DENTRO DA CABINE
O que você pensa que fez? – Gina disse enquanto abria a porta da cabine que viu Draco entrar.
O garoto levantou surpreso da poltrona. Não estava sozinho na cabine Crabbe,Goyle e Pansy também estavam lá.
- Saiam daqui – Draco disse rispidamente a seus “amigos” assim que viu Gina entrar. Crabbe e Goyle logo se apressaram em sair, mas Pansy continuou sentada.
- Você é surda? Não ouviu o que ele disse? Saia daqui Pansy – Gina falou superior. Sentiu-se bem fazendo aquilo. Pansy bufou, mas saiu da cabine. Ao sair se esbarrou “sem querer” em Gina.
- Agora é você e eu Malfoy. Você ficou maluco? Você não tinha o direito de...
- De o quê? Ferir os sentimentos do seu querido namoradinho e de sua amiguinha sangue ruim? Me desculpe...
“ele não é meu namorado” ela teve vontade de gritar.
- Eu só queria saber – ele foi se aproximando dela – o que ele viu em umazinha como você...
Pronto, Draco tinha tocado no ponto fraco de Gina e ele fez isso exatamente por saber ser esse o ponto fraco dela. Gina levantou a mão em menção de dar um tapa nele, mas Draco foi mais rápido e segurou a mão dela a puxando imediatamente para perto de si. Estavam próximos o bastante para Gina sentir a respiração de Draco. Ele também podia sentir ela ofegar, tensa. Seus narizes estavam encostados e antes que Gina tivesse noção do que estava fazendo os lábios de Draco tocaram os seus. Era um beijo forte, ele pressionava com força os lábios no dela a impedindo de se soltar. Depois de alguns poucos segundos ele diminuiu a intensidade e começou a roçar os lábios de leve, como uma provocação.
Reação. Gina gostaria de lembrar o significado dessa palavra naquele momento. Ela estava absolutamente sem reação. Draco abriu a boca um pouco e Gina ( talvez por instinto) abriu a sua também, suas línguas se procuraram e se encontraram. Ao sentir a língua de Draco massageando a sua ela viu seu corpo se arrepiar. Cada célula reagir. Um turbilhão de pensamentos invadiu sua mente recém esvaziada e como se acordasse de um sonho ela se afastou, o afastou. ( bem o que importa é que se distanciaram). Gina encarou Draco, que ainda a segurava, e pode ver algo através dos olhos dele, mas não conseguiu entender o quê. Havia brilho onde antes era frieza e opaco. Por menos de dez segundos ela se entregou, mas conseguiu reagir a aquele sentimento e uma das poucas vezes que a razão comandou seu coração. Mas também ela precisava reagir, não ia se entregar assim depois dele ofendê-la. Ela precisava fazê-lo entender que não teria as coisas assim tão fácil, não depois de desrespeitá-la, ela não iria ser a puta que ele insinuou que ela fosse. Também ela não mentiria pra si própria, apesar de ter sido por muito pouco tempo, ela gostou de beija-lo. Gostou dele tê-la agarrado, isso mostrava que ele não era tão covarde quando ela julgou que fosse. Agora tudo era questão de tempo? Não. Tudo era questão de provoca-lo. No meio de tantos pensamentos ela achou o caminho.
- Então é isso que Potter sente quando te beija?
Malfoy perguntou mas não ouviu resposta. Gina estava perdida demais em seus pensamentos, perdida demais no cinza dos olhos de Draco. Ele se irritou com a falta de resposta dela, odiava ser ignorado, não admitia ser ignorado. Apertou mais forte o braço da garota. Eles ainda estavam relativamente pertos, relativamente envolvidos no clima, mas a voz de Malfoy rompeu toda a atmosfera do momento e Gina acordou de seus desvaneios. ( Também porque seu braço começou a doer)
- Diga que é mentira, que vocês não são namorados – ele falou entre os dentes.
- Não vou te falar o que exatamente você quer ouvir. – ela respondeu rápida, direta e com um olhar perturbador. Conseguiu se soltar de Draco e saiu sem nem olhar pra trás.
Ele permaneceu na cabine olhando ela sair com um semi-sorriso no rosto. Indecifrável. Agora estava consolidado. Provocação. No momento que Draco falou um plano foi se formando na cabeça de Gina. Pena não poder contar com Mione para pó-lo em prática. Agora era questão de provoca-lo a ponto dele tentar me beijar de novo. E o 1º passo já foi dado, quanto ao 2º....
Cinco minutos depois de Virginia sair da cabine uma coruja entrou correndo lá e deixou no colo de Draco um pedacinho de pergaminho vermelho. Quando Malfoy tocou nele imediatamente ele pairou no ar a frente de Malfoy e as palavras apareceram instantaneamente como se tivessem sendo escritas com fogo na hora.
Não vou te falar
Você verá a resposta sozinho
Em breve
Logo após a última palavra acabar de ser escrita o pergaminho acendeu em chamas e só restou o pó no chão da cabine.
Draco suspendeu as sobrancelhas intrigado. “ Essa letra é de Virginia” e o mesmo sorriso de quando ele a viu sair da cabine surgiu em seu rosto. Indecifrável.
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A estação de King Cross foi se aproximando. Gina observava a paisagem pela janela, alheia a tudo, presa somente a seus pensamento.s por diversas vezes tentou em vão ler algo, mas era impossível. Nem escrever em seu diário ela conseguia, deveria. Ah! sim! deveria! mais do que nunca.
Gina passou a mão nos lábios pela milésima vez. A sua língua percorreu sua boca a procura do gosto de Draco, mas não estava mais ali. Fechou os olhos e deixou que as lembranças invadissem a sua mente. Estava feliz, sim estava . Um sorriso surgiu em seus lábios sem ela controlar. Quando abriu os olhos viu que alguém sorria também a porta da cabine.
- Vim aqui avisar mocinha, que já estamos na estação, creio que sua família a espera.
- Ah sim! Obrigada.
Gina sorriu meio sem jeito e a moça do carrinho de doces se afastou dando passagem a ela pela porta.
Mal ela desceu as escadas do trem e foi sufocada por abraços fortes. Duplamente fortes. Começou a rir, seu irmãos faziam cosquinhas nela e a abraçavam tanto que Gina teve medo de morrer sufocada. Então era isso, depois de tanto tempo esperando pelo natal, ali estava ele e ela finalmente poderia matar a saudade de seus irmãos preferidos: Fred e Jorge. Ainda rindo ela foi falar com os pais e se despedir de Hermione ( não que hermione tenha gostado de ser abraçada e beijada por Gina, mas não tinha escolha com a família Weasley toda lá as olhando ). “ é... pelo menos o Harry e o Rony não vão brigar tanto lá na toca com a Hermione longe”
Um pouco afastado dali um garoto de porte médio, traços finos, cabelos louros e olhar frio virava o pescoço para trás pra olhar uma ruiva sorridente antes de seguir com o pai para sua mansão.
N/A: ok ok... tá no final... hummm mais dois capitulos só e a fic acaba... estou ficando triste já. masss enfim... esse não era nem pra ser um capitulo, era pra ser continuação do outro, mas achei que o 13 tava grande demais já :P
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