Um pouco doente
Acordei em um daqueles dias em que não tenho vontade de fazer nada. Estava deprimida sem saber o porque. Fiquei uma meia hora na cama, tomando coragem para me levantar. Estava com um daqueles pressentimentos de que teria um péssimo dia.
Ouvi as meninas conversando e se arrumando. Elas estavam com um ótimo humor, até Judie e Amy estavam conversando e elas nunca paravam no dormitório. As quatro estavam rindo bastante. Dicas de moda, meninos, os assuntos de sempre. Me lembrei que hoje era dia de chegar minha revista de moda, Wizard Fashion.
Assim que elas deixaram o quarto levantei. Entrei no banheiro e liguei o chuveiro. E tudo voltou na minha cabeça, as ameaças...Eu tinha ficado assustada, muito assustada, e odiava isso.
***
-Alguém aqui está com fome? – Trey perguntou pelo que parecia ser a milésima vez.
-Trey...Se você que comer...VÁ! – eu disse irritado.
-Credo Draco. Que mau humor.
Levantei da cama e o encarei. Porque ele não deixava ninguém dormir lá? Que cara mais irritante.
-O que é isso? – Dean perguntou apontando para as minhas costas.
Na mesma hora fui para frente do espelho. Lá, bem marcado, estavam vários caminhos, pareciam cicatrizes de tão profundos.
-Megan... – disse simplesmente.
***
Hermione acordou uma nova pessoa. Se olhou no espelho e gostou muito do que viu. Seu cabelo liso...Sua pele branca, como a de Gina. Depois de uma hora tomando banho e se arrumando ela se sentiu preparada para ver Harry.
-Oi Mione – Parvati disse enquanto se levantava – Vai sair? Não é muito cedo? – Parvati checou o céu.
-Vou. Café da manhã. Que vir com a gente?
-Isso...Vem – Kristin disse enquanto colocava um brinco.
-Não, não. Estou sem fome, vou demorar mais pra descer.
-Ok – as duas disseram e saíram do quarto.
Assim que Hermione viu que não havia ninguém por perto se sentiu segura para contar tudo o que tinha acontecido. Ela sabia que Kristin iria entender muito bem o que estava acontecendo.
Depois de contar tudo Kristin começou a falar. Ela tinha que revelar uma coisa a Hermione. Uma coisa, que a menina não esperava.
***
Harry acordou mais tarde que nunca. Sonhara com Hermione a noite toda e não queria sair desse sonho, não queria acordar para a realidade e ver quão difícil seria resolver isso.
-Finalmente – Rony comentou.
Harry olhou para o lado e viu que o amigo já havia levantado há pelo menos meia hora. Ele estava de bom humor.
-Como foi ontem? – Harry perguntou a Rony, enquanto pegava seus óculos na cômoda.
-O de sempre – ele disse simplesmente.
-Aham! – Harry disse rindo – Bom eu tenho uma notícia que vai fazer você cair para trás Rony.
-O que foi? Você e Pansy...
-NAO! Nada a ver Rony, você só pensa em besteiras, hein?
-Ué Harry. Então eu não sei o que é.
-Bom, eu e Hermione...
Assim que Rony ouviu o nome da amiga arregalou seus olhos. Era bomba, na certa.
***
Fiquei meio sem coragem de sair do quarto, por isso fiquei sem almoçar e sem tomar café da manhã. Me sentia enjoada, doente. Ásis e Nátysi já tinham vindo no quarto me ver, eu ficava fingido que estava com sono. Funcionava.
Meu estômago não estava reclamando de fome...Acabei pegando no sono, mas um sono nada saudável, na verdade cheio de pesadelos. Os mesmo que eu havia tido a noite toda.
Acordei suando frio e nada bem. Resolvi que era hora de procurar a enfermaria. Aquilo não era normal, definitivamente não era. Vesti uma roupa qualquer e nem me preocupei com o meu cabelo, apenas fiz uma trança.
O salão comunal estava vazio. Vi que provavelmente todos estavam jantando, já que já era de noite. Eu não estava com fome por isso não vi sentido em ir até lá. Era melhor procurar Madame Pomfrey logo.
Peguei um monte de escadas, mas nunca chegava onde eu queria. Já estava começando a ficar tonta. Não sei como, mas só me dei conta de que estava perto da Sonserina quando vi a estátua que abria a passagem. Comecei a voltar, mas vi alguém no meio do caminho.
***
Rony e Harry estavam jantando com Hermione e Kristin. Os dois estavam felizes e não paravam de trocar pequenos sorrisinhos. Pansy já havia percebido e estava a ponto de jogar algo na cabeça de Hermione.
-Vamos dar uma volta? – Kristin sugeriu.
Hermione deu uma risada, pois entendeu o que aquilo queria dizer. Ela ainda estava chocada.
-Claro – Rony disse desligado como sempre – O que vocês dizem? – ele perguntou a Harry e Hermione.
-Pode ser – os dois disseram juntos.
Por baixo da mesa estavam de mãos dadas.
***
-Onde está Gina? – Stephen perguntou quando viu apenas Ásis e Nátysi.
-Dormindo, ela dormiu o dia toda na verdade – Nátysi disse enquanto se sentava.
-Estou preocupada – Ásis comentou.
-Vamos visitar Gina depois.
-Boa idéia Matt – Jim comentou – Ela parecia tão bem ontem.
-É mesmo... – Stephen disse vagamente.
***
Na mesa da Grifinória Caroline, Tiara e Kelly prestavam atenção na conversa se Stephen e seus amigos. Ele parecia preocupado, e Caroline sabia porque.
-É a Gina – ela disse às amigas – Sumiu o dia todo.
As três riram.
***
-Gina...Você por aqui? – era uma voz doce, mas muito cruel. Eu conhecia o dono dela.
-Chad...O que faz aqui? – perguntei.
-Na verdade eu é que te pergunto isso. Aqui não é lugar para uma garota como você, sabe disso, não Gina? Eu sou da Sonserina e você da Grifinória, caminhos bem opostos não?
-Eu me perdi...Só isso.
-Você não me parece muito bem – ele comentou enquanto se aproximava de mim.
Eu o odiava tanto. Não queria que ele me tocasse, mas não conseguia impedi-lo. Nós tínhamos namorado há um ano, namorado não. Sai com ele uma vez e só. Ele era muito mal educado.
-Estou um pouco tonta, só isso.
-Fazia tempos que eu não te via sozinha. Você está sempre cercada de tantas pessoas, é difícil vê-la.
-Pois é...Mas eu preciso...
-Ir? – ele disse de repente, toda a maciez da sua voz dando espaço para um outro tom – Mas já? Fica mais um pouco.
Ele nem me deu tempo de responder, me encostou na parede e prensou meu braços para trás. Eu estava imobilizada. Comecei a ter vertigens.
-Para, para... – eu dizia inutilmente enquanto ele me beijava.
-Não Gina. Eu esperei muito por isso, sabe? Você não vai embora dessa vez, não dessa vez...
Ele continuava me beijando violentamente, minha boca começou a sangrar. Eu não conseguia e mover, estava me sentindo muito tonta. Não conseguia andar, não conseguia gritar.
-Para, para... – eu continuava.
Ele começou a subir a mão pela minha blusa. Fiquei desesperada.
-SOCORRO! Socorro...so...co...rro...so...so... – eu estava péssima.
-Pode gritar Gina, ninguém vai ouvir seus gritos. Hora do jantar – ele disse maldosamente enquanto rasgava minha blusa.
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