O olhar
N/A: Bem, cá estou eu novamente, atrasada eu sei, mas com um novo capítulo da minha fic. Demorei para atualizar por causa das aulas (stress, stress, stress…) e por preguiça mesmo, mas agora já tá. Vamos aos comentários.
Capítulo 3 – O olhar
É tudo diferente
Viver sem ter-te do meu lado
Sente o que eu te digo, é sincero
Fogo incandescente
Era a nossa paixão no passado
Estar triste com o presente
Sinto-me desconsolado
Se queremos, se gostamos
Porque não juntos ficar
Por coisas sem sentido tivémos de acabar?
Eu minto quando digo que não penso em ti
Eu sinto a falta do olhar
E por mais que o tempo passa não, não vai dar
No fundo cá dentro hás-de sempre estar
Era uma bela tarde de sexta-feira. O dia estava ensolarado, o céu com poucas nuvens e uma brisa fresca pairava no ar. Estava um dia com condições perfeitas para estar fora do castelo à passear pelos jardins ou assistir a um jogo de Quadribol, mas não para todos.
- O quê, você faria comigo!? – ele não queria acreditar na sua sorte.
- Foi isso que tu ouviste, não foi? – indagou Lily com um sorriso divertido. – Mas é só o trabalho, tu sabes. A professora acha que se eu fizer essa pesquisa contigo o nosso trabalho ficaria muito bom, ao avaliar pelas nossas notas no teste…
Era tudo tão bom que se calhar era uma brincadeira ou um sonho. Ele caminhava agora em direção a biblioteca ao lado da garota que invadira os seus pensamentos à bastante tempo, mas não para uma detenção ou coisa desse gênero. Não, eles iriam fazer um trabalho em conjuto, que para ele pouco importava, já que o mais importante era que ela havia escolhido à ele para ajudá-la, e não só. Ultimamente ela já não o tratava da mesma forma de antes. Deixou de ser mais implicante, menos agreciva, às vezes conversavam como pessoas civilizadas sober coisas relativas à matéria das aulas, havia parado com o seu discurso sobre as “qualidades” de que Tiago Potter era dotado, e isso tudo o deixava feliz, mesmo que se tratasse de um simples “bom dia” pela manhã.
- Tu achas que nós podemos ir para a biblioteca agora? Eu não sei, já que estão todos lá fora por causa do jogo de Quadribol entre o Lufa-lufa e a Corvinal, que, aliás, se você quiser e assistir, nós podemos começar à fazer o trabalho amanhã, já que você é um fã convicto desse jogo.
E também sabia o que ele gostava e se preocupava com ele, era realmente mais do que bom, era perfeito. Ele parou de andar e se virou para encará-la uma vez que Lily também o fizera após concluir a sua sugestão, o encarando com aqueles olhos de um verde espantoso, aqueles olhos que ele conhecia tão bem, mesmo que fosse apenas dos seus pensamentos.
- Hã… n-não, não…claro que não – gaguejou sem saber porquê. - Eu prefiro ir fazer o trabalho contigo, quero dizer, assim nós nos despachamos mais rápido, sabes. Amanhã é sábado e nós teremos o dia livre.
Ela apenas retribuiu outro fraco sorriso, mas não menos lindo como os que ela dava, e isso era bom.
Eles já estavam na biblioteca a algum tempo. Havia sido difícil convencer Madame Pince de que eles estavam ali apenas para fazer um trabalho. Não que ela desconfiasse de Lílian, mas com a escola em peso à assistir ao jogo de Quadribol, era muito estranho ver Tiago Potter ali, sem os seus companheiros, sem planejar nenhuma confusão. Depois de um interrogatório e uma investigação quase que policial, eles conseguiram obter a “carta branca”.
O trabalho era complicado. Na verdade, não era bem complicado e sim aborrecido.
- História da Magia, hunft… isto não é matéria descente. É o que o Sirius costuma dizer, o segredo da História da Magia está mais no compreender do que no decorar. Com o Binns à dar aulas, isso fica mais chato do que a macetática. – Resmungou enquanto olhava um livro sobre os duendes que haviam sido decaptados.
- Matemática – ela não pode deixar de rir da cara aborrecida de Tiago.- Por acaso eu vou ter de concordar contigo, História da Magia é uma discicplina muito… “complexa”.
Nesse momento eles se encararam um pouco antes de começarem a rir, mas logo à seguir Madame Pince lançou-lhes um olhar reprovador e Tiago tentou disfarçar se levantando para buscar outro livro enquanto Lílian começava a procurar em um que estava sobre a mesa e encontrando o material de que precisavam.
- Encontrei! – exclamou contentíssima. – Venha cá ver.
Tiago agiu tão depressa quando foi espiar por cima dos ombros da garota que ela se assustou com esse gesto repentino, se levantou e o encarou involuntariamente. Eles ficaram durante um tempo a se olharem, suas respirações ficaram um pouco mais ofegantes e seus corações começaram à acelerar. É, o dia estava realmente muito bonito, e isso estava resumido naqueles belos olhos verdes à frente de Tiago, ou escrito naqueles lábios bem desenhados, mas que ele não poderia ler, uma vez que eles estavam agora unidos aos seus.
Quem teve a iniciativa foi ele passando a mão de leve no rosto dela e começou à aproximar-se um pouco mais, meio receioso , no que ela fechou os olhos e deixou que o garoto tomasse conta da situação. Ele a enlaçou pela cintura para aumentar a proximidade dos corpos enquanto ela pousava as suas mãos nos ombros dele. Ele começou a beijá-la bem devagar, e a medida em que ela ia correspondendo ao beijo, elas se abraçavam mais forte.
Ninguém sabe ao certo quanto tempo eles ficaram ali. Quando eles finalmente se separam, Lily abre os olhos repentinamente e começa à encarar Tiago com um nítido brilho no olhar enquanto Tiago deixa que um sorriso tome conta dos seus lábios. Eles ficaram um tempo em silêncio, até que Lily resolveu se manifestar.
- Er… eu não sei como? Quer dizer…
Ele tirou uma de suas mãos da cintura na garota e pousou o dedo indicador nos lábios dela.
- Shiu, não fala nada, não agora, espera. Vem comigo
Tiago segurou na mão dela e à guiou para fora da biblioteca. Ele não sabia para onde iria ao certo, só sabia que naquele momento, ele queria estar novamente em encontro com aquele olhar.
E depois de tudo isso, depois do que eles viveram juntos, por que era tão difíci lvoltar à encarar aqueles olhos tão lindos sem se sentir triste e desolado, e sem saber o porquê deles já não terem aquele brilho resplandescente que tinha nos momentos bons, nos mementos únicos.
- Lily, talvez eles nem estejam à fazer assim tanto barulho. É melhor nós voltarmos – adiantou Melanie segurando no braço da amiga e tentando fazê-la voltar para trás.
Tiago queria que Lílian fosse até eles, nem que fosse para brigar com eles, dar-lhes uma detenção ou apenas ser a Lílian de sempre.
- É… talvez seja melhor sim – respondeu a ruiva sem emoção e virou-se para trás voltando para o dormitório.
Sirius, que também havia percebido a curta presença das garotas no salão, pareceu ter ficado tão triste como Tiago. Não que ele pensasse que as garotas andavam à evitá-lo também, mas sim pelo amigo, que tinha agora no rosto uma expressão semelhante a de uma pessoa que nunca havia tido um momento de felicidade em toda a sua vida.
Os outros continuaram à jogar, mas Tiago não queria estar ali e sem cerimônia nenhuma se levantou e se dirigiu para a escada que dava acesso aos dormitórios masculinos e foi-se embora, sendo segui
do por Sirius, Remo e Pedro, que tinha estado na cozinha e havia acabado de chegar.
- Hei, vocês sabem o quê aconteceu com a Evans e a amiga? – perguntou Pedro enquanto eles subiam as escadas. - Elas apareceram ali e… o quê?! Ah!
Sirius havia lançado um olhar mortífero a Rabicho e inclinado disfarçadamente a cabeça ne direção de Tiago. Eles entraram para o dormitório e cada um foi para a sua respectiva cama. Remo e Sirius entreolharam-se e tencionaram dizer algo mas não foram capazes e acabaram por se deitar, assim como Pedro e Tiago. O primeiro assim que se deitou dormiu e o segundo apenas fingia.
Passado algum tempo, Tiago ainda não havia conseguido adormecer e desistiu de tentar, e cuidadosamente, para não acordar os outros, saiu do dormitório e foi para o salão comunal. Assim que lá chegou, preparava-se para se sentar uma poltrona em frente a lareira, quando se percebe de que a mesma estava acesa, o que não era comum já que era suposto não ter ninguém lá. Mas havia. Mesmo em frente à lareira, em uma poltrona vermelha, estava sentada ela, Lily, mas estava a dormir. Tiago hesitou, não sabia se devia acordá-la ou não, então decidiu observá-la.
N/A: Então, o que será que vai acontecer? Esses dois juntos, no mesmo lugar, não sei não, alguma coisa me diz que momentos de emoção se aproximam. Será que esse mistério gosto de ti mas não podemos ficar juntos vai ser desvendado? Será que eles teram um final, triste ou feliz? E será que se nós colocássemos argila-base seca no forno, depois envolvessemos-a em fumo e depois novamente ao forno ela ficará negra? Bem, essa última não interessa (me empolguei um bocado), mas se vocês quiserem saber as respostas para as outras perguntas, só mesmo lendo o próximo capítulo. E por favor, se vocês querem ir para o céu, façam uma boa ação e comentem qualquer coisa, ok? Beijos
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