Cap. 3
N/A - Esse capítulo não fui eu que escrevi, mas tem que ser incluído aqui.
Além disso, a personagem Margareth é criação de Tati Lupin.
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Margareth andava correndo, ou melhor, tentava correr,pois sua deficiência não a deixava andar rápido demais, por isso ia resmungando pelo meio do caminho,maldizendo-se por ter uma perna manca. Estava atrasada para a próxima aula.
Estava tão distraída com suas maldições que só notou que esbarrara em alguma coisa, ou melhor alguém quando se desequilibrou e caiu sentada no chão.
Para seu azar essa pessoa era aquela, que no momento, ela tinha mais medo:Remus Lupin.Tinha medo dele por ele ser tão calado, tão.....igual a ela,mas queria aproximar -se ,se apenas sua amiga.
Remus levantou -se rápido –ele também acabar por cair - e ofereceu-lhe ajuda,mas ela estava com tanto medo que não respondeu,levantou-se como pode e saiu correndo.
Sacudindo a cabeça, se afastou dali, em direção à aula de poções, sempre um suplício a mais por ser em conjunto com a Sonserina.
- Mas – pensou – pelo menos não é com a Lufa-Lufa, ou ia ficar um clima horrível...
Logo estava à porta da sala, entrando sem chamar a atenção do professor e indo sentar-se com uma garota da Grifinória, a única cadeira vazia.
As duplas já haviam se formado, Pedro estava com um garoto da Sonserina e ambos pareciam contrariados. Remus olhou seus outros dois amigos, que conversavam baixinho e apenas lhe acenaram, meio constrangidos, quando o viram entrar.
Em outra ocasião, Sirius e James fariam alguma brincadeira a respeito de estar sentado com uma garota, mas desta vez, ficaram quietos.
Eles se aproximavam dos NOM’s, tinham muito com que se preocupar.
Após o jantar, enquanto estavam entretidos com revisões e trabalhos extras, Sirius resolveu “cutucar onça com vara curta”, ou seja, quis saber porque afinal de contas Remus os havia repreendido com tanta veemência...
Em sua habitual inconseqüência, já não enxergava a própria atitude como algo inadequado.
Remus apenas levantou os olhos de seu trabalho de poções. Não ia lembrá-los do fato de ser um monitor e, como tal, responsável por evitar atritos entre os colegas e, principalmente, entre alunos de casas diferentes.
James conseguira por fim tirar os olhos de Lily Evans, que subia para o dormitório feminino em companhia de suas amigas mais chegadas, e parecia decidido a também tirar satisfações com o amigo.
Remus correu os olhos pela sala, meio desanimado, meio impaciente. Lily Evans os fitava com a habitual cara de poucos amigos. Como se esperasse apenas seu sinal, ela se ergueu e caminhou até eles. Parou ao lado de Remus e os fitou em silêncio. Peter, como sempre, se afastou resmungando, e ela não lhe deu atenção.
- Se você não falar, Remus, eu falo. – ela disse, em voz baixa – Sei que você pôs um fim à babaquice deles hoje cedo, Cecille me contou, já que Mary não conseguia falar uma palavra a respeito.
- Ora, aquela anjinha redonda ganhou mais uma defensora? Quem diria! – Sirius exclamou com sarcasmo.
- Quando é que vocês vão virar gente, hein?
- Não estou entendendo... – James gracejou, mas dava para perceber que estava meio sem jeito. Não gostava de desagradar Evans.
- Está bem, não vou de novo falar nada sobre tentar agir como se fossem os reis do pedaço, com todas as mulheres caindo aos seus pés... o que não é verdade, claro. Vou falar de vocês respeitarem as pessoas. O que a Mary fez pra vocês agirem assim?
Foi James quem tentou logo se justificar, balbuciando:
- Ora... por causa dela tomei a pior detenção da minha vida e...
- E claro, por não ter feito absolutamente nada... – Lily completou com um tom igualmente irônico, mas continuou, bastante séria – Pois bem, você podem me colocar em sua lista negra depois disso, mas não me resta alternativa.
- Do que você está falando agora? – Sirius indagou, meio desconfiado.
- Estou simplesmente avisando vocês de qualquer outra gracinha com Mary Hallow, e entrego vocês pra Prof. Minerva – Até parece que ela já não tem suas amiguinhas pra ir nos dedurar pra algum professor...
- Estou falando... de outra coisa. – ela olhou significativamente para Remus, e ele entendeu.
- Os professores sabem de mim, Lily – ele atalhou.
- Mas não deles. Ora, 3 animagos ilegais, desenvolvendo suas faculdades secretamente bem debaixo do nariz da professora de transfiguração. O que vocês acham que vão receber por isso? Detenção? Pois sim!
- Você...
- não faria isso!
Os dois se ergueram num salto, assustando até alguns primeiranistas que jogavam xadrez num canto.
- Faria sim, ou melhor, farei. Bem – ela também se ergueu, ajeitando as vestes como se estivessem conversando sobre o menu do jantar – Acho que estamos entendidos. Boa noite, senhores.
E se afastou, sem lhes dar mais nenhuma atenção.
Enquanto isso, na sala comunal da Lufa Lufa, as amigas de Mary se entretinham também com seus trabalhos, mas ela estava completamente absorta em seus pensamentos. Afinal, o que acontecera fora um verdadeiro sonho: Remus Lupin a defendera! Ainda não conseguia acreditar!
Estava tão envolvida em seus sonhos, lembrando-se daqueles doces olhos azuis acinzentados a fitá-la, que só percebeu o que acontecia à sua volta quando uma voz tímida lhe pediu desculpas.
Levantou os olhos, a tempo de perceber a pequena Margareth tentando recolher suas coisas que derrubara ao passar muito perto.
Por alguns segundos, pensou na menina, aluna do primeiro ano. Ela tinha suas dificuldades também. Trazia uma deficiência na perna que não podia ser corrigida por magia, e eles tinham total desconhecimento do mundo trouxa para saber que talvez houvesse uma cirurgia corretora, ou até mesmo uma coisa chamada fisioterapia.
Assim, a garota estava sempre se desculpando por ser desajeitada, sempre tímida e retraída, quando na verdade, não havia motivo para isso.
- Bem – Mary pensou – Nem tanto quanto eu, meu problema é muito maior que o dela.
Mas logo se repreendeu. Estava com tanta raiva dos “marotos” que se permitira um pensamento tão mesquinho. Afinal, cada um tem seus problemas, e ela deveria ser a primeira a entender como era difícil lidar com as limitações. Então, deu à garota mais nova seu sorriso mais doce ao dizer:
- Não se preocupe, Margareth, eu deixo tudo esparramado, deveria aprender a não deixar minhas coisas no caminho. Você já ia se deitar? Fique um pouco com a gente.
Entendendo a intenção da amiga, Stacey completou:
- É, precisamos mesmo descansar um pouco e conversar coisas mais alegres do que “modo correto de preparar uma poção morto-vivo”...
As garotas riram juntas, Margareth se sentiu mais à vontade e se sentou com elas. Só conversaram com Mary uma vez, antes, mnas sze sentira bem com ela. Sentia que a garota tinha alguma coisa que a incomodava, como ela mesma, embora nem imaginasse a gravidade do problema de Mary.
Quanto a Mary, se via na menina muitas vezes. Também era assim, retraída e medrosa no seu primeiro ano em Hogwarts... mas as coisas haviam piorado ao invés de melhorar. Esperava que Margareth tivesse um destino diferente do seu.
Mas se esforçou para entrar na conversa animada, que suas duas amigas haviam iniciado, sutilmente perguntando mais a Margareth sobre si mesma, e acabou sabendo de sua família, bruxos orgulhosos de seu puro sangue e para quem a filha era quase um aborto (podemos mudar esta parte, a família pode ser devotada ou paciente, Tati é quem sabe) , de seus sonhos de ser uma grande bailarina um dia, apesar da aparente dificuldade para isso, e também do medo estranho que sentia de Remus Lupin.
Com espanto, Mary ouviu a garota dizer que o monitor da Grifinória a assustava, tinha alguma coisa de estranho, de misterioso e sinistro que a incomodava. E, por um minuto, pensou se não seria uma intuição apenas, ou se a garota não teria talento para Adivinhação...
Quando todas se dirigiram para os quartos, dali a pouco, Mary tinha o coração mais leve. Em seu leito distante da janela e completamente protegido por grossas cortinas que nunca deixariam o luar passar, ela se permitiu sonhar mais uma vez com um jovem de olhos doces, que também tinha seus motivos para temer a lua.
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