Coisa de Maroto
Lílian estava na sala comunal, sozinha. Era hora do jantar e todos estavam no salão principal comendo.
-Bú!
-Ahhhhh!- Ela deu um berro - Que é isso, menino, quer me matar do coração?
James gargalhava, gabando-se do susto que tinha provocado.
-Sai fora, Potter! Tenho que terminar isso.
Hum, não fez a redação de Poções, hein? Que feio! Ele foi rodeando Lily, chegou no ouvido dela por trás e sussurrou:
-Merece uma punição!- Puxou o sutiã da menina, por cima da blusa, e o soltou, fazendo com que estalasse nas costas dela. Puf!
-Ai! Para seu idiota, que saco!
-Ui, ui, ui, meus peitinhos estão crescendo!- disse ele rindo, rebolando e segurando em seu próprio tórax, dois seios imaginários.
Lílian corou. Mas ao mesmo tempo levantou da cadeira.
-Olha aqui, Potter, pára de me encher se não te meto a mão na cara!
-Ai, que merda!- retrucou ele a imitando.
Ela se sentou-se de novo, pegou o a pena e voltou a escrever. De um salto, James chegou junto e se debruçou sobre o pergaminho.
-Você vai à festa dos Marotos amanhã?
Ela o encarou, pela primeira vez assim tão de perto. Sentindo que tremia toda por dentro, apenas deu de ombros:
-Não sei.
-E se eu pedir pra você ir?- ele disse chegando mais perto.
Ela não se mexeu nem respondeu.
-E se eu...- James lhe tascou um beijo que, no susto, pegou desajeitadamente na bochecha, quase tocando seus lábios.
-Imbecil! Eu te odeio! Te odeio! Sai daqui!- gritou ela, se levantando.
-Desculpa.- disse ele, sem graça.
Lílian olhou desconfiada, ela nunca sabia se dizia a verdade ou se apenas zombava.
-Desculpa, vai? Você vem à festa?
-Não!
-Mas você é a convidada mais importante pra mim.- Falou ele, sério, quase triste.
-Pára de zoar, Potter. Eu te conheço muito bem.
-Tô falando sério, Lily.
-Evans, Potter! Você nunca fala sério.
Ele chegou mais perto. Ela deu um passo para trás.
-Calma, eu não vou fazer nada.- e estendeu a mão devagar, passando a ponta dos dedos no rosto dela. Lily sentiu sua face queimar. E ele foi chegando mais perto, seus corpos quase se tocando. Ele encostou seus lábios de mansinho na orelha dela e pediu baixinho.
-Me dá um beijo?
Neste instante o quadro se abriu e vários alunos começaram a entrar. James deu um pulo e correu pela sala em direção aos marotos, rindo, como se ela nunca existisse. Como se nada tivesse acontecido. Com as pernas moles, Lily sentou-se, não o viu mais naquele dia. ´´Ele estava mesmo só tirando uma na minha cara``, pensou, indo conversar com suas amigas.Mas quando chegou em seu dormitório, encontrou um bilhete em sua mochila:
Lily,
Desculpe pelas brincadeiras.
Por favor, venha à festa.
Sem você não vai ter graça.
James.
(Sobre o beijo, agente conversa depois, se você quiser.)
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