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Três dias se passaram desde que Hermione e Draco chegaram à Mansão Mansão Malfoy, sem maiores acontecimentos.
A rotina era basicamente levantar-se tarde, normalmente quando a luz do sol penetrava pelas grossas e escuras cortinas dos quartos, provocando um suave efeito de iluminação; tomar o desjejum e dar um passeio pelo imenso jardim. Pelo menos era a rotina de hermione, porque Draco preferia se dedicar à livros da antiga biblioteca de seu Pai e passeios nas masmorras. Também treinava feitiços como um louco.
À hora do almoço, reuniam-se novamente, e pela tarde e a noite Draco costumava acompanhar Hermione por seus passeios, e eles conversavam como nunca haviam feito antes.
Draco mostrava um lado de sua personalidade que Hermione jamais imaginara existir.
E foi assim que na noite do 3° dia que estava hospedada lá, hermione tomou consciencia que sentia falta de seus amigos, que à muito tempo deixaram ela de lado.
Ela não poderia esquecer jamais as aventuras vividas com Harry, Rony e até Ginny... os dias passados haviam sido maravilhosos... e pensar que ela nunca mais teria isso de volta, nem com toda a magia do mundo, a fez cair num choro compulsivo.
Draco, que estava justamente procurando Hermione para mostrar-lhe uma surpresa que tinha para ela, acabou encontrando-a no pior estado.
Ela estava sentada no patamar da janela de seu quarto, a cabeça enterrada entre os braços, e mexia-se devagar com os soluços.
Ele entrou no quarto sem fazer barulho e parou ao lado dela. não sabia o que fazer, ou o que dizer.
decidiu-se por passar a mão nos cabelos dela de leve:
-Ei.. o que foi, Hermione? Está passando mal, quer algum remédio? - foi o máximo que ele conseguiu pensar em dizer.
-quero um remédio que cure saudades, Draco. se é que voce pode entender - a voz dela era vacilante, e seu corpo tremia.
as palavras não foram as mais calorosas pra Draco. Ele sabia o que era saudade sim, inconscientemente ele sentia falta dela sempre que estava longe, sempre... mas não deixaria isso acontecer de novo. apertou-a mais forte em seus braços.
-o único remédio que posso oferecer é o meu consolo, mas creio que minhas escassaz palavras não vão ser o bastante, não é, querida... - o querida havia escapado de seus lábios. ele só havia pensado, não ia dizer. ficou mudo no mesmo instante, esperando a reação dela.
-e pensar que estou ouvindo isso de um Malfoy, enquanto penso nos meus amigos 'malvados', que viraram as costas pra mim. - ela encarava malfoy com o rosto inchado e úmido - você é uma pessoa de verdade, draco?
a pergunta caiu em draco como uma bomba. ele estava dando o melhor de si. será que ainda assim era tão insensível?
-até pouco tempo, fui o que as pessoas queriam que eu fosse. mas de uns dias pra cá, por sua causa e nada mais, venho sendo eu mesmo. pessoa ou não, estou dando o máximo de mim, hermione. - ele sentou-se do lado dela. não a tocava mais.
-me desculpe. é que eu nunca pude imaginar que voce seria assim, doce e gentil. - ela enxugou mais lágrimas que caiam - você me promete que não vai me deixar, draco? não vai me abandonar, não vai me esquecer, não vai parar de falar comigo? - ela estava séria, mas ainda assim lágrimas silenciosas rolavam por sua face. draco encarou-a, sério, seus olhos acinzentados brilhavam com o reflexo da luz.
-eu te dou minha palavra, hermione granger, que farei o possível pra não desperdiçar essa oportunidade de ser feliz: você.
se esses dias que passei com voce não foram 'felicidade', sinceramente não sei o que pode ser. ah, querida.. te amo tanto, a tanto tempo, com tanto desejo por ti... - os dois envolveram-se num abraço apertado. beijaram-se, e imediatamente hermione esqueceu todo seu passado ruim. não importava quem houvesse abandonado-a, quem houvesse traido-a, e nem importava nada mais. ela tinha dado o melhor dela, mas não souberam aproveitar. em compensação, ganhou draco.
ela o amava? oh sim... como não poderia? apenas não queria confessar pra si mesma.
mas confessou pra draco.
-draco... eu não posso mentir.. todos seus sentimentos por mim são recíprocos. eu te amo.
passaram a noite assim, um junto do outro, sem nada dizer; porque não era preciso. os gestos falaram por sí só.
já era madrugada quando ambos adormeceram, hermione aconchegada no peito de draco.
o paraíso é aqui? pensou draco, antes de adormecer sentindo o corpo de hermione junto ao seu.
na manhã seguinte, porém, o inferno parecia ser bem ali.
acordaram com um grito.
um grito agudo e estridente, de mulher.
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