Em Hogwarts
Marshmellow
Mais um ano começava em Hogwarts e a cerimônia de seleção parecia estar ocorrendo como todas as outras. Bem, como todas as outras ocorrem se você não é um aluno do primeiro ano com certo trauma para anos depois. É claro que os fanfarrões do quarto ano levantando canecas de cerveja amanteigada não notam se é pequena Uddly, a mais nova sonserina olha fixamente para uma outra caloura de sua mesma casa. Acontece que essa caloura nota.
- Tá olhando o quê, minha filha? – Fala a caloura tremendo um pouco, meio nervosa.
-... (sem resposta)
Silêncio
- Você está bem? – Diz ela arregalando os olhos e levantando uma sobrancelha.
De repente ela arregala mais os olhos e levanta as duas sobrancelhas e com a falta de reação da garota faz uma cara totalmente desesperada.
- AHHHHHHHHHHH!!! Ela tá morta!!!
Gritava a caloura Aliah Mellow a tempo que já segurava a outra nos braços com uma cara totalmente desesperada e ainda assim sem ser ouvida por ninguém.
De repente, Uddly se levanta...
- Dãã... Estou beeem...
- Sua cara não está muito saudável, e...
Quando Aliah percebe, Uddly já estava longe e andando cambaleante.
Uddly já estava perto mesa da sonserina quando se depara com um furo no carpete e tem o sapato enganchado e sai voando com o sapato deixado para trás numa tentativa de arrancada. Aterrisa de cara na quina de uma mesa para depois cair no chão com o nariz sangrando.
E novamente ninguém percebe Uddly, a não ser a pobre Aliah que olha para os dois lados mais desesperada que nunca e só consegue pensar na enfermaria. Então, vai até Uddly e ao perceber que ela estava desacordada e que não conseguiria extrair informações verbais. Hum, o caso estava ficando complicado. Aliah olha para os dois lados envergonhada, (“não posso ser confundida com uma ladra sangue ruim qualquer”) e começa a remexer nos bolsos de Uddly a procura de algum documento de identificação. Respira fundo ao encontrar um testamento e pensa...
- “Não, isso não quer dizer nada, respira fundo agora e olha o nome e tenta repetir”. Olhando para o testamento Aliah começa a gaguejar. – Uddly B-ba... Babe... Barbu... não, pera... B-babarurah... BABARABURAH! – Grita com todas as forças para logo após olhar para todos os lados com a cara mais vermelha que nunca. – Isso é mesmo nome de gente? Espera, isso é gente? – pergunta Aliah para si mesma enquanto examinava Uddly com certo receio.
- “Não! Isso não sou eu que tenho que fazer! Agora já para a enfermaria!” – Levanta e dá alguns passos decididos. – “Ops, onde é a enfermaria?”.
Meses depois... (não me perguntem quanto à enfermaria).
Aliah estava deitando enquanto devia estar na aula de Herbologia (mas quem se importa?). – “Ah, já se passaram três meses desde o início das aulas e ela acabou virando uma das minhas companheiras de quarto, mas... ainda não descobri se ela é humana ou não. Mas ainda assim ela é divertida simplesmente por ser a única que topa se meter com os fodões junto comigo e no fim com aquela cara de lunática a gente acaba não sofrendo nada, não que eles fiquem intimidados, claro, isso seria impossível... ou não.”
- Bem, temos trabalho para fazer. – Fala para Uddly que estava sentada no canto da sua cama olhando para o além. – Acho que acabei de ouvir Malfoy e seus patetas entrando na sala comunal.
- Mas... Você não disse outro dia que até que simpatizava com o Malfoy? – Pergunta Uddly ainda olhando para o além.
- Ah, é? Eu disse? Acho que eu disse... ah, vamos, vamos encher o saco deles.
Então as duas descem até o salão comunal para encontrar Malfoy e a sua “gangue”.
- É impressão minha ou andou oxigenando ainda mais as suas madeixas, Malfoy?
- Você não deveria estar em aula, Mellow? – Diz ele em tom de desprezo.
- E você também, não é, Malfoy?
- Como você sabe o professor Snape dispensa antes do horário os alunos mais inteligentes. – Diz ele gesticulando com as mãos de uma maneira convencida.
- Ou os mais burros dos quais ele tem piedade e percebe que o seu trabalho está totalmente obstruído e sem chances de sucesso.
Malfoy fica fechando e abrindo a boca tentando obter alguma resposta para a insinuação que lhe havia sido feita e por fim ao não encontrar nenhuma arrebita o nariz e vai embora com sua trupe lançando olhares de desprezo para baixo, direção onde se localizavam as garotas.
Aliah sussurra para Uddly, “missão cumprida”.
Continua...
N/A: Vocês mal perdem por esperar pelo próximo capítulo, pentelhagens e diabruras, nos éramos exatamente assim... Vocês acreditam? Nós acreditamos, e temos motivos para isso, nossas mães também, podem acreditar.
Ayami e Suzumi
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