a mesa onde seus amigos e irmãos estavam, seus passos eram lentos e seus olhos lacrimejavam. Ela devagar sentou à mesa ao lado de Hermione e começou a chorar em seu ombro. Todos foram ao auxilio da garota extremamente preocupados.
- Calma Gina, o que aconteceu? – Hermione acariciava a cabeça dela tentando acalma-la.
- O Harry... – Seus soluços a impediam de continuar a falar.
- O que tem o Harry Gina? – A preocupação aumentou, afinal ninguém tinha noticias dele também.
- Ele ta lá na ala hospitalar... – Ela recomeça a chorar. Hermione da um beijinho em sua testa e pede para ela continuar, um pouco mais calma ela volta a falar. – Eu ouvi o Dumbledore falar que ele ta muito mal. – Ela para, e os soluços assumem novamente.
- Calma Gina, calma. – Hermione levanta e a ajuda a se levantar também. – Anda gente, vamos lá ver o Harry. – Todos seguem calados até a ala hospitalar.
Durante o caminho até a enfermaria eles encontram o fantasma da Grifinória Sir Nicholas que estava em uma entusiasmada conversa com o professor Binns, ao que parecia era sobre os surgimentos dos dementadores. Eles se cumprimentam, mas tudo muito rápido, pois a preocupação não os deixava se demorarem.
Logo na entrada da aula hospitalar já era possível ver Harry dormindo, mas quando tentaram entrar foram barrados pela Madame Pomfrey.
- Não, agora não é uma boa hora para vocês estarem aqui. – Ela sussurrava para evitar acorda-lo.
- O que ouve com o Harry? – Rony também sussurrava enquanto Hermione limpava a suas lagrimas e as de Gina.
- O pobrezinho chegou ainda pouco todo ferido, não quiseram me contar o que foi, mas não será hoje que ele sairá daqui. Mas não se preocupem. Ele ficará bem, e logo que Harry acordar vocês poderão vir aqui.
- Ta bom Madame Pomfrey.
- É melhor vocês irem logo para a aula, se não vocês vão se atrasar.
A primeira aula de D.C.A.T. de Gina


Hermione deixa Gina na frente da sala de D.C.A.T. onde ontem havia deixado Harry, depois ela e Rony seguem para as estufas assistir herbologia. A jovem Wesley entra na sala ainda com seus olhos vermelhos e se acomoda num lugar mais ao fundo, coisa que nunca fazia, mas as histórias ouvidas sobre a nova professora a desencorajou a ficar mais à frente como de costume. A professora entra na sala e passa por ela tão rápido que a garota nem tem tempo de perguntar o que ouve com Potter.
- Bom dia alunos, eu sou a nova professora de Defesa de vocês, me chamo Doreen, e espero que tudo ocorra bem em nossas aulas, pois esse ano será difícil, porque vocês terão que prestar os N.O.M.s e eu não quero aluno meu falhando. E é por isso que nós não vamos perder tempo, hoje começaremos com azarações, primeiro a parte teórica, em seguida a pratica e como se defender, certo turma. – Ela fica ali na frente dando algumas explicações para os alunos, coisa que ela não tinha feito com nenhuma outra, e até parecia que seu humor está bem melhor, pois nenhuma das histórias ouvida parecia ser verdade naquele momento até que Gina levanta sua mão para fazer uma pergunta no meio da explicação sobre a azaração Infecto Primordius. – Você ai no fundo, faça sua pergunta. – Gina abaixa sua mão e começa a falar.
- Professora, você podia dizer o que ouve com o Harry Potter ontem?
- Isso não é assunto para ser discutido em sala de aula. A casa da Grifinória perde dez pontos, e na próxima pergunta sem sentido a casa perderá vinte. – Gina se sentou como se uma enorme pedra tivesse caído em sua cabeça e se arrependeu de todo o seu intimo por ter feito aquela pergunta, dez pontos por culpa sua, isso não podia estar acontecendo. Agora ela via que tudo que falavam sobre ela parecia ser verdade, por mais cruel que fosse.
Durante toda a aula Gina pode ver que a professora realmente era pior que Snape, pois ela não tolerava nenhuma espécie de erro, não admitia que depois de algumas tentativas o feitiço não estivesse perfeito e que os alunos não prestassem a atenção, mas o que dava mais medo em todos era o jeito que ela falava, tão calmamente que provocava calafrios.


Visita a ala hospitalar


Harry mal conseguia abrir seus olhos, seu corpo todo doía e sua mente latejava como nunca antes. Ele sabia que alguém estava ali bem a sua frente, mas não conseguia distinguir quem. Quando a pessoa reparou que o garoto havia acordado ela começou a falar e cada palavra fazia zunir o interior de sua cabeça.
- Harry, você está se sentindo melhor? – Depois da enorme dor de cabeça ele reconheceu a voz, Dumbledore.
- Dumbledore, aquela mulher, ela quis me matar... – As palavras saiam com enorme dificuldade de sua boca, e só foram compreendidas porque o diretor prestou muita atenção.
- Harry, não a culpe, se você quer culpar alguém, culpe a mim... Afinal foi eu que pedi para ela leva-lo até lá, aquilo era uma coisa que devia ser feita, e você precisa treinar, eu espero que você tenha aprendido muito ontem, pois essa não será sua ultima ida a floresta. – O diretor faz uma pausa e olha para a porta, depois volta para o garoto. – Harry, seus amigos logo viram vê-lo e eu lhe peço uma coisa, não comente nada do que ouve lá, invente uma história, diga que um trasgo lhe atacou, mas não fale a verdade, afinal, nós não queremos assusta-los. – Harry só balançou a cabeça para confirmar que não contaria, afinal ele também achava que o que ouve ontem iria assustar demais seus amigos. – Harry, não se preocupe muito, você ficará bom a tempo de ir visitar Hogsmead esse fim de semana, e eu não sei se você percebeu, mas esse ano terá um pouco a mais de visita. – O som de passos vindos do corredor faz Dumbledore se calar. – Harry são eles, eu vou indo, não se esqueça. – O diretor saio da ala hospitalar, cumprimenta Hermione e Rony que estavam chegando e some de vista deixando os três sozinhos para conversar.
- Harry, olha pra você, todo machucado, o que aquele monstro vez com você? – Hermione lacrimejava, e pela primeira vez Harry viu Rony a abraçando.
- Ela, não fez nada Mione, foi... – Sua voz não saia, ele não queria mentir para seus amigos, mas quando Harry pensou em dizer a verdade, tudo que ocorreu durante a noite surgiu em sua mente como um filme de terror, e ele acabou concordando com o diretor. – Foi um trasgo Mione, e se não fosse ela eu podia estar mais ferido...
- Um trasgo? – Disseram os dois em coro. Nisso entra na sala Gina, Fred e Jorge.
- E ai Harry, melhor? – Fala Fred se aproximando da cama.
- É Harry, ouvimos que você tava mau cara. – Jorge fica na cama ao lado da do garoto.
- Nem tan... – Ficou claro para todos, quando o sangue saio de seus lábios que ele se esforçava ao máximo para parecer bem, quando na realidade cada palavra que ele ouvia ou proferia criava uma dor quase insuportável.
- É melhor nós deixarmos ele descansar, amanhã a gente volta, tchau Harry. – Hermione limpa a boca do garoto com um lenço que estava próximo e depois como os outros se despedem dele, em seguida saem da sala, menos Gina, que espera todos irem para se despedir dele com um leve beijo em sua testa.
Todos os dias eles voltavam lá para visitar Harry, e a cada vez ele estava melhor até que no ultimo dia de aulas da semana ele já podia andar e falar sem muitas dificuldades.
Foi um alivio para todos os seus amigos ver ele na manhã em que eles iriam a Hogsmead, todos se reunirão em volta do garoto para ouvir a história da professora assassina que botou o garoto para lutar contra um trasgo das matas, mesmo ele sendo um filhote, mas para Harry foi de certo modo engraçado inventar a mentira, apesar dele odiar estar enganando seus amigos, mas era necessário, pois a verdade ira perturbá-los demais, então se é para mentir, por que não se divertindo um pouco?







O encontro de Gina e Draco


Gina caminhava com suas amigas em direção ao lago para descansar um pouco depois de ter ouvir como Harry enfrentou um trasgo. Ela se deitou na grama e ficou ali calma conversando com as garotas. Tudo estava muito tranqüilo, o vento soprou um pouco mais forte num instante e algumas folhas caíram em suas roupas, quando a garota foi tira-las percebeu que em sua mão faltava o anel de sua família, o anel dado por sua mãe com o brasão dos Wesley.
- Gina, você parece preocupada, o que aconteceu? – Perguntou Allan vendo o rosto da amiga.
- Perdi meu anel. – Gina ficou um tempo olhando para mão antes de se levantar para procurar. – Deve ter caído durante o caminho até aqui, porque eu lembro de ter visto ele quando eu tava lá na mesa.
- Quer que a gente vá junto?
- Se eu precisar de ajuda eu chama, pode deixar.
Gina sai da sombra da arvore onde ela estava, limpa a grama em suas costas e começa a reconstituir seus passos. No meio do caminho, do lago até o castelo ela é interrompida por uma voz irritante, a garota olhou para frente só para confirmar suas suspeitas e viu bem à frente, encostado em uma arvore nada mais que Draco Malfoy girando algo em seus dedos.
- Ta ai uma coisa que eu sabia que ia ver um dia, um Wesley procurando moedas pelo chão. – Draco olha para ela com completa certeza de sua superioridade.
- Draco! Cala a boca seu idiota, vê se não se mete na minha vida.
- Hahahaha, a pequena Wesley ta brabinha hoje, o que deu? Seus pais não pagaram pelo café da manhã? – Ao ouvir isso Gina fica vermelha de raiva e piora mais quando ela percebe que a coisa que ele esta girando em um de seus dedos é o anel que de sua família.
- Draco Malfoy, me devolve esse anel agora, ou você vai ver. – Gina olhava para o garoto com seus olhos em chamas.
- Anel, esse anel, por que eu iria devolver, achei ele aqui, pelo chão? – Gina nem se da ao trabalho de responder, simplesmente ela pega sua varinha e aponta para ele. – Ah, a garotinha quer briga? É hoje que eu vou me divertir. – Draco também pega sua varinha e aponta para a garota.
As duas varinhas ficam uma em direção a outra, sem vacilar. Nenhum movimento brusco é feito, cada um espera o outro agir primeiro. Gina da um passo a frente e Draco vê nisso a oportunidade perfeita de acabar com a garota, mas ela pensa a mesma coisa. Ao mesmo tempo os dois abrem suas bocas para pronunciar um feitiço, mas algo da errado. Uma luz extremamente forte de cor avermelhada sai da varinha dos dois, uma em direção a outro, criando um tipo de elo entre as elas. Essa ligação vai ficando cada vez mais intensa até que tudo sai do controle e surge uma grande explosão da ponta de cada varinha arremessando ambos para trás.






Quem?


- Madame Pomfrey, ela ficará bem?
- Não se preocupe Rony, ela não está ferida nem nada do tipo, ela só desmaiou.
- Harry, eu não posso ir a Hogsmead, tenho que ficar aqui com ela.
- Não seja tolo garoto, sua irmã está bem, vá se divertir, ela está em boas mãos. Logo que você chegar ela já estará acordada.
- É Rony, vamos indo antes que não de mais tempo.


A garota abriu seus olhos, lentamente ela foi se acostumando com a luz do local. O quarto em que estava lhe parecia vagamente familiar, mas nenhuma lembrança deste local havia em sua mente. Seus pés tocaram o chão e ela tentou se levantar, mas não conseguia, por algum motivo. Olhou para o lado e viu uma mulher vestida engraçada a colocando de volta na cama.
- Gina, não é bom você se levantar agora, você ainda está um pouco fraca, espere um pouco deitada até eu trazer algo para você, certo?
- Gina? Quem? – Ela olhou para a moça com aquelas roupas e ficou se perguntando, “Gina, será que sou eu, mas eu não acho que tenho cara de Gina”.
- Você também, não acredito. Vou ter que falar com o Severo...
- Quem?
- Espero um pouco que eu já lhe explico. – A mulher sai da sala e ela fica ali olhando todo o quarto, e num canto ela vê um garoto loiro, muito bonito olhando pela janela.
- Hei você, onde eu to? – O garoto se virou e ela pode ver seus olhos azuis como o céu que ele olhava.
- Na enfermaria de uma escola, mas não me falaram muito, querem contar o que ouve para nós dois juntos.
- Sim... – Ela da mais uma olhada pela sala e volta para o garoto novamente. – Eu me chamo Gina, como você se chama?
- Me disseram que era Draco, deve ser isso mesmo. – O garoto parecia um pouco apático com seus olhos perdidos na imensidão do céu.
Os dois se voltam para a porta ao ouvirem os passos ritmados de um homem muito branco, com cabelos lisos bem pretos escorridos pelo rosto, logo atrás dele está a mulher com a roupa engraçada. Ela se aproxima de Gina e lhe entrega um pequeno copo com contendo um liquido esverdeado de aroma adocicado.
- Gina beba isso, vai lhe deixar muito mais forte. – A garota toma tudo em um só gole, e logo depois já se sentia muito melhor.
- Madame Pomfrey, quantas doses você acha que vai precisar? – Fala o homem de preto olhando para Draco.
- Eu acredito que duas, uma pra cada um, mas um pouco mais forte que o normal Snape. – Ela olha para ele e continua. – Pra quando você acha que pode faze-las?
- Hoje pela noite elas já estarão prontas.
- Obrigada professor. – O homem acena com a cabeça e sai da sala, a enfermeira volta a olhar para os dois. – Agora, vocês... Bem, vocês perderam a memória, mas é temporário, não precisam ficar preocupados, logo à noite tudo voltará ao normal, então por que vocês dois não aproveitam para dar um passeio pela escola?
- Eu não vejo que escolha nós temos, você não concorda Gina? – A garota não só concorda como adora a idéia de passear com ele.
- Claro, vai ser ótimo dar uma volta nessa tarde linda. – Draco foi caminhando até a porta, como se isso fosse só mais uma coisa a ser feita para apaziguar o tédio, já Gina estava super contente como se esse fosse realmente sua primeira vez em Hogwarts.
O garoto ia indo à frente dela, sem se importar muito com a garota, mas depois de um tempo no corredor que da aceso as escadarias ele percebeu que ela o tinha pego pela mão, e de tão distraído com essa situação não tinha notado. Draco parou imediatamente, olhou para Gina que estava com seus grandes olhos castanhos nele, depois virou para as escadas que nesse momento estavam mudando de posições e ficou com um ar meio pensativo, e algum tempo depois começou a falar.
- Você não acha tudo isso um pouco estranho? Essas escadas mudando de lugar sozinhas, esses retratos na parede se mexendo, eu não sei, isso me assusta um pouco mais ao mesmo tempo é tão familiar. O que você acha? – Ele se vira para Gina novamente e seus olhos azuis encontram-se com os de Gina causando uma estranha mistura de emoções.
- É, eu penso isso também, é tudo muito estranho, mas ao mesmo tempo tão natural, acho que essa é palavra certa, tão natural... – Ela vira seu rosto envergonhado e observa tudo ao redor, ele faz a mesma coisa e uns cinco minutos são passados ali, parados de mão dadas olhando tudo que os cercam.
- Vamos andando?
- Claro Draco.
As escadarias ficam para trás, assim como o salão principal e o hall de entrada, e quando eles se dão conta já estão fora do castelo. O Sol brilhava como nunca e a brisa fresca deixava a temperatura agradável, alguns alunos brincavam por ali e a composição de tudo formava uma imagem bem típica de um fim de semana em família, numa casa no interior em que os primos mais novos brincam no quintal embaixo do Sol enquanto os mais velhos se contentavam em velos se divertirem. Passos são dados em direção a uma grande arvore com um banco desocupado em baixo de sua sombra. Por ali eles ficam sentados conversando.
- Ah Draco, isso daqui é tão maravilhoso, parece até fantasia, você não acha? – Ela novamente prendia seus olhos nele.
- Eu não sei... – Ele desviou seu olhar dela, por algum motivo perdido em suas lembras olha-la não o deixava confortável, se afastou um pouco da garota e nisso sentiu algo em seu bolso, ao retirar viu um pequeno pedaço de madeira entalhado. – Estranho, o que será isso?
- Não sei, talvez algo que você usa para coçar as costas? – Ela olhava para a madeira como se aquilo fosse a coisa mais inútil no mundo nesse momento.
- Não, ela me passa uma sensação de poder, como se com isso eu pudesse fazer o que eu quiser. – Seus olhos brilhavam fixados no objeto.
- Que bobagem...
Os dois ficam ali conversando sobre tudo que suas mentes fragmentadas podiam lembrar, até que uma hora a entusiasmada Gina não conseguiu arrumar mais assunto para conversar com Draco, que na maior parte do tempo parecia desinteressado por tudo aquilo.
- Hei o que é aquilo? – Ela olhava para um lugar onde há três grandes anéis, um maior que o outro. – Você sabe Draco, o que é?
- Não lembro, mas deve ser algum tipo de esporte, vamos lá. – As mãos continuaram dadas por insistência da garota, os passos eram curtos e despreocupados.
Draco parecia um pouco mais empolgado, ver os anéis o tinha aumentado seu animo. À medida que os dois se aproximavam, ficava visível que algo se mexia no céu em grande altitude, e apertando a vista eles puderam perceber pessoas montadas em vassouras se divertindo como nunca.
- Draco, eles tão voando! – Gina parecia extremamente espantada.
- Legal, vamos experimentar! – O garoto apertou a mão dela e foi caminhando cada vez mais rápido em direção aos alunos nas vassouras.
- Não Draco, eu não quero! – Agora, ela queria pela primeira vez dês de que acordou soltar sua mão.
- Por que? Você está com medo? – Ela balançou a cabeça em confirmação e fez um leve biquinho. – Não se preocupe, eu vou estar com você. – Ele solta a mão da garota e estende a sua para ela num gesto de cavalheirismo, a garota não aceita no momento, mas logo que perceber o lindos olhos azuis dele a observando e cede. – Vamos.
Draco e Gina entram em uma espécie de estádio, onde aqueles anéis estavam, no chão só havia os dois, todos estavam no céu. O garoto acena pedindo para algum deles descer, e logo aparece montado em uma vassoura estranha um garoto um pouco mais novo que os dois.
- Fala Draco, o que você quer? – O garoto desce da vassoura, sua voz parecia um pouco tremida, e Draco teve por um momento a sensação que o estava intimidando.
- Será que você pode me emprestar a vassoura um pouco?
- Ah, só isso, claro, por que não né? Só guarda ela depois ta?
- Claro. – Draco não sabia bem onde guardar, mas o garoto não sabia desse detalhe mesmo. Enquanto o outro se afastava ele se posiciona na vassoura, da um leve impulso e fica a poucos centímetros do solo. – Vamos Gina, suba.
- Ah, mas você sabe como andar nisso? – Nesse momento nem aquele olhar podia convencer ela.
- Acho que sim, vamos, vai ser legal. – Ele novamente estende a mão para ela.
- Ta bom, eu vou confiar em você. – Ela segura sua mão tenta se ajeitar do modo mais confortável possível.
- Se segura. – Num único movimento ele aperta o cabo da vassoura bem forte e a abraça, ela também se segura o mais forte que consegue.
As pernas dele vão ao chão, e um impulso é dado, a velocidade aumenta cada vez mais, e num piscar eles já estavam mais altos do que qualquer um ali. Ele para a subida para ficarem planando por ali, o vento soprava em seus rostos e no horizonte o sol começa a se por dando uma coloração alaranjada na paisagem que não podia estar mais bela. Draco a abraça um pouco mais forte, ela lentamente vira seu rosto e se sentindo segura solta suas mão do cabo da vassoura e as coloca no rosto dele. Seus olhares se cruzam, Gina se perde na imensidão azul e aos poucos aproxima seu rosto, levemente seus lábios se tocam, ambos os olhos se fecham e eles se beijam.
O vôo de vassoura dura até o anoitecer, e antes de irem para o chão eles apreciam as estrelas do céu noturno, que está tão bonito quanto há pouco. Mais alguns beijos são trocados sobre a luz da lua que agora começa a mostrar sua face. Lentamente Draco desce a vassoura e pousa, Gina salta ajudada por ele, e em seguida os dois seguem de mãos dadas até o interior do castelo.


Quando tudo volta ao normal


Os dois entram na enfermaria onde a Madame Pomfrey os aguardava com duas xícaras cheias de um liquido marrom de aparência não muito agradável.
- Que bom que vocês chegaram, já estava ficando preocupada, aqui estão as poções que o professor Snape preparou, só vocês tomarem que tudo voltará ao normal. – Gina aperta com mais força a mão de Draco, ela não sabia se queria que tudo voltasse ao normal, hoje tinha sido um dia tão maravilhoso e ele deveria durar para sempre.
- Draco, eu não sei se eu quero beber isso...
- Calma Gina, não vai mudar nada entre nós. – Draco acaricia suavemente o rosto da garota e lhe da mais um beijo. – Não tenha medo Gina.
- Mas...
- Não se preocupe, não vai mudar nada, nós vamos continuar juntos, para sempre. – Ela olha para ele, lagrimas escorem pelo seu rosto, algo no seu interior sabia que havia grandes chances daquelas palavras não serem compridas, mas ela também confiava nele.
- Certo Draco, eu tomo. – Ela enxuga as lagrimas e pega a xícara.
- Que bom ver que vocês dois se acertaram, me avisem se começarem a se lembrar.
Os dois levam a xícara à boca e tomam todo o conteúdo que entra por suas gargantas como areia, após tudo engolido uma ardência horrível fica por toda a boca, quando tudo volta ao normal uma tontura os atinge, e enquanto eles eram atacados pela falta de equilíbrio uma serie de imagens passava em frente aos seus olhos, coisas do passado. No momento em que ambos já pensavam que não agüentariam mais tudo volta ao normal do nada e uma incrível sensação de paz toma conta deles.
- Muito bem, parece que vez efeito, tudo certo? – Os dois olharam para ela, depois se entreolharam e confirmaram, tudo estava bem. – Que ótimo, podem ir agora. Ah Gina, seu irmão estava te procurando, ele ta bem preocupado, vá falar com ele.
- Certo...
Gina sai da sala de cabeça baixa, ela não tem coragem de olhar para Draco, mesmo com tudo que ele disse para ela, a garota não podia acreditar que tudo seria como alguns minutos atrás, tão maravilhoso, aquele garoto que ela beijara, era qualquer um nessa escola, menos ele mesmo, não era possível.
- Olha Draco... – Ela começa a falar, mas ainda não tem coragem de olha-lo nos olhos.
- Eu sei Gina, eu sei. Não ia dar certo, nós dois juntos. – Ele a abraça suavemente. – E eu não posso assumir compromissos...
- A gente podia tentar Draco, talvez desse certo, talvez... E que negocio é esse de não poder assumir compromisso? – Gina estava confusa, muita coisa acontecia naquele momento, e seus sentimentos estavam completamente misturados.
- Gina, eu já sou noivo, não posso me comprometer com mais ninguém.
- Noivo? – Sua pele empalideceu, se aquilo fosse verdade eles nunca teriam chance de ficar juntos, como ele havia dito.
- É, desde de que eu nasci eu já sou noivo de uma francesa, filha de uma amiga do meu pai...Mas Gina...
- Não Draco, chega, não precisa dizer mais nada, era uma idéia besta mesmo nós dois juntos, nunca daria certo. – Gina retira os braços do garoto de si e começa a caminhar rapidamente pelo corredor, mas ele vai atrás dela e a segura novamente, os dois se olham nos olhos um do outro e se beijam tão apaixonadamente quanto nunca antes. – Draco não...
- Adeus Gina... – Ele a solta, ela recua um pouco ainda olhando nos olhos dele, depois se vira e começa a descer as escadas. Draco anda mais devagar até que se lembra de algo. – Gina! – A garota se vira, agora era possível ver seus olhos vermelhos escorrendo lagrimas. – Seu anel.
Draco retira do bolso o anel da garota e o joga para ela. Gina fica um tempo para olhando para ele, depois o põe no dedo e segue descendo as escadas. Após esse dia os dois nunca mais se falaram, mas ela sempre continuou entre os olhares de Draco.



Oh, eu não sei escrever romance, não sei se ficou bom, e... sei lá. Espero que gostem, qualquer pergunta pode mandar q eu respondo tranqüilo. Uma coisa o que aconteceu com o Harry na fic foi só pra deixa-la mais interessante, então não fiquem presos muito aqueles acontecimentos, isso é uma DG. Mesmo q seja pra dizer q eu escrevo mal manda um mail, talvez na próxima com a sua ajuda fique melhor (isso tem cara de comercial)
[email protected] - outra coisa, a professora nova, os eventos dela, é a mesma coisa do harry, só pra dar um ar pra fic.


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