A ordem do Lord Voldemort
Os raios de sol entravam timidamente pela janela do quarto.Já passavam das 10 horas. Lupin acordou e contemplou o teto por alguns segundos e foi aí que lembrou da noite passada. Virou-se na cama mas não encontrou ninguém, apenas se viu nu e enroscado nos lençóis. O quarto estava deserto, com roupas espalhadas por toda parte no chão. Ele olhou o teto novamente e ficou pensando. De onde tirou aquela idéia? De tudo que já fizera ela batia recordes em termos de loucura.Não era sua intenção quando chegou à casa , porem não conseguiu resistir à tentação de estar com Ninfadora, mesmo que só uma noite.
Minutos depois ouviu barulhos no corredor que levava à sala, parecia algo se quebrando. Logo Tonks apareceu no quarto com os cabelos novamente curtos e rosa, carregando uma bandeja com café da manhã e usando somente o penhoar da noite anterior. Sentou na beira da cama do lado de Lupin e colocou a bandeja no colo dele.
- Bom dia, meu amor, não se preocupe, foi só um vaso que caiu mas já consertei- disse ela dando um sorriso ao ver a cara de preocupação dele.
- Bom dia, como passou a noite?-agora retribuindo o sorriso e segurando a bandeja nas laterais.
- Melhor impossível!- ela estava chegando mais perto dele, animada.
Lupin fitou por um momento as roupas largadas no chão, sério.
- Parece que você não gostou- disse ela desfazendo o sorriso.
- Não é isso. O problema é que fizemos a maior loucura de nossas vidas. Não devíamos..
- Shhh- ela pôs seu dedo indicador em seus lábios, calando-os - já te disse para parar com essa mania de estragar prazeres. Adoro loucuras e essa foi a melhor de todas, porque te amo e sei que você sente o mesmo por mim.- ela o beijou, sendo correspondida.
- Mesmo assim, isso pode ter conseqüências no futuro- dando uma mordida na torrada com patê, depois do beijo.
- Não terá conseqüências, e se tiver...não me importo. Apenas quero ficar com você.- e o beijou novamente, dessa vez agarrando sua nuca.- Hum...você me surpreendeu na verdade ontem.
Ele ergueu uma sobrancelha.
- Ah Ninfa.... não pareço nem sou tão velho assim.
- Não, não me referia a isso. Quero dizer que você fica aí com essa cara de certinho e todo tímido mas esconde uma outra face quando está na cama.- e ela sorriu.
- O que você disse é verdade, mas só acontece quando eu amo alguém com sinceridade.
Os olhos de Tonks brilharam, mas se fecharam quando o beijou, sentando agora em seu colo e derrubando a bandeja e tudo o que havia nela no chão.Ele interrompeu o beijo.
- Por que não me disse que até ontem ainda era...bem...você sabe ....que ainda não tinha...
- Ia fazer diferença? Fico feliz por ter sido com você e quero que saiba que foi a melhor noite da minha vida e que você me fez muito feliz.
Era a vez de Lupin beija-la apaixonadamente.
Lupin saiu de Hogsmeade antes do almoço, pois tinha que terminar de arrumar suas malas. Tonks o fez jurar que ficaria bem, afinal não o queria perder. Ainda mais naquele momento. A primeira noite de lua cheia foi suportável a transformação, teve até que conviver com os outros lobisomens, o que foi fácil ate então. Ao fim da semana, o ciclo de lua cheia terminou mas apenas agora começava o trabalho de Lupin como espião. Grayback era o líder e organizava sempre planos com os outros para atacar pessoas, por ordem do Lorde das Trevas. Era o sul do país e uma floresta muito escura que se abrigavam, afinal não podiam se reunir em qualquer lugar.
Grayback, que sempre suspeitou de tudo e de todos até que se prove o contrário, pensou que Lupin podia ser um possível espião, e o deixava às margens de seus ataques aos humanos, impedindo Remo de contar à Dumbledore o que acontecia de importante. O líder da alcatéia só confiaria a Lupin os planos do Lorde caso ele provasse que era digno de confiança.
Um mês se passou desde que ele e Tonks se separaram, mas não podia escrever para não levantar suspeitas e estava morrendo de saudades.
O Ministério tinha vários problemas no momento. Havia alguns ataques de lobisomens, muitas pessoas acusadas de Comensais da morte. Os aurores nunca paravam em seus gabinetes, sempre estavam saindo para resolver situações externas estranhas e Tonks se destacava por isso, tendo sucesso nas suas missões. A cada dia o mundo trouxa estava mais perto de saber a existência dos bruxos e o Departamento de Acidentes e Catástrofes mágicas teve muito trabalho para corrigir os danos feitos pelo partido das trevas. Tonks chegou umas dez horas da noite em seu gabinete, pegou alguns pergaminhos e livros e desaparatou para sua casa. Nem comeu nada porque estava sem fome, apenas se atirou na cama exausta e pensou em Remo. Tinha certeza que estava vivo. Os aurores não estavam indo muito bem em suas capturas de bruxos das trevas, o lado negro ficava cada vez mais forte.
Hogwarts também estava agitada.Todos com medo. Draco tentava arrumar a ligação entre a Sala Precisa e a loja de Borgin,mas numa noite finalmente conseguiu. Não podia ir à Sala toda hora porque chamaria a atenção, então esperava até de madrugada para isso. Malfoy confidenciou também a Snape seu progresso para executar o plano que Voldemort lhe dera. Eram quase 3 da madrugada quando o professor de Defesa contra as Artes das Trevas e o sonserino se encontraram na Sala Precisa para discutirem como realizar o combinado.
- Draco, já falei para deixar isso.Fiz o voto com sua mãe e me encarreguei de te proteger. Não quero mais você envolvido!- Snape disse nervoso.
- Não, eu serei o mais fiel ao Lorde depois que fizer minha missao.Mais fiel até que você e não quero você e minha mãe envolvidos nisso, tenho que fazer sozinho.- Draco também estava nervoso, quase gritando com Snape.
Num momento alguém saiu do armário, tirou os cabelos embaraçados,negros e longos da frente do rosto escaveirado,usava vestes negras também e contemplou o professor e o aluno.
- O Lorde tinha certeza que estavam aqui agora e me mandou. Ele ainda está esperando seu trabalho Draco.
- Belatriz, você sabe tão bem quanto eu que...
- Depois conversaremos Severo- Ela lhe deu um olhar zangado.
- Não se preocupe tia, já terminei de consertar a ligação porque senão você não conseguiria estar aqui agora. Só falta..
Ela soltou uma gargalhada rouca.
- Como você é ridículo! Essa ligação faz apenas que um Comensal passe por vez e isso demora. Não podemos ficar aqui escondidos até todos chegarem da Borgin. Você precisa fazer uns “ajustes” nessa travessia para que todos cheguem ao mesmo tempo.
- NÃO SE META!- berrou Draco- TÔ CANSADO DE VOCÊS TENTAREM ME IMPEDIR DE CUMPRIR MEU OBJETIVO.
- Draco, se o Lord souber que algo deu errado, você receberá uma punição que nunca imaginou ter. Melhor seguir o conselho de sua tia e arrumar isso –disse Snape passeando pela sala e apontando para o armário que Belatriz saira.
Malfoy suspirou e falou , mais calmo:
- Está bem, vou começar agora.
- Não- interrompeu Belatriz- agora é tarde, faça amanha. Tenho que conversar com seu professor em particular, deixe-nos a sós.
Draco olhou-os desconfiado mas fez o que lhe foi pedido.
- É melhor abrir bem seus olhos sobre esse menino. Se ele fizer algo errado, será um grande problema.
- Eu sei, estou tentando impedi-lo de fazer qualquer burrice.
- É melhor mesmo, ao invés de ficar pra lá e pra cá com a minha sobrinha mestiça.
- Do que está falando?
- Não se faça de desentendido. Você e a filha da Andrômeda estão muito amiguinhos ultimamente.
- Como sabe?
- Não é apenas a Ordem da Fênix que tem seus espiões, você sabe muito bem disso. Também sei que o Lord não deu essa missão para você. A questão é: por que tão interessado na minha sobrinha mestiça?
- Como sabe se o Lord não me deu nenhuma missão? Você não é a mais o braço direito dele , depois daquele fiasco no Departamento d..
- CALA BOCA! – berrou Belatriz- aquilo não foi minha culpa! Sei que o Lord não lhe deu nenhuma missão porque venho trazer uma agora para você cumprir. Ele quer que você se livre dela.
O estômago de Snape se revirou, ele parou de andar e a fitou.
- É isso mesmo, não me olhe como se pedisse o impossível. Ninfadora Tonks está atrapalhando com seu trabalho de auror no Ministério- era a vez de Belatriz começar a andar pela sala.- Ela está conseguindo destruir alguns casos que o Lord se interessava. E quem melhor que você para mata-la, afinal você conhece toda sua rotina e mora perto dela.
- Por que eu? Por que não outra pessoa?
- Você é o mais indicado, ninguém precisa saber que foi você.
Snape bufou.
- É impressão minha ou você não quer cumprir uma ordem do Lord?
- Não seja ridícula. O problema é que trabalho, aplico provas, corrijo tarefas. Tenho mais o que fazer, enquanto você..
- Eu gostaria de fazer isso mas seria muito arriscado para mim vir até Hogwarts.
- Se não me engano , você está em Hogwarts nesse momento.
- É diferente. Teria que ir à Hogsmeade e mesmo Dumbledore estando fora, a escola está bem protegida.- ela parou, refletiu e continuou- Por falar nisso, onde ele está?
- Não sei, ele não diz a ninguém aonde vai.
- Que pena, está perdendo a confiança dele?- ela riu.
- Chega! Acha que não estou cansado de ficar sempre na barra das vestes dele como se fosse um cachorro atrás do dono?Cansei disso.
- Então melhor ainda. Ache uma forma de acabar com Tonks logo, antes dele voltar a Hogwarts.
Snape a encarou friamente.
- Você já ouviu falar em Poção Polissuco?
- Claro que sim, mas seria arriscado para mim ou outro Comensal fazermos o trabalho enquanto ainda estamos sendo procurados para voltarmos a Azkaban.Qual o seu medo? Aceita matar Dumbledore no lugar de Draco mas não quer matar Tonks, que é alguém muito mais fraca.
- Tonks não é fraca!- ele quase que berrou.
Belatriz se aproximou perigosamente de Severo.
- Você está muito estranho. Não quer realizar uma ordem do Lord pela primeira vez. Isso porque ele te perdoou por não procura-lo nesses anos de trevas para ele. Vai fazer uma desfeita dessas? Será que você não está apaixonado por aquela auror mestiça, Severo?
Snape hesitou.
- Acho que Azkaban te afetou mais que imagina, Bela.
- Tomara que sim, ou senão, receberá uma punição considerável do Lord por sua insolência.
Snape gelou por dentro.
- Vou indo. Aproveito e digo sua decisão com relação às ordens ao meu amo.
- Bela.
A mulher, que já entrava no armário para ir embora, se virou e fitou Severo.
- Não decepcionarei o Lord, diga isso a ele.
- Ótimo.E não esqueça. Faça-o mais rápido possível, antes que Dumbledore volte de uma de suas viagens.
Ela sorriu e desapareceu pelo mesmo lugar que aparecera, deixando Snape com seus pensamentos.
Eram quase duas da madrugada. Depois do que Belatriz lhe disse, Snape não conseguiu dormir por duas noites, pensando no que faria em relação às ordens do Lord. Não queria nem pretendia desobedece-lo, mas também não tinha intenção de fazer nenhum mal à Tonks, que se tornara uma amiga e tanto. Jamais pensou em mata-la e até relutava contra essa idéia. “ Será que você não está apaixonado por aquela auror mestiça, Severo?” Essa fala de Belatriz não saia de sua cabeça. Ele não poderia, não mesmo. Um Comensal da morte não pode sentir amor por ninguém, nem por ela. Apenas estava interessado em sua beleza e corpo.Só podia ser isso. E era. Lembrou de sua vingança contra Sirius e Lupin e então um fogo de uma antiga inimizade ardeu dentro dele. Tinha que terminar o que começara.
Snape rolou na cama mais uma vez e decidiu se levantar, pois não conseguiria pegar no sono. Iniciou então a planejar como seria a morte de Ninfadora Tonks.
Na noite seguinte, Tonks estava terminando de arrumar a cozinha, mesmo que com magia, ela precisava continuar se distraindo ao Maximo. Nunca fora de ter muitas amigas e, as poucas que tivera estavam fora do país ou mortas com aquela guerra, então não poderiam se encontrar para conversar pessoalmente e fazer o tempo passar . Lupin não lhe mandara nehuma mensagem desde aquele domingo. Não podia ficar perguntando toda hora Dumbledore, mesmo porque ele estava viajando e ninguém sabia onde exatamente se encontrava no momento. Alguém batera na porta e eram quase onze horas da noite. Tonks ,sem querer, fez com que a louça se quebrasse com o susto. Não esperava ninguém. Ao chegar na sala, olhou para o vulto na porta e se lembrou da maravilhosa noite em que Lupin a visitara, que fora mais ou menos naquele horário. A bruxa até chegou a pensar que seu amor voltara daquele lugar cheio de lobisomens e deu um sorriso.Caminhou até a porta e, sem cuidado algum, abriu-a. Encontrou dessa vez Severo Snape. Hogsmead estava totalmente deserta e escura, isso fez com que sentisse um leve calafrio.
- Severo! Eu não te esperava! Aconteceu algo?
- Preciso falar com você, Ninfadora.
- Quantas vezes vou ter que repetir que meu nome é Tonks?
Mas ele não lhe deu atenção e avançou para a sala, enquanto ela fechava a porta . Estava com uma cara muito séria.
- Você chegou na hora certa Severo. Logo eu ia me deitar mas eu gostaria de conversar com alguém. Ultimamente estou tão sozinha e como o Remo- Snape engoliu em seco -está longe, eu...
- Ninfadora, vim aqui te dar uma má noticia.
A metamorfomaga sentiu-se empalidecer, nem corrigiu Snape por chama-la de Ninfadora.
- O que aconteceu? –sua voz estava quase sumindo.
- Professor Dumbledore mandou me uma coruja e disse que estava investigando várias alcatéias de lobisomens e...
- Fala logo, Severo!- agora sua voz entrava em desespero e derramou uma lagrima, indiscretamente.
- Parece que Grayback não estava muito satisfeito com Lupin, porque que ele não demonstrava muita lealdade para com os outros.Acho que Grayback não resistiu e..
- E o que?- Tonks já estava em pânico e segurava com força a gola das vestes de Snape.
- Bem, você sabe, não me faça repetir. Parece que ele matou Lupin à mordidas.
Tonks paralisou.
- NÃO! É MENTIRA! NÃO ACONTECEU NADA DISSO COM ELE! VOCÊ ESTÁ MENTINDO!- se descontrolando totalmente, enquanto Snape tentava abraça-la.
- Ninfa, eu nunca, você sabe, jamais faria algo que te magoasse. O próprio Dumbledore escreveu para mim. Acha que eu inventaria uma história como essa?
- NÃO, NÃO, NÃO !! EU SABIA QUE AQUELE LUGAR NÃO ERA PARA ELE. POR QUE? POR QUE? ELE NÃO MERECIA, NEM EU.
- É melhor você se acalmar.
- Não pode ser, não pode ser, não pode..- mas ela desmaiou em seus braços.
Snape ajoelho-se e pôs a cabeça dela no seu peito.
- Desculpe Ninfa, mas tenho ordens para acabar com você.- sussurrou em seu ouvido.
Realmente, toda a história de Grayback e Lupin era mentira. Snape sequer recebera uma carta de Dumbledore. A intenção era arrumar uma desculpa para conversar com ela, magoa-la, depois confessar-lhe tudo. Que sempre foi leal a Voldemort, que sempre esteve espiando Dumbledore sob suas ordens, que fora o principal culpado pela morte de Sirius e que a usou para se vingar de uma brincadeira que os marotos fizeram com ele durante seus anos em Hogwarts. E depois iria mata-la. Não podia fazer isso assim, sem ela estar acordada. Queria que ela presenciasse tudo até sua morte. Snape havia concluído antes de chegar na casa de Ninfadora que o amor e a compaixão eram para fracos; e ele não era fraco. Carregou-a até o quarto e colocou-a na cama. Snape sentou-se na beirada da cama e decidiu esperar ela voltar a si da crise de nervos para continuar seus planos. Tonks estava tão linda ali, com seus cabelos roxos e longos, com um pijama azul. Snape sentiu aquele perfume delicioso vindo dela, seduzindo-o. Ele se lembrou que havia muito tempo que não ficava com uma mulher, na verdade, nunca tivera muita sorte com mulheres. Seu passado com elas era meio...traumatizante. Tonks era a única que o fizera sentir-se melhor, apesar de tudo. Na mente de Snape passavam pensamentos impróprios que o deixavam excitado. Ele até poderia aproveitar a inconsciência de Ninfadora para.....ter um momento prazeroso. Severo aproximou-se dela e logo ficou sobre ela com cada perna do lado de sua cintura bem feita, apenas observando-a. Talvez não fosse uma idéia inteligente,mas estava disposto a correr os riscos.
Hum, gente, ninguem tá comentando : (
Preciso saber o q vcs acham p/ mim melhorar aonde for preciso.
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