As lembranças de Rony e Mônica



- Ele fez um pedido pra cada um de nós, e nós temos que montar nosso próprio quebra-cabeça, assim como Olívio está montando o dele! Harry não tinha certeza que ia morrer, mas sabia que ia acontecer algo, algo que nem o próprio Dumblendore sabia.


Ninguém havia entendido nada, Cedrico respirou fundo pra recomeçar a falar, mas foi poupado por Mônica.


- Então nosso quebra-cabeça é aquela conversa particular que cada um de nós teve com ele antes de morrer? – Cedrico concordou com a cabeça – mas e o do Olívio?


- As memória de Hermione! – respondeu Draco – Rony e Mônica disseram que você estava contando suas lembranças a ele!


Hermione pareceu compreender tudo. Gina também.


- É claro! – disse Hermione – Olívio está tentando achar a parte que falta nesse quebra-cabeça todo. Mas não falta só uma peça. Faltam sete peças!


- Exatamente Mione! – disse Cedrico – e eu acho que nós podemos começar agora!


- Mas Olívio também precisa saber o que aconteceu naquele dia! – Hermione lembrou. Cedrico parou um pouco pra pensar.


- Faz assim, convida ele pra jantar aqui amanhã, você conta todo o resto pra ele. E depois do jantar, cada um de nós conta a ele o que Harry nos falou aquele dia. – sugeriu Cedrico – Mas eu to curioso demais, então eu acho que nós devíamos começar hoje, agora pra ser mais preciso!


Cedrico parecia animado, Hermione não sabia ao certo se ele também pensava que Harry poderia estar vivo ou se era só aquela mania dele de historiador. Ela não podia ficar com aquela duvida.


- Antes Ced, me responde uma coisa! – Cedrico fez sinal pra ela continuar – Você acredita ou não que o Harry pode estar vivo?


Cedrico sorriu. Ele sabia que ela ia lhe perguntar isso, só estava esperando.


- Pra ser sincero, ainda não sei. Mas gostaria de ter certeza Mione, por isso quero que comecemos isso agora! – disse ele.


- Eu também gostaria. – disse Rony que parecia estar mais calmo, Hermione sorriu – é mais não vai se animando não, é só curiosidade.


Rony não queria dar o braço a torcer. Hermione se levantou e foi até ele.


- Eu sabia que você não ia me decepcionar Ron – disse ela o abraçando e lhe dando um beijo no rosto.


- Ta bom, ta bom! – disse ele tentando esconder um sorriso.


Cedrico, Mônica, Rony, Draco e Gina ficaram felizes, há muito tempo não viam Hermione tão animada e sorridente. Fazia um ano que todas as noites eles a ouviam chorar e chamar por ele. Ela não quis um emprego, qualquer que fosse, haviam lhe oferecido um ótimo estágio no Ministério e ela não aceitou. Passava o dia inteiro no quarto que seria dele,onde eles guardaram tudo que pertencia a Harry. Era de cortar o coração vê-la naquele estado. Mas na ultima semana Hermione parecia muito mais animada, na semana em que Gina lhe enviou o anel.


Eles foram todos para a sala e se sentaram.


- Então vamos começar pelo Ron! – disse Gina – Vocês sabem, seguir a ordem daquela noite. Ele chamou primeiro o Ron e depois a Mônica não foi isso?


- Foi! – respondeu Mônica.


- Então eu que começo? – perguntou Rony e Cedrico assentiu com a cabeça – Bem o inicio vocês já sabem...


Mas antes que Rony pudesse continuar, a campainha tocou. Todos olharam assustados para a porta.


- Quem será uma hora dessas? – perguntou Hermione. – eu vou ver quem é!


- Não Mione, deixa que eu vou! – disse Cedrico, e antes que ela pudesse reclamar ele concluiu – a srt. fica aí quietinha!


Cedrico caminhou até a porta, tirou a varinha do bolso, e a abriu. Ele soltou o ar dos pulmões aliviado. Era Olívio!


- Oi Ced! – disse Olívio com um largo sorriso – Tava esperando que fosse quem? Um comensal da morte? Huhuhu!!!


Olívio sorriu de Cedrico e foi entrando.


- Muito engraçadinho Sr. Wood!! – disse Cedrico fechando a porta.


Olívio cumprimentou Gina e Draco, já que ele já tinha visto o resto do pessoal mais cedo. Ele parecia animado, foi em direção a Hermione.


- Encontrei uma coisa da qual você vai gostar! – disse ele ainda sorrindo – Você já contou a eles? Ou prefere falar em particular?


- Não tudo bem! Eles já sabem! – Olívio assentiu com a cabeça – Mas então o que foi que você encontrou?


Olívio sentou-se no sofá juntamente com Hermione. Ele olhou para todos.


- Hoje quando eu saí daqui eu fui direto para o Ministério, fui no Departamento de investigação e procurei nos casos arquivados o nome Harry James Potter! – ele falava muito rápido, e todos pareciam prestar atenção em cada palavra que ele dizia – foi quando eu achei isso! Ele puxou um papel de dentro do casaco.


- E? – disse Rony – Lê logo isso Olívio! Quer me matar de curiosidade é?


- Ta eu vou ler, mas antes vocês precisam saber que isso foi achado no local onde aconteceu o duelo, e que pertencia ao Harry, na verdade o Harry pegou do Lucius Malfoy naquele dia em que ouve a batalha no ministério!


Ele olhou pra todos na sala e depois voltou os olhos para o papel. A sala estava no mais completo silencio, só esperando Olívio começar.


Lucius


O Lorde ordenou que você andasse rápido com a solução do feitiço. Se não houver jeito de anular o contra-feitiço não há problema, pois mesmo que o Potter o descubra não poderá obter ajuda de Dumblendore, pois se ele contar a alguém ele anulara instantaneamente o contra-feitiço. Assim se o Potter destruir nosso Mestre, o que não vai acontecer, ele irá definhar na solidão durante um ano até que alguém o encontre isso se alguém encontrar, caso o contrario ele morrera por lá mesmo. Eu já cuidei da casa, ela não é mais problema. Agora só falta você cumprir sua parte.


Bela.


Olívio terminou de ler e dobrou o papel. O coração de Hermione batia tão rápido que ela achou que ele iria sair pela boca.


- É isso – disse Olívio.


- Ele já sabia o que ia acontecer, só que não podia contar a ninguém! É isso? – perguntou Gina com a voz rouca.


- Me parece que sim Gina. – respondeu Olívio – Ele descobriu sozinho o que essa carta queria dizer. Só que para nós será mais fácil, já que somos sete! E eu sei que o Harry era inteligente o suficiente pra deixar pistas sem anular o contra-feitiço. E essas pistas estão com vocês!


- Sim estão! – disse Cedrico pensativo – E nós já sabemos quais são elas!


Cedrico explicou a Olívio o que eles haviam descoberto antes dele chegar.


- E o que vocês estão esperando? Vamos começar logo com isso! – disse ele animado.


- Mas já está tarde Olívio! Você tem que trabalhar amanhã, e nós não queremos abusar... – disse Hermione que tentava segurar sua ansiedade.


- Não é abuso nenhum Srt. Granger, afinal de contas Harry também era, ou ainda é , meu amigo! E eu não saiu daqui enquanto nós não resolvermos isso! – disse ele.


Hermione sorriu. Sabia que Olívio iria ate o fim pra ajuda-lá. Ela olhou para os outros cinco que estavam na sala.


- Prontos? – perguntou ela, eles sorriram em resposta – Ron, você começa!


Rony respiro fundo e começou...


 


****************************************************


Eles estavam todos no corredor daquele lugar sombrio esperando Harry e Dumblendore que conversavam em uma sala sozinhos. Hermione estava muito nervosa e havia chorado a algumas horas atrás. Dumblendore saiu da sala e caminhou até eles.


- Sr. Weasley, o Sr. Potter gostaria de falar com o Sr., a sós! – disse ele, e depois de sorrir para o resto dos garotos caminhou para longe do corredor.


- Bom deixa eu ir lá! – disse Rony.


Rony bateu na porta e entrou sem esperar resposta. Harry sorriu pra ele.


- Senta aí Ron! – disse Harry apontando um sofá para Rony sentar.


Rony se sentou, Harry também. Eles se encararam em silencio por um tempo.


- Ron... você sabe que você é como um irmão pra mim. Você e a Mione estiveram ao meu lado durante esses sete anos, não me deixaram sozinho nunca, mesmo nos piores momentos sempre estiveram ali, comigo. – Harry deu uma pausa, sua garganta parecia estar entalada – Só que chegou o dia que nós três sempre tememos, e por incrível que pareça, não está sendo como nos imaginamos!


Eles ficaram em silencio por um tempo. Harry tentava conter o choro, conseguira ate ali, mas não conseguiria fazer isso mais seis vezes. Rony então quebrou o silencio.


- Agente sempre dizia que quando chegasse esse dia nós três íamos estar juntos, depois íamos nos despedir sem chorar e cada um ia segui seu caminho na batalha e fazer sua parte. Depois íamos nos encontrar novamente pra comemorar a vitória. – Rony Falava com um ar sonhador – Mas as coisas tomaram outro rumo não é mesmo? Nós não somos só três agora, e você não irá se despedir dela sem chorar, nem ela de você!


Harry forçou um sorriso, mas a garganta estava cada vez mais apertada. Rony pos uma das mãos no ombro do amigo.


- Quem mandou você se apaixonar cara – disse também tentando sorrir – é nisso que dá ta vendo?


Harry deixou as lagrimas caírem, esperava ver o amigo novamente mas não sabia se seria possível. Rony o abraçou


- Vai dar tudo certo cara! – disse o ruivo o soltando.


- Eu sei que vai! Mas... se não der e eu não voltar pra gente poder comemorar, eu quero que você me prometa uma coisa. – disse Harry.


- Harry eu não vou te prometer nada! Você vai voltar! – Rony começou a perder o controle. Harry pareceu não dar importância às ultimas palavras do amigo.


- Me promete que... – Rony ia interromper mas ele não deixou – me promete que vai cuidar deles pra mim! Principalmente dela. Que não vai deixar ela sozinha um minuto e que vai fazer com que ela continue a viver mesmo sem mim! Promete?!


Rony começou a chorar também. Ele se levantou, sabia que Harry estava pedindo, acima de tudo, que ele abandonasse o sonho de ser jogador profissional de quadribol. Mas isso não importava agora, Harry estava praticamente se entregando a morte e estava lhe fazendo um ultimo pedido. Ele não tinha que pensar duas vezes.


- Prometo cara! É claro que eu prometo! – disse ele. Harry se levantou e abraçou o amigo.


Se Draco visse aquela cena iria dizer que eles estavam parecendo duas mulherzinhas, uma chorando no ombro da outra. Mas aquilo não importava a nenhum dos dois.


- Eu te amo cara! - disse Rony


- Eu também cara, eu também – disse Harry.


Eles se soltaram e sorriram.


- Mas eu gosto de mulher! – Rony disse enxugando as lagrimas e fazendo Harry sorrir.


- Oh! Eu também! Ate mais que você! – disse Harry – Agora chama a Mônica pra mim por favor!


Rony sorriu e deu um tapa no ombro do amigo. Já ia saindo, quando Harry lhe chamou.


- Ron! Não conte a ninguém por agora! Você saberá o momento certo depois! – Rony assentiu coma cabeça – Ah! E se eu não voltar, daqui a um ano arrume um bom marido pra Hermione e faça ela se casar!


Rony sorriu e balançou a cabeça. Depois saiu.


****************************************************


 


- E foi isso! – disse Rony esfregando as mãos no rosto.


- Ele te pediu isso Ron? – perguntou Hermione chorando – que você me fizesse continuar a viver mesmo sem ele?


- Sim Mione, mas ele só queria o seu bem! Mas não se preocupe eu não vou arrumar um marido pra você! – disse ele a fazendo sorrir.


- Aí está a pista que ele te deu Ron! – disse Mônica – ele disse “daqui a um ano”, por que não antes?


- Boa pergunta! – disse Draco.


- A chave disso tudo é o aniversario da morte dele! – disse Gina – que é daqui a dois dias! Por Merlin, temos que ser rápidos!


- É melhor nós continuarmos, acho que a próxima é a Mônica! – disse Olívio que pareceu se desesperar com o comentário de Gina.


- Ta – disse Mônica passando a mão na testa – O Rony então me chamou...


 


*****************************************************


Rony apareceu no corredor, parecia ter chorado.


- Você está bem Ron? – perguntou Hermione.


- To sim Mione! – disse ele sorrindo pra amiga - Mônica ele quer falar com você agora!


Ela foi até sala e bateu na porta.


- Pode entrar maninha! – disse Harry que a esperava.


Ela entrou sorridente e se sentou ao lado de Harry.


- Pode falar! – disse ela animada. Harry sorriu.


- Por que você ta tão animada assim? – disse ele sem entender.


- Sei lá! – disse ela. – mas fala logo o que você tem pra me falar que eu to ansiosa!


Harry sorriu, fazendo suspense.


- Por favor maninho! – pediu ela se fazendo de coitadinha.


- Ta vou te falar logo! – disse ele dando um beijo no rosto da irmã – Maninha, acho que durante esses dois anos eu pude te conhecer melhor que ninguém, e você a mim. Durante anos da minha vida eu desejei ter uma família, e quando te encontrei meu desejo enfim foi realizado. Você é a melhor irmã do mundo! Eu queria ter tido mais tempo com você, se nós tivéssemos nos conhecido antes as coisas teriam sido tão diferentes...


Ele parou de falar. Ela realmente era a irmã com quem ele sempre sonhara e desde que a conhecera ela tinha passado a fazer parte da sua vida e do seu coração.


- Oh Harry! Nós ainda vamos ter muito tempo juntos! – disse ela abraçando o irmão. – você não vai se livra assim tão fácil de mim!


Os dois sorriram. Harry a soltou e voltou a encará-la. Como ele queria que tudo desse certo pra que ele pudesse voltar a vê-la.


- Escuta Mônica! Eu não sei se vou sair vivo disso tudo hoje, então eu quero te dizer que eu te amo muito e que aconteça o que acontecer você sempre estará aqui, no meu coração! – disse ele apontando pro próprio peito.


- Você também maninho estará aqui no meu coração! Eu te amo! – disse ela.


Mônica não sabia por que Harry havia dito aquilo, mas confiava nele e também não tinha certeza se um dos dois sairia realmente vivo daquela noite. Eles se abraçaram novamente.


- Eu quero te pedir uma coisa maninha! – disse Harry.


- Claro pode pedir! – disse ela enxugando as lágrimas.


- Se eu morrer a casa dos Black ficara em seu nome! – disse ele com um grande aperto no coração – Eu quero te pedir que você não entre lá em hipótese alguma nem deixe que ninguém entre, mas vai ter um momento em que você vai ter que entrar, e aí só você saberá o momento certo. Entendeu?


Mônica estava completamente confusa. Do que Harry estava falando?


- Maninho eu não to entendendo...


- Mônica eu não posso te dizer mais nada eu só quero que você me prometa que vai fazer isso por mim e que não vai contar isso a ninguém! – disse ele quase chorando.


- É claro que eu prometo Harry! – disse ela, resolvendo não insistir.


Harry a abraçou forte e algumas lágrimas caíram sem sua permissão. Ele a soltou e sorriu, depois lhe beijou a face. Ela retribuiu o beijo.


- Agora vai! – disse ele com carinho enxugando o rosto – Chama a Gi pra mim, por favor!


- Ta!


Ela se levantou e caminhou em direção a porta.


- Maninha! Eu te amo! – disse Harry sorrindo.


- Também te amo cabeção! – disse ela sorrindo e o fazendo sorrir.


*****************************************************


 


- Parece que finalmente eu sei qual é o momento certo...


 


Continua...


 


 


 


 


 


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