A Primeira Obra das Trevas



- Capítulo Nove -

A Primeira Obra das Trevas

- Sim, eu a vi... Está lá no céu. Olhe! - dizia Harry nervoso ao Sr. Weasley. Ele, de imediato, havia corrido ao quarto dos pais de Rony e alisava a testa
onde, a momentos atrás, a cicatriz queimara como brasa quente e ainda pulsava intensamente quando o Sr. Weasley, que observava o céu pela janela respondeu:

- Temos de informar a Dumbledore imediatamente. - e nisso com um craque desapareceu.

Harry sentiu-se enraivado. Por que ele não podia participar de nada? Afinal ele que vira o que aconteceu. Ou não queriam que ele atrapalhasse a Ordem?

- Eles não querem que eu saiba dos planos deles - Harry pensava -, dizem que Voldemort saberá tudo através de mim... Não sou alguém de confiança - Harry alisava os nós dos dedos - Então eu...

Ele saíra do quarto, a Sra. Weasley permanecia adormecida. Indo ao seu quarto apanhou a sua varinha e a firebolt. Abriu a janela, montou na vassoura e com um impulso saiu voando pelo imenso céu negro. Sua mente parecia vazia, branca...

Harry pareceu levar um choque quando percebeu que seu corpo curvava-se para baixo e sua firebolt voava rapidamente em direção ao chão. Seus pés tocaram no solo de uma rua deserta e finalmente toda a sensação de que não possuía nada na cabeça se esvaiu.

Não sabia como tinha chegado ali, lembrava-se apenas do Sr. Weasley desaparatando... Uma sensação estranha invadiu o seu corpo e lembrou-se de do que Gina havia lhe dito no ano anterior:

“ Quando ele fez isso comigo, eu não conseguia me lembrar onde tinha estado durante horas. Dava por mim em algum lugar, e não sabia como tinha ido parar lá”.

- Eu não posso ter sido possuído por ele... - Harry dizia para si - NÃO POSSO! - Harry gritara e seu grito ecoara por toda a rua quase deserta...

- Por que não poderia? - uma voz aguda, que lembrava o ruído feito por uma cobra, perguntou.

Caíra no chão. Seus olhos encheram-se de lágrimas e logo acima do homem, que vestia longas vestes negras e um capuz sobre o rosto, Harry avistou a Marca Negra flutuando no céu.

- Enfim terei a honra de matá-lo. É hora de encarar o seu maior medo, o medo que ti atormentou por toda a vida, pois sou Lord Voldemort, sou a sua morte.

A cicatriz de Harry pulsava a cada movimento que Voldemort fazia e ele não conseguia nem enxergar direito o que estava acontecendo. Vinte estalidos anunciaram a chegada de vinte vultos que Harry não conseguia distinguir das sombras.

- Está na hora. É hora de pormos em prática tudo o que planejei. É tempo de morte, é tempo de guerra. Que se inicie a Primeira Obra das Trevas. - Voldemort ordenara ao mesmo tempo em que vintes vultos saíam da rua, com as varinhas empunhadas, indo em direção a uma rua iluminada.

Imediatamente todo o silêncio se rompeu. Gritos eram emitidos de todos os locais, acompanhados de explosões. Os gritos se intensificavam cada vez mais, e Voldemort sorria, olhando para Harry caído no chão.

- Essa é apenas a primeira das sete obras que virão. Sorte de quem morrer antes das Trevas assumirem o poder. E sinto em dizer que você terá essa sorte.

Voldemort se calara e Harry podia novamente escutar os gritos de dor e explosões em todos os lugares. Luzes verdes e vermelhas jorravam de todos os lados e Harry escutava o barulho de prédios e outras construções desabarem sobre as ruas dos trouxas.

- Vamos, vai morrer como um homem ou como um inútil jogado no chão? - Voldemort desafiava.

Harry se mexeu. Concentrava todas as suas forças em erguer-se do chão. A cicatriz queimando toda a sua testa. Todo o seu cérebro estava em chamas, não podia pensar, ver, falar. Então, depois de muito tentar Harry pôs-se de pé.

- Agora estou à sua altura. - Harry murmurava, rouco.

Antes de poder tocar na varinha em seu bolso, o corpo de Harry despencou. Caíra no chão, sem forças. Não podia se movimentar. Desejava morrer.

- Seu desejo será cumprido e ainda darei a você uma morte junto com seus pais.

Quando as últimas palavras de Voldemort dissolveram-se na noite, Harry sentiu todo o seu corpo tremer... O barulho dos gritos e destruições estava desaparecendo. Então Harry se viu em uma pequena casa bem mobiliada. Estava no que parecia ser uma sala de entrada. Havia muitos porta retratos de um bebê ,que aparentava ter um ano, por todo o cômodo. Então uma luz alaranjada surgiu na fechadura da porta de entrada da casa e um homem encapuzado de roupas negras e longas surgiu pelo portal, empunhava uma varinha.

- Que di...? - um homem magro, de cabelos negros e embaraçados, aparecera na sala.

- Lílian, Lílian. Saia daqui, fuja com o Harry. Trelawney tinha razão. - o homem em desespero. Tirou a varinha do cós da calça, mas o encapuzado foi mais rápido.

- Avada Kedavra.

Um lampejo verde sobressaiu da varinha do homem encapuzado e atingiu em cheio o peito de Tiago.

Harry seguiu o homem, que adentrava por todos os cômodos da casa, arrombando portas e mais portas.

- Onde você está garoto? - o homem de voz aguda perguntava a si próprio.

Passando por uma última porta Harry viu uma mulher de olhos verdes e brilhantes, em frente a um berço onde um garoto de cabelos negros e embaraçados com olhos verdes e brilhantes, mexia-se.

- Ah, aqui está você. - o homem encapuzado dirigia-se ao berço em que a mulher se encontrava.

- Não machuque o Harry. Não faça nada com ele. - a mulher gritava e seus olhos enchiam-se de lágrimas, ao mesmo tempo em que ela tomava a frente do berço, os braços abertos.

- Saia da frente, quero apenas o garoto.

- Não, leve a mim. Deixe-o em paz.

- Eu não quero ti machucar, quero apenas o garoto. - o homem apontava a varinha para o berço.

- Não, eu me sacrifico por meu filho. Tudo menos ele.

- Não gostaria de fazer isso, mas você que está pedindo. Avada Kedavra.

Outro lampejo verde irrompeu da varinha de Voldemort e atingiu Lílian que caiu com uma expressão de terror no rosto.

- Agora você. Chegou a sua vez.

Harry então viu duas mãos segurando varinhas. Uma apontava para o garoto no berço, a outra apontava exatamente para o seu peito.

- Avada Kedavr...

Um lampejo vermelho projetou-se da varinha de Harry em direção ao homem que apontava a varinha para o seu peito, ao mesmo tempo em que dois raios verdes zuniam o quarto, um em direção ao bebê, outro em direção a Harry.

O choque do raio verde com o vermelho provocou uma explosão de cores e algo como uma linha ligava a varinha de Harry à de Voldemort. Quando o outro raio verde atingiu a testa do bebê, uma luz dourada emitiu em todas as direções e os dois Voldemort uniram-se em um. Essa luz quebrara a ligação entre as varinhas de Harry e Voldemort e uma enorme fênix vasculhava agora o cômodo. Então houve uma enorme explosão e Harry sentiu todo o seu corpo entrar em choque com chão...

Passado alguns minutos, abriu os olhos. Estava de volta a rua, caído no chão e à uns cinqüenta metros de onde estava, Voldemort estava caído.

Harry levantou a cabeça e viu entre ele e Voldemort algo que parecia um imenso espelho de água. Flutuava a poucos centímetros do chão e era de tamanho suficiente para uma pessoa passar. Caminhando-se a esse espelho Harry viu sua própria imagem quando tinha doze anos e cada vez que se aproximava via sua própria imagem cada vez mais nova. Até que avistou a si mesmo com um ano. Não tinha a cicatriz na testa e parecia que tinha acabado de ser alimentado.

Ao tocar na superfície do espelho, que possuía uma consistência pastosa, o mesmo ficara prateado. Então Harry enterrou a mão naquela substância e sentia uma sensação esquisita passar sobre o seu braço, a cada vez que ele empurrava-o para frente. Passou a perna e o rosto e percebera que o seu corpo estava menor, como o de uma criança de poucos meses de vida. O lugar onde estava adentrando era um pequeno cômodo e Harry estava em pé sobre um berço. Voltara a ser criança, exceto pela sua perna esquerda. Antes de movimentá-la percebeu que já possuía uma cicatriz em forma de raio na testa e uma mulher de olhos verdes e brilhantes sorria para ele.

Ao movimentar a sua perna para ficar totalmente naquele cômodo, sentiu um puxão em seu corpo. Algo queria tirá-lo dali, de toda aquela paz e alegria, tirá-lo de perto de sua mãe. Metade de seu corpo estava agora fora do espelho e todo o resto era puxado para fora.

Caíra no chão. Vira o espelho desaparecer no nada e sentiu que alguém segurava o seu pé. Olhou e viu Alvo Dumbledore, com a sua barba prateada e seus oclinhos de meia-lua, encarando-o.

- Dumbledore o Voldemort está...

- Já sei muito bem o que o Voldemort está fazendo... - Dumbledore parecia enraivado - Você não devia estar aqui, sabia?

Harry olhou impressionado para Dumbledore. Então com uma crise de raiva falou:

- Se você acha mesmo que eu gostaria de estar aqui está muito enganado. Todos sempre têm que me culpar... São todos idiotas e inúteis que nada sabem e ficam me culpando por tudo que faço... - e Harry disse um palavrão que fez Dumbledore arregalar os olhos e dizer:

- Cuidado com certas expressões... E acho que já está na hora de você voltar, afinal aqui não é um lugar seguro para...

- Nunca estou em um lugar seguro... Sempre estou no lugar errado na hora errada... Sou muito criança para não saber que minha cama é o lugar correto... - Harry continuava com a maior ignorância.

- ...alguém que está sendo perseguido por todos os comensais. Não há mais nenhum comensal aqui... Eles foram para a próxima cidade.

- O quê? A Ordem não combateu os comensais?

- A Ordem não seria suficiente e os aurores do ministério continuam em greve... Prendemos dois ou três comensais, mas eles nos ameaçavam de sacrificar trouxas se déssemos mais algum passo. Pegue isso! - Dumbledore jogara uma bola furada para Harry e quando o mesmo pegou-a sentiu seu corpo descolar do chão e um solavanco no umbigo indicando que Harry segurava uma chave de portal.

Alguns rodopios depois, Harry tocara os pés no corredor de entrada da casa dos Weasley. O corredor não estava vazio, Rony, Hermione, Marco, Gina e a Sra. Weasley estavam andando de um lado para o outro, parecendo preocupados.

- Ah, estávamos tão preocupados. Onde foi que você andou? - A Sra. Weasley parecia se livrar de um enorme peso em suas costas.

- Quer saber? Não enche... - e se virando entrou em seu quarto sendo observado por todos que estavam na sala.

Girando a chave na fechadura, tirou a camisa e se jogou em sua cama mais exausto do que nunca.

Apenas o seu corpo encontrava-se deitado naquela confortável cama, sua mente tentava descobrir o que acontecera enquanto ele e Voldemort estavam sozinhos... Será mesmo que a Ordem não tinha forças contra os Comensais? Será que Voldemort estava, dessa vez, levando a melhor? Quanto tempo isso duraria?

Os olhos de Harry começaram a pesar e sentiu uma enorme leveza em cada parte de seu corpo, o coração desacelerou e um enorme frio invadiu toda a sua corrente sanguínea...

Sentia-se novamente dominado, a sua mente estava apagada e seu corpo movimentava-se sem o seu ressentimento. Seus olhos ficaram brancos, quando sua íris e pupila desapareceram, e se esticaram pelo seu rosto... Sua pele estava ficando rapidamente pálida e logo começou a escurecer ficando em um tom esverdeado. Sentiu muitos de seus ossos desaparecerem, seu corpo ficar mole e se largar no chão... A sua mandíbula esticara e nela aparecera enormes presas.

Harry estava rastejando por seu quarto, rumando em direção à porta.

- Alorromora. - uma voz fria e ecoante bradou no cômodo.

A porta abriu-se em um estalo e Harry pode continuar a deslizar, agora pelo corredor principal da mansão dos Weasley...

- Pegue o ministro... - uma voz ordenou em uma língua estranha, como um silvo arrastado, mas Harry pôde entender.

Arrastou-se até uma porta que dizia “Quarto de Casal - Molly e Arthur Weasley”.

- Alorromora. - entoou novamente a voz aguda...

Antes de adentrar no cômodo Harry virou o seu pescoço para ver quem o ordenava...

- O que está esperando? Vá logo. - disse o homem em uma língua diferente e Harry retornou a entrar no quarto.

Havia uma cama no centro do cômodo e ele instintivamente rumou para esse móvel. Levantando o seu longo corpo viu um homem e uma mulher, ambos de cabelos ruivos, deitados na cama. Estavam dormindo.

- Mate-o.

O corpo de Harry disparou em direção ao Sr. Weasley, exatamente onde ele havia sido mordido no ano anterior...

Não faça isso. Pare, não faça isso! O corpo de Harry parou quando faltava um palmo para atingir o seu alvo, virou para o outro homem e disparou em sua direção.

- Não se atreva a fazer isso. - disse o homem em uma voz fria, ao tempo que o corpo de Harry tremeu e paralisou - Quero que você pegue aquele homem.

Novamente o corpo de Harry virou em direção a cama e, quando as suas presas iam abocanhar o Sr. Weasley, uma voz falou:

- Que é que você está fazendo, Harry?

Seu corpo despencara. Caíra sobre o corpo do Sr. Weasley, acordando-o e viu a Sra. Weasley olhando para ele aguardando resposta.
- Bom... é que eu... - Harry não sabia bem como explicar - eu queria pedir desculpas pela minha ignorância com a senhora naquela hora - mentiu rapidamente.

- Ah, isso não é nada filho. Claro que ti perdôo - a Sra. Weasley deu um enorme sorriso e Harry viu o Sr. Weasley disfarçar um sorriso.

- Hora de ir para a cama, não é? - dizia ele mostrando uma falsa empolgação.

Já eram seis horas da manhã quando Harry conseguiu pregar os olhos. Passara toda a madrugada pensando nas probabilidades de ele ser um animago ilegal e inconsciente, e além de tudo perturbado com uma única pergunta: Se estou mesmo sendo possuído, por que consigo me lembrar de tudo que fiz pela madrugada?

Esses pensamentos o acompanhou até a cozinha dos Weasley, na hora do almoço, e encontrou-a quase vazia, exceto pela presença de Rony e Hermione sentados à mesa. Harry não tinha muita certeza disso, mas tinha uma vaga impressão de que seus amigos não estavam muito afim de conversar com ele, e nisso logo foi se retirando da cozinha.

- Espera. Queremos conversar com você. - Rony disse, parecendo angustiado.

- Pensei que estivessem com raiva de mim. - respondeu Harry secamente.

- E estávamos. O modo que você respondeu a mãe do Rony não foi nada educado. - Hermione rebateu com sinceridade.

- Você diz isso porque não passou por tudo que passei de ontem para hoje. E mesmo assim já pedi desculpas a ela.

- Que é que aconteceu com você então? - disse Rony levemente curioso.

Começou a contar tudo, desde que saiu do túnel no primeiro andar, até a hora em que voltou do quarto depois de quase atacar o Sr. Weasley. Harry admirou-se consigo mesmo por ter conseguido contar tudo aos amigos sem esconder nenhum detalhe e achava até melhor ter feito isso, pelo menos assim não teria que abafar nada só para si.

- Hum, como era esse espelho? - perguntou Hermione pensativa.

- Era como uma gosma, uma distorção. Acho que ocorreu porque o Voldemort - Rony deu um guincho - misturou o passado com o presente e acabou abrindo uma espécie de portal ou sei lá o quê. Só sei que quanto mais eu me aproximava mais novo ficava.

- É, talvez tenha sido isso... queria muito estar na biblioteca de Hogwarts acho que na sessão restrita tem um livro que...

- Então você poderia voltar a viver com os seus pais? Quero dizer, você disse que tinha a cicatriz na testa e seus pais estavam vivos, não é? Então acho que o Vold... você-sabe-quem morreu ou foi derrotado, concorda?

- É, estava pensando exatamente nisso... Nunca tinha ouvido falar em voltar no tempo e vê-lo alterado. - Hermione dizia, ainda pensativa.

- Voldemort está destruindo tudo... A cidade para qual fui levado foi totalmente destruída e...

- Nós sabemos. Essa foi a Primeira Obra das Trevas. São sete ao todo, ouvimos o Lupin dizer isso logo após você sair correndo do túnel. Leia só isso.

Hermione jogara uma página de jornal, Harry abriu e leu:

“A Primeira Obra das Trevas e Desordem no Ministério

Ontem à noite iniciou-se a primeira dentre as Sete Obras das Trevas, escreve o nosso colunista Merticco Fredericco, comandadas pelo bruxo das trevas, Você-Sabe-Quem, e os seus servos, os Comensais da Morte.

A Primeira Obra das Trevas foi denominada “Invasão e Aglomeração de Regiões” e foi responsável pela invasão e total destruição de vinte e seis cidades trouxas, dentre elas uma parte de Londres. Houve morte de aproximadamente sete mil e quinhentos trouxas, em maioria policiais (cargo dado a trouxas que defendem outros trouxas), além de doze mil feridos.

O Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos está tentando atender esse grande número de pacientes. O Ministro está em negociação com o setor de Obliviação (já na segunda semana de greve) e já regularizou doze aurores e alguns outros setores e departamentos do ministério.

Como que para completar a desordem no ministério o nosso ministro, Arthur Weasley, está mais preocupado com a segurança de sua própria casa que a de todo o mundo bruxo. Hoje ele foi visto negociando com trasgos de segurança e com bruxos especialistas na proteção de alguns edifícios, entre eles o nosso hospital e o ministério da magia.

Desejo, novamente, boa sorte ao nosso ministro e espero que ele saiba administrar bem o nosso mundo e que não possa estragá-lo mais do que nessa situação que estamos, o que acho muito difícil para um ministro de tão baixa categoria.

E para finalizar, gostaria de avisar que teremos uma reportagem especial, escrita por mim, sobre a Primeira Obra das Trevas e todos os descuidos, que são muitos, do nosso novo Ministro.

- Esse Merticco é mesmo um chato, diria que ele dava um par perfeito com Rita Skeeter. - dizia Harry, jogando o jornal sobre a mesa.

- Pensei que você fosse se preocupar mais com a situação do ministério que com esse Merticco afinal, tudo está indo de mal a pior. - Hermione disse isso e olhou ligeiramente para Rony que baixou a cabeça tristemente.

- Não fica triste, afinal seu pai só é ministro a dois dias, tudo vai se resolver. Isso não é nenhum problema se comparado a ser possuído por Voldemort.

- Isso é outra coisa muito séria a se pensar. Como foi que tudo ocorreu? Acho que você devia voltar a estudar Oclumência, Harry, você já foi possuído duas vezes só nessas férias...

- Você está enganada. Eu não fui possuído duas vezes, foram três. Quando eu estava na casa dos meus tios alguma coisa fez com que eu me jogasse da janela e... - e Harry explicou tudo das suas férias que tinha esquecido de dizer, depois de terminar de explicar como voltara à Toca junto com Marco falou:

- Pensando bem, acho que devo mesmo voltar a estudar Oclumência... - um quê de angústia acompanhou essas últimas palavras.

- O que ele queria dizer com “Hoje não existe apenas o Bem e o Mal”? - Rony dizia assustado.

- Oras, está mais do que claro. Além dos Comensais, que seria o Mal, e da Ordem e Ministério, o Bem, existe alguma outra força, talvez intermediária a esses dois... Algo que atrapalha o Bem e o Mal...

- A Peste das Trevas... Lembra do que a Tonks falou ontem? Que tinham prendido uns três membros desse grupo no verão? Foram uns dos que atacaram a mim e ao Marco.... - Harry dizia com um ar dedutivo.

- Sim, eu lembro. Mas o que será que eles querem? O que eles planejam? E são mais do Bem ou do Mal? - Rony dizia enrugando a testa.

- Isso eu não sei responder. Mas apenas agradeço ao Mundungo por ter me salvado, se não fosse por ele estaria morto.

- Queria saber onde está o corpo dele... Será que quem o matou levou o seu corpo ou deixou lá mesmo?

- Ah, não. Eles não perderiam tempo carregando o meu corpo. A Sra. Figg fez o favor de levá-lo até Dumbledore. - todos se viraram assustados e admiraram Mundugo Fletcher, na moldura de um quadro mal desenhado, sorrindo para eles.

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