O Segundo beijo
Cinco Minutos
Capítulo dois: O segundo beijo
Na volta de sua detenção, Harry não conseguia pensar em mais nada, além daquele beijo. Será que ela sabia de sua paixão? Não poderia! Não, Hermione não era de fazer esse tipo de coisa.
Mas pensando bem, quando a encontrou, ela tinha certa tristeza no olhar. Ou era imaginação dele? Não queria pensar nisso agora, apenas ainda desfrutar daquele doce beijo.
Mas de repente, ao passar pelo retrato da Mulher Gorda, um envelope parecendo um berrador voou em sua direção.
Com muito receio abriu-o, mas ao invés daquela enorme e gritante voz encontrou uma carta normal. Era dela, pois conhecia sua caligrafia.
“Harry , apenas queria me desculpar pelo que aconteceu hoje. Não queria lhe falar pessoalmente pois deve imaginar tamanha vergonha que sinto.
Não sei o motivo de meu ato. Acho que deve ter sido conseqüência do que venho passando ultimamente. Bom, desculpe-me.
Hermione J. Granger”
Ao ler essas palavras, podia sentir o seu mundo desabando. Então foi tudo uma mentira? Não passou realmente de algum tipo de teste emocional? Ele tinha que tirar certas conclusões, e agora mesmo!
Sem pensar, foi ao quarto dela (agora tinha um quarto só seu, pois já era monitora-chefe). Quando foi bater, veio à sua mente o que estava escrito na carta. Estava com problemas. Então recuou decidido que no dia seguinte iria ajudá-la no que fosse preciso.
Já pela manhã, quando foi descer as escadas, encontrou o olhar da moça. Trocaram sorrisos embaraçados e seguiram para o Salão Principal para tomarem o café da manhã.
- Que é que ‘tá acontecendo gente? Vocês estão calados demais! – disse Ron, estranhando aquele “olha-sorri sem graça - olha de novo” dos outros dois.
- É que... – começou Harry.
- Não aconteceu nada, Ron. É imaginação sua... – disse ela interrompendo Harry, arrancando um olhar do mesmo.
Além de toda aquela encenação, Harry lembrou-se da assinatura da carta de Hermione. Ela nunca havia colocado seu nome completo antes. Havia?
Por mais tortuoso que fosse ele não ia perguntar, já que sabia que ela tinha problemas. Mas por outro lado, ele era seu amigo, então iria tentar ajudá-la ao máximo que podia. O ruim é se ela rejeitasse sua ajuda, coisa que provavelmente aconteceria.
À tarde, Harry foi visitar Hagrid junto de Ron e Hermione ficou estudando no Salão Comunal. Hagrid notou a ausência da menina, mas nada disse o que fez Harry desconfiar do meio gigante. Passada quase uma hora e meia despediram-se e quando iam retornar, Hagrid pediu a Harry algumas palavras.
- Harry, você saberia me dizer se a Mione está bem? – perguntou ele, com um ligeiro tom de preocupação em sua voz.
- Ahn... Acho que sim. – disse Harry na falta de um termo melhor.
- Bem, já que você está dizendo, não preciso me preocupar, certo? – sorriu ele. – Agora vá, antes que receba outra detenção.
Preocupar... Harry estava mais que preocupado por saber que Hermione sofria. E queria saber também o que ela sentira naquele beijo. Parecia que ela estava deprimida ou algo do gênero...
Após sair da cabana de Hagrid já era noite e aproveitou e começou a andar pensativo pelo castelo. Não se importava de ser pego e... Isso! Ele faria de tudo para que fosse detento de novo! Espera aí... É isso mesmo? É quem o pegaria seria Hermione... Ela quem o chamaria e...
- Detenção e menos 30 pontos por estar vagando fora do horário, Potter. – disse Malfoy. Era tudo o que precisava: Draco Malfoy, o monitor-chefe da Sonserina, lhe lascar uma detenção.
Que mundo... Pior do que isso não poderia ficar. Poderia?
- Hermione? – disse ele levantando-se do chão, onde Malfoy havia o deixado. Estavam perto do pátio.
- Finalmente, hein? Parece que seu sangue contaminado afeta sua coordenação motora! – dizia Malfoy.
Hermione apenas andou em direção à Harry, e acompanhou-a à direção oposta a de Malfoy, que os observava abobalhado, pois quando percebeu estava falando sozinho.
Harry não sabia o que dizer, apenas olhava de esguelha para Hermione enquanto caminhavam. Esta olhava para todos os lugares exceto para os olhos de Harry. Ambos queriam ler a mente do outro para saber o que se passava. Foi então que Harry tomou iniciativa: segurou a mão da menina firmemente.
Esta levou um leve susto, olhou para Harry que retribuiu um sorriso. Hermione ficou rubra, assim como Harry. Mas se ninguém falasse nada, ele faria tudo sozinho! Sentiu a mão de Hermione entrelaçando-se mais à sua. Era um sinal! E positivo ainda!
Harry pôde notar um sorriso no rosto de Hermione. Não se contendo, sorriu também.
- Porque não me falou antes? – perguntou ele.
- Estava com medo... – falou, finalmente. Pararam de andar e começaram a se encarar.
As mãos não cessavam. Alisavam, acariciavam, encontravam-se e finalmente... Conseguiram encontrar a posição perfeita, para o beijo perfeito. Os lábios encontravam-se apaixonadamente, os olhos estava fechados apenas apreciando o momento.
Ele precisava ver a reação dela. Abriu os olhos e encontrou os dela. Aquele mar cor de mel. Pararam e sorriram. Não precisavam dizer nada mais, apenas admiravam as cores dos olhos do outro ser a sua frente.
- Deveria ter me falado antes. – disse ele.
- Eu sei... Isso que é o pior: eu sei. – disse ela para novamente encontrar os lábios de Harry.
- Desde quando, Mione? – disse ele afastando-se.
- Desde que me entendo por bruxa. – sorriu ela.
E juntos, prosseguiram para a Sala Comunal da Grifinória. Claro, antes passaram na sala da professora McGonnagal para avisar sobre a detenção de Harry.
- Como é? Depois de tudo isso? – perguntou Harry assustado.
- Claro. É uma prova de que você não se livrará de mim tão fácil! – disse ela.
- É, faz sentido... – disse ele, beijando-a novamente.
----------------------------------------------
Nota do autor: Viram? Eu retornei . Não estou morto, afinal. Hehehe Passando aqui pra falar que talvez role um prólogo. Talvez.. Vamos deixar no anonimato não é? Assim o mistério fica melhor. Brigadão. Espero que tenham gostado dessa fic, assim como eu tb gostei. Tudo de bom procês.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!