¤ O começo de um romance...
Harry não sabia se dormira ou se estivera acordado a noite toda, imerso em pensamentos; só sabia que nunca se sentiu tão bem quando levantou-se da cama naquela manhã de sábado. Depois de tudo que tinha acontecido, Harry foi imediatamente procurar Gina, para conversar, saber o que a amiga pensava dele e, principalmente, pedir desculpas por ter reagido de maneira tão brusca na noite passada, de maneira tão agressiva e constrangedora. Afastou as cortinas, e conteve um grito ao ver, surpreso, que Hermione dormia tranquilamente em uma cadeira entre sua cama e a de Rony. As cortinas da cama do amigo estavam abertas, e Rony também dormia profundamente, a boca ligeiramente entreaberta. Deu um sorriso ao ver aquela cena e levantou-se da cama para procurar suas vestes. Quando já estava calçando as meias, quase completamente vestido, Hermione estremeceu na cadeira e acordou devagar.
-- Ah... uah.... oi, Harry... não encontrei você, ontem, nas poltronas... tive que vir direto com Rony para cá, me... uah... desculpe -- A garota conteve mais um bocejo enquanto falava. -- Estou péssima. -- Comentou a garota, abrindo um pouco mais os olhos. -- Tive que prestar atenção nele a noite inteira, porque Madame Pomfrey não tinha mais espaço na enfermaria para hospedar pessoas, acredita nisso? Estava super... uah... atarefada.
-- Tudo bem, Mione. Eu... eu vou indo -- Harry levantou-se, muito disposto, e saiu em direção para a porta do dormitório. Desceu as escadas, e procurou no Salão Principal. Nada. Tentou subir as escadas para os dormitórios femininos, mas estas se tornaram um escorregadio escorregador, e o garoto caiu barbaramente no chão. Uma amiga de Gina, então, passou por Harry, deslizando pelo escorregador, e o cumprimentou. A garota já ia saindo quando Harry resolveu perguntar:
-- A Gina já desceu?
A menina deu uma risada alta, e olhou para Harry, divertida. Depois, cruzando os braços, disse:
-- Então era por isso que estava subindo, sr. Harry Potter? Por causa da Gina? Quem te viu e quem te vê.... esnobou a minha amiga a vida toda e, agora, quando ela não te quer mais e achou alguém bem melhor e que vai dar mais valor a ela, corre atrás dela... que vergonhoso, sr. Harry Potter. Pois saiba que Gina já desceu, já está tomando café e provavelmente nem vai olhar na sua cara!! O que faz muito bem!!! Seu descarado!!! -- A garota saiu impestivamente pelo buraco do retrato, ameaçando Harry e sacudindo um braço; Harry se sentiu absolutamente pregado no chão, atordoado. "Que menina cruel!", pensou Harry para si mesmo, e tratou de descer para tomar café, também. Tinha esperanças que a amiga de Gina estaria errada. Afinal, ele nem tinha feito nada muito grave; queria realmente saber se a garota estava interessada em Draco, que mal fazia isso!?
Mas, para o seu horror e descontentamento, a amiga de Gina estava certa. Harry acenou para a irmã de Rony, que o viu, mas virou o rosto, ignorando-o completamente. Harry, furioso (qualquer coisa já o fazia furioso), foi até a cadeira aonde Gina estava e disse, em seu ouvido, muito baixo:
-- Eu quero te ajudar com Malfoy. -- Em seguida saiu, tão violentamente quanto a garota que o ameaçara, cujos olhos agora lampejaram em sua direção, como faróis. Ia saindo do Salão quando sentiu uma mão tocar em seu ombro. Virou-se.
-- Como você pretende fazer isso, Harry? -- Era Gina. De perto, seus olhos eram ainda mais brilhantes e bonitos. Harry sacudiu a cabeça, se livrando de alguns pensamentos que agora enchiam sua mente.
-- Eu não sei. Mas se você quiser apoio, pode acreditar em mim e contar comigo.
Gina o olhou, desconfiadíssima.
-- Você pareceu cheio de ciúmes ontem, na biblioteca.
Harry abaixou a cabeça, desarmado.
-- E realmente estava. Estava, sim, porque você agora gosta do meu maior rival, fiquei furioso, cheio de raiva e ciúmes. Estava, sim, porque você deixou de gostar de mim. Mas isso não é justo, Gina, não é justo eu fazer isso com você. Eu gosto de você, bastante o suficiente para ajudar você a ser feliz. Se você gosta do Malfoy, eu farei o que puder para lhe ajudar. Não sou um monstro egoísta, sabe.
Com lágrimas nos olhos, Gina abraçou Harry levemente.
-- Muito obrigada, Harry. Você é um dos melhores amigos que eu tenho a possibilidade de ter.
Quando Gina virou-se para juntar-se novamente aos amigos, Harry percebeu que tinha perdido uma grande menina. Mas, é claro, não ia admitir isso, de jeito nenhum. Engoliu quatro torradas de uma só vez, achando seus gostos semelhantes ao do tapete usado no banheiro da casa dos Dursley. Sorveu uma grande quantidade de chá e resolveu caminhar pela propriedade.
O dia lá fora estava quente e claro. As nuvens eram raras, e o céu azul e límpido era refletido pelas águas do Lago do terreno de Hogwarts. Harry sentou-se às margens do lago, pensando consigo mesmo.. quando se deu conta, já era meio-dia, o Sol fritando seus neurônios. O garoto levantou-se da grama e começou a voltar para o Castelo, desta vez, pela sombra. Foi quando ouviu duas vozes conhecidas, conversando, aparentemente tranquilamente. Harry andou mais devagar para escutar a conversa entre Malfoy e Pansy Parkinson.
-- Então, Draco, o que você queria me dizer, aqui fora, nesse dia maravilhoso? -- Perguntou a garota, toda melosa, no ouvido de Draco. O garoto se afastou ligeiramente de Pansy, que parecia bastante decepcionada com o ato.
-- Ahn... sabe, Pansy... eu... eu estive.... bem...
-- Fale, Draquinho!
-- Tá bem... eu.... eu quero me... separar de você, Pansy.
A garota mirou Malfoy com um olhar terrível e úmido; Harry teve certeza que Pansy iria desabar em choro, pela sua expressão; mas estava, mais uma vez, redondamente enganado.
-- O QUÊÊÊ? Você, me trocar por outra baranga qualquer de Hogwarts? Quem é a desgraçada, seu bosta de dragão?! Me fala, anda, seu... -- Pansy começou a bater em Malfoy, dando tapas que faziam até barulho; Harry não pôde conter uma risadinha maldosa.
-- Isso não te interessa. Foi só isso que vim falar para você. Tchau. -- Draco se afastou o mais rapidamente da garota, deixando Pansy absolutamente cheia de ódio. Harry também começou a andar bem mais depressa, porque não queria ser alvo de uma garota furiosa e louca como Pansy. Mas pôde ouvir as únicas palavras que saíram de sua boca, agora, sim, molhada de lágrimas cheias de fúria:
-- Eu vou descobrir quem é essa desgraçada, ah, se vou... e quando descobrir... vou matá-la, em pedacinhos, com uma faca bem afiada... -- A garota continuou a grunhir ameaçadoramente. Harry desviou da menina que marchava rapidamente para o Castelo, deu a volta pelos jardins e entrou pelo outro lado na propriedade de Hogwarts. Sentou-se imediatamente em uma cadeira, mal percebendo que Hermione e Rony estavam do seu lado.
-- Harry, onde você esteve! Procuramos você por toda parte! -- Exclamou Hermione, mas, ao olhar para a expressão do garoto, sua voz se tornou mais baixa e apreensiva.
-- O que foi, Harry? Porque você está assim?
Harry olhou, assustado, para os amigos.
-- Draco se separou de Pansy Parkinson para ficar com Gina, e Pansy ficou louca da vida. -- Falou o garoto, retirando ar de qualquer lugar, menos de seus pulmões, que estavam vazios. -- E ela disse que vai matar a namorada de Draco, custe o que custar...
Hermione retribuiu o olhar apreensivo de Harry.
-- Temos razão para nos preocuparmos... ainda mais agora, que tem o Baile....
Harry escutou um estalo em seus ouvidos; tinha se esquecido completamente do Baile de Formatura! E tinha que convidar alguém! Não estava com o menor ânimo para convidar Parvati novamente; a garota provavelmente faria o mesmo discurso que da outra vez, sobre abandoná-la sozinha no palco e tudo mais. Seus olhos começaram a procurar alguém para ser seu par, e caíram automaticamente em Cho. Sabendo que a garota não aceitaria, começou, desolado, a procurar outro par.
E a vida em Hogwarts era muito mais do que simples conflitos amorosos! Com a chegada das férias, a intensidade de deveres foi muito maior para o sexto ano, que já deveria estar em fase de pré-preparação para os exames de N.I.E.M.´s. Harry não conseguia suportar a idéia de não ser auror quando saísse de Hogwarts; não conhecia qualquer outra profissão que lhe caísse tão bem assim. Tinha prometido, para si mesmo, que estudaria violentamente, quando recebeu os N.O.M.'s na casa dos Dursley, há várias semanas atrás. Sem falar na iminência cada vez mais presente de um novo ataque de Voldemort. Tinha que enfrentar isso tudo com apenas 16 anos! Isso o fez ficar ainda mais estressado.
-- Sabe, eu vou com o Rony dessa vez -- Disse Hermione, olhando para o amigo e trazendo Harry de volta a relidade. -- Alguém tem que ir com ele, não merece ficar sozinho, na torre da Grifinória, não é? Além disso, acho que ele não esteja em condição de convidar ninguém... -- Disse Hermione, triste -- E acho que você deveria logo convidar alguém, mais para tirar isso da sua cabeça...
-- Quem, por exemplo? -- Perguntou Harry, feroz.
-- Han... a Gi... ah, não... ehr... bem... que tal... a Ana Abbott?
-- Hum... é, pode ser. -- Concordou Harry, distraído.
-- Temos aula de Herbologia só segunda feira, mas se você quiser eu falo com ela agora, ela está logo ali.
-- Tudo bem. -- Confirmou Harry.
-- Você está me escutando, Harry? -- Perguntou Hermione, ficando aborrecida.
-- Claro, claro... -- Tornou Harry, até ver a cena que estava esperando ver há várias horas, e que não deixava sua mente em paz. Chamou Hermione.
-- Que foi, Harry? -- Perguntou a menina, aborrecida.
-- Ali.
O garoto apontou. Em um canto quase isolado do Salão, bem longe das mesas de qualquer uma das salas, Gina e Draco se beijavam, apaixonadamente.
Ahh, que fic mais melosa, naum é? Eu prometo muito mais ação!! ^___^ Juro para vocês!! E se estiverem duvidando.... tem que conferir!!
Comentários (1)
Tudo bem, é melosa mas é lindaaaaaaaaaa ^-^! Bjs!
2011-03-14