No Beco Diagonal
-CAPÍTULO DOIS-
No Beco Diagonal
Tiago descera correndo para a sala de jantar, seus pais já se encontravam lá, a mesa estava como sempre repleta de montes de delícias, havia diversos tipos de bolo de caldeirão, sucos coloridos, frutas, pães...
-Sente-se Tiago, e coma direito, hein?!
-‘Tá bom mãe...
Tiago não estava nem um pouco a fim de comer, queria sair logo, provavelmente o Beco estaria cheio de novos estudantes como ele, poderia conhecer novos alunos, comprar as diversas coisas pedidas pela escola que eram muito interessantes... Ele estava especialmente louco para aprender azarações, achava muito divertido...
Comeu um pedaço de bolo de caldeirão, e uma torrada com geléia e tomou um copo de suco de abóbora, tudo isso, muito depressa...
-Pronto, mãe– disse largando o copo na mesa. – Vamos?
-Vá escovar os dentes, já vamos...
Em poucos minutos todos encontravam-se na sala de estar, a senhora Potter estava dando recomendações ao Lusky, coisa que ela fazia cada vez que saiam... O senhor Potter apanhara um pouco de um pozinho verde, que Tiago sabia muito bem o que era, e encaminhou-se para perto da lareira
-Pronto, - dissera Morgan – Podemos ir!
Addan entrara dentro da lareira e dissera, alto e claro “Beco Diagonal”. Morgan mandou Tiago ir agora, ele pegou um pouco do pó de flu encaminhou-se para a lareira, e fez exatamente o que o seu pai havia feito...
As chamas ficaram verde-esmeralda mais altas do que Tiago, ele disse alto “Beco Diagonal”. Tiago já conhecia bem a sensação de viajar com pó de flu, aqueles giros de enjoar, o rugido em seus ouvidos muito agonizante e a vontade de manter os olhos abertos e não poder pelos giros. Mas logo acabou, ele havia chegado no Beco Diagonal.
-Tiago, tudo bem? Como foi a viajem? – Perguntou o pai que já estava a sua espera.
-Tranqüilo...
Em alguns instantes chegara a senhora Potter pelo mesmo meio que o marido e o filho.
-Olá, Morgan!
-Ah, o que...? Ah, olá querido – Respondeu atordoada – Essa coisa sempre me enjoa...
-Era ou isso, ou uma chave de portal...
-Não, não me fale nessas coisas...São piores que o pó de flu...
-Eu vou ao Gringots, vocês podem ir olhando alguma coisa...
-Estaremos vendo as vassouras! – dissera Tiago rapidamente.
-Sinto muito, filho – retorquiu a senhora Potter, examinado a carta com a lista de materiais – mas alunos do primeiro ano não podem ter vassouras próprias...
-O que?! A fala sério... – Surpreendeu-se Tiago arrancando a lista das mãos da mãe. – Que injustiça !
-Sinto muito. – disse Morgan num tom de quem não sente nem um pouco...
-Bem, - disse Addan – podemos dar um jeito nisso...
-Nem pensar Addan, regras são regras...
-E servem para serem quebradas. – disseram Addan e Tiago ao mesmo tempo.
-Addan...como é que... Pare com isso, está bem?! Tiago não levará vassoura alguma! – disse Morgan autoritamente. – Addan, você vai ao Gringots, Tiago e eu vamos ver os livros...
Tiago e Addan suspiraram e disseram juntos novamente:
-Sim senhora Potter...
O senhor Potter encaminhou-se até o Gringots, o banco dos bruxos, logo ele desapareceu na multidão e Morgan e Tiago entraram na “Floreios e Borrões” a loja estava cheia de adolescentes, crianças e adultos, Tiago fora correndo a sua seção favorita Defesa Contra as Artes das Trevas – Azarações .
-Fique aí está bem Tiago, eu vou ver os livros que você precisa.
-‘Tá bom, mãe – respondeu ele, já entretido com um livro intitulado Azarações para Azarados. – Não vou sai daqui, ok?!
-Ótimo... – disse a senhora Potter rumando para o outro lado da grande livraria.
Tiago estava realmente tão concentrado nos livros de azarações, que nem havia notado o menino ao seu lado.
-Oi. – disse o garoto.
-Oi – respondeu Tiago ao finalmente notar o garoto.
Era um menino pálido e magro estava meio curvado e segurava o livro a uns dois ou três centímetros do nariz aquilino, tinha os cabelos moles e oleosos que lhe caiam sobre o rosto desdenhoso.
-Meu nome é Severo Snape.
Tiago soltou uma expreção sarcástica, o tal Severo lançou-lhe um olhar de censura e voltou a ler o livro.
- Desculpe, - disse Tiago entre risos abafados. – Sou Tiago Potter
-Você vai para Hogwarts este ano? – perguntou o Severo.
-Sim, é meu primeiro ano. – respondeu Tiago, por alguma razão, não fora com a cara do garoto.
-Eu também. – respondeu de um jeito irritante como se não tivesse ouvido uma palavra de Tiago. – Já sabe em que casa vai ficar?
-Bem, - respondeu Tiago meio irritado folheando os livros de azarações. – na verdade não.
Era uma família estranha, a dos Potter, no geral, nas outras famílias de bruxos, ficavam todos na mesma casa, ou pelo menos a maioria... Mas os Potter eram diferentes, a mãe de Tiago fora da Corvinal, ela e muitos outros de sua família, mas o pai de Tiago, da Grifinória, e também, muitos outros da família, também tinha vários tios e primos que pertenceram a Lufa-Lufa, e uns dois que foram parar na Sonserina. Tiago, na verdade não tinha a mínima idéia de que casa iria ficar...
-É, ninguém sabe até chegar lá, não é? – respondeu o garoto com sua voz muito irritante com os olhos vidrados no livro, seu nariz ainda quase encostando nele, e os cabelos sobre o mesmo, Tiago tinha certeza de uma coisa: não encostaria naquele livro de jeito nenhum, devia estar mais engordurado do que as panelas de casa, quando Lusky fazia pastéis. – Mas tenho certeza de que vou ficar na sonserina, toda a minha família ficou lá, a propósito, - aqui ele finalmente tirou os olhos do livro e encarou Tiago. – E sua família, são da nossa gente?
-Sim, são bruxos... – Tiago estava cada segundo mais enojado com aquele garoto seboso. Louco para acabar logo a sua conversa...
-Ainda bem, acho que não deviam ser admitidos na escola gente daquela laia...Pelo menos alguem da família tem que ser bruxo...
-O que você tem contra os nascidos trouxas?
-Ah, você me entende, não são como nós...
-Isso é preconceito, é... é injusto, é ridículo...
-Pense o que quiser, mas achei que você era um bruxo de verdade...
Tiago não pensou duas vezes, meteu um gancho de direita bem na cara do tal Snape, quem ele pensa que é, dizer que Tiago não era um Bruxo de verdade... Quando deu por si, o enorme nariz do menino sangrava, uma multidão assistia, uma mulher veio correndo acudir Severo que estava estirado no chão, acordado, muito acordado, pela semelhança a mulher era com certeza a mãe de Snape.
-Tiago Potter! – ouvira a voz de sua mãe, talvez mais brava do que quando quase matou sem querer a prima e a deixou verde por dois dias...
Morgan estava segurando com uma das mãos um embrulho que provavelmente continha os livros de Tiago, seu pai já havia retornado do banco, estava no caixa, pagando as compras. Morgan puxara Tiago com a mão livre com muita força, e o levou para fora da livraria.
-Você me paga, POTTER! – ouviu Snape esganiçar-se enquanto saia forçadamente da Floreios e Borrões.
A senhora Potter finalmente o soltou, virando-o de frente para ela.
-Como você ousa?! – dissera muito brava, mas não gritou para não chamar a atenção de mais olhares. – Já quer uma reputação dessas antes mesmo de chegar na escola?
O senhor Potter finalmente pagara os livros e encontrara-se com eles fora da livraria.
-O que ele te fez? – Perguntou, não parecia nem um pouco bravo com Tiago como Morgan, estava furioso com o menino, mesmo sem sabem de nenhum fato do ocorrido.
-Como assim, Addan – Gritou a senhora Potter. – Não importa o que ele tenha feito, Tiago NUNCA deveria ter feito o que fez!
O resto das compras foi tão divertido quanto o primeiro episódio, Morgan nem falava com Tiago de tanta raiva, Tiago até tentou pedir uma coruja ou um gato, mas a resposta de Morgan fora “Você não sabe nem cuidar de si mesmo, vai querer cuidar de um bicho?” Mas Addan muitas vezes perguntara o que havia acontecido, quem era o menino e por que ele fez aquilo, mas Tiago nunca podia responder pelos cortes da mãe, “Agora não Addan”, “Depois”, “Cala a boca”...
Logo já haviam retornado, e Tiago estava mais uma vez em seu quarto, contemplando o teto acima da cama...
***
E aí? Gostaram? logo, logo, o próximo capítulo...
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