Único



NOTA DA AUTORA: Ocorre em algum lugar no início do livro sete, escrito, obviamente, depois de HBP. Foi inspirado pela maravilhosa Iberghol, que fez uma fanart entitulada de Xeque-mates, e eu tive que escrever isso.

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Xeque-Mates

“Mas então, eu sempre supus que fosse minha culpa – porque eu nunca me dei ao trabalho de praticar.”
---Elizabeth Bennet, Orgulho e Preconceito

A noite estava quieta – uma grande diferença em relação ao tipo de noites que eles haviam tendo. O fogo estava estalando na lareira – era realmente apaziguador – tanto que poderiam esquecer a necessidade de feitiços para proteger a casa. Poderiam esquecer os eventos que estavam acontecendo pelo mundo. Poderiam imaginar que isso era a vida diária daquele trio cansado e batalhador. Era uma imaginação tão profunda que quase se tornou realidade, e, para Hermione, não poderia estar melhor.
Ela queria esquecer o que estava ocorrendo no mundo bruxo. Ela queria esquecer que, semana passada, ela presenciara a morte de Olho-Tonto-Moody. Ela queria esquecer Voldemort e a Guerra. Ela queria esquecer que ela, Ron e Harry estavam agora no Largo Grimmauld até a próxima manhã, quando iriam para outra batalha.
Ela queria existir apenas ali, naquele momento, em frente ao fogo, escutando os sons de peças de xadrez e de seus dois melhores amigos e ler um livro; ela queria encontrar conforto.
“Xeque-mate.”
Harry suspirou. “Como você sempre ganha?”
“Sou apenas bom assim, colega.”
Ela ouviu Ron se sentar. Ele e Harry estiveram deitados no chão em frente ao foto. Um jogo de xadrez fora sugerido, como sempre, por Ron. Era tudo o que ele podia pensar para aliviar uma situação tensa – aquilo e uma xícara de chá. Os ombros de Harry sempre estavam pesados naqueles dias, mas nunca tanto quanto ficavam na casa de Sirius. Então, apesar da desanimação dele, o jogo era uma boa distração. Ela sentia muito por vê-lo terminar.
Harry sentou-se também. “Ah, tenho certeza que que é.”
“Ei, VOCÊ pode lembrar da última vez que VOCÊ ganhou?”
Harry encarou-o, então, parecendo derrotado, finalmente, suspirou e se levantou. “Vou dormir. Boa-noite, vocês dois.”
Ron pareceu surpreso pela saída repentina dele, mas assentiu e acenou. “Vejo você amanhã.” Hermione sorriu para seu livro após acenar para Harry. Alguns anos antes Ron teria continuado a pressionar Harry por outro jogo, dizendo que ele estava com medo de perder de novo. Agora, entretanto, ele parecia entender. Ele estava crescendo.
“E você, Hermione? Se atreve a tentar jogar contra o maior jogador de xadrez que já existiu?”
… Ou talvez não.
Ela puxou seu livro para mais perto, o ignorando. Se ele ia ser tão insuportável, ela não tinha nada a ver com aquilo. Mas Ron, parecia, não era derrotado tão facilmente. “Ah, está bem, entendo. Medrosa.”
Os dedos dela pressionaram o livro, mal notando que agora as páginas tocavam seu nariz. Arrogante. Só porque ele é bom... os pensamentos dela repentinamente pararam. Os dedos de Ron estava aparecendo no topo do livro dela, e rapidamente ele apareceu na frente dela, o rosto dele a centímetros do dela.
“Ei. Estou falando com você.”
“Eu percebi.” Ela ergueu o livro novamente e se afastou dele.
“Ah, ótimo.” Ele se levantou e cruzou os braços. “O que é tão importante? Não é HOGWARTS, UMA HISTÓRIA, é?”
“Não.”
“Ah, que bom. Você me deixou preocupado. Iria ser a, o quê, milionésima vez?”
Ela fechou o livro e lançou um olhar severo para ele. “Para a sua informação, aquele livro foi mais do que útil em inúmeras ocasiões. E eu não o li tantas vezes.” Ele ergueu uma sobrancelha e ela se rendeu. “Ah, certo... trinta e duas, mas ainda assim---”
“Há!”
“Ron, se você vai começar com isso, eu simplesmente vou---”
“Você não respondeu minha pergunta. Qual é o livro?”
Surpresa pela curiosidade dele, o aborrecimento dela passou. “É Jane Austen. Orgulho e Preconceito.” Ele pareceu absolutamente confuso. “É coisa de trouxa. Coisas de garotas trouxas. Tenho certeza que você não ia gostar.”
Novamente, para a surpresa dele, ele gentilmente puxou o livro dela para examinar. “Poderia ser interessante....” Ele a entregou, com um sorriso. “Mas só para garotas.”
“Hunf,” ela se ergueu, como se estivesse prestes a ir, quando Ron segurou a mão dela.
“Espera.”
Ela congelou. Não era a primeira vez que eles seguravam as mãos um do outro. De fato, o número de acontecimentos havia crescido dramaticamente desde o ano passado. Há duas semanas, ela quase o havia beijado, ou ele quase a havia beijado, ela não sabia. Mas o momento passou e, como tudo entre eles, passaram por cima disso e seguiram em frente. Mas agora eles sabiam. Mesmo que passaram por cima daquele momento, ele permanecera. Como agora, com o fogo queimando a alguns metros dele, e a mão dela na dele. Era ridículo o jeito com que o coração dela estava batendo. Mas ela não queria parar mais. Ela não dizia mais ‘é apenas Ron’. Porque ERA Ron. Lá, olhando para ela, os olhos dele extraordinariamente azuis à luz da lareira. Ela estava contente que ele falou um momento depois. “Você vai para a cama?”
Um tom rouco veio da boca dela. “Eu ia.”
“Ah,” ela deixou a mão dela ir, e instantaneamente a perda de pressão na mão dela e o olhar triste nos olhos dele a fizeram sorrir e dizer “A não ser que haja um motivo para eu ficar.”
Aquilo foi uma iniciativa, vindo dela. Ele corou e ela, ao perceber suas palavras, corou também. Ele falou, com a mão correndo pelos cabelos.
“Bem, eu estava esperando que eu pudesse, você sabe, jogar uma partida com você...”
Ela ignorou educadamente qualquer nervosismo que passara pela cabeça dela e falou “Por quê? Você vai ganhar de novo. Seu ego não precisa de mais essa.”
Ele sorriu. Ah, por que ela não podia simplesmente beijá-lo agora e esquecer sobre todo o resto? Quem se importava com julgamento? Mais uma vez, ele salvou-a dizendo “Quem disse que eu vou ganhar?”
Ela fungou. “Você sabe perfeitamente bem que não sou párea para você em xadrez.” Entretanto, apesar daquelas palavras, ela se sentou do lado preto do tabuleiro de xadrez. Ele sorriu para ela, e sentou-se do lado branco. “Você melhorou, sabe.”
“Há!” ela disse, sem humor. Mesmo assim, quando a vez dela chegou, ela moveu seu peão duas casas para a frente, assistiu enquanto ele movia seu cavaleiro, então ela moveu seu cavaleiro, então ele moveu seu outro cavaleiro e ela seu peão, e o jogo continuou até que... ela perdeu magnificamente. Ron estava, claro, insuportável.
“Eu realmente gostei do seu último movimento – você teria uma boa chance se não tivesse movido seu rei naquela casa – francamente, não viu minha torre?”
Ela o encarou, com braços cruzados. Continue, Ronald, sim. Ele tinha, de fato, aberto sua boca para continuar quando encontrou os olhos dela e olhou para baixo rapidamente, franzindo a testa.
“A-Ainda assim você foi bem.”
“Sim. Tenho certeza que fui. Obrigada.”
Ela estava prestes a sair, de mau humor, quando ele disse, em um tom não tão sério. “Por que te incomoda tanto perder uma vez? Você ganha em todas as outras coisas.”
“Porque – porque você é um péssimo ganhador, Ron! Olhe pra você, você está praticamente empinando o nariz e jogando margaridas por todo o lugar!”
“Não estou!”
“Está sim!”
“Bem, tenho direito, droga! Nunca fui bem em outra coisa! Harry é o herói, você é brilhante e eu sou a sombra!” Hermione encarou-o. A conversa tinha tomado um rumo sério. Ele continuou. “Desculpe se eu a magoei, mas uma vez na vida eu gosto de saber que sou bom em alguma coisa. E essa é uma das coisas. Então.”
Ela o encarou. Ele estava fumegando, com as orelhas vermelhas e olhos virados para o fogo. Ele estava tão bonito naquele momento – ela nunca pensou nele como lindo, realmente, mas agora, ali, a paixão e o fervor nos olhos dele e em seu corpo – ele nunca estivera tão lindo ou tão errado em toda a sua vida.
“Ron,” ela começou quietamente, mas ele sacudiu a cabeça se levantando e se virando para o outro lado, murmurando.
“Eu queria fazer alguma coisa em relação a isso, mas não posso. Nunca sou bom o suficiente. É isso, isso é tudo que eu tenho.”
Abruptamente, sem nem pensar, ela se levantou e contornou o tabuleiro de xadrez, para ficar ao lado dele, os pés chutando alguns homenzinhos do xadrez para o lado. Ela estava a um pé de distância dele, seis centímetros! Os braços dela envolveram as costas dele e ela se acomodou no peito dele. “Não é tudo que você tem, Ron. Você tem Harry. E você tem a mim.”
Ela sentiu ele apertar o abraço. De alguma maneira ela encontrou-o encarando-a, e sua face sendo segurada pelas duas mãos dele. Não eram macias, não eram ásperas – eram as mãos dele.
“Tenho?”
Ela não podia nem encontrar a voz para responder. Deus do Céu, o jeito com que ele estava olhando para ela! Como ela podia respirar? Ela precisava sair da situação, se afastar, mas ela não conseguia – era agora ou nunca – ele ia beijá-la? – ah, Deus, ele ia?
Ele tinha aproximado sua cabeça da dela e teria completado o movimento se um olhar alerta não tivesse perpassado os olhos dele. Ele se afastou, as mãos caindo embaraçosamente ao lado do corpo, e de uma vez, o momento tinha se ido. Ele se afastou e colocou as mãos nos bolsos, olhando para todos os lugares menos para ela.
Por que ele não havia feito? Ela teria retribuído, com certeza. Ela não tinha sonhado com isso quase todos os dias pelos últimos três anos? Ela não tinha desejado que ele a olhasse exatamente do jeito que olhou? Que se movesse em direção a ela daquele jeito? Repentinamente, ela percebeu que estava cansada de ficar longe. E que ela queria abraçá-lo novamente. Ela não queria que outro daqueles momentos passasse. Mas como?
Hermione era muitas coisas, mas infelizmente ela não tinha a coragem necessária para dar dois passos e encontrar os braços dele novamente. Ela franziu a testa ao pensar no distintivo de monitora da Grifinória. O que diabos ela estava fazendo naquela casa se não conseguia fazer aquilo? Então um pensamento passou pela cabeça dela. Um bom pensamento, ela imaginou, para Hermione era nada se não fosse inteligente. Tudo que ela tinha a fazer era colocá-lo em ação. Culpando o calor do fogo pelo corado em suas bochechas, ela se virou e sentou do lado de Ron no tabuleiro de xadrez. “Me ensine.”
Ele obviamente foi pego de surpresa. “Eu – quê?”
“Me ensine.” Ela pegou a varinha e encantou as peças de Harry. “Elas vão funcionar sozinhas agora. Então me ensine.”
Ela se virou para olhar para ele, só para ver a testa dele franzindo, mas ele sorriu. Ela sorriu. Ele estava exatamente aonde ele precisava estar: se sentia confortável em jogar xadrez.
E ela estava aonde ela precisava estar; se ela estava em uma posição para aprender, ela estava confiante e certa.Ela estava pronta para aprender, tanto sobre xadrez quando sobre Ron.
Outro momento passou e então ele veio e sentou-se ao lado dela lentamente. “Bem, erm... As brancas jogam primeiro---”
“Eu sei disso, Ron. Preciso que me ensine como jogar BEM. Como jogar como VOCÊ. Então pode ter alguém para te desafiar.”
Pronto. Ele estava absolutamente calmo. Ele sorriu para ela e pegou um peão. “É só...é só pensar adiante. Eu nunca movo nenhuma peça sem pensar aonde ela vai parar e se vai ser bom aonde eu colocá-la.” Ele moveu um peão enquanto ela assentiu.
“Então, por que você está colocando ele lá?”
“Porque eu---”
“Shh!” Ron encarou-a confuso. Ela apontou para a peça preta, que tinha ficado quieta e estava obviamente prestando atenção ao que estava acontecendo. “Não quer que elas ouçam.”
Levou um momento até ela perceber a natureza do que ela estava dizendo. Meu Deus, meu Deus, Hermione, talvez você esteja honrando seu nome Grifinório afinal, ela pensou com um arrepio. Ou talvez o cansaço por ser tão tarde tivesse a atingido. De qualquer jeito, ela havia proposto uma coisa que a faria esquecer sobre o xadrez. Ron pareceu perceber também, um momento passou no qual ele apenas olhou para ela. Então, com os lábios se erguendo um pouco de um lado, ele se inclinou lentamente, colocando-os ao lado da orelha dela enquanto ele dizia serenamente “Porque eu quero poder mover meu bispo. E eles, ao contrário dos cavaleiros, não podem se mover sobre peões. Se eu tiver meu bispo livre, abre um mundo de possibilidades.”
A respiração dele tão próxima à pele dela a fez sentir arrepios na espinha, e ela mal se lembrou de olhar para o tabuleiro de xadrez para assistir as peças pretas jogarem. As próximas jogadas passaram-se em silêncio. Ela não achou que teria a bravura ou a voz para perguntar por outra explicação, mas percebeu que ele havia se movido consideravelmente para perto, e tinha apoiado uma mão do outro lado dela. Aquele braço por trás dela casualmente pressionava as costas dela quando ele se movia para mexer uma peça, lembrando-a do que era estar viva. Aquela sensação particular estava tomando lugar quando ela percebeu vagamente que ele não estava movendo peça alguma. Ele estava, ao invés disso, olhando para ela. Tremendo levement, ela se virou para encontrar o olhar dele, quando ele disse “Eu estava só pensando.”
“O quê?” Deus, aquela era a voz dela? Ela não se lembrava de ser tão aguda.
“Qual é o ponto de eu te ensinar se você não faz um movimento? Não toma uma atitude?”
“Mas eu tomei uma atitude.”
“Não, não tomou.”
“Tomei sim.”
“Quando?”
“Eu sentei aqui e pedi pra você me ensinar.”
“Aham…”
“Então está com você, senhor Weasley. É a sua vez de tomar uma atitude.”
Este comentário talvez tivesse sido um tanto... profundo. Ela dissera rapidamente, e havia sido no tom de discussão normal deles, mas um momento depois desta declaração, ela levou as mãos à boca e encarou Ron sem palavras, com os olhos arregalados e medrosos. O que ela havia feito?
Ele a encarou. Ela estava muito consciente do braço dele pressionando suas costas, e sabia que ele podia sentir o coração dela batendo. Diabos, ele podia provavelmente ouvir o coração dela. Bom Deus, como ela podia ter sido tão descuidada? Xadrez e Romance não eram coisas para serem misturadas em uma conversa, como ela podia ter sido tão---
“Você está certa.”
Ela piscou. Então, lentamente e repentinamente, as mãos dele estavam no rosto dela de novo. “É minha vez.”
De todas as vezes e lugares que ela tinha imaginado o primeiro beijo deles, nunca tinha sido assim. Mas foi ainda melhor do que ela imaginava, enquanto ele finalmente fechava seus lábios nos dela.
Talvez ela havia morrido e ido para o Paraíso. Talvez ela havia simplesmente morrido. Ela não lembrava de seu coração bater, até que percebeu que estava batendo tão rápido que as orelhas dela estavam cheias de zumbido. As mãos dele eram como fogo no rosto dela, e ela tinha inconscientemente se aproximado dele. Os braços dela estavam nos ombros dele – o quão musculosos eles eram, tão fortes! Ele não parecia, mas ele era. Aquelas eram, claro, pensamentos que ela traria para sua mente mais tarde, corando ao se lembrar. A experiência em si era de tirar o fôlego. Era algo como ela nunca experimentara antes, mais significativo do que qualquer coisa que ela sentira antes, e carregava mais poder do que dez mil feitiços. Eles podiam explodir o mundo com aquele beijo, com aquele amor. Era o que Ron era para ela; ele era seu amor, mais mais importante, ele era seu melhor amigo. E ela sempre estaria com ela. Era o que aquele beijo era. Ali, ao lado da lareira e das protestantes peças de xadrez, naquela ação única, era o infinito Eternidade. Para sempre.
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Harry desceu para a sala. A escuridão estava ficando acinzentada pelas janelas. Ron não estava na cama esta manhã, e a probabilidade era que ele havia adormecido no sofá. Harry tinha procurado-o para transmitir uma mensagem que recebera quando percebeu, para sua surpresa, não só Ron, mas também Hermione, os dois bem acordados ao lado das cinzas que restavam do fogo de ontem à noite. Hermione estava sentada no colo de Ron, e os dois estavam concentrados em um jogo muito intenso de xadrez, que estava colocado encima dos joelhos de Hermione.
“Tenha cuidado ali,” disse Ron, a mão no ombro de Hermione. “Esse movimento pode deixar sua rainha em perigo, e você não quer perdê-la.”
“Hmm… Ah! Sim, obrigada!”
Ela estava prestes a erguer a mão para acariciar o rosto de Ron quando ergueu os olhos e viu Harry parado lá, com a boca ligeiramente aberta. Ela sorriu mais abertamente do que ele podia se lembrar e disse animadamente “Bom dia, Harry! Dormiu bem?”
“Erm… sim?”
“Excelente,” Ron olhara para cima e sorrira de um jeito tão genuíno que Harry não teve dúvida do que ele tinha perdido quando subiu as escadas para seu quarto noite passada. “Hmm... eu só desci para dizer... para dizer que, hã, Remo me chamou pelo espelho – disse para irmos outro dia... viagem... complicações...” ele terminou balbuciadamente. Ron, entretanto, não pareceu perceber, nem Hermione.
“Está tudo bem, Harry!”
“Ah, sim, está. Assim, posso recuperar meu sono! Jogar xadrez toma bastante tempo, não?”
“Ah sim, toma.”
E houve uma certa maneira com que eles riram que fez Harry querer sair dali rapidinho. Ele fechou a porta atrás deles, sabendo bem demais que Ron contaria a história mais tarde. Harry temeu que, agora, em vez dele perder para um jogador de xadrez, ele perderia para dois.

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