O Casamento...
N/A: Foi um prazer escrever esta fic... E ter me emocionado junto de vocês pelo casal mais lindo de todos os tempos...
Com vocês o último capítulo.
O CASAMENTO
Como pode uma só manhã ter tamanha beleza?
Até hoje me pergunto...
Acordar ao lado dela é ver o medo partir sem despedida. Acordar ao lado dela é ver o sol em meio ao frio.
Naquela manhã uma felicidade inexplicável trasbordava do meu ser, e talvez por estranha-la é que eu não tenha aberto os olhos imediatamente.
O doce perfume de lírios invadiu meu corpo e os últimos dias passaram na minha mente como um filme.
Me perguntei se era verdade. É claro que era, o toque de tão macia pele só podia ser dela...
Abri os olhos e meu corpo se aqueceu com o vermelho dos cabelos de minha amada. Gina Weasley. Complicada e perfeitinha; isto certamente a descrevia bem.
O luar já não banhava os nossos corpos, mas sim a aurora da manhã. Aquela respiração suspirada me dava tal calma que duvidei da veracidade do momento.
Na verdade não é a manhã que tem tal beleza. Gina têm!
Levantei com todo o cuidado para não acorda-la, tomei um banho e desci pelas escadas do castelo. O tão conhecido castelo, pelo qual eu andara durante tanto tempo...Onde eu havia crescido, me tornado bruxo...Conhecido meus amigos, conhecido Gina...
Estava um pouco nervoso...Era o dia! Era aquele o dia! A essa altura todos já deviam estar avisados e se arrumando para pegar o Expresso...Todos iriam se juntar de novo...Ali.
Passei pelo quadro de frutas e fiz cócegas na Pêra, para abrir a passagem das cozinhas. Todos os Elfos estavam lá, arrumando caprichosamente um café da manhã em um carrinho de comidas com três estantes, Dobby me cumprimentou animado e disse que eu poderia subir descansado que ele levaria o café em meia hora e logo depois começaria os preparativos para a grande festa.
Subi de volta para a torre, uma estranha sensação de bem estar tomava conta de mim enquanto eu vagava pela escola.
Me ajoelhei ao lado do sofá onde Gina ainda dormia calmamente.
-Meu anjo...Não vai acordar não?
-Olá Harry... – Disse ela se espreguiçando e dando um belo sorriso para o moreno.
-Bom dia princesa...Dorminhoca você hein? – Ela deu um sorriso maroto.
-Você que acordou cedinho demais não acha não?
-Mais já são nove e meia!
-Ahhh, entendi tudo! Você só acordava tarde na época de ir pra escola... – Ele sorriu sem jeito.
-Não era bem assim...
-Harry...
-Ta bom, eu atrasava sempre pra aula – Disse ele se rendendo.
-Não sabia que eu tinha esse poder sobre você!
-É o carma dos Potter com as ruivas, minha ruivinha... – Disse ele fazendo cócegas nela.
-Pára Harry! – Pedia Ginny rindo muito – Eu tenho que por uma roupa menino!
-Mas você fica tão bem sem... – Disse ele maroto.
-Bobo – Disse ela dando um tapinha nele antes de se levantar enrolada nos lençóis em direção a um merecido banho.
A garota entrou no banho rindo, e, admitia, um pouco desacreditada que aquilo tudo estava acontecendo...Mal sabia ela que muitas surpresas a aguardavam naquele dia.
Ligou a ducha e entrou em baixo sentindo a água quente relaxar seu corpo, se lembrou da noite anterior...Tinha sido perfeita. A ruiva não sabia ao certo porque Harry a tinha levado para Hogwarts, mas certamente era bom estar de volta...Fora sua casa tantos anos, fora onde ela se decepcionara com o moreno, porque não apagar todas essas lembranças ruins agora e se lembrar apenas daquela última noite.
Sentindo-se feliz como nunca a garota começou a cantar, enquanto tomava banho feliz, de volta em sua casa.
Enquanto isso Harry mexia na caixa dada por McGonagal na noite anterior. Era incrível, cheia de relíquias e memórias de seus pais...Havia fotos, diários, livros, um pomo de ouro que Harry reconheceu como um que vira seu pai brincar na penseira certa vez e havia aquela caixinha...Pequena e de veludo vermelho...Aquela que ele vira certa vez numa foto, a foto do casamento.
Ele a abriu meio trêmulo e viu as alianças de seus pais ali, brilhantes como se hoje fosse seu casamento, Harry sorriu e guardou as caixinhas...Para mais tarde.
Dobby entrou na sala trazendo um incrível café da manhã e logo Gina saiu do banho, linda como só ela conseguia ser. Eles comeram e depois foram dar uma volta no castelo.
-Eu nunca gostei desse banheiro... – Comentou Gina ao passarem em frente ao banheiro do terceiro andar, onde Murta vivia.
-Eu também nunca gostei muito, mas saber que eu te salvei na câmara cuja entrada é ali não te faz gostar um pouquinho mais dele?
-Com certeza...
-Sabe uma coisa que eu sempre quis saber...
-O que?
-Como são os outros salões comunais... – Disse ele no que Gina riu.
-Que foi?
-Eu conheço todos...
-COMO ASSIM? – Perguntou ele levemente indignado.
-Fácil, fácil Harry...Meninos...
-Não estou gostando nada de saber disso Srta!
-Miguel me levou duas vezes para o salão da Corvinal, e para o quarto dele também...Hehehe
-Na lufa-lufa eu entrei com o Ernesto uma vez...
-Você já ficou com o Ernesto?
-Quem, eu? – Perguntou ela disfarçando.
-Ai meu Deus, e eu que pensava que só eu tinha meus segredos... – Disse ele como se estivesse pensando alto.
-Como assim “segredos” Harry?Eu sei de todas que você já ficou, e em Hogwarts foi só uma...A Cho!
-Ahh claro Gina...Eu sou mesmo um Santo...Eu nem lembro quantas foram em Hogwarts...Mas certamente eu não entrei em nenhum Salão comunal que não fosse o meu.
-É Harry...Você tem muito que aprender com a pequena Weasley aqui.
-Sei, sei...Afinal, como você entrou no Salão da Sonserina?
-Malfoy...
-QUE?
-Ele estava sob o efeito da poção, lembra?
-Aham...
-Aí um dia e vi você e a Cho dando uns amassos no corredor e fui “falar” com ele...
-NÃO ACREDITO GI!
-É Harry...Existe vida antes de você...
-Mas certamente não existe depois. – Disse ele encostando a ruiva na parede e a beijando ardentemente.
-Isso eu tenho que concordar – Disse ela sorrindo marota, meio sem ar.
-Gi? – Perguntou ele sério.
-Que foi Harry?
-Sabe...O pessoal está vindo aqui por um motivo maior entende?
-Que motivo?
-Ginny Weasley, você quer casar comigo?
-Pensei que nunca ia perguntar –Disse ela sorrindo e jogando seus braços em volta do pescoço dele para beija-lo novamente – Claro que sim! Sim, sim, sim e SIM!
-Então acho melhor a Srta ir passar um dia de princesa com a Madame Malkin que está vindo te ajudar com o vestido, enquanto eu vou ver se esta tudo certo com os preparativos, e receber o pessoal.
-Ai Harry...E mamãe e papai?
-Estão vindo com todo o clã Weasley...
A ruiva o abraçou forte, sem querer solta-lo nunca mais. Queria permanecer assim, junto a ele, com medo que se eles se soltassem toda a perfeição daqueles dias desaparecesse, como um sonho desaparece ao acordarmos.
Após tantos anos pertencendo a ele somente em pensamento, agora eles eram um do outro, de corpo e alma, e eles iriam casar, e todos viriam vê-los e... Ela não seria mais a pequena Weasley...Seria agora a Sra. Potter.
Ela soltou o moreno devagar e ele pressionou sua testa contra a dela, para confessar baixinho, olhando nos seus olhos azuis.
-Eu te amo Gina...
Ela sorriu, e olhou de volta, naqueles profundos olhos verdes. Então era isso... Ela iria se casar, morar com ele, quem sabe ter filhos, acordar todos os dias e ver aquele belo par de olhos verdes olhando-a com carinho e ternura, exatamente como agora ele fazia. E cada vez que fizessem amor seria especial como fora na noite anterior...Como fora sua primeira vez...
Todos os dias ela faria o café, e eles almoçariam juntos, jantariam juntos, sairiam para dançar ou ver um filme.
Era uma sensação de preenchimento, ou mais, de extravasar a felicidade.
-Vamos minha ruiva, ela esta te esperando... – Disse ele acariciando sua face alva com as costas da mão delicadamente.
-Onde ela está?
-No banheiro dos monitores...
-Certo... Eu vou então Harry...
Ela se virou e foi andando, mas ouviu um pigarro.
-Hem hem...
-Que foi Harry?
-Acho que você esqueceu alguma coisa...
-Ahh é... – Disse ela fingindo-se lembrar de algo não muito importante.
A ruiva correu até ele e ele pegou a menina no colo num rodopio antes de capturar seus lábios com paixão.
-Agora eu deixo você ir – Disse ele soltando a ruiva.
-Até mais meu amor... – Disse ela saindo dali feliz, com uma incrível vontade de saltitar e cantarolar, quase que incontrolável... Ou então gritar no travesseiro, como uma adolescente bobinha que acaba de ganhar o primeiro beijo.
Enquanto Gina, Madame Malkin e sua ajudante faziam ajustes no vestido que fora de Lílian, Harry descia para os jardins para dar uma olhada na decoração... Estava tudo lindo, decorado com milhares de lírios, assim como ele pedira. McGonagall se dirigiu a ele.
-Há um brilho no seu olhar, que eu não lembro ter visto nem ao capturar seu primeiro pomo.
-Este é um pomo muito maior, afinal... – Disse ele sorrindo pra professora, que se tornara amiga ao longo dos anos.
-Todos estão chegando sabe? – Ele confirmou com a cabeça.
-Farão a travessia novamente... – Disse ela.
-Quando eles chegarem acho que nós vamos almoçar, acomodar o pessoal e por todo mundo pa se arrumar, eu quero que a cerimônia seja ao pôr-do-sol.
-Certo... O almoço já deve estar pronto...A mesa da Grifinória foi arrumada, e... Aí vêm ele – Disse ela apontando o lago.
Assim que desceram A Sra. Weasley abraçou Harry, um daqueles abraços de urso, que só ela sabia dar.
-Oh Harry querido, eu sempre soube que isso daria certo... Foi feito pra ser assim... – Ele sorriu para a sogra, considerada como uma mãe por tantos anos.
-É, foi feito pra ser assim...
-Harry – Chamou Jorge.
-Você vai ter que pedir a nossa permissão, sabe? – Disse Carlinhos.
-É cara, não é só porque você é meu melhor amigo que pode ir se casando com a minha irmã assim... –Disse Rony.
-É... Nem porque você nos ajudou com o investimento inicial da loja de logros – Ajudou Fred.
-Nem por você ser Harry Potter – Disse Gui.
Em seguida todos abraçaram Harry, quase sufocando o garoto.
-Agente gosta de você Harry... – Disse Carlinhos.
-Mas – Disse Ron.
-Se comporte... – Disseram os gêmeos juntos.
Hermione quase chorava ao ver a cena, e assim que os garotos saíram da volta de Harry ela correu para abraça-lo.
-Ai Harry, que bom que você deixou de ser tão cabeça dura! – Dizia ela – Eu sempre soube Harry... Sempre soube que tinha que ser assim...
-Eu vou poder falar com o meu genro ou não? – Perguntou Arthur se aproximando de Harry. O homem sorriu, e o moreno também o fez.
-Sr. Weasley... – Disse Harry – Eu vou cuidar bem dela.
-Eu aposto que sim garoto – Disse ela antes de abraçar Harry.
Depois de receber o cumprimento de todos os amigos que tinham vindo todos subiram para o Grande Salão onde almoçaram animadamente para depois serem levados para seus quartos para se arrumarem.
Às cinco horas da tarde todos os amigos e familiares foram para os jardins, onde seria realizada a cerimônia.
Havia um pequeno altar de frente para o lago, onde se encontrava o juiz de matrimônios bruxos, os padrinhos da noiva: Gui e Fleur, e os padrinhos do noivo: Ron e Hermione.
Um caminho de pétalas de rosas levava até o altar, e os bancos onde os convidados estavam sentados foram colocados ao lado deste caminho.
Por toda a parte havia vasos brancos com lírios, o que dava ao ar um perfume agradável e apaixonante. Além de pequenas fadinhas coloridas e borboletas encantadas que voavam pelo lugar.
Uns quinze minutos depois do pessoal se acomodar Harry se encaminhou pelo jardim, todos se viraram para vê-lo, usava um lindo fraque preto, o mesmo que seu pai usara em seu casamento, sua expressão sorridente demonstrava não só sua felicidade, mas também seu nervosismo. Nas mãos carregava um pergaminho com seus votos, já que era tradição no mundo bruxo dar os votos a noiva após o casamento, e vice-versa.
O garoto se colocou de um lado do altar e alguns violinistas e um pianista que ali estavam começaram uma bonita música, que Gina escolhera.
A música era emocionante por si só, Harry não pode deixar de pensar que alguém poderia chorar ao escuta-la, mas aquele momento era tão feliz que Harry só seria capaz de chorar de felicidade, e nada mais.
Ao longe Harry viu sua noiva caminhando ao lado do Sr. Weasley, o pôr-do-sol avermelhado dava um brilho místico em seus cabelos, presos numa parte, deixando alguns fios soltos. O vestido de sua mãe lhe caira perfeitamente, tão certo que Harry pode ver Lupin se assustar ao vê-la, a ruiva se parecia muito com Lílian.
Quando ela finalmente pôs os pés no caminho de pétalas, mais centenas destas começaram a cair, numa linda chuva vermelha ao pôr-do-sol, trilhados por aquela linda música.
Finalmente ela chegou ao altar, e o emocionado Sr. Weasley se sentou ao lado da esposa para que começasse a cerimônia.
-Caros amigos, estamos aqui no dia de hoje para celebrar a união de Harry James Potter e Ginevra Molly Weasley. Seus votos. – Disse ele aos noivos.
Gina foi a primeira, desenrolou o pergaminho e começou a lê-lo para Harry.
-Nunca pensei que os votos que escrevi esta tarde realmente fossem jurar meu amor eterno por você... Mas não é que com todas as reviravoltas da vida aqui estou eu, me casando com o meu primeiro e único amor.
Não é que realmente te conquistei Potter? Aquela pequena garotinha que você mal notou na Estação de King Cross se torna agora oficialmente sua mulher...
Mas acho que era pra ser assim, não? As ruivas são mesmo o carma dos Potter, e não tem como fugir deste seu destino.
Se eu disser que um só dia depois que te conheci eu não pensei ou não amei você, eu vou estar mentindo descaradamente. Pois não é que esses lindos olhos verdes me prenderam de uma forma inexplicável e nunca me deixaram partir? Mas eu agradeço por eles não terem me deixado ir Harry, pois só assim pudemos ficar juntos, no tempo certo, na hora certa. E agora posso dizer que é pra sempre... Eu te amo Harry!
A menina terminou sua leitura e subiu os olhos lentamente, Harry a encarava de tão doce forma que ela sorriu, um daqueles sorrisos inéditos e inigualáveis, que só Harry terá na lembrança pro resto de sua vida... E será levado com ele, pois não houve dela nenhum sorriso tão belo como aquele, não que os outros não fossem belos, ó não, mas esse foi o mais perfeito, e era dele, só dele.
Os presentes já enxugavam os olhos com lencinhos, principalmente Hermione e Molly que não se continham.
Foi então que Harry desenrolou o seu pergaminho e suspirou nervoso antes de começar a ler.
- Eu nunca vou poder deixar de agradecer a todo e qualquer tipo de magia por ser amado como sou hoje, e amar como eu amo hoje. Crescer com os Dursley foi um bocado difícil e foi nessa família, com Rony, que eu encontrei a primeira demonstração de carinho e preocupação. Mas essa família, da qual eu faço oficialmente parte agora não me deu só um amigo... Deu-me um pai que eu nunca tive, uma mãe, e irmãos... E o meu mais precioso presente: Gina.
Eu nunca soube dizer se estava feliz com o que tinha, mas posso dizer que agora eu sei, sei e digo... Eu sou feliz, e não poderia estar mais feliz, do que ao seu lado... Eu te amo Gina!
Agora não era só Hermione e a Sra. Weasley que choravam, os olhos de Gina estavam úmidos e do tamanho de dois galeões, pareciam transparecer sua felicidade sobre aquele azul límpido. Então, sem quebrar o contato visual dos verdes com os azuis eles trocaram as alianças que haviam sido de seus pais e se beijaram sob a ordem do juiz e o olhar dos presentes, um beijo longo e tenro, cheio de cumplicidade e paixão. Um beijo digno de seu amor, um beijo eterno, selado pelo último raio de Sol e a primeira estrela da noite.
Harry havia cumprido uma de suas missões de vida. Após quase seis anos da derrota de Voldemort, Harry procurava novos desafios, novas missões de vida.
E achou, mais que isso, O AMOR.
A arma mais poderosa de todos os tempos, o sentimento mais forte já presenciado, a demonstração mais íntima, o contrato mais verdadeiro, o doce mais proibido, o causador de tudo aquilo.
AFTER
“Every end is just a new beginning”.
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