Mergulho para o infinito





Title: Sentimentos Eternos


Author name: Ana Jully Potter



Category: Drama/ Romance



Shippers: Harry e Hermione



Disclaimer: Harry Potter infelizmente não é meu, se fosse eu seria rica e provavelmente não estaria escrevendo esta fic e sim o sexto livro da serie e já contando os milhões que ganharia com ele... ai mais chega de besteira e vamos logo pro que interessa.



Sinopse do capitulo:
Hermione arregalou os olhos, aturdida e perplexa. Observou-o montar no cavalo preto em silencio, com a capa passada em volta do corpo como uma asa enorme. Subitamente, entendeu o significado verdadeiro de suas palavras... Ele não a levaria para o hotel, como era seu desejo! Seria seqüestrada novamente, só que dessa vez não parecia ser por dinheiro! Os trajes dele, a comitiva e suas maneiras denunciavam um homem importante... Bastava um único olhar para perceber que era o chefe do bando e que todos o obedeciam cegamente. A vontade deles era a dele! Estavam acostumados a satisfazer seus menores caprichos.
“Mas ela não estava!”









Sentimentos Eternos



Capitulo II



Mergulho para o infinito





De culote cáqui, com uma blusa de mangas compridas e um capacete de explorador na cabeça, Mione atravessou rapidamente o saguão do hotel. Levava uma garrafa térmica e um pote de biscoitos na bolsa e estava tão contente como os passarinhos que cantavam no jardim.



O sol estava nascendo no horizonte quando caminhou até as cocheiras, onde Ahmet segurava pelas rédeas o cavalo arisco e resistente que tinha alugado no dia anterior.



Ela cumprimentou o menino com o rosto sorridente e examinou mais uma vez o belo cavalo alazão que estava com as orelhas em pé. Arrumou os biscoitos e a garrafa térmica com café no alforje passado por cima do arreio e montou no cavalo com um movimento ágil.



Ahmet tornou a lembrar a recomendação que ouvira no dia anterior.



- O patrão disse para a lella não ir além do oásis



- Eu sei, Ahmet. Disse com um sorriso. Se eu me perder, seu patrão não será responsável por mim. Mas prometo que não vou fazer nenhuma loucura. Darei uma volta pelo oásis e estarei de volta para o almoço. Até logo!



- Bom passeio, lella.



Hermione picou os calcanhares e o alazão partiu no trote em direção a estradinha de terra, cercada de palmeiras, que atravessava o povoado. Num dos lados do caminho os muros do hotel, cobertos de heras floridas, no outro, um pequeno riacho serpenteava até se perder de vista nas ondulações do terreno.



Dirigiu o cavalo naquela direção e, quase imediatamente o ar quente e penetrante do deserto a envolveu. Sozinha, sem ninguém a vista, trotou algum tempo sobre a areia macia, com uma sensação de euforia maior do que tudo o que experimentara antes na vida.



Nem mesmo os bazares do Oriente a excitaram tanto. Barulhentos e cheios de animação, atraiam a atenção dos turistas com as alcovas sombrias, onde os cortes de seda brilhavam em cima dos balcões, onde os objetos de prata eram trabalhados sob a vista dos compradores, os perfumes misturados ao gosto de cada um! Pungentes e pitorescos tinham seu ar de mistério... Hermione tinha adotado as escadas em caracol, os perfumes fortes que experimentara nas costas da mão, as lembranças que comprara nas lojas minúsculas e escuras... Mas ali, no deserto, estava ainda mais perto do mistério eterno que emanava do Oriente.



Estacou o cavalo e contemplou a vastidão plana e interminável, repleta de ondulações e de colinas que se estendiam ate o horizonte.



- O deserto pode ser cruel, tórrido, inclemente... repetiu em voz baixa as palavras de seu pai.



Agora o sol dardejava através da névoa amarelada e cristais rutilavam no areal como pedras preciosas. O vento que soprava nos espaços abertos tinha polido as rochas desnudas, tingindo-se de uma tonalidade avermelhada, enquanto o céu, em qualquer direção que se olhasse, era incrivelmente azul, como um torrão anil.



O jardim dourado de Alá, onde os viajantes procuram à paz, a aventura... Ou o destino.



Hermione não sabia exatamente o que procurava. Desde que perdera o pai, sentia-se inquieta e solitária. Esperava que essa estada no deserto lhe desse um sentido novo de direção... Talvez, se vivesse concretamente seu sonho, conseguisse tomar uma decisão mais acertada para o futuro.



A sua frente, estendiam-se as fraldas ondulantes da colina. Ela soltou a rédea e deixou o alazão sair a galope, sentindo o vento bater no rosto quando se aproximou do morro. O cavalo saltou com agilidade por cima das pedras roladas até que as areias amareladas ficaram lá embaixo, ofuscantes, sob a luz intensa da manhã. O sol começava a castigar o local desabrigado. Parou um segundo para beber um gole de água no cantil que levava na bolsa. Em seguida, cobriu os olhos com o chapéu de explorador e sentou-se ereta na sela, enquanto o cavalo árabe, habituado ao terreno pedregoso, descia aos solavancos o outro lado do morro em direção ás áreas verdes marcavam os limites do oásis de Fadna.



Soltou do animal a sombra das palmeiras e tirou o chapéu. O suor havia grudado seus cabelos na testa e em cima da nuca.



“Ah, que delicia sair daquele sol inclemente!”



Ouviu alguns pássaros que estavam pousados ali perto e aproximou-se com emoção da casa onde os passarinhos faziam seus ninhos.



Não havia ruído a não ser o canto das aves. Era como se o oásis tivesse prendido a respiração, como se guardasse o grito abafado que ela deu quando avistou as ruínas da casa onde seu pai tinha morado tantos anos.



A pequena casa, caiada de branco, estava caindo aos pedaços, invadida pela vegetação que avançava por entre os muros e as paredes rachadas.



Apoiou-se num tronco de palmeira e olhou decepcionada para o que tinha sobrado do seu sonho. Naquele momento, as palavras do adivinho soaram terrivelmente reais. A areia avançava de fato sobre a casa e cobria os canteiros de flores. Como seu sonho de morar um dia ali continuava muito vivo, ficou duplamente desiludida com a condição atual da cena que presenciava.



Se fosse de chorar facilmente, teria despencado no choro, de pura frustração. Podia, decerto, construir outra casa naquele local, mas não seria nunca a mesma. O ar e a atmosfera não seriam as mesmas que seu pai amara e conhecera.



Foi com o coração deprimido quase se afastou dali, após colher uma flor branca que se agarrava obstinadamente à vida, mas não olhou para trás nenhuma vez ao se dirigir, por entre as arvores para o local onde amarrara seu cavalo. O oásis agora lhe parecia muito triste e desolado, apesar das palmeiras e da vegetação. Desejava cavalgar para longe dali e deixar que as areias passassem levemente sobre a lembrança do seu querido pai. Somente uma flor branca, agarrada ao muro em ruínas, restara de sua presença, e a aguardou no bolso da camisa com um suspiro.



Voltou para a entrada do oásis e procurou seu cavalo. Os rastros do animal ainda estavam fundos na areia, mas não havia sinal dele em parte alguma!



Hermione assobiou, gritou, chamou-o pelo nome, mas nada. Tomada pelo pânico, começou a correr por entre as palmeiras a procura do cavalo alazão. Estava tão ansiosa em descer do cavalo que ver a casa que esquecera completamente de amarrá-lo numa arvore pelo cabresto. O alazão árabe não era manso como seu cavalo na França que a seguia a toda parte como um cachorrinho. Era um cavalo arisco, fogoso. Ao ver-se livre, galopara para longe e a deixara ali sozinha. Agora, teria que voltar a pé para o hotel, afundar as botas na areia quente e enfrentar o morro de pedras soltas!



A perspectiva era desanimadora e teve vontade de chorar de desanimo e frustração. A garrafa de café, o pacote de biscoitos, o cantil de água... Ficara tudo na sacola que levava no arreio. Sua única consolação era o pequeno riacho que corria por entre as arvores. Pelo menos não passaria sede atravessar o deserto debaixo daquele sol abrasador. Somente ao entardecer poderia voltar com segurança para Ras Jusuf.



- Sua burra! Exclamou em voz alta, sentando-se desanimada a sombra de uma palmeira.



Os pássaros continuavam perto dali, mas não havia a menor aragem soprando no ar. Era meio dia, quando o sol atinge zênite e brilha com uma intensidade brutal durante varias horas. Ao entardecer, sopraria uma brisa fresca do deserto e, se a lua estivesse de fora, não teria dificuldade em encontrar o caminho de volta.



Enfiou as botas na areia e preparou-se para a longa espera, irritada ainda com seu descuido. O cavalo voltaria sozinho para a cocheira e seus conhecidos no hotel teriam a satisfação de comentar que uma moça imprudente como ela não podia andar sozinha no deserto.



Torceu o nariz ao pensar no que Padma diria e balançou os ombros ao se lembrar da advertência de Rony: “algumas moças foram seqüestradas e nunca mais ninguém ouviu falar nelas”



Deixou a areia escorrer por entre os dedos e pensou que nenhum beduíno se daria ao trabalho de roubar uma mulher magra, de culote caqui e botas de cano alto. Os árabes gostavam de mulheres opulentas e submissas, bem femininas, que sabiam satisfazer seus menores caprichos. Riu ao pensar que nunca na vida obedeceria ás ordens de um homem. Preferia morrer. Não entendia como as moças de sua idade, em geral, não pensavam noutra senão no dia do casamento. Ela, no fundo, só gostava realmente de uma coisa: sua própria liberdade. Andar por ai, fazer o que lhe desse vontade no momento em que quisesse, sem se importar com que os outros pensariam...




Apoiou a cabeça no tronco da palmeira e descansou um momento de olhos fechados, até que o desejo de tomar uma xícara de café tornou-se tão obsessivo que se levantou com um pulo e dirigiu-se ao riacho que corria entre as arvores.



Ajoelhou-se, umedeceu os lábios e molhou o rosto. Gotas de água rolaram pelo seu pescoço e molharam a camisa de cambraia, grudando-a na pele. Olhou para as palmeiras em volta e desejou que fossem tamareiras carregadas de frutos.



Então, subitamente, endireito-se com a sensação esquisita de estar sendo observada. Alarmada, permaneceu imóvel durante alguns segundos. Ate que pulou de pé e olhou em volta.



Ela não se enganara. Havia de fato um vulto embuçado entre as arvores, olhando fixamente para ela. Era um homem escuro, mal encarado, de barba crescida. No momento em que ela o encarou aterrada de medo, o homem retirou o pano que trazia no pescoço e aproximou-se lentamente, pé ante pé como um felino.



- O que você quer? Gritou ela de longe com pânico na voz.



Dois olhos penetrantes a fixaram em silencio e no mesmo instante, ela compreendeu o que o homem desejava. Voltou-se para fugir e gritou de dor quando um braço comprido a enlaçou com violência e os dedos escuros a agarraram pelos cabelos. O pano sujo foi passado rapidamente em volta do seu rosto, sobre sua boca, abafando o grito histérico que brotava de sua garganta. Com uma impressão de pesadelo, morta de susto, sentiu suas mãos serem amarradas nas costas com as pontas do pano.



Deu pontapés, debateu-se, tentou correr, mas foi agarrada com força e atirada violentamente ao chão. De novo, os olhos maldosos e frios a fixaram atentamente. Em seguida, o árabe levantou-a com um safanão e obrigou-a a caminhar por baixo das palmeiras em direção ao outro lado do oásis, onde um belo cavalo preto abanava o rabo.



O cavalo estava amarrado na arvore e, quando eles se aproximaram, o animal espinoteou de nervosismo e ela enxergou marcas visíveis de esporas no pelo cuidado do animal. No momento seguinte foi jogada de lado sobre a larga sela.



O cavalo caracolou, empinou e seu um relincho no instante que o árabe pulou na sela e puxou com brutalidade as rédeas, voltando o animal na direção do deserto.



Hermione foi tomada de um pânico quando o árabe a cobriu como o Albornoz e a segurou com força nos braços, enquanto o cavalo galopava na areia. Era um abraço brutal, doloroso, e as dobras do manto cobriam seu rosto, afogando-a e cegando-a. Sua cabeça estava girando confusamente, mal podia entender o que estava acontecendo...



Provavelmente o homem e a seguira ate o oásis e era terrivelmente verdade o que Rony dissera a respeito de moças seqüestradas. Ela devia ter ouvido o conselho, em vez de fazer pouco de sua advertência. A culpa era sua, por ser teimosa e imprudente, mas jamais podia imaginar que aquilo pudesse acontecer com alguém.



“Para onde estavam indo?”



O cavalo continuava galopando sobre o areal e só fizera uma pequena pausa quando o árabe parou para beber um gole de água. Ela aproveitou a oportunidade para passar a cabeça para fora do Albornoz, muito sujo e cheirando a suor.



O deserto estendia-se a sua frente a perder de vista, um oceano silencioso e abrasador. Sentiu um nó na garganta ao pensar que estava irremediavelmente perdida para o único amigo que tinha em Ras Jusuf... O rapaz que se oferecera para acompanhá-la ao oásis e cuja campainha ela recusara com palavras rudes. Agora sentia saudade dele, rezava para que surgisse de repente e terminasse com aquele pesadelo!



O cavalo voltou a galopar e ela tornou a ser apertada contra a suja e grosseira roupa do árabe. Vez por outra, ele resmungava em voz baixa, com se estivesse impaciente e irritado sob sol inclemente.



Picava com fúria o cavalo suado e coberto de espuma, que estremecia e sacudia a cabeça, como se não estivesse acostumado com aquele tratamento.



Era incompreensível como um árabe tão mal encarado possuísse um cavalo com aquele. Provavelmente não era dele, pensou admirando o pelo sedoso do animal, a crina comprida e bem tratada. Roubara-o de certo, como fazia agora com ela.



Ela estava morta de calor, afogada sob o Albornoz, vendo tudo confuso na sua frente quando, de repente, avistou um bando de cavaleiros no alto de uma duna, recortados no horizonte como as figuras de um sono.



As silhuetas negras galopavam sobre o fundo claro no horizonte, com as túnicas esvoaçantes chicoteando as ancas dos cavalos.



Quando desceram a galope o morro, o árabe estacou o cavalo com um puxão brusco da rédea e resmungou em voz baixa. Em seguida, virou o animal no sentido contrario ao do bando de cavaleiros e, sem perder um segundo, partiu a todo galope, obrigando Hermione a segurar-se com força no seu manto para não ser atirada ao chão. Diante da reação súbita do árabe, pensou que os cavaleiros eram certamente uma patrulha do deserto que corria ao seu encalço para salva-la das mãos do seu seqüestrador!



Animada com essa esperança, esticou o pescoço para fora do Albornoz e viu que dos cavaleiros se aproximava, correndo na frente dos outros. O cavalo preto era tão veloz quanto o do árabe, mas galopava com mais desenvoltura, porque levava apenas uma pessoa em cima. Daquela distancia, enxergava apenas um vulto coberto com uma capa preta, agachado na sela, segurando alguma coisa com a mão direita.



Ela imaginou que fosse uma espingarda, mas quando a distancia diminuiu entre os dois, viu o homem arremessar alguma coisa no ar com toda a força do braço. Ouviu um sibilo e, no instante seguinte, algo escuro e brilhante se enroscou em volta do árabe que a apertava nos braços. O homem deu um berro de dor, solou as rédeas e rolou pesadamente no chão. No mesmo instante, o cavaleiro de capa preta emparelhou os dois cavalos na deparada e ela foi enlaçada pelos braços dele antes de ser atirada ao solo. Tudo levou apenas alguns segundos.




Tonta, morta de susto e de medo, ouviu um brado alto de comando que fez o cavalo escorregar nas pernas de trás e parar alguns metros adiante com o corpo ofegante e coberto de suor.



Os outros cavaleiros aproximaram-se a galope. Hermione, ainda zonza foi passada sem cerimônia para um deles como se fosse uma boneca de pano. O chefe do bando desmontou com um movimento amplo da capa e examinou com atenção o cavalo que fora tão judiado pelo árabe. Fez festa no seu pescoço, passou a mão embaixo do seu focinho e falou com uma voz carinhosa. Ao ver as feridas das esporas e o sangue fresco que escorria dos flancos do animal, ele voltou o rosto fechado em direção ao árabe. Nunca na vida vira uma fisionomia tão surpreendente, tão altiva, tão marcada de autoridade e ao mesmo tempo repleta de

frieza. Frieza essa que era transmitida através de dois olhos do mais puro verde. Com os lábios cerrados, a cabeça erguida, o cavaleiro aproximou-se do árabe caído no chão e açoitou-o impiedosamente. Hermione soltou uma exclamação abafada e levou a mão a aboca quando viu o homem contorcer-se sob os golpes do chicote.



Feito isso, o cavaleiro de capa preta recuou um passo e voltou-se para ela, que sentiu um arrepio de medo ao encontrar com os olhos verdes fixos nos seus... Olhos brilhantes, autoritários e mais surpreendentes pelo fato de árabes não possuírem olhos daquela cor. Levava uma cicatriz em forma de raio na testa, tudo perfeitamente desenhada e que provavelmente deveriam ser o símbolo de seu clã.



O homem a observou de alto a baixou em silencio. Em seguida deu um passo em frente e arrancou o pano amarrado em volta da sua boca. Ela respirou aliviada, piscou os olhos molhados de suor. Não conseguiu, porém, dizer nada durante alguns segundos, porque ainda estava confusa com a rapidez dos acontecimentos.



- Muito Obrigado. Balbucio por fim, em francês, com a voz tremula. Apontou para o árabe que estava enroscado no chão como uma trouxa de roupa. –Este homem me seqüestrou... Para receber dinheiro, eu penso.



- Ah, é?



Os olhos verdes fixaram com atenção os cabelos revoltos que brilhavam ao sol. Uma brisa leve soprou os cachos que caiam em cima do rosto suado, revelando os olhos grandes e castanhos. O pescoço muito comprido e claro.



- Alem de roubar o cavalo, este vagabundo seqüestrou também uma moça! Não perdeu tempo, o bandido.



O homem de capa preta, com botas de cano alto e turbante preso com uma cordinha enroscada na cabeça, falava em francês impecavelmente.



- Este cavalo é meu. Prosseguiu, apontando para o animal exausto. –Eu pensei que nunca mais fosse encontrá-lo muito menos com um prêmio extra por cima!



Deu um sorriso enigmático... O que provocou uma exclamação em alguns árabes que estavam no local .Apesar do sorriso, contudo as linhas da face continuavam severas e autoritárias como antes. Parecia terrivelmente seguro de si e não dava a impressão de ser alguém que aceitasse um pagamento em dinheiro. O coração de Hermione começou a bater de maneira alarmante.



- Eu me chamo Harry Hussayn Potter . Disse o homem, com uma pequena inclinação da cabeça. –e você como se chama?



Harry Potter ... nome incomum para um árabe... pensou antes de lhe responder.




- Hermione Granger. Murmurou com a voz sumida. – ficaria muito agradecida se um dos seus homens me acompanhasse ate o hotel de Ras Jusuf, em Yraa, onde estou hospedada. Pagarei generosamente por esse incomodo.



- Ah, sim?. Exclamou o homem, com um brilho malicioso nos olhos. – Quanto você esta disposta a pagar por salva-la das mãos desse bandido? Alguns milhares de francos?



Ela observou em silencio os olhos verdes que refletiam a cor do deserto. Embora se sentisse agredida pela entonação irônica da pergunta, foi forçada a reconhecer que estava diante de um homem educado que falava francês perfeitamente. Seu pai tivera muitos amigos durante o ano que morara em Paris e alguns deles, inclusive tentaram conquistá-la com o charme tradicional dos franceses. Ela se divertia muito na companhia deles, mas não passava disso, alguns ate mesmo esnobava... Esse homem, no entanto transformava qualquer um deles em meros insetos... Ele tinha algo que chamava a atenção dela...




- Estou morta de sede e não tenho animo no momento para pensar nesse momento. Afastou os cabelos da testa. – Eu só desejo um guia que me acompanhe ate o hotel. Prometo pagar bem.



- Você não vai agradecer por ter corrido em sua ajuda?



“Bom tecnicamente você não correu em minha ajuda e sim do seu cavalo”. Pensou em retrucar mais desistiu da idéia ao encará-lo.



- Eu já agradeci antes... Mas de qualquer maneira, muito obrigada mais uma vez. Você foi muito gentil em me socorrer.



- Você pensou que eu fosse um oficial francês encarregado de patrulhar o deserto? Jogou a capa em cima do ombro com um gesto arrogante. –Eu tenho cara de francês, por acaso?



- Não sei, eu queria muito beber um gole de água. Disse em voz baixa, desviado o olhar do homem alto e altivo que a encarava fixamente.



Sem atender seu pedido Harry deu uma ordem em árabe a um dos homens, que saltou imediatamente não chão e aproximou-se do cavalo preto. Segurou as rédeas com firmeza, passou o pé esquerdo no estribo e saltou na sela.



Hermione que presenciava a cena em silencio, recuou instintivamente quando Harry deu um passo em sua direção. Segurou o lenço que amarrava suas mãos nas costas e soltou-o com um movimento brusco. Em seguida, antes que ela se recuperasse da surpresa, levantou-a nos braços e a colocou na sela de seu cavalo.



- Pode beber. Disse apontando para o cantil que estava pendurado no arreio. –Temos uma longa viagem pela frente.



Ela bebeu sofregamente, tampou o cantil e tornou a colocá-lo no lugar.



- Não preciso de uma escolta. Disse por fim, com um sorriso nervoso. – Basta um homem... Apenas para me indicar o caminho de volta.



- Que caminho? Exclamou com um movimento brusco das sobrancelhas. – Nos não vamos em direção a Yraa... Estamos voltando para meu acampamento.



Hermione arregalou os olhos, aturdida e perplexa. Observou-o montar no cavalo preto em silencio, com a capa passada em volta do corpo como uma asa enorme. Subitamente, entendeu o significado verdadeiro de suas palavras... Ele não a levaria para o hotel, como era seu desejo! Seria seqüestrada novamente, só que dessa vez não parecia ser por dinheiro! Os trajes dele, a comitiva e suas maneiras denunciavam um homem importante... Bastava um único olhar para perceber que era o chefe do bando e que todos o obedeciam cegamente. A vontade deles era a dele! Estavam acostumados a satisfazer seus menores caprichos.



“Mas ela não estava!”



Enterrando os calcanhares nos flancos do cavalo, partiu em disparada pelo meio dos outros cavaleiros e galopou alucinadamente para longe. Não ia submeter-se a nenhum homem, muito menos a esse demônio alto e zombador, de olhos verdes e brilhantes como a areia do deserto.






Sei apenas que a moça irá ate lá e que será perseguida por um homem de cabelos negros, igual a nos... Porem diferente na origem... Ele não é um qualquer... Nasceu diferente dos outros... Tem sangue de reis correndo em suas veias.


Há pessoas que a gente encontra nos sonhos, lella. Pessoas que são estranhas sem serem desconhecidas.



Se a moça quer fugir dele, deve afastar-se do deserto... Se permanecer aqui será perseguida, e as mãos dele vão cair sobre a lella como estes grãos de areia.




As palavras do árabe foi a ultima coisa vieo a cabeça de Hermione antes que ela sucumbisse ao cansaço.


* * * * * * * * * * * *

N/A: Bom espero que tenham gostado. Vai ficar melhor com o decorrer dos capítulos, já que só agora a Hermione conheceu o Harry, mas ainda existem muitos mistérios nesse homem e no deserto que ela tanto desejou conhecer... É isso ai...

Bjs!!!

Muito obrigado a todos que comentaram e votaram, eu adorei saber as suas opinioes.


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