Gina contra-ataca
-Que ódio do Malfoy, vocês tinham que ver meninas. Aquele idiota, sorrindo atrás da estátua quando o Filch me levou. Que raiva. Ninguém merece.
-Calma Gina. Tudo vai dar certo, você vai ver...
-CALMA? Nátysi eu estou com detenção hoje à noite. Filch me disse que será uma coisa bem chata e se possível dolorosa.
-Ah Gina, ele sempre fala isso. Não se preocupe.
-Você vai se vingar? – Ásis me perguntou.
-É claro. Ele vai aprender a nunca mais mexer com Gina Weasley, vocês vão ver.
-A propósito...O Stephen está te procurando.
-Depois falo com ele, mas agora vou contar o plano...Vocês vão amar. Escutem.
***
Hermione estava na biblioteca há quase doze horas. Lia livros atrás de livros. Tinha que achar a poção certa. Primeiro ela iria mandar uma “simples” correspondência para Pansy, e depois...Bom ai depois era com Gina que ela teria que contar.
-Mione?
-Rony? Que foi?
-Você está sumida desde ontem. O que houve? Nem tem provas marcadas ainda. Porque tanta preocupação com livros.
-Dessa vez é diferente Rony. Mas deixa pra lá. Algum problema...
-Na verdade – ele fez uma cara que ela conhecia bem, era sobre meninas – Você conhece Liza Mars...Da Corvinal, está no sexto ano.
-Sei quem é.
-Preciso arrumar um presente para convidá-la para sair. Ajuda-me...Por favor, Mione...
Ele disse dramaticamente, se ajoelhando aos pés de Hermione. Ela deu uma risada.
-Levanta daí que eu te ajudo. Mas eu também quero sua ajuda, você precisa conversar com o Harry, eu não fiz nada com a Pansy.
-Eu sei Mione. Nós vamos arrumar isso...Afinal, você sempre me ajudou. Mas agora, aos presentes.
-Certo...
***
-Draco você me deve sua vida, cara...Olha esse roxo. Quanto menino idiota...Aquelas bichinhas da Grifinória.
-Pode deixar Trey, dessa vez você fica com a mais gata.
-Certo...Acertamos isso depois...Deu certo com a Weasley?
-Perfeito – disse com meu sorriso vitorioso – Você tinha que ver...A cara dela foi a melhor...
O professor estava dando bronca em dois alunos. Resolvemos ficar quietos e prestar atenção na aula, pelo menos tentar. Mas pensando bem, aquela menina era idiota o suficiente para tentar algo contra mim...Eu não queria admitir, realmente não queria, mas eu estava com medo do que a Weasley ia fazer.
***
Eu, Ásis e Nátysi desfilávamos pelo corredor na troca de aulas. Eu sabia bem para onde devia ir, aula de Estudo de Trouxas, era lá que o Malfoy estava tendo aula.
-Oi Gina – um menino da Lufa-lufa chamou – Será que a gente...
-Olha, estou com um pouco de pressa, me chama na hora do almoço, certo?
-Claro. Tudo bem.
-Certo então.
Meu alvo estava há apenas dez passos de distância. Mesmo sem estar lá eu já sabia do que ele estava falando. Quando cheguei todos me olharam, mas nenhum estava rindo de mim. Dei meu sorriso mais encantador.
-Malfoy...Será que posso falar com você?
-Olha Weasley – ele disse sarcasticamente – Se é por causa do vestido, tudo bem, eu tenho dinheiro. Posso comprar outro.
-Idiota – o puxei pelo braço e o tirei de lá.
Foi nessa hora que as meninas entraram. Começaram a falar com o grupo de Sonserinos, para entretê-los. Ele puxou seu braço e ficou me encarando. Odiei constatar, mas o Malfoy era uns vinte centímetros mais alto do que eu. Isso podia dar mais vantagem a ele, mas uma pouca vantagem.
-O que quer Weasley? Já disse que se for pelo vestido eu...
-Olha Malfoy, eu só vim aqui por um motivo...Minha revanche – disse com um sorriso vitorioso.
-Do que você está falando? – ele disse friamente.
-Se eu peguei uma noite de detenção, te garanto que você pega duas semanas.
-E como? Vai chamar sua amiguinha sangue-ruim? Pois saiba que eu estou me lixando para isso...
Aquilo foi à gota d’água. Vi que McGonagall vinha andando pelo corredor. Dei um grito de dor, o mais fingido e bem feito de toda minha vida, em seguida despenquei no chão. Ta certo que doeu, mas valeu a pena.
O que aconteceu a seguir foi hilário, pena que eu não podia rir. Ásis, assim como o combinado, chorando e o Malfoy se explicando. Fui carregada, só não sabia por quem. Quando ouvi a McGonagall dizendo horrores ao Malfoy tive certeza...Agora sim eu estava vingada.
***
Hermione viu Harry no jardim. Era o momento certo para falar com ele. Ela não iria conseguir esperar mais. Ele a viu e se levantou, começou a andar para ir embora.
-HARRY! ESPERA! – ela gritou – Por favor... – ele reconsiderou e voltou atrás.
-O que foi Hermione?
-Olha...Eu juro que não fui eu. A Pansy deve ter se confundido. Eu juro Harry...Você tem que acreditar...Por tudo o que passamos juntos.
-Eu não sei – ele se mostrava indeciso – As marcas, no rosto dela.
Hermione começou a chorar. Mas dessa vez era fingimento.
-Não chore Mione...Está tudo bem.
Harry a abraçou. Naquele momento Hermione sentiu uma coisa dentro de si, um desejo de vingança...Contra Pansy. Ela deu um sorriso enquanto Harry a abraçava. Se ele visse o sorriso dela, não acreditaria que aquela era Hermione.
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