Explicações desnecessárias
Capítulo 4º: Explicações desnecessárias
1º de outubro
Certas coisas acontecem sem nenhum aviso, isso me assusta, quero dizer, o que devo esperar?
E se de repente o mundo acaba?
Ou eu acordo e não sou mais eu?
A situação não é pra tanto, mas, fiquei de boca aberta, um pouco apalermada, sabe.
Harry veio até mim no café da manhã, caminhando de um jeito muito estranho, como se estivesse carregando uma mochila de 20kg, sentou-se na minha frente e me encarou por um bom tempo, e como não sou do tipo de pessoa que apressa o progresso da conversa, continuei quieta, apenas olhando para ele em retorno.
E então as palavras brotaram numa velocidade que classifiquei como “acima-da-velocidade-da-luz”:
“Me desculpe por ter sido um completo idiota e ter te jogado pra fora da situação”.
Como não tinha total certeza do que se tratava ainda, continuei quieta...
“Sei que disse que não voltaria pra escola, mas muita coisa aconteceu”.
“Harry, não...” comecei mas então ele fez sinal pra que eu escutasse.
“Muitas dessas coisas não justificam o porquê de eu não ter estado com você...E eu quero pedir desculpas”.
“Tudo bem”.
E então levantamos, ele demorou um pouco, mas deu a volta na mesa e me abraçou...E então, da cena que se seguiu, muitos outros acontecimentos derivados surgiram...
Ele sussurrou em meu ouvido “Nunca queria ter te deixado”
E quando aqueles olhos verdes entram em você, acredite, você não os impede, pelo contrário.
E então, sem ligar para o fato de que Hogwarts inteira assistia, nos beijamos.
Mas, não sei o por que, lembrei que estava atrasada, então me soltei e disse enquanto recolhia as coisas, sem encará-lo
“Ai, eu estou muitíssimo atrasada pra aula de poções... Sério”.
E saí correndo, feito boba.
E como disse, os derivados ainda estão acontecendo...Outh.
[suspiro]
2 de outubro
O desfile de aberrações começou logo de manhã... Claro. Hermione entrou no dormitório com a cara da cor de um tomate, como a minha, na verdade, e estava tão fora da realidade com o que havia acontecido no dia anterior [ainda, sim, por quê?] que nem mesmo notei que (hey) aquele dormitório não era o dela, então, continuei no meu transe.
Mas ela parou na minha frente e me encarou.
As pessoas estão pegando a mania de fazer isso muito freqüentemente, o que aconteceu com o velho e bom pigarreado??
Enfim, levantei os olhos e percebi que ela esteve chorando, mas não tive tempo de perguntar o motivo, pois logo ela já desabou em palavras:
“Sabe, seu irmão...” Ah, nãooo! “Sério, ele tem que...” De novo nãoooooo! “Gina, você está me ouvindo?”.
Bom, pra falar a verdade, não, não ouvi.
“Claro que sim, Mione”.
Mas o pouco que ouvi sobre a briga, pude perceber que a briga, na verdade, era sobre o Harry, mas naquele momento, não estava interessada.
Assim que ouvi tudo, ela disse que tinha que estudar, a acompanhei até a biblioteca para que eu mesma pudesse ficar por lá, terminando de ler o livro dos santuários que eu tinha largado (esquecido).
Não é que estivesse chato, não mesmo, mas é que tive vários testes de começo de semestre...Mas aliás, estou me explicando pra quê?
Bom, estava eu, com meu livro, lendo-o, e então...Vozes, sussurros gritados, se é que é possível.
Pansy e Draco discutiam num tom razoavelmente baixo, ou pelo menos, tentavam.
Na verdade, era Pansy que discutia, Draco ouvia...
E a conversa parecia suspeita:
“Você seria tão idiota a ponto de trair o mestre? Ninguém consegue trair o mestre e continuar vivo... Ninguém”.
“Snape conseguiu, não é?”.
“Bom, ele teve crédito por ter matado Dumbledore”.
“Estou me referindo à agora, você acha que ele está infiltrado aqui, mais uma vez, Mcgonngal não o aceitaria se não tivesse bons motivos, não é?”.
“Ah, sim, claro...Mas isso não vem ao caso, você não pode se comparar a Snape. Principalmente depois de sua primeira missão”.
“Você é muito estúpida se acha que eu cumpri aquela droga de missão porque quis”.
“Mas agora é tarde demais, não é Draquinho, Dumbledore está morto”.
E esta frase pareceu surtir tanto efeito em Draco quanto em mim.
Ele desviou do braço de Pansy, como se evitasse tocá-la e saiu, mas não percebi, que a saída, era exatamente onde eu estava.
“Weasley”.
Realmente não gostava de falar com Malfoy, mas com Pansy seria pior, ia ignorar, mas vi que a garota tinha sumido.
“Malfoy”
“Espiando?” Draco parecia estar muito irritado com alguma coisa (seria a última frase?), e também parecia...Triste?
Responderia a isso com muita ignorância se não fosse os fatos citados...
“Tem medo de que alguém ouça algo de incriminador em suas conversas, Malfoy?”.
Ele sorriu um sorriso sacana, e saiu andando.
Mas, segundos depois, uma coruja entrou pela porta da biblioteca e pousou em minha frete, sob olhares de desaprovação, recolhi o bilhete, e a coruja se foi:
Me encontre na torre de astronomia em duas horas, coisas incriminadoras não são brinquedos
Malfoy
Certo, certo, não é como se ele fosse me matar ou coisa assim, ele não era tão estúpido...Ah, eu não quero morrer!
Onde ele esconderia o corpo?
Certo, sem fantasiar, Gina!
Talvez, ele só queira se explicar...Me parece muito difícil uma atitude dessas vinda de um Malfoy.
Aliás, tais explicações seriam muito desnecessárias...Afinal, todo mundo sabia que ele tinha aberto o caminho pros comensais, não é?
NOta...Nesse capítulo, tive que fazer um esforço sobre humano pra não usar referências trouxas...Como ao Poderoso Chefão...
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