Cap. único



Hermione estava perdida no meio de uma pilha de livros em uma grande mesa da biblioteca de Hogwarts. Ela já havia perdido a conta de quanto tempo estava ali. As aulas do dia foram adiadas, por causa de uma reunião com todos os professores, mas nada de importante, apenas uma dessas reuniões para discutir o rendimento dos alunos durante o ano, que estava acabando. E ela decidira usar desse dia de folga para o seu lazer predileto: os livros.
Estava tudo tão quieto como não ficara a muito. Com o termino da Segunda Guerra e a Vitória de Harry em cima de Voldemort as coisas, finalmente, voltaram à paz no mundo bruxo.
Só que Hermione estava cada dia mais confusa, já que depois de vencer Voldemort Harry se tornara uma pessoa um tanto... Anti-social, e essa era a ultima atitude que ela esperava vir do amigo. Hermione sempre pensou que quando tudo isso acabasse, Harry se tornaria uma pessoa mais feliz sem ter que carregar todo o peso do mundo sozinho nas costas, porém as coisas pareciam piorar cada dia mais para o garoto. Ele, na maioria das vezes, estava com um olhar triste, raramente comia como deveria ser o normal para um adolescente, mesmo quando Hermione e Rony viviam dando broncas para que ele se alimentasse direito.
Mas quem sabe o que poderia estar se passando na cabeça dele agora? Harry poderia estar com algum tipo de trauma, depois de ver tantas vidas serem perdidas na sua frente e, depois ainda teve que matar alguém, que mesmo sendo a pessoa mais perversa e maléfica do mundo ele teve que matar, tornando-se assim: um assassino.
E era por estar tão preocupada com seu amigo que ela estava naquela biblioteca naquele belo dia de verão que se fazia. Hermione adorava muito mesmo os livros, mas com um dia tão lindo que se fazia qualquer pessoa era incapaz de ficar enfornada em uma sala quente, que era a sala da biblioteca nesses dias. Mas toda vez que ela pensava em largar tudo aquilo e curtir o dia no lago, lembrava do estado em que Harry se encontrava e dizia a si mesma que tinha a obrigação de pesquisar se isso era normal depois de tudo que aconteceu com ele.
- Hermione? – A garota ouviu uma voz familiar chamando atrás dos livros.
- Harry? – Ela disse dando de cara com o amigo, com o costumeiro olhar triste no rosto. – Que faz aqui?
- É que eu queria tirar uma duvida. Eu estava lendo um livro de poções que o professor Snape mandou e lá tinha umas poções venenosas, queria saber qual é a mais poderosa de todas? – Harry se sentou a sua frente, abrindo espaço para ver o rosto de Hermione quando puxou alguns livros mais para o lado da mesa.
- Ah, é o livro que ele pediu para lermos ontem? – Hermione o viu assentir – Eu já o li e fiz minha conclusão dizendo que a poção mais poderosa é a Murtis – Ela deu uma pausa pensando – Agora me lembro Harry, é a Murtis mesmo. Mas o porquê dessa pergunta?
Harry tinha uma expressão admirada na face, pensava como Hermione já conseguira terminar um livro tão grande de um dia para o outro? Só ela mesma faria algo assim.
- Eu... Eu só queria saber para colocar na conclusão final depois. – Harry desviou o olhar para o livro que ela lia, e voltou a olhar nos olhos de Hermione.
Hermione sentiu-se estranha quando o olhar de Harry voltou a cruzar com o seu, mas não soube identificar o que seria aquilo agora.
- Eu já vou indo, quero terminar rápido esse livro. Obrigada! – Harry se levantou com um aceno, mas parou no meio do caminho.
Hermione ainda o olhava parado de costas para ela, então levantou-se ate o amigo.
- Harry esta tudo bem? – ela pos a mão sobre o ombro dele, que se virou.
- Esta sim – Ele forçou um sorriso e assustou Hermione quando a puxou para um abraço carinhoso. – Hermione eu sei que nunca te disse isso, mas você é e sempre foi muito importante e vital na minha vida desde o momento em que nos conhecemos, e saiba que eu te adoro muito mesmo!
Ela sentiu Harry lhe abraçar forte, mas de um jeito que não a machucava. E estranhou a atitude de Harry, mas aceitou com prazer esse abraço.
- Harry eu nem sei o que dizer... – Hermione disse sem graça quando Harry a largou e agora a encarava. – Mas eu também te adoro muito, nunca encontraria um amigo como você, com o seu jeito carinhoso o protetor que encanta qualquer um que esta ao seu lado.
- Obrigada Mione! – ele corou levemente com um sorriso, agora se percebia que não era nada forçado, como o ultimo. – Eu já vou, obrigada não só pela resposta, mas por tudo. Boa noite!
- Boa noite!
Hermione deu um leve beijo na face de Harry, e quando o viu se virar voltando, provavelmente ao seu livro, ela voltou a se sentar. Só que agora não se concentrava de jeito nenhum no que lia, estava impossível depois de tantos pensamentos estranhos que passava pela sua cabeça por conta da conversa com Harry. Ele agiu tão estranhamente, ate mesmo para o estado em que ele estava nos últimos meses. Ficou carinhoso e ate mesmo a abraçou de uma hora para a outra, e ainda mais veio com aquela pergunta sobre o livro de poções que se tornou a mais estranha de todas, já que não podia se dizer que Harry era uma pessoa que tirava seu dia de folga para ler, alias ele não tirava nenhum dia para ler, era uma coisa quase impossível de se ver, só aconteceria quando era forçado a isso, não que ele não gostasse, mas sim pois tinha muita preguiça para isso.
- “Mas ainda assim é muito estranho, Harry estava tão mal nos últimos meses, e agora vinha com essa historia de dar valor para nossa amizade, que parecia mais uma despedida...” – Hermione pensou não querendo terminar suas conclusões – “Não pode ser, a poção venenosa, a despedida”... “Harry deve ter chegado ao ponto de pensar em fazer alguma besteira.”
A garota se levantou rapidamente e foi correndo o mais rápido que podia ao jardim, onde encontrou com Rony, Simas e Dino conversando reservadamente no canto do jardim. Hermione imaginou que estariam falando das garotas de biquíni que saiam do lado molhadas e passavam ao lado deles a todo momento, já que os três tinham sorrisos e olhares maliciosos na face.
Ela se aproximou mais deles, e viu que os três riam gostosamente depois de um comentário malicioso de Rony quando olhou Parvati na margem do lago, mas logo que perceberam a presença de Hermione eles ficaram estranhamente sérios e sem graça.
- H-hermione? – Rony disse com cara assustada.
- Oi garotos! – ela disse ofegante de tanto correr.
- Há quanto tempo esta aqui? – Simas perguntou
- Não se preocupe, não tem muito tempo – respondeu não querendo entrar no assunto do que ouviu ou deixou de ouvir – Vocês viram Harry por aqui?
- Vi sim, ele subiu para o quarto não tem muito tempo, estava estranho ao ponto de me abraçar e começar a falar da nossa amizade – Rony mudou a expressão de susto com a de preocupação no rosto. – Ele nunca foi dessas coisas.
- Ai não... – Hermione pensou alto e olhou a cara curiosa dos garotos ao seu lado – Eu já volto Rony, não se preocupe!
E dizendo isso saiu correndo mais uma vez, agora em direção à Torre da Grifinoria.
- “Não posso acreditar que Harry chegou a esse ponto, ele não pode ter chegado a isso!” – Hermione falava para si mesma enquanto corria o mais rápido possível, se desviando de alguns alunos que andavam pelo corredor. – “Só espero chegar a tempo ou estar errada”
Em pouco tempo Hermione já estava passando pelo retrato da mulher gorda, chegando a sala onde tinha muitos alunos conversando alegremente, e infelizmente nenhum deles era o que ele procurava, Harry não se encontrava em nenhum lugar, e só lhe restava procurar no dormitório.
Hermione voltou a correr, ainda ofegante, ate o quarto dos garotos, onde chegou abrindo a porta violentamente.
- HARRY?
Ela viu a cena de Harry sentado na sua cama, olhando-a assustado com o grito e com o barulho da porta batendo violentamente na parede. Ele estava com um frasco que continha um liquido colorido e fumegante.
- Harry o que estava pensando em fazer? – Hermione respirava rápido, e aproveitou para se sentar ao lado de Harry para acalmar um pouco.
Harry não respondeu, apenas abaixou os olhos, não agüentando olhar mais um segundo para Hermione.
Ela pegou o frasco que tinha em sua mão, e viu que ao seu lado tinha um livro, com a pagina aberta na poção venenosa que ele lhe perguntara a pouco na biblioteca.
- Reconheço essa cor colorida e fumegante dessa poção, Harry, então nem pense em mentir para mim, sabe que será pior – Hermione colocando o livro, fechado, em cima da mesa de cabeceira ao lado do frasco com a poção.
- Eu... – ele tentava procurar as palavras – Eu não sei o que deu em mim para pensar em suicídio Mione, estou tão confuso e infeliz que essa idéia me veio à cabeça e me pareceu uma boa opção não só para mim, mas para você, para o Rony, enfim para todos que me cercam e tem que ficar me aturando de mal-humor...
- Harry preste atenção – Hermione tentava encontrar seu olhar, ainda perdido – Você nunca melhoraria minha vida se terminasse o que estava querendo fazer, esta me ouvindo? Eu nunca que agüentaria, depois de tantas perdas, perder você também, Harry! Olha só, sei que sua vida esta um tanto complicada, mas nunca pensei que chegaria a esse ponto, logo você que já agüentou tantas coisas, não posso dizer que piores ou mais importantes, mas que igualam esse sofrimento que esta guardando para si, não querendo se abrir com ninguém, e errando nisso mais uma vez, já que eu sempre estarei aqui para te ajudar a carregar um pouco desses problemas, que me parecem tão pesados, nas costas e ao seu lado lutar para tirar eles de nossas vidas de uma vez. Seja lá o que esteja querendo para o seu futuro, quero que pensei muito bem antes de qualquer coisa, pense em quanta dor deixara para trás, em quantas pessoas irão sofrer com isso, pessoas que te amam e que você ama estarão lá sofrendo por um ato sem pensar que você cometeu. Sei que a sua vida toda você agiu por impulso, mas nessa decisão seria tolice continuar, e tolo é uma coisa que, tenho certeza, você não é.
Hermione fez um silencio quando uma lagrima solitária rolou pela sua face ele voltou a olhá-la, ela sorriu na tentativa de reconfortar um pouco de sua dor. Harry deixou uma lagrima cair junto com Hermione, e mais rápido do que da ultima vez, foi ate a garota abraçando-a mais uma vez.
- Olha eu aqui devendo mais uma vez minha vida a você, já deve estar cansada de salvar minha vida nos momentos em que eu mais precisei, não é? – Harry sussurrou em seu ouvido.
- Nunca! – Hermione disse firmemente – Há certas coisas na vida que não me cansam, e uma delas é salvar sua vida, sabe que isso esta virando um hobby para mim Harry?
- Muito engraçado Mione! – ele disse rindo e Hermione se afastou encarando-o - O que foi?
- Você?
- Eu o que?
- Esta rindo! – Hermione fez um sorriso formar em seus lábios. – Não sabe como senti falta de ver essa cena Harry!
Harry corou e sorriu sem graça.
- Devo tudo isso, mais uma vez, a você não é mesmo? – ele disse carinhosamente – Mione você virou minha heroína sabia!
- Deixe disso Harry, estamos quites! – ela riu – Você já fez isso por mim varias vezes, devo lhe chamar de herói também?
- Eu sei que já, só que essa é minha obrigação. Já salvar minha vida não é a sua, pois se você quisesse poderia sair dessas confusões todas que eu te coloco quando quisesse, eu entenderia! – Harry voltou a ficar serio.
- Você entenderia? Francamente Harry, acha mesmo que se eu não quisesse, eu estaria aqui agora? – Hermione indagou indignada. – Esses realmente não eram os planos da minha vida aqui em Hogwarts, viver no meio do uma Guerra, correr riscos de vida constantemente. Mas ouça bem, se eu estive ao seu lado por todos esses anos, saiba que não me senti na obrigação de nada, se me desse na telha eu sairia da sua vida e dessas confusões, como você citou, no mesmo instante. Mas esse não é e nunca foi o caso, sempre me senti honrada de ser sua melhor amiga e de estar lutando ao seu lado por uma causa que eu apoiava. Então deixe disso, porque afinal eu quem escolhi ser sua amiga e viver ao seu lado, eu sei as conseqüências de minhas escolhas e tenho certeza que essa foi a melhor de todas as que eu já fiz ate hoje!
- Me desculpe, eu não estava querendo desvalorizar nossa amizade! – ele disse baixo – Mas ainda assim eu acho que nem se eu te dissesse “obrigado” ate acabar minha forças para continuar não seria capaz de agradecer por tudo que me fez!
- Oras Harry deixe disso, não fiz tanto assim também, você fez muito mais por mim! – Hermione sentiu-se corar.
- Tem certeza? Vamos enumerar tudo aqui e agora então, temos o dia todo mesmo! – Harry começou a contar nos dedos – Primeiro ano em Hogwarts, uma garota ainda criança vira minha melhor amiga sem querer, pois estava sendo atacada por um trasgo, e por coincidência era minha culpa...
- E do Rony! – Hermione interrompeu.
Harry assentiu e continuou.
-... Por minha culpa, depois desse dias nos tornamos grandes amigos. Ainda nesse ano ela salvou minha vida enumeras vezes como exemplo com umas plantas malucas que queria me sufocar e com um enigma que eu não consegui desvendar sozinho ate hoje!
- Esta brincando? – ela voltou a falar – Aquele enigma era tão fácil que eu o desvendaria com meus sete anos de idade se estivesse mais calma do que estava na época!
Harry a olhou como se pedisse para não ser interrompido.
- Continuando: Aquela garotinha de onze anos, cabelos lanzudos, olhos castanhos sonhadores, com uma inteligência e dedicação fora do normal, e um tom de voz incrivelmente mandão, cresceu. Porem não mudou tanto, continuaram com os olhos castanhos sonhadores, seus cabelos já não eram tão lanzudos e o tom de voz mandão creio que nunca ira mudar! E eu quase ia me esquecendo ficou linda, cada dia mais inteligente e... e creio que eu não possa encontrar palavras para tudo o que ela me fez, quantos perigos correu ao meu lado, como no segundo ano se transformando em um gato gigante após tomar a poção errada e logo depois transformada em pedra. Sabe tem uma pergunta que eu me faço ate hoje?
Hermione ficou quieta esperando que ele prosseguisse.
- Me pergunto o que teria sido de mim se você tivesse dado de cara com o Basilisco naquele ano, se não estivesse com aquele espelho nas mãos quando ele apareceu para você. E esse, você sabe mais do que eu, não foi o maior dos perigos que você correu, tem sete anos inteirinhos para contar, e se fosse ver tudo o que aconteceu acho que escreveriam um livro sobre a minha historia, não acha? – ele perguntou não a deixando falar – E ainda hoje, depois de tanto tempo convivendo juntos, consigo me impressionar com o que você consegue fazer!
- E o que eu fiz dessa vez que te impressionou tanto?
- Você fez eu me apaixonar por você, ou melhor, perceber que eu estava apaixonado por você só com essa conversa! – Harry sorriu. – Acredita que eu me apaixonei pela minha melhor amiga? Isso é errado não? Provavelmente estou quebrando alguma regra de algum livro.
- Regra? Deve estar quebrando alguma regra sim, só que quebrar regras é seu forte Harry, e deve dizer que você me fez, mais uma vez, quebrar outra regra!
- Como disse? O que quer dizer com isso?
- Já tem um tempo, creio que isso cresceu ainda mais com essa conversa, e digo com toda certeza que eu jamais tive antes: que estou perdidamente apaixonada pelo meu melhor amigo, e não tenho certeza se é certo continuar com essa paixão, o que acha?
- Se for realmente apaixonada por ele, se ama-lo de verdade, acho que deve jogar todas as regras no lixo, afinal como eu sempre digo, regras existem para serem quebradas! – Harry sorriu se aproximando de seus lábios.
- Eu sempre pensei que ela existia para serem cumpridas... – Hermione não o deixou chegar ao seus lábios assim provocando-o – Ainda não sei se devo lhe ouvir!
- Então talvez não ame seu amigo de verdade, apenas como amigo mesmo e só! – Harry se afastou com um olhar decepcionado.
- Não, eu tenho certeza que o amo, agora eu tenho, estava confusa havia muito tempo, mas agora as coisas me pareceram claras, eu o amo com toda minha alma, como nunca amei ninguém antes! – Hermione mordeu o lábio inferior.
- Me ama mesmo?
- Mais que a mim mesma!
- Engraçado, eu te amo mais do que a mim mesmo! – ele voltou a se aproximar, tocando por fim em seus lábios.
- Como sempre estamos quites! – Hermione sorriu. – E sobre sua idéia genial de se matar?
- Desisto por completo! Mas bem, você foi um forte motivo para eu pensar nisso sabe, então você, Hermione, tem culpa nisso também!
- Você pensa em fazer essa besteira e ainda diz que é minha culpa? Por acaso eu lhe dei alguma dica que podia se matar ou algo assim sem querer? – indagou Hermione.
- Pra ser sincero não, você não fez nada por querer! Mas minha vida estava realmente péssima depois daquela Guerra, eu pensava que ela iria melhorar, mas infelizmente aconteceu o contrario, fui ficando cada dia mais desanimado e eu não sabia o que realmente me deixava querer continuar vivendo, ate o dia em que eu te vi na biblioteca com um dos monitores da Lufa-Lufa, estava conversando intimamente e depois vocês... – ele deu uma pausa não achando que ela deveria saber o que ele vira.
- Nos beijamos! – Hermione completou como se não fosse nada.
- Bom, foi – Harry assentiu – Tudo começou naquele dia, sabe eu já gostava de você não só como amigo, mas como um homem se apaixona por uma mulher, só que não sabia disso ainda. Comecei a pensar em besteiras, e sem querer fui me afastando de tudo e de todos, e nem percebi isso, quando vi já estava feito.
- Então pensou em suicídio só porque me viu beijando um outro garoto? – ela não acreditava que estava tudo acontecendo por esse mal entendido.
- Na verdade tudo já estava muito ruim para mim, a morte de Dumbledore e membros da ordem haviam me deixado muito sensível, quando vi a garota que sempre esteve ao meu lado beijando outro meu mundo caiu, mas ainda não estava pensando em acabar com minha vida.
- Quando aconteceu então?
- Lembra-se quando saiu para uma ronda, deve ter uma semana? – ele perguntou.
- Nem precisa continuar, na sexta-feira, falando mais precisamente no corredor da sala de poções eu estava com o Will e voltou a acontecer, mas como você viu? – Hermione começava a juntar todas as peças em sua cabeça (Will é o monitor da Lufa-Lufa)
- Eu queria te pedir os pergaminhos da aula de Feitiços porque eu não tinha terminado de copiar a lição, então peguei meu mapa e fui ate onde você estava – Harry disse sincero – Juro que não estava te seguindo!
- Agora entendo tudo. Mas tudo o que você viu, não significou nada para mim. Will já havia se declarado para mim alguns dias antes do beijo acontecer, resolvi dar uma chance para ele, mas não deu, eu não gostava dele como ele gostava de mim para assumir uma relação, então conversamos e ele aceitou isso muito bem! – Hermione sorriu.
- Então eu sofri sem motivos?
- Sem nenhum motivo Harry, pois eu te já te amava e sabia disso, queria te esquecer mas não deu, Will me fez perceber que eu nunca sentiria o que sinto por você por mais ninguém. Eu só não falei tudo o que sinto por você antes porque estava tão infeliz com seus problemas, não me pareceu uma boa hora para esse assunto!
- Como dificultamos as coisas!
- Quase nem acredito!
- Sobre quebrar a regra de se apaixonar pelo seu melhor amigo, quebraria a de namorar com ele? – Harry pegou em sua mão, acariciando-a.
- Sabia que eu, finalmente, estou começando a gostar dessa idéia de quebrar regras. Você é um mal exemplo para mim Harry! – Hermione sorriu, ela sentia-se mais feliz do que jamais lembrava estar. – Estou disposta a quebrar essa Harry, e com muito prazer!
Harry sorriu colocando uma mecha, que teimava em cair no rosto dela, atrás de sua orelha. Ainda com a mesma mão, desceu-a passando pelos seus lábios carinhosamente, e com o toque Hermione já sentia a respiração de Harry se aproximar cada vez mais da sua, assim fazendo com que seus lábios se tocassem com delicadeza abrindo espaço para o tão sonhado beijo, para ambos.
Harry perguntou quando se afastou da garota, que ainda tinha os olhos fechados. – Vamos abra os olhos Mione!
- Não posso!
- E porque não? – ele perguntou confuso.
- Estou com medo de abri-los e descobrir que tudo isso não passou de um sonho, um sonho bom que nunca será real. Medo de abri-los e me ver deitada na cama do meu dormitório, e procurar seu rosto em volta, e perceber que eu só estava dormindo, e sonhando mais uma vez com tudo o que aconteceu!
- Costuma sonhar comigo?
- Todas as noites! – Hermione disse rápido e sentiu a pele quente corar.
- Então abra os olhos, eu asseguro que isso tudo é real. Mas se não for, farei o possível para que esse sonho seja eterno, porque se depender de mim será! – ele tocou levemente em seus lábios.
Hermione abriu os olhos devagar, e sorriu quando viu dois olhos verdes a sua frente, acompanhados de um lindo sorriso que Harry tinha estampado na face.
- Eu não disse? Esta acordada!
- Não Harry é um sonho, e eu não quero nunca mais acordar!

Dizendo isso eles se beijaram, e assim se uniram finalmente para nada e nem ninguém nunca mais os separar.

*Fim*

Thami Granger

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