Inicio do Flashback
- Ela vai melhorar Quim? - Perguntou a pessoa sentado ao lado do leito de Tonks.
- Certamente. Mas vai passar um tempo desacordada. Mas, meu caro amigo, você esta machucado, precisa deixar a curandeira pelo menos cuidar desses arranhões. - Disse Quim, preucupado, encostando a mão na parede, dando um enorme contraste da sua pele negra com a parede.
- Não não... Estou bem Quim. Só quero que trate dela ok?
Quim se deu por vencido. Desencostou da parede e olhou nos olhos do amigo:
- Tudo bem, se assim você quer.
A pessoa levantou da cadeira, mas ainda assim olhava Tonks deitada. Os cabelos, no mesmo tom de roxo de 1 dia atras estavam cuidadosamente pentiados, de um jeito que Tonks definitivamente não usaria. Era logico que fora um dos enfermeiros que pentiara a bruxa.
- Você se importa se eu ficar sozinho com ela? - Disse.
- Tudo bem. Eu sei.
- Obrigado Quim.
- Não tem de que.
Quim se retirou da grande enferemaria, em passos curtos e devagares. Mas, virou para traz, e falou nos olhos do amigo:
- Ela vai melhorar. E você fez um trabalho incrivel n Dp. De Misterios. Não teriamos conseguido sair vivos de lá sem você.
- Do que adianta. Nem todos sariram vivos. - Disse, amargurado.
- Ninguem poderia ter salvado Sirius. Nem mesmo Dumbledore.
- Eu sei.. Mas, mesmo assim.
- Não é sua culpa. Nem de Harry, nem minha, nem de ninguem.
- Esqueça Quim.
Quim, meio chocado com a grossura do colega, não falou mais nada. Só saiu do biombo aonde estava o leio de Tonks, deixando assim Tonks e o rapaz sozinhos.
- Tonks?
E segurou sua mão, gelada. Um aperto no coração sentiu.
- Deixa de ser idiota... ela não vai responder.. - Disse, ainda mais amargurado - Mas talvez escute... disseram que ela pode escutar.
E, parando pra pensar um pouco, e olhou para o rosto sereno, e arranhado de Tonks, teve ma breve ideia do que dizer.
- Ok, eu não sou muito bom com palavras, certo? Mas, eu preciso dizer, que... que de uns tempos para cá eu tenho sentido uma coisa estranha por você, sabe... Não sei o que é, mas é horrível ver você aqui, deitada, inconsciente, e talvez nem ouvindo eu, um babaca falando. Só te peço uma coisa esta bem? Eu tenho perdido todas as pessoas que eu gosto desde minha infância. Todo mundo, meus amigos, parentes, pais... Amigos, principalmente, você sabe disso. Mas, não sei porque.. - E fez uma palsa, e segurou mais forte a mão de Tonks - Mas você é única pra mim. Nõ quero perder você. Não quero.. Não posso...
Fim do Flashback
---------//----------//---------
Remus e Tonks se encontravam agora trabalhando cada um limpando baus distintos. Tonks, sentada, cheretava em um deles, e tudo o que na sua comsepção não prestava, ia para uma grande saca de linho com as letras borradas escrito: Lixo. Era enfeitiçada a prova de rasgos, furos e qualquer coisa que pudesse deixar seu conteúdo cair e sujar a casa (já não muito limpa. ) Remus, de pé, fazia a mesma coisa, enquanto tomava grandes goles de agua em um intervalo de um saco de lixo e outro. O calor era tanto que não conseguiam falar muito. O maximo era algo que lembrava um jogo, emque um perguntava algo e o outro respondia com poucas palavras.
- Primeira beijo? - Perguntou Tonks, no intervalo de um dos goles.
- Neela Shamalaya. - Respondeu Remus.
- Que nome estranho!
- Ela era indiana.. . Estudava comigo
- Hummm... Bonita?
- Sim. Mas ela foi embora.. Nunca mais a vi.
- Que pena.
- Agora, sua vez. Primero beijo.
- Goran Lancaster. 6º ano
- Ah...
Depois desta brevíssima conversa, os dois se silenciaram. Não sabiam por que, mas estavam sentindo que algo ia acontecer ali, naquele dia. Se perguntassem, não saberiam responder, mas sabiam. Algo, bom, ou ruim, ia acontecer. Intuição, talvez. Ou puro instinto. E isso apertava seus corações, não de maneira má. Pelo ao contrario. Era uma sensação gostosa, boa.
Curiosidade. Foi isso que Tonks teve a ligeira impressão de sentir. Lembrou-se da semana que passou no Saint Mungus e isso levou a outra lembrança. No St Mungus mesmo.
O tempo que ela passou desacordada. Uma semana, talvez. Algo parecido com aquele estado de pacientes trouxas, chamada, como é mesmo, coma? Mas, mesmo que não tivesse visto, nem tocado em nada, se lembrava muito bem de algo que ouviu um dia, na época. De uma pessoa, uma pessoa que ela não sabia quem era, bom, tinha uma ideia, mas não certeza.
Essa pessoa, pelo que a Ordem falou, não saiu de perto de sua cama. Não largou a sua mao um instante se quer. E falou algo que, não se deixou esquecer: você é a única para mim... não quero perder você
Não reconhecia a voz, não reconhecia o sotaque, nem nada. Mas se lembrava.
E, para quase matar Tonks de curiosidade, Quim se recusou a falar quem era. Teria perguntado quantas vezes, 5, ou 6? Não, talvez umas 10 vezes para Quim até que o bruxo não aguentou a curiosidade da moça e disse com todas as letras que não contaria nem que lhe dessem um cruciatus.
E, bom, isso calou a curiosidade de Tonks. Definitivamente não. Mas pelo menos não enxia mais o saco de Quim.
E sua ideia de quem era estava logo a sua frente. Mas graças a sua falta de sorte tremenda, não conseguiu se segurar.
- Remus? Remus?
- Fale.
- Sabe, bem... eu não consigo explicar bem, mas, na época do St Mungos, você lembra?
Remus engoliu em seco. Lembrava sim. Desde aquela época desconfiava.. Desconfiava do que sentia.
- Er, lembro, lembro bem. Por que?
- Teve uma pessoa. Bom, alguém que eu não sei quem é, que não saiu do meu lado. Pelo menos é o pouco que eu me lembro. E o que me disseram. Não me disseram quem é. Quim ia ter um ataque se eu perguntasse de novo. Bom, eu queria saber se, err, você sabe quem é ele? Quer dizer, essa pessoa?
- Tem certeza que você não sabe?
- Não. Tenho um palpite.
- Quem? - Perguntou Remus, apreensivo.
- Você vai me achar uma idiota.. é só um palpite.
Disse Tonks, nervosa, agora segurando com cada segundo mais força a borda do bau.
- Quem?
- Bom, eu acho, quer dizer, tenho o palpite, de que era você.
Remus, virou-se para ela. Não ia mentir. Claro que não. Mas que realmente não conseguia conter a vergonha era lógico. Procurava nervoso algum lugar pra esconder a cabeça.
- É. - disse baixinho, num sussurro que Tonks entendeu, mas não ouviu.
- O que você disse? - Perguntou Tonks, idiotamente, por que tinha intendido muito bem.
- É, era eu. - Respondeu Remus, cada vez mais corado, agora virado de costas para Tonks, aparentemente jogando umas papeladas fora, mas não movia sequer um dedo. Estava, literalmente em choque.
Tonks deu um sorriso. Acertara. Não só isso.
Sentira.
- Por que?
- Não sei.. Bem, eu... Tonks, você se importa se eu não contar? - Disse Remus, nervoso. Não sabia o que falar por que ele mesmo não sabia responder.
Tonks não se importou. Remus não podia saber a resposta. Mas ela sabia. Quer dizer só poderia ser aquilo.
Depois daquela fatídica conversa, mais uma vez o porão se fechou num silencio agonizante. Remus, pelo medo, Tonks por não saber o que falar e por medo também. Ambos queriam deixar as coisas claras, mas não conseguiam. Queriam falar, queriam dizer, declarar o que estava perdido lá dentro dos seus corações, mas a falta de coragem impediam ambos.
Minutos, horas se passaram. Sem relógio não era possível ter uma precisão exata, mas ficaram ali, em silencio, durante um tempo. Até que, depois de abrir um baú particularmente grande, e o revirar até o final, Tonks tirou o pó de cima de uma caixa de madeira talhada, que era visivelmente uma vitrola, com uma coleção enorme de discos velhos do lado. Soltou uma exclamação feliz:
- Ahh!!! Olhe só o que eu achei!
Remus, estranhando ouvir a voz da bruxa depous de tano tempo de silencio, perguntou:
- O que você achou?
Tonks virou para ele, em um contentamento sem tamanho:
- A coleção de discos e a vitrola! Da minha mãe!
Remus se dirigiu até ela, receoso.
Quando chegou ao seu lado, olhou de Tonks a caixa. Era mesmo. Uma antiga vitrola, com as iniciais A.B. (N.A.: Andromeda Black). Acompanhada de vários vinil com capa amarelada, de diversos cantores de jazz da época da adolescência de Andromeda.
- É da minha mãe!! - Disse Tonks, com um enorme sorriso.
- Estou vendo. Funciona?
- Não sei... Vamos ver..
Tonks revirou a vitrola com cuidado, era muito pesada.
- Acho que não. Pegue um disco ai. Sei que você é um grande entendedor de Jazz... Vamos esperementar.. Será que toca?
- Obrigado... Creio que sim. - e Remus, num processo de seleção rigoroso. A cada disco que passava pelas mãos, mas não gostava, ele dizia baixo, - Não, não.. , esse disco não é o melhor do Louis Armstrong, - E coisas parecidas, fazendo Tonks rir, o que fez Lupin virar e perguntar:
- Que foi?
- Daqui a pouco voce vai falar que o timbre de vós de tal cantor que eu não faço a menor ideia de quem é esta mais fraca que em outro dos discos.
- Há há, engraçadinha.
- Mal humorado.
- Pronto. Este.
- Que?
- Este, disco.
- A sim - E Tonks pegou a capa na mão, observou por um momento, e com cuidado tirou o vinil de dentro. Colocou na vitrola, que magicamente começou a tocar. Um jazz bem, suave, lento. Tonks comentou:
- Hum... Bonita musica.
- Jimmy Smith. Toca orgão.
- Ah...
Entrram muais uma vez no já normal momento de silencio. Só ouvindo a musica. Ouvindo a musica.
E aquele sentimento estranho dentro do coração de ambos estava aumentando. A cada minuto, cada segundo.
A cada parte da musica.
Tonks olhou para Remus, e foi retribuída. Uma pergunta boba lhe veio a cabeça, e não resistiu:
- Hum.. Remus... Acho que... Acho que dançar não faria mal faria?
Remus olhou para tonks. Ela estava realmente falando aquilo? deu um sorriso e olhou para i chão. Não queria demostrar que estava feliz, e um pouco surpreso com aquilo. Corado, respondeu:
- Hum, acho que até ajuda a melhorar fraturas sabe?
- se meu curandeiro fala assim.. vc quer dançar comigo? - E Tonks fez uma reverencia que lembrava aqueles antigos dançarinos medievais.
- Não é a mulher que deve perguntar.
- Ok. Peça
E Remus, estendendo a mão a Tonks, pergntou:
- Dança comigo?
Tonks abriu um largo sorriso. E estendeu sua mão a Lupin, aceitando assim a dança.
Primeiramente, Tonks apoiou as mãos nos ombros de Lupin, que a conduzia com as suas mão na cintura de Tonks.
Longe, mas dançavam com um lago sorriso. Não conseguiam falaram nada. O porque, nenhum dos dois sabiam.
A quase meio metro de distancia um do outro, por medo, talvez, os sorrisos foram se esvaecendo aos poucos, a medida que se aproximavam mais, mais e mais.
Ainda mantendo contado visual, conduziam um ao outro, de uma maneira que era impossivel saber quem é que levava o outro a dança.
A musica era lenta, sem letra, só na melodia. Lupin parecia puxa-la para mais perto, a abraçando pela cintura de maneira mais forte e aconchegante. Tonks já escorregara sua mão esquerda do ombro ate o pescoço de Remus, o fazendo sentir um leve calafrio. Tonks encostou a cabeça de leve na cabeça de Lupin, mas logo a virou devagar e se olharam mais uma vez.
Antes de acontecer.
Eles sabiam. Sentiam o clima, a tensão cada vez mais forte. O magnetismo que os aproximava a cada passo da musica.
Os seus rostos roçaram carinhosamente por um tempo. Lupin foi lenta e vagarosamente virando a cabeça, com os olhos quase fechando. Beijou de leve cada parte do rosto de Tonks até chegar a aos seus lábios.
Foi um suave, impossivelmente gentil beijo, mas fez a cabeça de Tonks rugir e seus ouvidos zumbirem. Seus olhos ainda estavam fechados, mas ela podia sentir o quanto perto Remus estava dela, ela sentiu seu calor contra seu corpo todo. A mão cintura se moveu lentamente até seus ombros, onde desabotoava sem pressa os fechos da blusa de Tonks.. Enquanto dançavam lentamente num embalo lento da musica que tocava da vitrola, cada vez mais devagar.
O beijo se intensificava. Logo, Lupin já avia decido a manga da blusa de Tonks, que sem pensar passou suas mãos por de baixo das vestes de Lupin, com as mãos no abdome dele.
Já tinham esquecido a musica. Já tinham esquecido que tinham dançado, já tinham esquecido da onde estavam. Não importava.
Só o momento.
Até que...
Molly abre a porta do porão, e sem ver a cena, fala de maneira inocente:
- Queridos, vocês querem janta... - A voz da Sra. Weasley foi morrendo aos poucos quando viu a cena. Remus e Tonks, não parecendo terem visto a Sra entrando no cômodo, continuavam a se beijar. Molly, achando a cena um tanto, err, imprópria, falou:
- Eu iria tossir pra mostrar que eu estou aqui, mas acho isso muito forçado sabe?
Remus e Tonks se olharam sem sair das posições que estavam, e viram Molly ai na porta, parada, com olhar de repreensão.
Lupin se apressou a dizer:
- Não o é nada do que a Sra esta pensando Molly - Disse, desajeitadamente tímido, mesmo que suas mão ainda estivessem na ,manga da blusa de Tonks.
- É, não é nada disso - Disse Tonks, nervosa, tentando olhar só para um ponto fixo na parede.
Molly os observou e falou devagar mas de maneira assustadora:
- Se não é nada, porque a Tonks ainda esta com as mão por baixo das suas vestes Lupin ?
E Tonks se apressou a tirar as mãos das vestes de Lupin.
- Ok, tudo bem. Só não fiquem mais se agarrando por ai. Venham, vamos jantar ... - E abriu a porta, Molly. Que depois murmurrou - Mas que isso é estranho isso é!
Remus e Tonks, ainda ajeitando as roupas que foram parcialmente despidas, trocaram olhates timidos, mas com um sorriso, sairam da sala, ao encalço de Molly.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!