O garoto misterioso

O outro lado de Hermione
Capítulo I
O garoto misterioso

O dia estava insuportável; o sol insistia em queimar o topo das cabeças dos alunos que se encontravam nos jardins de gramas verdes do imponente castelo de Hogwarts naquela tarde de sábado. Muitos dos alunos não ligavam para o sol e se divertiam se molhando com as águas refrescantes do lago da Lula-Gigante.
Em baixo da sombra de uma árvore de carvalho, na beira do lago, Harry, Rony e Hermione estavam sentados jogando uma partida de Snap Explosivo.
- Ninguém merece esse calor! – disse Hermione se abanando com as mãos enquanto Rony jogava.
- Vai se molhar no lago então Hermione – comentou Rony – Sorte que hoje é sábado e não somos obrigados a usar as vestes grossas do uniforme.
- É verda...
Ouve uma explosão e por de trás da fumaça Harry aparece com o rosto todo sujo.
- Se a Mione não vai eu vou. Assim aproveito e lavo o rosto.
Harry tirou os sapatos e foi até o lago. Duas garotas, uma ruiva e outra loira, correram ao seu encontro espalhando água para todos os lados.
- Olá Harry! – disseram.
- Olá. Estão se divertindo?
- Muito! Junte-se a nós – Luna convidou Harry com a voz sonhadora de sempre.
- Ok – Então virou-se para os amigos – Venham também, Rony e Hermione!
Os dois se olharam e disseram e decidiram ir.
Foi uma bagunça danada. Harry, Rony, Hermione, Gina e Luna se divertiram à beça. Apostaram corrida, brincaram de briga de galo e até atropelaram alguns alunos que se afastaram xingando. Enfim, voltaram para o castelo todos ensopados.
******
A noite o calor não melhorara. Rony teve a idéia brilhante de dar um pulinho na cozinha pra pegar sorvetes, mas quando pegou o caminho de volta para o Salão Comunal da Grifinória um garoto que ele nunca vira na vida o chamou.
- O que você quer? Perguntou Rony apressado.
- Sua amiga.
- Quê?
- A Granger. Você a viu?
- Ela deve estar... peraí! O que você quer com ela? – perguntou Rony agressivo.
- Isso não é da sua conta, Weasley.
- Então não é da sua conta onde ela está.
Rony virou as costas para o garoto e quase deu um encontrão com Hermione.
- Ah, Granger, até que enfim você apareceu.
- Olá Wecel, desculpe me a demora. Rony vê se deixa um pouco de sorvete pra mim, eu já estou subindo.
- Vou te esperar.
- Eu já estou subindo, Rony! – disse ela zangada, jogando um olhar assustador pra ele – Não precisa me esperar.
Derrotado, Rony começa a subir as escadas o mais devagar possível para poder ouvir, e se conseguisse, ver o que Hermione e esse tal de Wecel poderiam estar conversando ou até quem sabe... fazendo.
- Então, minha proposta ainda está de pé. Você vai aceitar ou recusar, Granger? – dizia Wecel.
- Bem, Wecel, você é um garoto legal, simpático, bonito... mas, sinto muito, terei de recusar.
- Por quê?
- Bem, pra falar a verdade, estou afim de outro garoto.
Rony parou. Apurou bem os ouvidos. “Quem será esse garoto?”, pensou ele contente, sem saber o porquê.
- Ah, eu entendo – disse Wecel chateado.
- Sinceramente, eu sinto muito. Mas pra você não ficar triste, trouxe pra você uma caixa de bombons com licor – Hermione estendeu a mão em que estava a caixa – Devem estar uma delícia. Eu soube que são os seus preferidos.
- Puxa Granger, muito obrigado. Trouxe algo pra você também.
Ele mostrou um saco cor-de-rosa.
- Sonhos de Valsa, são bombons trouxas, eu achei...
- Sabia que são os meu preferidos também? – Hermione abriu um sorriso tão grande que Wecel não pode deixar de dar outro de volta.
- Então acho que é só isso. – Wecel disse depois de um tempo - Tem uma pulseira também. Faça bom proveito dos bombons. Até outro dia, Granger.
- Tchau Wecel. Lembre-se, se precisar de mim pra algo, é só me procurar.
Quando Hermione subiu os primeiros degraus da escada, Rony desatou a correr e pegou várias passagens secretas para chegar no Salão Comunal antes dela.
Chegou e não deu nem cinco minutos Hermione vinha passando pelo buraco do retrato.
Sentou numa poltrona ao lado de Harry e Gina e de frente para Rony.
- Ainda não comeram o sorvete?
- Rony acabou de chegar também, Hermione. – informou Gina.
Hermione ergueu a sobrancelha.
- Você não ouviu minha conversa com o Wecel, ouviu?
- Não, imagina. É que eu peguei uma passagem secreta errada e fui parar no segundo andar.
- Sei – respondeu Hermione desconfiada.
- Gente! Vamos para de conversa mole e comer logo esse sorvete, eu estou com água na boca – disse Gina se servindo de sorvete de morango.
- O que você traz aí Hermione? – Harry perguntou olhando para o saco cor-de-rosa – Sonho de Valsa? Eu vivia furtando do meu primo, sem ele ver, é claro.
- Ah, é, ganhei do Wecel, e com tem bastante vou dar um pra vocês.
- Nunca ouvi falar desse bombom – disse Gina.
- É que é de fabricação trouxa, Gina tome um pra você... Harry e Rony.
Rony hesitou em pegar. Não tinha gostado desse Wecel. Mas para não dar bandeira, aceitou.
Todos comeram bombom com sorvete e acharam uma delícia. Harry e Rony (até ele que não queria pegar) imploraram pra Hermione dar mais um a eles.
- Puxa Hermione, esse garoto caprichou mesmo no presente. Realmente é uma delícia – gian baixou a voz e pareceu desapontada – Nem o Miguel e muito menos o Dino me deram presentes assim. Mas me conta, que é esse garoto afinal?
- Peter Wecel. Não sei muito sobre ele. Ele é um garoto bonito, simpático, triste e... misterioso.

P.S. Gente, estão gostando? Já tenho o segundo e o terceiro cap terminados mas logo, logo eu posto ele aqui. Mas primeiro comentem bastante, OK?
Muito obrigada!

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