Lembranças particulares

Hermione estava subindo as escadas para ir dormir. Estava cansada e sua cabeça estava a mil. As lembranças do dia lhe fizeram felizes por um instante, mas depois ela se lembrava de que ele não estava mais ali e que eram apenas lembranças.

- Boa noite Mione! – disse Cedrico ao seu lado lhe dando um beijo – e vê se tenta dormir mocinha!

Ela sorriu.

- Boa noite Ced – disse entrando em seu quarto.

Sentou-se na cama. Só Deus sabia o quanto ela desejava estar certa, certa em relação a “morte” de Harry. Trocou de roupa e se deitou, tentava dormir, mas lembranças e mais lembranças invadiam sua mente.

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Hermione estava sentada na mesa da Grifinória, era domingo, mas havia acordado cedo. Tomou café e foi para biblioteca ler um pouco. Estava distraída quando alguém colocou as mãos sobre seus olhos.

- Adivinha! – disse Harry

- Hum, não sei! – disse ela sorrindo – eu desconfio de alguém, mas me dá uma dica.

- É o menino mais lindo, gostoso e inteligente desta escola – disse ele.

Hermione fez cara de decepcionada.

- Ah, pensei que fosse o Harry! – ela parecia séria.

Harry tirou as mãos do rosto dela e se sentou ao seu lado.

- Poxa! Você sabe como desanimar alguém hein? – disse ele olhando pra outro lado. – eu tinha até um presente pra você, mas...

Ela sorriu e o beijou no rosto. Ele se virou sério.

- Você sabe que eu tava brincando! – disse ela lhe dando vários beijos.

- Já te disseram que você é uma ótima atriz? – ele sorriu e a beijou – e interesseira também!

- Eu não sou interesseira! – desse ela se fingindo de chateada – mas cadê meu presente?

Eles sorriram e Harry se levantou. Hermione fez o mesmo e Harry a levou para o campo de quadribol.

- Harry o que você pretende fazer? – perguntou ela preocupada.

Harry parou em frente ao vestiário e se virou pra ela.

- Me promete que vai usar meu presente? – disse ele a beijando.

- Depende do presente! – disse ela de olhos fechados.

Ela abriu os olhos, ele fez cara de triste.

- Ta bom eu prometo! – disse fazendo Harry rir.

Ele pediu que ela esperasse ali e entrou no vestiário. Voltou alguns minutos depois com grande embrulho nas mãos. Hermione já sabia o que era, e um frio tomou conta da sua barriga. Ela odiava voar e ele sabia disso.

- Eu não vou voar nisso Harry! – disse ela apontando para o pacote.

Harry a olhou, suspirou e disse.

- Em primeiro lugar, você prometeu – ela abaixou a cabeça – e em segundo lugar agente não vai voar agora. Só à noite!

Ele começou a rir da cara de protesto que Hermione fez. Mas ela não disse nada. Harry levou a vassoura de volta para o vestiário e os dois voltaram para o castelo. No caminho alguém os chamou, quando se viraram viram Rony, Gina, Mônica, Draco e Cedrico sentados debaixo de uma árvore. Eles caminharam até lá e se sentaram também.

- Que cara é essa Mione? – perguntou Draco, que estava deitado.

Harry e Hermione não vinham de mãos dadas, e Hermione mantinha uma cara fechada.
Mônica que estava lendo, abaixou o livro. Hermione não respondeu, porque Harry fez primeiro.

- É porque ela adora fazer charme pra mim! – disse ele rindo e sentado ao lado dela – ela sabe que fica linda de qualquer jeito, até com raivinha!

Hermione não pode segurar uma risadinha. Harry tentou abraça-la, mas ela o afastou.

- Já disse que estou com raiva de você, pronto e acabou! – disse ela se afastando.

Os outros olharam sem entender e Harry deu um charmoso sorriso.

- O que aconteceu? – perguntou Gina preocupada

- Harry aprontou uma comigo... – disse Hermione – me deu uma vassoura – todos a olharam sem entender – vocês sabem que eu odeio voar, e eu não vou voar!

- Ah vai sim! Você prometeu, agora vai ter que cumprir! – disse ele rindo junto com Rony, Cedrico e Draco.

- Harry! – disse Mônica chamando a atenção dele que deu de ombros, depois ela olhou para Cedrico – Ced para de rir! – Cedrico parou e ela se voltou novamente pra Harry – Você sabe que a Mione não gosta de voar, por que isso agora meu irmão?

Hermione sorriu vitoriosa e Harry fez uma careta pra ela.

- É por isso que eu amo minha cunhadinha! – disse Hermione sorrindo pra Mônica.

- Ah qual é Nina (apelido de Mônica que será explicado depois)? – falou Draco se sentando – Harry só quer que ela perca o medo.

- Bom, como virou uma guerra de sexos, eu fico do lado da Mione! – disse Gina olhando para Draco.

- Mione vai voar sim! E eu não perco isso por nada! – disse Rony.

Então começou uma confusão, todos falavam ao mesmo tempo. Menos Hermione que tentava fazer com que eles parassem.

- Ei pessoal! – disse ela, e nada – pessoal! – nada – EU VOU VOAR OK?

Todos pararam e se viraram pra ela. Mônica e Gina deram de ombros. E os meninos sorriram.

- Obrigada vocês duas! – disse Hermione – mas se é pra fazer toda essa confusão é melhor eu subi logo naquela vassoura!

- Eu sabia que você ia acabar concordando! – disse Harry a beijando, dessa vez sem protesto dela e todos riram.



Já era quase noite, e Hermione estava deitada em um sofá na sala comunal. Pensava se conseguiria mesmo voar ou se na hora iria desistir, tinha tanto medo de voar. Fechou os olhos, “Porque Harry tinha que inventar aquilo?”. Estava tão perdida em seus pensamentos que não viu que alguém se aproximava.

- Meu amor? – disse Harry se sentando no chão e recostando a cabeça no sofá, ficando da altura dela.

Hermione abriu os olhos e o encarou. Ficaram em silêncio por um tempo e Harry segurou sua mão. Sabia que ela tinha medo e não pretendia que ela ficasse daquele jeito, tão preocupada.

- Quando nós éramos mais novos e eu ou o Ron fazíamos algo de errado você sempre era dura com agente, brigava e ainda ficava com raiva. O Ron ficava nervoso e não gostava. Mas eu nunca ficava chateado, e o Ron perguntava “Hei cara, como você consegue ficar tão tranqüilo?” – disse Harry imitando a voz de Rony, Hermione sorriu – e eu nunca respondia, só dava de ombros. Mas você sabe porque eu não ficava chateado?

- Não! – disse ela com a voz fraca.

- Porque quando eu olhava nos seus olhos eu via que por mais que você tentasse ser dura com agente, o que você sentia de verdade era... – ele suspirou – medo, amor e... como seu olhar era doce. E quando eu olhava pra você eu me sentia culpado por te fazer sentir medo, mas me sentia feliz por ter seu amor, e me sentia calmo com tanta doçura. E eu sabia que eu podia confiar em você e que você estaria sempre ali, do meu lado!

Harry sorriu e ela também. Ele beijou sua mão e depois sua boca. Acariciou seu rosto e continuou a falar.

- E hoje eu quero que você confie em mim. Que você olhe nos meus olhos e veja o medo que eu tenho de te perder, o amor que eu sinto por você e como eu quero que você supere esse medo! – ele lhe deu um beijo rápido e a olhou nos olhos – eu to aqui com você Mione, e eu te amo!

- Também te amo Harry! E confio em você! – disse ela mais tranqüila.

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Sorriu enquanto olhava pro teto. Se lembrava bem daquele dia, como se estivesse acontecido a algumas horas. Tentou voar naquela noite, até aprendeu com o passar do tempo, mas nunca perdera o medo, não definitivamente. Só voava quando era estritamente necessário, e olhe lá.
Sorriu.

- Como não confiar em você Harry, se você também confiava me mim! – disse ela baixinho, tentando segurar novamente o choro.

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Estavam em uma aula de Defesas contra as Artes das trevas, eram duas aulas seguidas e as ultimas do dia. Cedrico deu a primeira aula normalmente, mas tiveram uma surpresa na segunda.

- Bom pessoal – disse ele se virando para a turma – como todos aqui sabem, a mais ou menos um mês eu venho ensinado a todas as turmas do sétimo ano um feitiço imperdoável, o Imperius!

A turma não ficou surpresa, era a mais pura verdade. Porem Cedrico parecia furioso quando se tratava daquele assunto, pois apenas, de todas as turmas, Hermione conseguira realizar o feitiço.

- Hoje convidei as turmas da Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa, para assistirem a uma aula nossa. Hermione peça o pessoal para entrar por favor! – terminou se virando para o quadro

Hermione se levantou e abriu a porta da sala. Harry pode ouvir os assovios vindos lá de fora. Hermione era uma das garotas mais populares de Hogwarts e considerada a mais bela, ela não gostava, mas era a mais pura verdade. E a muito tempo Harry ficava furioso a cada assovio ou exclamação do tipo “a senhorita está linda hoje”. Eles se quer o respeitava, Hermione vinha o segurando para que Harry não avançasse em um deles, mas Harry já estava por um fio.

- Pronto Professor – disse Hermione se sentando enquanto os alunos entravam.

Ela olhou para Harry e segurou sua mão, ele estava de cara fechada mas não pode deixar de sorrir para ela.

- Por favor pessoal se sentem! – disse Cedrico – Hoje chamei vocês aqui por um motivo que vem me deixando chateado durante essa ultima semana. A pergunta é, qual o problema de vocês? Por que não conseguem realizar o feitiço? – ninguém respondeu – é claro que existe UMA rara exeção aqui nessa sala hoje.

As turmas de outras casas ficaram sem entender. Cedrico olhou para toda a sala e por fim se voltou para Hermione. Ela balançou a cabeça negativamente, mas ele sorriu.

- Senhorita Granger, venha até aqui por favor! – Hermione fechou os olhos e se levantou.

- Como ela é linda não? – harry ouviu alguém comentar, mas fingiu não ter ouvido.

Hermione parou em frente a Cedrico e sussurrou um “eu te mato!”. Ele apenas sorriu e ela ficou de frente pra turma muito vermelha.

- Bom, acho que não é novidade pra ninguém aqui que Hermione é um ótima aluna...

- Põe ótima nisso! – disse um aluno da lufa-lufa alto.

A maioria dos homens riu e alguns concordaram. Mas Cedrico não gostou.

- Menos 10 pontos para a lufa-lufa! – a sala parou de rir

- Mas professor... – tentou contestar o aluno.

- N’ao admito falta de respeito em minha sala Sr. Fern!- disse Cedrico serio. – Hoje eu quero que a Srta. Granger demonstre aos senhores que não `e impossível realizar o feitiço!
Só que pra isso eu vou precisar de um ajudante.

- Eu! – disse John Truman antes de qualquer um.

- Tudo bem Truman, venha! – disse Cedrico meio contrariado. – Eu gostaria da atenção de todos!

Truman que já estava ao lado de Hermione falou em seu ouvido.

- Pega leve comigo srta. Granger! Eu sou só um menino indefeso – ela sorriu abertamente, o que deixou Harry irritado.

- Ah ta bom viu John, eu acredito! – disse ela ainda sorrindo, agora acompanhada por ele.

- `E serio Hermione – disse ele sem conseguir parar de rir – eu to quase me borrando todo!

Hermione parecia que não ia parar de rir. Harry estava nervoso com aquela aproximação dos dois, e ela parecia esta gostando.

- Srta. Granger, Sr. Truman suas posições...


A aula tinha corrido bem, Hermione conseguira realizar o feitiço perfeitamente, o que foi uma ótima desculpa para a ala masculina de Hogwarts falar com ela, e alguns ate a abraçarem. Hermione saiu da sala rindo muito com John, e depois se juntou a Harry e os amigos.

- Muito bem srta. Granger! – disse Rony rindo, fazendo Hermione corar.

- Você pensa que eu gostei é seu engraçadinho? – disse Hermione dando um tapa no ombro dele.

- Parecia que estava gostando sim! – disse Harry – não parava de rir.

Todos o olharam meio surpresos. E Mônica já sabia o que estava por vim.

- Ta legal maninho, para com esse ciúmes bobo! – disse ela pondo a mão nas costas de Hermione.

Hermione permaneceu parada, como se não acreditasse no que acabara de ouvir. Harry virou as costas e saiu.

- O que eu perdi dessa vez? – perguntou Gina recebendo um olhar fuzilante de Mônica.

- Vai lá conversar com ele Mione! – disse Draco.

Hermione foi até a sala comunal e depois subiu ao dormitório masculino. Harry estava sentado em sua cama de frente pra porta.

- O que você ta fazendo aqui? – perguntou ele.

- Acho que quem tem que fazer perguntas sou eu! Não entendi sua reação Harry, o que aconteceu? – disse ela se sentando ao seu lado.

- O que aconteceu? – perguntou ele incrédulo – você ficou a aula inteira fazendo charme pra quele... – ele respirou fundo – soltando risadinhas, fazendo piadinhas, e outras coisas que eu nem sei!

- Você esta ficando louco Harry! – disse Hermione surpresa – Eu e John somos amigos, e agente tava só conversando, eu não vejo nada de mais nisso!

- Eu to de saco cheio desse idiotas que ficam te cantando o tempo inteiro pela escola! To de saco cheio de você mandar eu não me irritar, como se gostasse da coisa toda! – disse ele quase gritando – e to de saco cheio de ser feito de otário!

Hermione se levantou bruscamente.

-Eu não vou admitir isso Harry! – disse ela alterando a voz também – eu achei que você confiasse em mim! Eu não sou uma qualquer, que fica por aí jogando charme pra outros garotos enquanto eu to namorando alguém! Você esta sendo infantil Potter!

Ela saiu do quarto deixando ele sozinho.

- É vai mesmo! – sussurrou ele se deitando.

E se ela estivesse certa, talvez ele estivesse sendo mesmo infantil. Suspirou. Alguém bateu na porta e ele mandou entrar. Mônica se sentou na beirada da cama.

- Se veio me encher o saco pode ir embora! – disse ele nervoso.

- “Você está sendo infantil Potter!” - disse Mônica rindo – foi isso que ela disse não foi?

Harry se levantou e encarou a irmã.

- Como você sabe?

- Eu conheço Hermione como a palma da minha mão maninho, ela é minha melhor amiga esqueceu? – disse ela. E ele riu.

- Vocês se parecem, por isso se dão tão bem!

- Ela é especial Harry, e você sabe disso! – disse ela.

- Não precisa enumerar as qualidades dela agora minha irmã, eu conheço bem elas! – disse ele irritado.

- Será que sabe mesmo? – Harry a encarou sem entender – Vamos lá então! Ela é linda, inteligente... – Harry balançou a cabeça positivamente – é dedicada, meiga, amiga!

- Eu sei disso tudo maninha! – disse ele se deitando.

- É, mas se esqueceu da principal! – ele se levantou novamente – Ela te ama seu cabeça dura! Te ama além da minha compreensão e a de qualquer um! E nunca, nunca vai ter olhos pra outro garoto que não seja você senhor Potter!

Harry parecia ter levado um banho de água fria. Sua irmã tinha toda razão, ela o amava e ele a amava, porque ele tinha que ser tão idiota? Se levantou o mais rápido que pode.

- Eu te mão maninha! – disse ele lhe beijando a face – pra onde ela foi?

- Ela não disse, mas acho que você sabe. – disse ela piscando pra ele.

Harry saiu em disparada, sabia onde devia ir. Esbarrou em algumas pessoas mas não teve tempo de se desculpar. Quando chegou aos jardins a avistou de longe, em frente ao lago.
Respirou fundo e começou a andar.
Hermione ouviu passos se aproximando, limpou o rosto de lagrimas, mas não se levantou.

- Oi – disse ele se sentando.

- Se soubesse que era você tinha me levantado e ido embora antes que você pudesse se contaminar com meu charme. – ela tinha a voz rouca, e ele percebeu. Sentiu-se a pior das criaturas.

- Mione... – ele tinha medo de dizer alguma outra besteira – me desculpa meu amor! Eu sou mesmo um idiota e fui infantil! Mas...

- Mas o que Harry? – ela se virou sem se importar com as lagrimas – a verdade é que você não confia em mim, e nem no meu amor por você!

Harry abaixou a cabeça, mas ela continuou a encará-lo. Ele votou o rosto novamente pra ela, e segurou sua mão. Ela tentou se soltar mas ele a segurou e a abraçou. Ela não tentou se livrar dessa vez. Se abraçaram desesperadamente e ela continuou a chorar.

- Eu te amo minha princesa! E confio em você como nunca confiei em ninguém, e no seu amor mais ainda! Me perdoa, eu... fiquei com ciúmes e perdi a cabeça! – ele a afastou para encara-la e limpou as lágrimas dela – Eu odeio quando te faço chorar sabia? Tenho vontade de me matar!

Ela sorriu e o abraçou novamente.

- Eu só não gosto de brigar com você meu amor! – disse ela – Eu te amo, e não me importo com o que os garotos dessa escola acham de mim. Se eu não te amasse já estaria com algum deles a muito tempo!

Eles se encararam novamente e ele sorriu. Se beijaram intensamente e apaixonadamente.

- Você é incrível sabia? – disse ele acariciando-lhe o rosto.

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[i]Hermione fechou os olhos e acabou adormecendo. Amanha seria um dia longo.[i]




Me desculpem a demora. As provas tiraram todo o meu tempo, prometo ser mais rapida no proximo capitulo.
Obrigada a todos que comentara, especialmente a Saulo Zeni que vem dando um carinho todo especial a essa fic!
valew!!

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