Único
I Can’t Talk About It
Por Lonelily
Tradução de Mione Granger Weasley
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NOTA DA AUTORA: Então vocês acham que Ron e Hermione mal falaram duas palavras um para outro durante os acontecimentos com Lilá, até o envenenamento de Ron? Pensem novamente... aqui está uma pequena parte do que aconteceu com Hermione após ela ter deixado a festa de Natal. Obrigada ao PB pela betagem!
DISCLAIMER: Todos as personagens pertencem à J.K.Rowling, estou só brincando com elas. "I can’t talk about it" é uma linda canção do El Perro Del Mar, que vocês deveriam escutar se tiverem chance.
NOTA DA TRADUTORA: Fanfic MA-RA-VI-LHO-SA. Leiam. Por favor. Não vão se arrepender ^.~
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“Hermione, ESPERE!”
Não, ela certamente não iria. Acelerando o passo, ela marchou determinantemente pelo corredor em direção do buraco do retrato. Só mais um pouco e ela estaria seguramente dentro da sala comunal, na companhia de dezenas de pessoas, não havendo embaraço para ela.
“Espere, eu disse!”
HOUVE, várias dezenas de pessoas na festa, e aquilo não o havia impedido de tentar agarrá-la debaixo do visgo.
O brutamontes.
“Hermione, simplesmente PARE DE CAMINHAR E ME ESCUTE!”
Ah, ele era insuportável! Quem ele era para dar ordens?!
“Não, Cormac, eu não irei! Agora POR FAVOR, me deixa em paz?”
Mas ele continuou perseguindo-a. “Não entendo qual é o seu problema,” ele disse, naquele tom pomposo irritante. “Achei que estávamos nos divertindo perfeitamente---”
Ah, aquilo foi demais. Ela TEVE que interrompê-lo. “Ah, MESMO?” sibilou ela, parando e se virando tão rapidamente que ele quase colidiu com ela. Dando um passo para trás, ele se aprumou, enquanto ela o encarava.
“Sim, mesmo,” ele respondeu. “Então não vejo porque você quis sair de repente.”
“Ah, me deixe esclarecer para você.” A voz dela estava fria como gelo. “Você está confuso, completamente aéreo ao fato de que no SEGUNDO em que você tentou me agarrar debaixo do visto eu estava tudo menos lisonjeada?”
Ele franziu os olhos para ela. “Eu não tentei te AGARRAR.”
Ela ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços. “Não? Do que você chama aquilo, então?”
Ele ficou em silêncio, tentando parecer ofendido, mas claramente buscando uma possível resposta. Finalmente, ele levantou o queixo e encarou-a contestando. “Nós dois sabemos que eu não faria nada que você não quisesse.”
A boca de Hermione se abriu. Que coisa mais idiota para se dizer. “Você REALMENTE acredita nisso?!”
“Vamos, admita. Você é uma debochada. Adora provocar os garotos, então os xinga quando eles tomam uma atitude.”
Hermione sacudiu a cabeça e o encarou, surpresa. Ela teria pulado de indignação se não fosse o absurdo da acusação dele. Ela? Debochada? Era hilário – qualquer um na escola concordaria.
“Você é tão terrivelmente idiota,” ela falou, ainda surpresa.
A ignorando, ele continuou. “Aposto que tratou Krum do mesmo jeito, hã? O cortando e gritando com ele depois de se insinuar, permitindo que---”
PAF!
“Tenha paciência!” A perplexidade de Hermione se transformara em fúria em um instante.
“Bem, aparentemente eu toquei na ferida,” disse Cormac, parecendo contente consigo mesmo enquanto esfregava sua bochecha atingida.
“Como se ATREVE a bolar rumores sobre o que aconteceu entre mim e Vítor? Você não sabe NADA sobre---”
“Ah, vamos, Hermione. A escola inteira bolou rumores sobre vocês dois.”
O coração de Hermione pulou. Essa era nova. Que tipo de rumores? Bem, ela podia só imaginar... Instintivamente, ela sacudiu a cabeça. “Quê?”
“Não finja que não sabe. Como se não gostasse de escutar as pessoas falando de você.” Ele estava sorrindo maliciosamente e claramente aproveitando.
“Eu…” ela limpou a garganta, sentindo-se pequena sob o olhar arrogante dele. Mas ela não ia deixar ele ganhar essa. “Não tenho que me defender pra você.” Ela terminou friamente. “Boa-noite, Cormac.”
Ela se virou para continuar seu caminho de volta para a sala comunal, mas foi forçada a parar quando ele segurou o braço dela dolorosamente. “Não acabamos aqui!”
Engasgando, ela rangeu os dentes enquanto lágrimas molharam seus olhos. “Sim, acabamos, e já faz algum tempinho. Então me deixe ir, seu trasgo enorme!”
“Não! Você vai fugir de novo. E não vou deixar você ir até ter admitido---”
“EI!”
Cormac a soltou como se tivesse sido eletrocutado, e os dois se viraram para ver Ron e Lilá parados a alguns metros no corredor. Ela – claramente intrigada. Ele – positivamente lívido.
“O que diabos acha que está fazendo?” A voz de Ron estava perigosamente baixa e fez Hermione sentir um arrepio na espinha.
“Cuide dos seus negócios, Weasley,” disparou Cormac. “Isso é entre mim e Hermione.”
Ron o olhou raivoso, então virou os olhos para encarar os dela. “Ele está incomodando você?”
Ela sentiu seu estômago se contorcer. O olhar que ele estava lançando a ela... Era demais. E ela se controlou para não amolecer.
“Posso cuidar de mim mesma, Ron,” Ela ficou surpresa com o quão fria e aprumada ela foi. “Então pode continuar seu caminho para seja lá qual for a sala deserta que você pretende arruinar hoje à noite.”
Lilá ergueu uma sobrancelha para a colega e falou, num tom meloso “Aaahh, brabinha...”, o que Hermione ignorou. Ela manteve o olhar fixo em Ron, determinada a não olhar para o outro lado, e repentinamente percebeu que era um teste. Ficou pensando se ele entendera. Provavelmente não. Ele provavelmente desviaria o olhar a qualquer momento. Agarraria a mão de Lilá e se afastaria. E ela ficaria ali presa com o ogro novamente. A qualquer momento...
Mas Ron não se moveu. Ele apenas a encarou com aqueles olhos brilhantes e azuis enquanto silêncio pairava no ar, e no final ela foi quem desviou o olhar primeiro.
“Você a ouviu.” Disse Cormac. “Ela quer que você vá embora.”
“Não, não quer,” disse Ron firmemente. “Ela quer que VOCÊ vá. E suponho que já devesse ter ido.”
Ele caminhou alguns passos até Cormac e Hermione viu que os dois eram quase exatamente da mesma altura. O garoto mais velho tinha ombros mais largos e era pescoçudo – Ron parecia bem mais magro perto dele. Olhando para seu amigo – bem, EX-amigo – parado lá, vestido em um jeans e um suéter azul, seu cabelo ruivo cintilando e sua face vermelha de raiva, Hermione se sentiu um tanto tonta e doente.
Por que Lilá, Ron? O que ELA fez pra merecer você?
Cormac estava tentando se aprumar, claramente aborrecido pelo fato de que – uma vez na vida – ele não podia olhar para baixo para a pessoa a quem se dirigia. “MEU DEUS, você está com muita vontade de bancar o cavaleiro em armadura dourada, não?”
“Não, estou com muita vontade de chutar o seu traseiro inútil até Hogsmeade. Então se manda, antes que eu fique bravo demais, ok?”
Cormac bufou. Aparentemente ele não tinha resposta, então em vez disso se virou para Lilá. “É melhor você cuidar do seu namorado. Parece que as prioridades deles estão um tanto confusas, hã?”
O peito de Hermione ficou apertado à esta insinuação, e Lilá pareceu afrontada, mas não confusa. Ela entendera demais. Encarando as costas de Cormac quando ele desistiu e entrou pelo buraco do retrato, ela disse para Hermione “Não acredito que saiu com ele. Que imbecil.”
Pela primeira vez em… bem, possivelmente uma vida inteira, Hermione concordou com sua companheira de dormitório. Mas ela preferia outra sessão debaixo do visgo com o imbecil em questão do que admitir isso para ela. “Olha, estávamos nos divertindo antes que vocês chegassem.”
Ron bufou. “Divertindo? PELO AMOR DE DEUS. Você não precisa esconder, Hermione.”
Ela disparou “Ah, não seja tão protetor, Ron! Eu não pedi pra você vir até aqui e me resgatar estilo Lancelote. Guarde isso pra si mesmo. Eu estava indo BEM. Agora vocês dois por favor, me deixem em paz?”
Ah, Lilá estava ganhando o dia com isso, ela tinha certeza. As histórias que ela poderia contar sobre a boazinha Hermione Granger, pirando porque algum garoto se atreveu a tentar beijá-la. A pobre Hermione, tão estressada e correta, pode ACREDITAR que alguém realmente achou que valia a pena tentar algo com ela?
Hermione engoliu o nó que se formou em sua garganta. Eles não podiam simplesmente IR, em vez de ficarem lá encarando-a como se ela fosse algum pobre e perdido gatinho?
Cruzando seus braços e olhando para o outro lado, ela ouviu Ron dizer a Lilá “Olha, pode nos deixar por um momento?” Hermione encarou a outra garota, para vê-la olhando para ela.
“Quer ficar sozinha com ela? Por quê?” A voz de Lilá estava bem aguda.
“Ah, pare com isso. Nós simplesmente precisamos conversar. Por favor? Estarei bem aqui.”
Houve uma pausa e então – com um indignante “Hunf,” – Lilá entrou na sala comunal.
Silêncio. Hermione não podia suportar, então ela falou. “Não temos nada para conversar. Então você pode correr atrás dela agora mesmo. Eu odiaria ter de interromper sua tradição de festa de agarramento.”
Ela mal podia reconhecer a própria voz. Quando tinha se tornado tão sarcástica? Olhando para ele, ela tentou parecer petulante em vez de à beira das lágrimas. Foi difícil, mas ela não ia cair no choro na frente dele. Nunca. Ele não valia a pena.
Mas ele vale, não vale? Ele vale tudo.
Ele estava a encarando com uma expressão magoada. Fez o peito dela doer. “Olha, obviamente temos um problema.”
Surpresa com o quão certo ele falou aquilo, ela esforçou-se para manter a voz fria. “Que problema? Não temos um problema. Talvez você tenha um problema, mas eu certamente não tenho.”
Ele apenas a olhou. Será que ele não podia parar? Estava fazendo a cabeça dela girar. “Ron, francamente. Não sei do que está falando.”
“Sério? Então você não está brava comigo por eu estar saindo com Lilá?”
“Não, por que eu ficaria?” Ela imaginou se realmente era tão mentirosa quanto se sentia.
“Porque, talvez… ou aparentemente, mais… significou que não poderíamos ir à festa juntos.”
Ela rapidamente desviou o olhar para um quadro de um bruxo sonolento de pijamas na parede. Pressionando seus lábios juntos, ela sentiu um tremor, e o conteve. Não, sem chorar. Não agora.
Ele suspirou ao silêncio dela. “Mesmo que eu não veja como eu sair com Lilá ia ficar no caminho disso. Quero dizer, ESTÁVAMOS indo como...” A voz dele pareceu apreensiva agora. “....como amigos, certo?”
Ela não conseguiu se segurar mais. Olhando-o quase desesperadamente, ela jogou as mãos para o ar. “Era um encontro, Ron! Importa COMO nós iríamos? Tudo o que importa era que EU, pelo menos, estava ansiosa para isso!”
“Eu também!” ele disse.
Ela bufou. “Um pouco! Mas eu ESTAVA. Muito, na verdade. Eu estava ansiosa por ter uma grande, elegante e interessante festa, com grandes, elegantes e interessantes pessoas. Eu estava ansiosa por me sentir um pouco ESPECIAL, sabendo que alguém achava que EU era suficientemente interessante para ir àquela festa com todas aquelas pessoas. Eu estava ansiosa por me vestir toda, me sentir BONITA uma vez na vida, porque sabe do quê? Há muitas Lilás, Parvatis e Cho Changs em Hogwarts, mas não é muito divertido ser eu. Mas mais do que tudo...” Ela não podia mais olhar para ele. As estúpidas lágrimas estavam vindo. “Mais do que tudo eu estava ansiosa por ir na festa com alguém com quem eu SABIA que eu iria me divertir. Alguém que me levou séculos para poder reunir coragem pra convidar, porque eu estava com tanto medo de estar errada sobre um monte de coisas, e que ele riria da minha cara e dissesse não.” Ela estrangulou um soluço. O som foi terrível, e ela se encostou na parede, cobrindo seu rosto com as mãos. “E acabou que eu ESTAVA errada! Acabou que ele não dava a MÍNIMA para ir à festa comigo, porque não, ele preferia passar o tempo agarrando uma das garotas mais bonitas do nosso ano! E pode culpá-lo? Como se ele ALGUM DIA fosse escolher---”
Ela parou antes que se expusesse mais do que já havia feito e sentou no chão, soluçando. A situação era irreal e terrível, e ela nunca mais queria olhar para Ron, por isso suas mãos mantiveram-se firmemente cobrindo seus olhos.
Aquele silêncio, era terrível. Ela queria morrer. Ela queria se desintegrar. Ele já tinha saído? Ela não fazia idéia. Mas então a voz dele veio, macia e desesperada.
“Hermione…”
Ela sacudiu a cabeça. “Você pode simplesmente ir embora?” ela disse firmemente. “Só me deixe em paz.”
Mas ele não saiu, saiu? Ela não ouviu nenhum som de passos. Só o silêncio, até que aquela voz maravilhosa encheu o corredor de novo. “Hermione, eu JURO. Eu estava MUITO ansioso para isso. Eu já tinha até escolhido roupas e tudo.”
Ela não pode evitar de rir um pouquinho. “Você contratou uma equipe?” ela disse com uma fungada.
“É. Depois do fiasco do Baile de Inverno, jurei que eu estaria mais preparado da próxima vez que eu fosse a um evento formal.”
Ela quase esqueceu que estava brava e triste. Mas só quase. “Então o que aconteceu? Por que você... quero dizer, você...” Ela secou seus olhos e fixou-os na parede oposta. “Por que você ficou tão bravo comigo?”
Ela encarou-o para vê-lo parecendo um tanto culpado. “Eu, ah... foi... eu tive minhas razões.” Balbuciou ele.
Não era bom o suficiente. Era difícil ficar brava com ele quando Ron parecia tão perdido e adorável, mas ela tinha que ser. Ela devia aquilo a si mesma, ou ao seu orgulho, pelo menos. “Quais razões, então? Vamos ouvi-las.”
Mas a boca dele estava fechada. Claramente, ele não queria divulgá-las. Suspirando e sacudindo a cabeça, ela disse “Por que eu não estou surpresa?”
Ele pareceu magoado agora. “Hermione, por favor, eu só...” Estentendo uma mão para ela, os dedos dele tocaram de leve os cabelos da garota. A sensação pulou dentro de Hermione e ela se levantou, chocando-o. Ela não podia ficar ali. Não se ele ia implorar e tocá-la e encará-la com aqueles olhos dolorosamente azuius. Ela já havia mostrado sinais de fraqueza, e não podia acontecer isso.
“Acho que a sua namorada está esperando você,” ela disse, sua voz fria e despida de emoção.
“Hermione, nós não vamos---”
“Não. Sem mais conversas, Ron. Vai ter sua sessão de agarramento, vá, veja se eu me importo.”
Você já mostrou que se importa. Então não aja assim, você é péssima nisso.
Ele pareceu triste, desapontado e chateado. “Ótimo. Acho que não falaremos sobre isso.”
“Certo.”
Ela se virou para tentar entrar na sala comunal, mas descobriu seu braço sendo agarrado pela segunda vez naquela noite. Só que desta vez a mão era gentil. E quente.
“Você não era a única pessoa que estava assustada, sabe? Eu estava malditamente petrificado. Positivamente eu tinha entendido a coisa toda errada e eu faria algo idiota se eu fizesse... algo.”
Repentinamente ela estava lutando contra as lágrimas novamente, e sentiu-se tanto desesperada para sair dali quanto para virar-se e enterrar sua cabeça no pescoço dele. De alguma maneira, ela sabia que ele a deixaria.
“Ok, Ron. Ótimo. Bom pra você. O que quer que eu diga?” Ela estava tão cansada agora.
“Nada. Você falou sobre mim como se eu fosse um imbecil que deliberadamente fez você se sentir mal. Mas eu fui apenas um covarde, é tudo. E eu queria dizer aquilo a você. Porque eu realmente queria ter ido àquela festa com você. Eu REALMENTE queria.”
Ela tinha que sair agora. Ou o coração dela ficaria apertado assim para sempre. “Boa-noite, Ron.” Ela sussurrou. “Diga olá para a Lilá por mim.”
Se afastando dele, ela o deixou ali enquanto entrava pelo buraco do retrato, atravessava o salão comunal, subia as escadas para seu dormitório, colocava seu pijama, se enterrava na cama e nas cobertas e caía no choro.
Estava feito. Ela havia dito a ele, mais ou menos. Havia se aberto, deixara aquilo sair e agora ela positivamente nunca mais poderia encarar Ron novamente, ao menos à luz do dia. Então ela iria evitá-lo o máximo que pudesse. Ela continuaria interpretando a rainha de gelo. Sem sentimentos de mágoa, sem oportunidades para humilhação pública, apenas risadas sem emoção e sarcasmo. E sem dúvida, ele tentaria falar com ela, como se nada tivesse acontecido, porque era Ron, não era?
Ele ODIAVA conflitos assim. Ele odiava desculpas e conversas profundas e pessoas agirem malvadamente com ele. Então ela não daria explicações, ela não daria lugar para uma conversa de coração-para-coração, ela não iria ser malvada com ele, a não ser fria e indiferente.
E ela ia conseguir. Ela iria sair daquilo mais forte, melhor e mais esperta do que antes. Ela TINHA. Claro, havia um ano e meio de escola para evitar Ron, mas ela tinha seus estudos, seus planos para o futuro e ela tinha Harry, não tinha?
Se sentindo um pouco melhor, ela fungou, secou seus olhos e rolou na cama para tentar dormir um pouco.
Mesmo que fosse um longo tempo para manter as vidas dela e de Ron completamente separadas, ela tinha certeza de que poderia fazê-lo. Afinal, ela era determinada, ela era feita de força.
Fim
NOTA DA TRADUTORA: Linda, né gente??? Meu coração ficava apertado que nem o da Hermione enquanto eu traduzia... Espero que tenham gostado. Até!! Mione
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