Tenda de pai Saru

_ Então daí um orc enorme falou assim: E aí, nanico?! Nós vamos é te dar muita porrada! Daí eu olhei para ele e perguntei: Você e mais quem? Daí apareceu mais uns vinte mil, não milhões de orcs com aqueles dentes podres e....
_ Eu sei que não foi isso! _ disse L impaciente revirando os olhos.
_ Como sabe? _ perguntou Pippin surpreso.
_ É! Como sabe? _ perguntou Merry também surpreso _ Aliás, como você sabe tantas coisa cobre nós e nós nunca a vimos antes?
_ A? P? Será que dá pra mim andar aí atrás com vocês?
_ Por que L? Já perdeu a graça ter os dois hobbits aos seus pés, ou melhor, aos seus cachos?
_ Há, há, há! Muito engraçado P! Acontece que...
_ Chegamos! _ Merry apontou para uma caverna onde tinha um placa dizendo: Tenda de Pai Saru. Garantia de enigmas resolvidos à preço de anel.
_ Anel? _ perguntou A olhando para as mãos _ Elfos não usam anéis...
_ Os brincos da L! _ P exclamou.
_ Negativo! Nem pensar! _ L escondeu as orelhas com as mãos.
_ Mas é para podermos voltar, L! _ suspirou A paciente.
_ Ou você que ficar aqui com os seus hobbits? _ perguntou P sorrindo ironicamente.
L olhou para Merry e Pippin que a miravam com um sorriso bobo, e tirou os brincos resmungando:
_ Estão me devendo 1.99!
_ Isso aí, L! _ disse A pegando os brincos e seguindo para caverna _ Vamos sair daqui!
Os outros a seguiram e logo se depararam com um cenário inimaginável para quem estivesse do lado de fora: uma ampla sala redonda com paredes de mármores branco e piso ladrilhado de granito preto e cinza.
_ UAU! _ LAP.
A sala estava vazia exceto por uma mesa ao fundo, onde uma mulher atendia ligações por um palantír:
_ Sim, um minutinho, aguarde na linha, por favor... Não senhor Gandalf! Já falamos que não sabemos onde encontrar Veelas popozudas! Hunf!... Um minutinho, sim?... Senhor Gollum, desculpe a demora, mas sim, achamos o seu script! Eles estão perdidos em algum lugar das montanhas do Emyn Muil e o senhor deve guiá-los pelos pântanos mortos, certo? Ok, tchau.... O senhor ainda está na linha, senhor Gandalf?! Não-temos-Veelas-popozudas! Adeus!... Em que posso ajudá-los? _ ela finalmente perguntou para eles.
_ Deixa eu ver?! _ perguntou L e Pippin apontando para o palantír.
_ Não! Você não vão ver agora! _ P cortou eles _ Nós queremos resolver um enigma, moça.
_ Vieram ao lugar certo! Pai Saru resolve todos os mistérios: se existe vida fora do mundo conhecido; quando vai chover; quando vai acabar os dias; onde está Osama Bin Laden; se Snape lava o cabelo; quando vai sair e sexto livro da série de J K Rowling; quem matou Lineu; se vai ter continuação de Matrix; quando o pai da L vai pagar tv a cabo (L: Nunca! Buááá!) ... Só não sabemos onde encontrar Veelas!
_ Legal! _ P.
_ Só queremos voltar para casa! _ disse A.
_ Vou verificar se o Pai Saru está disponível, um minuto, sim? _ ela voltou a se concentrar no palantír e logo responde _ Desculpem, mas ele está ocupado abduzindo o rei Theóden. Podem esperara na sala do cafezinho? Ali naquela porta sim? Obrigada.
_ OBA! Café! _ AL.
***
Na salinha do café:
_ ... _ L.
_ ... _ A.
_ ... _ P.
_ ... _ Hobbits.
_ Cadê o café? _ L.
_ Acho que o café era só para a ficarmos quietinhas aqui. _ A.
_ Ô, TIA! _ L gritando para a porta _NÃO TEM NEM TUBAÍNA, NÃO?!
_ Quieta, L! _ advertiu P _ E se for um daqueles pague no final, seu trouxa? Não temos mais brincos!
_ Bem que eles podiam usar cartão de crédito na Terra Média. _ L suspirou _ Ficaria bem mais fácil...
_ Mas nós temos cartão de créditos aqui, pequena hobbit! _ exclamou Merry. _ Aqui está o meu cartão ouro do Banco Montanha Solitária.
L lhe lançou um olhar mortal pelo pequena (afinal, era três centímetro maior que eles!), e A e P olharam abobadas para um cartão dourado e quadrado que ele mostrava.
_ E o meu... _ Pippin apressou-se em vasculhar os bolsos até encontrar-lo_ é o cartão Mithril cliente especial!
_ Podem parar com o exibicionismo que eu já falei que eu hunfnunffufnu... _ L não pode acabar devido a intervenção das amigas.
_ Me deixa ver isso, criatura! _ P pegou os cartões enquanto A mantinha L de boca bem fechada _ É de verdade! Tem até o desenho de um dragão!
_ E nós encontramos hobbits que tem cartões de crédito! _ disse A como se tivessem resolvido todos os seus problemas financeiros _ Enrola eles L!
_ Hum-hum! _ L sacudiu a cabeça negativamente em uma afirmação convicta de nem pense nisso, tia!
_ P, enrola eles pela L. _ pediu A revirando os olhos e aplicando um feitiço de imobilidade na L que tentava desesperadamente se soltar..
_ Escuta, _ P chegou para os dois hobbits que a olhavam sorridentes _ temos uma proposta para vocês!
L caiu paralisada ao fundo e os hobbits encararam P esperando uma explicação.
_ Desmaiou de emoção! _ disse P abrindo um sorriso de vendedor de carros _ Por causa da proposta! Sentem-se aqui que eu vou contar uma historinha.
Ela fez os pequenos se sentarem como se fossem uma professora de pré e continuou:
_ Era uma vez uma hobbit com muitos cachinhos castanhos que faziam tóin-tóin e muita bochecha que vivia feliz com uma velha tia hobbit em uma região afastada do Condado. Elas tinha muitas coisas de hobbits, tipo... aquelas coisas arredondadas que aparecem no filme, sabe?
_ P! _ A reclamou _ Vai logo ao ponto!
_ Ta, ta... onde eu estava mesmo? Ah, sim, no vivia feliz . Então, um dia, a tia velha hobbit adoeceu e ficou muitos dias acamada. Como ela sabia que não iria viver para sempre, ela chamou duas elfas para que elas fossem tutoras da sua sobrinha, garantindo um bom futuro para ela.
_ E? _ perguntou Pippin ansioso pelo fim da história.
_ E então a tia morreu. _ disse ela dramaticamente _ E desde então eu a minha colega aqui estamos viajando pela Terra-Média em busca de um hobbit que seja merecedor da promessa que fizemos a nossa grande amiga.
_ Mas vocês não tinham caído aqui de outro mundo? _ perguntou Merry muito esperto.
_ É, mas é que... anhm... _ P pediu mimicamente ajuda para A.
_ Isso é o que nós contamos para os candidatos a pretendentes! _ disse A rapidamente respondendo a pergunta do hobbit _ Para podermos conhece-los melhor sem nos comprometermos.
Os hobbits se entreolharam desconfiados.
_ E nós achamos que vocês são ótimos pretendentes para a nossa L aqui! _ disse P tentando mostrar o máximo possível de dentes.
O rosto do Pippin ficou iluminado de repente:
_ Verdade? _ perguntou ele.
_ Ms nós somos dois, _ disse Merry mostrando dois dedos para ela _ e a hobbit só uma. Como fica isso?
_ Nós sabemos! _ disse P mudando sua expressão normal para a de uma narradora de histórias de terror _ Por isso teremos que impor-lhes um dificílimo desafio... Mas para isso precisamos dessa chave, e estamos desconfiadas que os brincos da L não cobrem nem o cafezinho.
_ Deixa eu ver se eu entendi. _ disse Merry _ Vocês querem os nossos cartões de crédito em troca de nos aceitarem como pretendentes da srta. L?
_Sim! _ disseram P e A com sorrisos de orelha a orelha.
_ E para isso, _ ele continuou _ nós dois teremos que enfrentar desafios mortais no qual podemos perder nossas vidas?
A e P se entreolharam em dúvida.
_ Anhm... é. _ P.
_ Ok. _ disse Merry entregando o seu cartão.
_ Legal! _ disse Pippin fazendo o mesmo.
L, ainda estatelada e sem movimentos no chão, fez uma expressão de choro enquanto P e A embolsavam os cartões sorridentes.
_ O Pai Saru já acabou com o rei Theóden. _ anunciou a elfa recepcionista _ Me sigam, por favor.
A, P, Merry e Pippin obedeceram a moça de 1000 anos.
_ HUUUUUUUMMMMM!!! _ L tentou gritar para avisar que tinha sido esquecida na salinha.

***
_ Eu ainda não acredito que fizeram isso comigo! _ resmungava L emburrada.
_ O que? _ perguntou P já perdendo a paciência _ Te esquecer na salinha de espera?
_ Não! Essa história de me casar com os hobbits!
_ Shiiiii! Caladas! _ reclamou A.
Eles forma levados para uma sala fria de pedra irregulares, onde estava posta uma mesa redonda com um palantír no centro. Eles foram mandados sentar e aguardarem em silêncio.
_ Eu ainda não consigo...
_ L! _ disse A cerrando os dentes _ É-para-pagarmos-nossa-ida-de-volta!
_... Mesmo assim! Vocês não tem direito de...
A porta abriu de repente e uma figura toda de branca, com cabelos e barbas prateadas de chapinha entrou:
_ Boa noite! _ disse ele sem cerimônias sentando na sua cadeira, que era maior que as outras _ O que queriam?... Esperai! Eu não conheço vocês?
A LAP se entreolharam:
_ Anhm... acho que não. _ disse cautelosamente A.
_ Muito bem... _ continuou ele meio desconfiado _ Sou o Pai Saru e posso responder a quase todas as suas perguntas por um preço razoavelmente razoável! O que desejam então?
_ Queremos saber como voltar para casa. _ disse L lançando um olhar rápido pra os hobbits que ainda a miravam abobados _ O Mais rápido possível, por favor!
_ E onde fica a casa de vocês? _ perguntou o adivinho.
_ ... _ L.
_ ... _ A.
_ ... _ P.
_ Como será que eles conhecem nosso mundo aqui? _ perguntou L parando para pensar no assunto.
_ É o seguinte, Sarumam... _ começou P.
_ É PAI Saru aqui, elfa! _ ele advertiu _ e depois sussurrou se inclinando na mesa para elas ouvirem _ Se eu usar o mesmo nome continuaria ganhando o meu salário de bruxo que virou malvado.
__Aaaaahhh!... Entendi! _ P _ Tá, Pai Saru, nós estávamos em um ponto de ônibus no nosso mundo, esperando um ônibus, obviamente, e daí eu achei uma vassoura. E quando peguei nela, um portal de abriu e nós caímos aqui nesse mundo!
Pai Saru as observou em silêncio e depois disse:
_ E o que duas elfas e uma hobbit faziam fora da Terra-Média?
L se adiantou na resposta:
_ É que nós não somos elfas e hunuuhfhnfuf... _ mas foi impedida de continuar por A e P que taparam a sua boca.
Elas sorriram amarelo para os hobbits, que felizmente, não haviam prestado muita atenção no que ela começara a falar.
_ nós viemos do mundo de onde veio o Sauron Tolkien! _ disse P _ Não sei se o senhor lembra de um incidente quando a comitiva estava em Valfenda que ficou conhecido como O Um Anel Perdido?
_ Aaaaahhh! Sim, sim. _ disse Pai Saru rindo, mas a sua expressão jurou para terrorizada de repente _ O QUE QUEREM AQUI?! VÃO INVADIR O NOSSO POBRE MUNDINHO TAMBÉM?!
_ Hunfuhunufnf... _ L.
_ Allow! Foi um acidente! _ disse A _ Nós estamos aqui para o senhor nos mostrar côo se volta! Olha, temos até cartões de crédito para pagar descentemente a consulta! _ ela mostrou os cartões dos hobbits para ele.
Ao ver os cartões os olhos do bruxo iluminara-se e ele mudou totalmente o seu tom de conversação.
_ Bom, nesse caso, _ disse ele sorrindo _ Eu posso ajudar vocês. Mas com uma condição! _ ele ficou sério de repente _ Não tenho relação nenhuma com a permanência de vocês na Terra-Média ou de quaisquer inconvenientes problemas que vocês possam causar, entendidos?!
_ (pisc, pisc) _ LAP.
_ Estamos entendidos? _ ele perguntou novamente.
_ Ok para mim, se pudermos voltar logo de uma vez. _ L.
_ É, ok também. _ P.
_ Vai logo com esse abracadabra, tio! _ apressou-o A.
_ Silêncio!... Estou me concentrando!... Preciso de muito silêncio...
_ ... _ L.
_ ... _ A.
_ ... _ P.
_ ... _ Hobbits.
_ Muito silêncio... _ Pai Saru colocou as mãos sobre o Palantír.
_ ... _ L.
_ ... _ A.
_ ... _ P.
... _ Hobbits.
_ Silêncio total...
_ Como ele quer silêncio se ele não pára de falar?
_ Quieta, L! _ P.
_ Shiiii! _ A
_ ... _ Hobbits.
_ … _ Pai Saru.
_ ... _ L.
_ ... _ A.
_ Gruch, gruch, gruch, nhoc, gruch, gruch, gruch _ P
_ Onde você arranjou essa bolacha. P? _ perguntou L.
_ Da mochila da A!
_ EEEiii! Abriu minha mochila sem permissão?! Tem consciência do risco disso, P?! Ela poderia ter explodido na sua cara ou te jogado uma coisa gosmenta e viscosa!
_ UAU! _ L.
_ Gruch, gruch, gruch... _ P encolhendo os ombros.
_ O que é bolacha? _ Pippin sussurrou perguntando para Merry.
_ Deve ser uma nova espécie de Lembas para viajem. _ respondeu Merry.
_ SILÊNCIO!!! _ Pai Saru com uma veia já latejando na têmpora.
_ ... _ L.
_ ... _ A.
_ ... _ P.
_ ... _ Hobbits.
_ Estou vendo... _ Pai Saru fechou os olhos e colocou uma mão na testa enquanto a outra permanecia no mesmo lugar _ Estou vendo um elfo.
_ Loiro?! _ p.
_ Sim. _ respondeu o bruxo.
_ Se for o Legolas é mentira, porque ele não é loiro! Já assistiu Piratas do Caribe?
_ Sabia que vai ter mais dois filmes desse? _ perguntou L.
_ L! P! Vão tirar a concentração dele! _ A.
_ Ah, foi mal... _ P.
_ O que mais o senhor vê aí? _ perguntou L curiosa quase grudando o nariz no Palantír.
_ Eu vejo um elfo em Lórien.
_ UÊBAAAA! _ P levou uma cotovelada da A _ AAAAiii!
_ Ele está segurando um objeto estranho... Esse objeto é a chave que abre caminho para o mundo de vocês.
_ Nós vamos para Loren?! _ Perguntou P ansiosa.
_ E o que mais? _ perguntou A _ Só isso? Como nós vamos encontrar um elfo loiro no meio de um monte de elfos loiros?
_ Ah, vocês querem o nome? _ perguntou Pai Saru com um sorriso bondoso _ É o dobro do preço.
_ O QUÊ?! _ LAP.
_ Glup... _ Hobbits.
_ Ou preferem ficar procurando por um elfo em Lórien por toda a eternidade?
_ ... Ele é bem convincente, não? _ A.
_ Eu não me importaria de ter que passar a eternidade entre elfos loiros. _ P.
_ Aloe! _ L _ Vocês não são elfas de verdahunnuhufnuhfufh
_ Cuidado com o que diz perto de certas pessoas pequenas, L! _ advertiu P tapando novamente a boca da amiga.
_ Tá. _ decidiu A _ Pode nos falar o nome do elfo, por favor?
_ Esperem um pouquinho que eu vou procurar no meu catálogo de seres da Terra-Média.
_ ... _ L.
_ ... _ A.
_ ... _ P _ Deve ser a lista telefônica deles. _ tentou P.
Pai Saru pegou um livro enorme debaixo da mesa e o depositou pesadamente em cima dela.
_ Ah! Aqui está! É Hans Jensen Hokens!
_ (pisc, pisc) _ LAP.
_ É o nome de um tio-avô meu! _ disse Pippin.
_ Que ra primo em segundo grau do pai da minha mãe! _ acrescentou desnecessariamente Merry.
_ Ok, valeu tio, ops, Pai Saru! Nós vamos para Lórien agora então. _ disse A se levantando.
_ UÊBA! _ P.
_ Eles ficam, né? _ perguntou L apontando para os hobbits.
_ E ficarmos perdidas na Terra-Média? _ perguntou incrédula A _ Nananinanão! Eles vão ser nossos guias!
Os hobbits abriram sorrisos brilhantes para L, que respondeu com um meio sorriso amarelo.
_ Então vamos! _ disse P levantando-se do seu lugar e sendo seguida pelos outros.
_ Hum-hum! _ Pai Saru fez-se ouvir, anda na sua cadeira _ Não estão esquecendo de nada, não?
_ Anhm... _ A _ Duas elfas, três hobbits... Acho que estamos levando tudo.
_ Eu estou falando do pagamento da consulta, suas forasteiras inúteis!
_ Aaaa... _ P _ Era só ter explicado melhor...

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