<i>Telepatia</i>
N\A: eu esqueci de dizer no último capitulo: os Wyndi são a família de
mais puro sangue que já existiu, mas eles (ou a maioria) não é muito
exibicionista, nem ficam se achando por serem puros-sangues. É apenas um nome
muito importante na sociedade bruxa... É uma informação e tanto, mas eu tava
tão avoada, pensando em como seria o encontro deles que esqueci de colocar
isso. Cabecinha oca a minha
Telepatia
O caminho de
volta foi meu silencioso, pois, de vez em quando, as francesas faziam observações
das coisas na rua, ou perguntavam “Vai demorar muito?”.
De repente,
passou na cabeça de Harry um pensamento: como elas iriam ver a sede da Ordem,
se o guardião do segredo, Dumbledore, não estava mais lá para informa-las? Vão
ficar na rua, sentadas? Até que não seria uma má idéia... Criatura
ruim, você, hein? Disse aquela vozinha que ele não conhecia de novo em sua
cabeça. Tô precisando de um psiquiatra pensou, quando dobravam a
esquina que dava para o Largo Grimaldi.
Rony e Mione
pareciam ter visto o mesmo problema que Harry viu. Rony deu um tapa na testa e
Mione fez cara de puxa-tinha-me-esquecido!
Lewise e Ann
olhavam da casa numero onze para a numero treze, com um ponto de interrogação
na cara. Marie olhava para uma Melissa aflita, que por sua vez, vasculhava a
enorme bolsa.
-Não tinha
uma bolsa menor para você trazer?
-Tinha, mas não
cabia tudo dentro dela... – respondeu, ainda procurando algo. – Achei! –
disse, retirando um bilhetinho de dentro da “mala”. A loira leu o que estava
escrito, passou para Marie, que também leu e por sua vez, passou as outras
duas. Quando Ann acabou de ler, Hermione, com cautela retirou o bilhetinho da mão
da ruiva, com o cenho franzido. Logo depois, tendo entendido, passou-o a Rony e
Harry, que leram: A sede da Ordem da Fênix se encontra no Largo Grimaldi, nº12,
Londres. Estava escrito numa caligrafia muito fina (Hermione botou fogo no
papelzinho em seguida).
-Vamos
entrar? – perguntou Melissa, passando por Harry e Rony, chegando na soleira da
porta e abrindo-a.
-Como,
como...
-O Bilhete,
você não leu não?
-Li, e daí?
-Rony, ele
foi escrito pelo próprio Dumbledore quando ele me enviou uma carta no começo
das férias...
-Começo das
férias? – perguntou Harry, não acreditando. Ele ainda estava vivo?
-É, as de
Natal do ano passado. – disse Melissa, decepcionando Harry. Você o viu
morrendo, esperava que ele retornasse do além?
Ela foi
entrando, e os outros a seguiram.
No hall de
entrada, Harry notou que havia quatro malões estacionados no meio do caminho.
-Isso é de
vocês? – perguntou.
-Do Papa é
que não é. – respondeu a loira.
-Quer parar?
– disse Marie. – São nossas sim, Harry. Onde a gente vai ficar? Assim a
gente pode levar as malas para onde quer que seja.
-Harry, o
quarto do segundo andar está livre, não está? – perguntou Rony.
-Elas não vão
ficar no quarto de Sirius.
-Não, Harry,
o outro. – disse Hermione.
-Está. –
respondeu, emburrado.
-Elas podem
ficar lá? – ele acenou com a cabeça. – Tá bem, então. Venham, meninas,
eu mostro onde é. – e elas seguiram Hermione.
Quando elas já
estavam fora do alcance de suas vozes, Harry disse:
-Você tem
razão: nossas férias já eram.
-Engraçado,
eu as achei legais.
-Legais?
-Mais ou
menos... Não faz nem duas horas que nos conhecemos, não é verdade?
-Talvez,
Rony, talvez. – disse, e eles também subiram as escadas, só que para o
terceiro andar.
O resto do
dia transcorreu o mais monótamente normal possível.
No
dia seguinte, Harry acordou no susto, sem saber o porque. Estava ofegante,
parecia que tinha corrido muito, mas ele não lembrava do que sonhara. Olhou
para o relógio e viu que eram duas e meia da manhã. Aff, tá muito cedo.
Ele se virou para o lado e tentou dormir, mas após o que lhe pareceu uma hora
(que, na verdade, foram quinze minutos) ele desistiu de tentar dormir e se
levantou. Colocou o roupão por cima do pijama e desceu as escadas.
Esperara
encontrar tudo vazio, mas quando estava chegando ao final da escada, ele viu que
havia uma luz acesa na sala de visitas. Ele chegou bem perto da porta, que
estava aberta, e olhou para dentro do cômodo. Sentada no chão, rodeada de
livros, mapas, plantas de casas e outras coisas, estava Melissa. Ela analisava
um mapa, e de tempos em tempos pegava um instrumento trouxa, o compasso, e media
uma boa distancia de um ponto a outro. Outras vezes, pegava um transferidor e
media vários e vários graus.
Ela também
estava de pijama. O roube dela era branco com flores pequenas de cores em tons
pasteis; parecia que ela também não conseguira dormir.
-Não
consegue dormir, Wyndi? – disse em voz alta, dando um susto na garota. Ela
olhara em volta, e quando o vira parado na porta respirou aliviada.
-Que susto,
Harry! – ofegou. Harry se segurava para não rir da cara que ela fizera.
-Não
consegue dormir? – perguntou novamente, andando na direção dela.
-Na verdade,
eu nem dormir, se quer saber... – disse a loira, olhando ele retirar alguns
papei do chão para poder se sentar os lado dela.
-Porque não?
-Ah, acho que
eu estranhei um pouco esse lugar... Não me sinto muito confortável naquele
quarto... Sei lá. – concluiu. Caiu um silencio entre os dois, no que a loira
voltou a fazer o que quer que seja. Mediu uma distancia e fez uma anotação no
caderno que estava no seu colo.
-Posso te
perguntar uma coisa? – disse Harry.
-Pode...
-O que diabos
você está fazendo?
-Puxa, que
delicadeza... – murmurou para si
mesma. – Aaah... Nada importante... Sempre que eu tô sem sono, faço algo
assim. – disse.
-Você é
meio maluca...
-Por que?
-Você faz contas
quando não tá com sono?
-Bem, eu
gosto de matemática... – disse, com um sorriso.
-Você não
é meio maluca, você é completamente maluca.
-Por que?
-Melissa! –
Harry estava meio que indignado. – Você gosta de matemática!
-E daí?
-Quem no
mundo gosta de matemática?
-Humm...
Einstein?
-Ele não
conta...
-Harry, não
é crime gostar de matemática... Só é...
-Maluquice?
-Não! É
incomum!
-Einstein era
maluco, sabia?
-Ai, Harry...
Ele não era maluco! Era considerado, na época dele, mas depois de muito
tempo, muitas de suas teorias foram comprovadas como verdadeiras...
-A gente vai
discutir a vida de Einstein agora?
-Foi você
quem começou... – disse a loira, voltando a anotar coisas no caderno.
Harry ficou
por um tempo observando Melissa fazendo umas contas enormes que pareciam nunca
acabar. Sua cabeça funcionava a
mil. Ficava pensando se ele poderia perguntar o que ele não conseguia calar...
-Você queria
me perguntar alguma coisa? – disse Melissa, no mesmo instante em que ele
pensava na pergunta.
-Bem... Eu...
– Harry ficou meio surpreso com a pergunta que ela fizera. Estava tão na cara
que ele queria fazer uma pergunta? Mas ela nem olhara para ele... – Eu tava
pensando... Como que você... Quer dizer... Como que eu...
-Desembucha,
Harry!
-Eu só
queria saber como que... Ah esquece.
-Agora que
começou, termina.
-Deixa pra lá.
-Que mane
deixa pra lá! Fala logo.
Harry ficou
em silêncio.
-Se você não
perguntar, não tem como eu responder! Aí você fica na dúvida...
-É uma
pergunta meio que idiota...
-Se for
idiota, eu faço que nem eu fiz hoje quando chegamos. – disse a loira,
simplesmente. Ela deu um sorriso. – Fala! Você tá me deixando curiosa!
-OK... Como
que eu sonhava com o que você fazia?
-Ah, é isso!
– disse, dando um sorriso meio encabulado. – Bom, é uma Transmissão de
Sonhos.
-Transmissão
de Sonhos?
-É.
Harry ficou
sem entender nada, mais do que antes até. Fez uma cara de ponto de interrogação.
-É uma coisa
muito incomum... – explicou Melissa. – Só quem tem o dom da Telepatia pode
transmitir sonhos para outra pessoa.
-Mas a
Telepatia é muito rara. – Harry lera sobre o assunto há algum tempo. A
Telepatia era mais rara que a Ofidioglofia. – Não há registros de pessoas
que a tenham a muitos anos.
-Pois é. Mas
eu tenho.
-Vo-voce...
É...?
-Uma Telepáta?
Sou. Nem pareço, né? – disse, sorrindo novamente (Ela não se cansa de
sorri, não? Pensou Harry). – Como você.
-Como assim
como eu?
-Você não
parece Ofidioglota, mas é um.
-Eu não
disse que era Ofidioglota.
-Pois é, não
disse. Mas ninguém esconde nada de mim... – disse, dando um olhar
significativo para Harry. – Não há segredos de ninguém que eu não saiba...
Bom, pelo menos, de pessoas que estão num raio de um quilometro de distância
de mim.
-Então, não
tem graça lhe preparar uma festa surpresa...
-Nunca
tentaram me dar uma, não sei porque! – disse, fingindo pensar.
-Não faço a
mínima idéia – disse Harry, entrando na dela. Depois disso, eles riram, uma
da cara de fingimento do outro. – Você pode ver o futuro com a Telepatia?
-Harry, não
viaja! – riu Melissa. – Não! A Telepatia é composta de comunicação
mental, teletransporte, tem também escudo telepático, é muito mais eficiente
do que a Oclumência, pode ter certeza... Acho que bate a Legismência também...
Só que tem seus pontos negativos: se eu me concentrar muito em alguma coisa,
posso quebrar vidros, copos, vasos e coisas assim... Se eu ficar muito emotiva,
posso ter um sangramento nasal por causa do esforço mental... Se eu ficar
realmente nervosa, posso te fazer ficar totalmente maluco.
-Puxa, com
tudo isso, você é uma bruxa e tanto.
-Ah, não
exagera, vai – disse, dando um sorrisinho ligeiramente encabulado.
-Sério. Você
não precisa de Legismência ou Oclumência. Não precisa fazer teste de aparatação.
Pode descobrir coisas valiosas das pessoas. E, ainda por cima, é um gênio em
matemática.
-Pode até
ser verdade, mas eu não uso tudo isso. Como hoje, eu poderia ter vindo por
teletransporte, mas não vim, vim de trem.
-Mas isso é
um detalhe.
-A vida é
feita de detalhes, Harry. Perca um, e você pode perder muitas informações
importantes.
-Tem razão.
– disse. Ele bocejou. Parecia que o sono voltava. Olhou em volta e viu no relógio
que haviam colocado no cômodo que eram quase cinco da manhã. Logo, logo a Sra.
Weasley levantaria para fazer o café... Como o tempo voa!
-Você
ouviu isso? – perguntou a loira, levando a mão ao ouvido.
-Deve ser a
Sra. Weasley levantando.
-Ela dormiu
no sótão?
-No sótão?
Melissa se
levantou e foi para a porta ouvir melhor. Harry a seguiu.
-O que tem no
sótão?
-Aaah, umas
roupas velhas, acho... Coisas velhas...
Melissa começou
a ir a direção as escadas. E depois começou a subir. Harry logo atrás. Já
estavam chegando perto da porta do sótão quando ouviram um estampido.
-Não parece
alguém aparatando? – perguntou Lissa.
-Parece...
Subindo os últimos
degraus, Melissa levou a mão à maçaneta e abriu a porta. Não havia nada lá.
A loira olhou para trás, para Harry, depois olhou lá embaixo, na sala de
estar, de onde tinham saído. Ela levou a mão ao ombro de Harry, e depois ele
sentiu que se desintegrava. Segundos depois, ele começou a se sentir sólido
novamente. Quando ele olhou ao redor, viu que estavam de volta a sala de estar,
perto da porta.
Melissa
olhava para onde estavam seus pergaminhos. Fuçando neles, havia um elfo muito
velho.
-O que você
pensa que está fazendo? – exclamou Melissa bem alto. O elfo se assustou e
olhou em volta. Melissa, perdendo a paciência, pelo visto, foi até ele com
apenas um passo e retirou bruscamente os pergaminhos das mãos dele.
O elfo
parecia velho e cansado. Usava uma espécie de tanguinha amarrada na
cintura. Era...
-Monstro? –
perguntou Harry. Ele odiava aquele elfo, principalmente depois do que ele
fizera. – O que faz aqui?
-Monstro não
tinha aonde ir, pensou em voltar para a casa de Mestre. – disse ele, dando uma
reverencia. – E é claro, Monstro estava com saudade da mestra dele. – disse
num sussurro.
-Esse elfo é
seu? – perguntou Melissa.
-Infelizmente.
– suspirou o garoto.
-E quem é a
garota? – sussurro Monstro. – Ah, pelo que Monstro vê, ela é uma Wyndi.
Uma nojenta Wyndi.
-Repete isso!
– disse ela, com muita raiva, quase pulando no pescoço do elfo.
-Monstro não
disse nada, senhorita, nada mesmo. – disse ele, fazendo outra reverencia.
Depois disse num outro sussurro. – Mais gente nojenta sujando a casa de minha
ama. Só não bastava os sangue-ruins, lobisomens e traidores de sangue, agora
nos trazem metidos a besta para a casa de minha ama. – Harry teve que segurar
Melissa para ela não saltar no pescoço de Monstro.
-Monstro –
disse Harry, numa voz autoritária – vá para o seu quarto e não saia de lá
até segunda ordem. – Monstro não se mexeu. Ele ia abrir a boca para
sussurrar contra eles novamente quando Harry o cortou – Agora! Se não te boto
no forno! (N\a: tirei isso de Alma Gêmea... já que Harry não pode ameaça-lo
com roupas...) – e ele foi sem contestar.
-Ai, se eu
boto minhas mãos nesse merdinha... – disse Melissa, ainda com muita raiva.
Ela fazia movimentos bruscos com as mãos, como se torcendo um pescoço invisível.
-Você não
é a única... Mas calma você me disse que não podia se descontrolar.
-Tem razão
– disse, respirando bem fundo, passando as mãos nos cabelos afim de ajeitá-los.
– Ele não devia estar aqui?
-Eu o mandei
a Hogwarts, mas como ela fechou, acho que mandaram todos os elfos embora...
-Ou ele
voltou porque sentiu sua falta.
-Tá, aquele
lá só sente falta daquele quadro maluco, que grita até alguém o estuporar.
-Por que vocês
não dão roupas para ele?
-Não
podemos, ele sabe demais sobre a Ordem; e outra, da ultima vez que o ameaçaram
com roupas, ele fugiu para a casa de uma parente que por um acaso é Comensal.
-Aff...
-O jeito é
mantê-lo aqui até que morra...
-Ou até que
o matem...
-É uma idéia
– disse Harry, lembrando-se de como Sirius queria se livrar dele. Caiu um
silencio entre eles novamente. Foi quando ouviram Sra Weasley descendo as
escadas.
-Bom dia,
queridos!
-Bom dia! –
disseram os dois juntos.
-Acordaram
cedo...
-Ela nem
imagina como – sussurrou Harry.
-Querem café?
Faço num instante.
-Claro! –
disseram os dois juntos novamente. Eles a seguiram para a cozinha.
"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;
mso-bidi-language:AR-SA">Gente, taí mais um capitulo pra vocês... espero que
esteja a altura dos outros... Não sei quando eu vou postar de novo, pois na
quinta-feira tenho minha formatura, no fim de semana é Natal, tem o Ano Novo...
ai, quanta coisa! Mas espero estar com vcs em breve!! Mil Bjus da Tê!!!
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