Um casal se forma
- Meg? – falou Sirius ainda sentado na beira do lago de Hogwarts, olhando para Meg, que agora sentara ao seu lado, que estava um pouco vermelha por ter chorado tanto.
- Oi Sirius. Foi um pouco conturbado o nosso primeiro diálogo, não? – disse Meg, com um sorriso irônico.
- Foi. Sabe, eu estava a sua procura.
- Eu sei. Tiago me disse.
- Disse?
- Sim. Eles estão tão felizes que agem como se eu não tivesse feito nada.
- É. Às vezes Tiago é mais bonzinho do que gostaria. Não posso dizer o mesmo de Lily. Ela pode ter todos os defeitos do mundo, mas é uma das pessoas mais compreensiva que conheço. – disse Sirius olhando sério para o lago.
- Desculpa, Sirius. Não devia ter caído na da Shipman.
- Ela sempre foi falsa. Atualmente todos sabem disso, mas há um ano ela era a santa de Hogwarts. Todos caíam na lábia daquela garota.
- Até Tiago, não é mesmo?
- Sim. Ele caiu uma vez. Sabe o que Charlie fez para ele? – indagou Sirius finalmente olhando para Meg.
- Não. O que ela fez? – perguntou interessada.
- Traiu ele.
- Traiu? - disse assustada.
- Isso mesmo. Você não imagina como ele ficou bravo e chateado ao mesmo tempo. Não sabia o que fazer. Depois da raiva veio a depressão, depois veio a mágoa. E agora não quer nem ouvir o nome dela.
- Nossa... Não o imagino deprimido.
- Mas agora ele já superou de todas as formas possíveis, psicologicamente falando. – Sirius voltava a olhar para o lago.
- Sirius, falo sério quando peço desculpa. Nunca errei tão feio na minha vida. Estou me sentindo tão... Culpada. – disse Meg abaixando o rosto. Seus olhos começavam a marejar novamente.
- Não se preocupe. Se Tiago e Lílian, os mais atingidos nessa história toda, não estão bravos, não sou eu que vou ficar, não é?
- Obrigada. – Agora Meg chorava de novo, mas dessa vez era de felicidade, gratidão. – Não consigo acreditar que me perdoaram.
- Fique calma. – disse Sirius limpando as lágrimas da garota com a mão. – Gosto de você.
- Como assim? – disse Meg pensando que havia ouvido errado.
- Não sei. Você é simpática. – e havia. – Nos conhecemos há tão pouco tempo, não foi? Sinto como se já nos conhecêssemos há anos...
- É mais ou menos assim mesmo. Te conheço há anos. Quem não o conhece? – disse Meg finalmente sorrindo.
- Meg, sobre aquilo que você me contou, sobre gostar de mim...
- Não precisa dizer nada. – interrompeu a garota – Não precisa se sentir obrigado a ser legal comigo, ou até mesmo a ser meu amigo. Muito menos a tentar gostar, gostar de mim por pena.
- Não é nada disso. É que... Bom... Eu estou sentindo uma coisa estranha. Eu estou... Meu Deus, isso é ridículo! O que estou fazendo? Mal te conheço!
- Sirius, o que está acontecendo? – O coração de Meg palpitava de felicidade, e de esperança de Sirius dizer o que ela queria ouvir. Sentia um grande frio na barriga.
- Meg, eu não estou me obrigando a gostar de você. Eu... Gosto de você.
- Isso é bom. – disse Meg. Ela tentava se convencer de que ele falava que gostava dela como amiga.
- Não é isso. Eu gosto mesmo de você. Eu.... – Sirius disse isso e foi lentamente se aproximando de Meg. Os dois estavam muito nervosos e agitados. Meg estava tremendo dos pés até a cabeça. Sirius colocou sua mão no rosto de Meg ,e, lentamente, os dois de beijaram. Meg não sentiu seus braços, nem suas pernas. Por um instante, sentiram como se não houvesse nada em sua volta.
- Sirius, o que foi isso? – disse Meg baixinho, olhando para os olhos do rapaz.
- Não gostou? – disse Sirius sorrindo.
- Claro que gostei. Só estranhei. Você mal me conhece.
- Eu sei! Te conheci da pior maneira possível e há muito pouco tempo. Mas sinto como se fosse certo, como se não estivesse errado. Sempre te achei linda, Meg. Tive medo de chegar em você durante algum tempo. Ninguém sabe do que estou te contando agora.
- Medo? – indagou Meg. Aquilo era uma novidade e tanto. Sirius? Com medo?
- Sim. Fiquei com medo de que me rejeitasse.
- Bom, agora sabe que não te rejeitaria.
- Quando falei com você pela primeira vez, vi que não estava enganado. Senti que era uma boa pessoa. Mas entenda, na hora não pude deixar de ficar nervoso.
- Eu sei... Sirius, somos loucos, não?
- Somos. Somos completamente loucos. Nunca pensei que gostar de uma pessoa, mesmo sem conhecê-la pessoalmente, sem nunca ter conversado com ela, fosse possível.
- Nem eu. Tiago parece achar muito manjado, pelo que Lily me disse.
- Quem é ele para falar em manjado? Ele acha que é novidade brigar, brigar e brigar e depois acabar se gostando? – falou Sirius rindo.
- Nunca tinha pensado por esse lado... Hehe. Mudando de assunto, Tiago foi falar com Charlie.
- Foi? Como?
- Indo. Ele disse que tinha coisas para falar com ela.
- Ele é cheio de surpresas. Tiago, quero dizer.
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