Missing the past...
Missing the Past
Era uma noite quente de verão...Harry olhava pela janela de seu quarto, observava a rua deserta, onde só havia a sua casa. Desviou o olhar para dentro do cômodo; era espaçoso, luxuoso, confortável, mas... Vazio.
Vazio? É; vazio!
Assim como seu coração. Não era só aquele quarto que ele não tinha com quem dividir, mas também seu coração, seu amor, sua vida.
A carreira de auror, muito bem sucedida, já não era a mesma coisa. Não havia muito a fazer agora que Voldemort havia sido derrotado e todos os seus seguidores presos, punidos e mortos. O pior de seu trabalho lá no ministério era que lá ele também se sentia “pela metade”.
Olhando ao seu redor, no trabalho, via pessoas felizes e completas.
Ron e Mione ocupados com os preparativos do casamento e com a mudança para a casa deles.
Luna e Neville em um namoro doce e peculiar.
Gui e Fleur casados e pais da pequena Louise.
Parvati e Simas, noivos.Assim como Lilá e Dino.
Fred e Jorge haviam se casado há seis meses com Angelina e Alicia.
Cho ainda namorava Miguel Córner.
Cátia casou-se com Lino Jordan e foi para o exterior jogar quadribol.Tinham um filho de dois anos, Lenny.
Cólin e Denis Creevey tinham aberto uma loja de fotografia em Hogsmeade e estavam saindo com duas trouxas.
Ernesto estava ficando com Anna Abbott e...
Então Harry se lembrou de certos dois que não estavam bem...Gina e Justino Finch-Fletchley. Eles haviam terminado o namoro há duas semanas.
Justino ficara arrasado, estava muito mal, e Gina estava estranha, nem alegre nem triste.
Harry notava nos olhos da menina uma constante dúvida, medo, apreensão.
E ele, Harry.Como estava?
Nem triste nem alegre.
Em dúvida?
Não. Estava sem rumo...
Voltou o olhar para rua... Uma rajada fresca de vento passou por ele, despenteando ainda mais seus cabelos. Ele se lembrou da Rua dos Alfeneiros, lá ele também costumava pensar na janela, observar a noite...
Aqueles tempos eram bons, embora terríveis...Ele sentia falta. Harry nunca pensou que fosse sentir falta de tudo aquilo, mais sentia.
Embora houvesse os pesadelos, as mortes, as brigas... Ainda havia as inúmeras partes boas, as lembranças de Hogwarts... Primeiro vôo, o dia em que entrou para o time de quadribol, descobrir que era um bruxo, entrar para a Grifinória, a honra por salvar a pedra filosofal, por salvar a escola da Câmara Secreta, conhecer Ron, Mione, os Weasley, o pessoal da Ordem da Fênix, os colegas de Hogwarts, seu padrinho... Havia as visitas a casa de Hagrid, os perigosos animais com os quais o meio-gigante de se envolvia.
Seu primeiro duelo, o primeiro beijo, o primeiro encontro, a AD, o torneio tribruxo, Hogsmeade, seus passeios noturnos, o mapa do maroto, a capa de invisibilidade, Dumbledore, seu patrono, suas risadas, todo o conhecimento, todas as travessuras...
Uma lágrima de saudade desprendeu de seus olhos e rolou pela face, desmanchando o sorriso que as lembranças trouxeram.
Fechou o vidro despiu-se e se enfiou por baixo das cobertas, adormecendo rapidamente.
Nightmare
Teve uma noite inquieta, estranha. Em seus sonhos ele via CHO, Parvati, Mione, Mary, Delilah, Amy, Anne, Isabelle, todas as garotas que ele já havia gostado ou ficado... Então, notou uma que ele não achava se encontrar em nenhum dos quesitos. Não gostara, nem ficara com ela... Ruiva como o fogo, branca como a neve, lábios de mel, olhos de diamantes, corpo de sereia, aroma de lírios...Doce, meiga, inteligente, amiga, leal, corajosa, tímida e provocante...Ginny Weasley!
A IRMÃ DE SEU MELHOR AMIGO!
Harry acordou assustado, punindo-se por pensar nela daquela forma. Como pôde? Aquela pequena garotinha indefesa!
E era mesmo?
Em seu íntimo, Harry sabia que não, mas um instinto dizia que ele devia acreditar naquilo acima de tudo, como verdade absoluta!
Quisera ele ter ouvido esse instinto...
Voltou para sua janela, os primeiros raios de sol começavam a aparecer, Harry via o amanhecer todos os dias, devido aos seus sonhos inquietos. Nessa manhã estava alaranjado e depois se tornou muito azul e sem nuvens.
Entrou no chuveiro frio e deixou a água correr pelo seu corpo, a testa descansada na parede muito fria do banheiro.
Saiu de seu quarto e desceu três lances de escada, bebeu um pouco de café preto sem açúcar e muito quente, foi então que ouviu um barulho há muito não escutado naquela casa...A campainha!
Com o susto se esqueceu dos modos e foi abrir a porta de toalha mesmo.
-Quem está ai?
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