O Reencontro de Tonks e Lupin

O Reencontro de Tonks e Lupin



12. O reencontro de Tonks e Lupin


Faltava apenas 15 dias para o Natal. As ruas de Hogsmeade e a própria Hogwarts estavam enfeitadas, embora ainda existia um ar de medo no mundo mágico. Não era por que as festas chegavam que os Comensais folgavam.
Tonks havia saído do St. Mungus dois dias depois da visita dos Weasley. Porem, aconteceu um fato estranho. Quando a moça foi para a recepção pagar o que devia para o hospital, descobriu algo: sua conta estava paga. A ex-paciente não acreditou no inicio, mas quem quer que fosse lhe fez um grande favor.....estava totalmente sem dinheiro desde que fora despedida. Mais tarde, desocupou a casa de Hogsmeade e voltara a morar em seu pequeno apartamento em Londres, que a muito tempo não o via. Molly convidou-a para jantar na Toca no sábado, a fim da metamorfomaga e a futura nora se entenderem. Fleur sentia ciúme de Gui, pois Tonks e ele estudaram juntos. Nessa tarde, a ex- auror resolveu chegar mais cedo para ajudar Molly com tudo, mas havia um outro visitante também.
- Remo- murmurou a moça ao entrar na sala.
O bruxo estava sentado de costas para a porta no sofá. Sem duvidas, estava infeliz com algo. Ao ouvir seu nome baixinho, ergueu a cabeça e virou-se encarando a bruxa, que sorria timidamente.
- Fazia tanto tempo que não víamos Remo que decidimos convida-lo, já que não está mais com Grayback, mesmo que por pouco tempo.
Molly havia acompanhado Tonks quando chegara. Lupin estava com uma aparência mais cansada e rota mais do que nunca. Seus cabelos com uma pequena quantidade a mais de fios brancos e rosto com algumas rugas que não possuía antes. Ele a encarou friamente. A Sr. Weasley percebeu que ambos tinham muito o que conversarem e se dirigiu a cozinha.
- Eu te ajudo, Molly. – Tonks fez menção em segui-la.
- Não, não querida. Fique, a comida está quase pronta. Artur, Gui e Fleur logo chegam.
E a Sra. Weasley saiu do cômodo. Remo baixou os olhos e fitou o tapete velho. Tonks ainda estava com uma aparência deprimida pelo o que aconteceu, seus cabelos negros e sem vida amarrados com um elástico frouxo.
- Como você está? – perguntou Remo.
- Bem, seguindo. – respondeu a moça desviando o olhar para o chão também. – Você soube o que aconteceu?
- Sim, Molly não queria me dizer mas eu insisti muito. E sua saúde?-comentou meio que deprimido, mas ao mesmo tempo indiferente.
- Me sinto ótima, apenas triste. Tinha tantos planos para nós. Quando soube que nosso filho não sobreviveu, eu quis morrer junto com ele.
- Talvez tenha sido melhor o que aconteceu.- Lupin disse mais sério do que nunca.
- O quê? – Ela olhou atônita para Remo. O que ele quis dizer com aquilo?
- Talvez tenha sido melhor essa criança não ter nascido, assim nada mais nos prende um a outro.
A bruxa piscou.
- O quê? Eu não acredito no que estou ouvindo.
- É isso. O que aconteceu entre nós não devia ter acontecido.- Ele a encarou.
Tonks, ainda chocada, pegou no braço esquerdo de Lupin, fazendo-o se levantar. Ela o guiou até a porta e saíram.
- O que você está...
Mas Ninfadora desaparatou com Remo antes que ele terminasse a pergunta. Apareceram num pequeno restaurante trouxa e simples, com poucos clientes no momento.
- Onde estamos?
- Temos que conversar, Remo.
- Acho que não temos nada a conversar.
- Enganou-se, temos muito mais do que você pensa. Vamos nos sentar.
- Não devia gastar dinheiro com restaurantes.
- Não pretendo gastar nada. Venha.
E se sentaram numa mesa ao canto, do lado de uma janela. Remo evitava olhar para Ninfadora como se tivesse vergonha de si mesmo.
- Vão querer o quê? – perguntou um garçom muito jovem e bonito, com um bloquinho de papel na mão esquerda e caneta na direita.
- Hããã ....- Remo estava confuso- Por favor, traga-me um chocolate.
- E para a sua filha? - perguntou o garçom.
Tonks teria rido se as palavras de Lupin não revirassem em sua cabeça.
- Ela não é minha filha. É minha ex-namorada. – explicou aborrecido Lupin.
- Namorada? – perguntou o rapaz, mas depois percebeu que não devia se meter na vida dos outros e continuou – Desculpe..... o que vai ser senhorita?
- Traga-me um suco de laranja com bastante arsênico. – Ela olhou zangada para Lupin.
O garçom olhou para a moça e em sua cara estava estampado um “Depois eu que sou louco” e se retirou.
- Agora você vai me explicar tudo.
- Não tenho nada que explicar. Já disse: estou feliz de você estar bem depois de tudo e espero que continue assim, mas sem mim.
- Você está terminando comigo? É isso?
- Sim, tem que ser assim.
- Não. Mas por quê? Por quê? Eu não me importo de você ser um lobisomem.
O garçom voltou, trazendo o suco e o chocolate e olhou espantado para os dois. “Lobisomem? Esses aí tinham que estar num hospício.”pensou e saiu de perto, assustado.
- Tonks, eu estive pensando muito depois que Molly me contou sobre a perda do nosso filho. Não podemos mais continuarmos juntos.
- Mas por quê? Eu te amo, Remo.
- Eu sei e eu também te amo muito, por isso temos que vivermos separados. Você já perdeu seu emprego por minha causa, ninguém mais do Ministério te respeita como antes, depois de ter se envolvido comigo. Tonks, sou um lobisomem e não podemos mudar o fato. Uma auror deve me caçar e não ter filhos comigo.
- Não me importo com nada disso, Remo – Ninfadora começava a chorar novamente.
- Mas deve. Supondo que ficássemos juntos, como seria nas minhas transformações? Nem sempre consigo ter comigo uma poção mata-cão. E se te morder? A uns anos atrás quase matei o Harry e mandaria Sirius de volta para Azkaban por causa da minha maldição. Eu já me acostumei com ela ,mas não quero que você corra nenhum perigo. Eu posso sair do controle. Será que você não entende?
- Mesmo assim não me importo. Já sofri muito esses dias e não suportaria te perder.
- É o melhor. Mesmo por que eu sou muito velho. Você viu o que o rapaz agora pouco falou. Você está na flor da mocidade, merece alguém mais novo que eu para poder aproveitar melhor a vida.
- Quero você e não me importo de nada do que você me disse. Não posso acreditar que você gostou da morte do nosso filho.
- Eu nunca disse uma coisa dessas, porem talvez tenha sido melhor. Não tenho nem como me sustentar, imagina sustentar você e um filho. Ainda mais você sem emprego e por minha causa. Não, tudo isso aconteceu por que não é para ficarmos juntos. Sem mim, você pode tentar recuperar seu emprego. É melhor esquecermos tudo isso. –Lupin se levantou.
- Sabe o que eu acho? Que você é um covarde. Sim, fica aí arranjando desculpas e pondo culpa nessa maldição idiota. É isso. Não quer se dar a oportunidade de ser feliz depois de tantas coisas ruins que aconteceu na sua vida, porem se esquece que eu não mereço isso e no fundo até mesmo você não merece.
- Você está mal vista andando comigo, todos vão ficar te olhar com olhos tortos, não entende? Não quero compartilhar essa maldição com você.
Tonks fôlego e disse:
- Então vá. Não quero te ver nunca. Carregue sozinho essa maldição estúpida.
Lupin a olhou pela ultima vez e saiu. Tonks o contemplava se afastar através do vidro do restaurante até mais tarde desaparatar. O que ela havia feito? Jogou a felicidade pela janela, não podia deixa-lo. Já perdera seu filho, seu emprego mas não podia perder seu Remo. Ia saindo do estabelecimento quando alguém a agarrou pelo braço.
- Desculpe senhorita, mas não pode sair sem pagar- falou o jovem garçom.
- Está ali o dinheiro. Em cima da mesa, estou vendo-o daqui.
Ele a largou e se virou, contudo não achou nada.
- Não mint...- mas Tonks já desaparatara.Nem ela nem Lupin tomaram um gole de suas bebidas e mesmo assim não possuía moeda de trouxas consigo naquele momento.
“Não, não posso deixa-lo. Não me importo com nada do que ele me falou” pensou. Foi até seu apartamento e mandou sua coruja para Molly, pedindo desculpas por ter ido embora e que havia se desentendido com Remo. Em seguida, desapatarou para uma pequena e medíocre hospedaria para resolver os seus problemas.




Remo estava inconsolável. Odiou ter que falar tudo aquilo para Tonks mas era o que devia fazer. E fez. Agora era só torcer para que o tempo apagasse as lembranças dela em sua vida. Queria muito ter aquele filho mas foi melhor assim. Foi para um lugar trouxa que nem conhecia porem parecia ideal para afogar as magoas. Sentou-se no balcão e pediu um wisky. Não tinha costume de encher a cara mas a situação pedia isso. Esvaziou o copo num único gole e pediu mais. Mais. Mais. Chegou uma hora que bebia na própria garrafa. Ele já via as imagens borradas e estava decidido a beber até seu corpo, que ainda estava fraco pois a lua cheia terminara nos últimos dias, agüentar. Tonks... tudo o que via lembrava-se dela. Focalizou um copo quebrado logo ao seu lado e recordou de uma vez que ela quebrara um copo na cozinha do Largo Grimmauld e coube a ele, Lupin, fazer um curativo em sua mão. Aquela Multicores... tantas recordações, mas não podia ser ...tinha que viver cada um seu caminho separado.
Enquanto tinha esses pensamentos e lembranças, sentiu uma mão suave e feminina acariciando seu pescoço e seus ombros por trás, relaxando-os. Lupin se virou e viu uma mulher contra a luz, de cabelos rosa choque, espetados e curtos.
- Tonks, não. Eu já disse que..
Mas era tarde. Ele foi envolvido num longo beijo. Ardente que fez ambos perder o fôlego. Aos poucos, ela foi se sentando no colo do lobisomem e aprofundando mais os beijos e caricias.
- Não podemos...
A garota nem ouvia. Começava a apalpa-lo no abdômen, nas coxas e em lugares mais.....íntimos do homem. Lupin se lembrou da ultima noite com Tonks; não permitiu que a razão dominasse seus atos. Nem sabia mais o que estava fazendo, mas queria continuar.




N/A: Gente please comentem, não é tão difícil e nem dói...tenho marcado mais de 560 visitas e menos d vinte comentários....
Obrigada a Juh, mais uma vez.....e a Jeh ...vlw meninas.

Soh voltarei a postar quando tiver pelo menos 26 comentários....até lá...



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