Desencontros
Cap 14: Desencontros Amorosos
- Ai, Gabi – disse Nicole caindo em sua cama – estive as férias inteiras pensando em uma maneira de livrar a Isa daquele grotesco – fez uma careta – do Malfoy, por que nós duas aqui sabemos com quem aquele – fez outra careta – idiota vai se casar, e o filho – parou hesitante – filho babaca dele!
- Pêra ae! Você ficou pensando o tempo todo nela?
Nicole sorriu maliciosamente. Levantou-se e foi para frente do espelho.
- Não – posando na frente do espelho – eu estive... Divertindo-me com o Andersen – sorriu novamente – e você sabe que eu às vezes não chego ao uns amassos muito densos – Gabi olhou-a incrédula – mas eu cheguei no finalmente!
- Como assim... finalmente? Você não quer dizer que... – Gabi ficou vermelha – que... – ela gesticulou muito rapidamente as mãos – aquilo?
- Ah – aliviou-se Nicole – é... aquilo que você ta pensando mesmo!!! – disse radiante – sexo, e foi muito bom!!! Acho que vou repetir a dose, o que você acha?
- Isso é problema teu! – disse Gabi, enquanto mechia em sua mala, até que encontrou uma foto, do Sirus, Belatrix, Narcisa, Nynfadora e ela, seu olhar parou em Narcisa – Já sei.
- O que?
Mostrou a foto para Nicole, que agora mesmo parecia mais confusa com a história. Ela olhou para todos. Todos se divertindo e não viu nenhuma saída.
- Narcisa sempre foi caidinha, quer dizer, sempre teve uma cratera por ele – Nicole riu – então, eles já tiveram um caso, acho que faz um ano que se separaram – Nicole olha-a incrédula, como ela não sabia? – bom, foi nas férias, os Malfoys foram lá pra casa e nisso rolou uma ficada básica sabe – sorriu – foi mais um SUPER namoro de verão...
- Podíamos usar a festa da Sonserina na sexta... – disse Nicole
- Que festa?
- Uma festa de lá mesmo, só que quem pode entrar é somente galera das cobrinhas e seus acompanhantes – sorriu maliciosamente – o Andersen me chamou, acho que normalmente a Isa e a Lise (Clarisse) vão, então não estarei sozinha – disse pensativa – acho que vou chamar o Remo, ele pode me ajudar... ou o meu irmão, o que você acha?
Nicole abriu um sorriso facilmente, mas depois de um tempo seu sorriso se desfez.
- Mas e o Zabini? Como eu vou me livrar dele? Tinha me esquecido da Lise!!
- Bom, aí é com você!!! – disse Gabi abrindo a porta – tem um Patrick lá em baixo me esperando pra conversar!!!
Nicole dá um berro. Já estava nervosa com essas fugas da Gabi de responsabilidade. É amiga delas, é de NOSSO interesse. E não somente dela. Deitou-se na cama. Já estava começando a ter idéias. Cadê o caderno, cadê as penas? Achou que teria uma ótima noite. Uma noite tentando resolver a vida da Isa, para sempre.
* ~ * ~ * ~ *
Remo andava distraidamente pelos corredores. Atualmente ele andava muito distraído, exatamente em dois pontos: ele ser monitor, que ele achava que Dumbledore só o queria na monitoria para cuidar dos marotos. O que ele realmente ele não faria. Quem estava com ele nesse barco era Lily. Ele gostava dela, como amiga. Nunca tinham conversado direito. Logicamente, com James andando de cima a baixo para tentar sair com ela, então era um pouco difícil não encontrá-la em um estado de raiva fora do normal.
Nicky tinha criado um tipo de termômetro, para saber até aonde a raiva da Lily ia. Sempre que os dois brigavam, a escola inteira tinha 2 ápices! 1 era que todos paravam para vê-los, e a 2 era o simples fato de que o termômetro sempre chegava perto do limite.
Bom, e o segundo era o que o mais conflitava: Clarisse, ou Lise. Ele não sabia exatamente o que sentia por ela, só sabia que não era pouca coisa. Era como se estivesse APAIXONADO. Mas o que era se apaixonar?
Enquanto ele filosofava entre sua ronda. Ouviu um choro. Não era estridente, era quase inaudível. Ele ouviu e foi em direção do que ouvia, seguiu agonizante sua busca, até encontrar atrás de uma estátua, Lise.
Ela chorava compulsivamente. Estava toda marcada. Arranhada, com roupas rasgadas. Cabelos bagunçados. O corpo tremia. Remo tinha medo de tocá-la, mas precisava.
Agachou devagar ao lado dela, e tocou suas mãos tremulas. Ele também estava. Tremulo de raiva. Queria matar o idiota que fez isso com ela. As mãos frias se tocaram causando um arrepio em ambos. Lise abre seus olhos, tão vagos, e continua a chorar.
Remo olha para ela com carinho. Toca em seu rosto, em nada dizer. Um sorriso aparece em sua face marcada. De súbito, ela o abraça. Um abraço que quase faz com que ele caísse e perdesse o equilíbrio. Ele retribuiu com a mesma intensidade. Ele precisava, mais do que ela, saber que ela gostava dele, que o considera mais que um mero amigo, e foi isso o que ele descobriu naquela hora.
Soltaram-se do abraço e sorriram um para o outro.
- Não conta pra ninguém Remo, por favor?
- Por que? Quem fez isso com você?
- Foi... o Zabini... mas por favor...
- Tudo bem – sorriu calmamente – mas eu quero ajudar esses machucados.
Ela sorriu. Logicamente ele poderia ajudá-la. Mas para ela a frase teve seu duplo sentido. Inocente, mas ambíguo. Muito ambíguo ... ele ia curar sim os machucados do seu coração.
* ~ * ~ * ~ *
Nicole abre a porta do quarto dos marotos. Pior impossível, pensou. Estava cansada, e tinha chegado tarde do seu encontro. Era uma coisa fantástica aquele menino, mesmo sabendo quais eram as suas intenções. No se importava, eram as mesmas para ela. E com certeza não poderia entrar no seu quarto se não Lily teria um enfarte.
Andou cambaleante até a cama de seu irmão, já que tinha que dar uma de equilibrista até a cama. Na cama da frente encontra Remo. Estava deprimido e parecia triste, então ela pensou que era a chegada da semana de lua cheia, já que treinavam feitos loucos pra conseguirem pelo menos se transformarem, que já algo um pouco difícil.
- Remo? O que aconteceu com você? Só daqui a 2 semanas...
- Sim eu sei, mas estou preocupado com outra coisa...
Correra até a cama do amigo.
- Me conte, você sabe que eu posso ajudar!!!
Remo olhou fundo nos olhos da amiga. Ela parecia preocupada com ele. Ele só não sabia exatamente o que se podiam ver nos olhos dela. Ela era misteriosa. E o irmão é totalmente aberto.
- Bom, eu soube que o Zabini bate na Lise
- Aquele bicha desgraçado bate na minha amiga? – no seu momento de fúria, ate olhar de novo para o amigo – mas você parece que está se envolvendo demais com ela não é?
- É...
- Bom, eu tenho uma idéia para tirar ele de perto, só não sei quem vai ser a “gostosa” que vai tirar o Zabini de nosso caminho...
- Alguém falou em gostoso? – disse Sirus saindo d o banheiro só de toalha – eu sou gostoso!! Um deus grego!!
- Com certeza – disse Nicole com um olhar malicioso para Sirus – agora me diga, você conhece alguma garota que goste do Zabini?
Sirus pareceu pensar. Ele contava nos dedos quem ele parecia selecionar para Zabini, e parecia delirar com outras, já que fazia caras e movimentos afirmativos e negativos. Então ele deu um baita salto. Só que a toalha dele caiu no chão. Nicole escondeu o rosto rapidamente, até ouvir a risada dos dois. Ele estava de cueca preta por baixo, o que fez Nicole olhar de cima a baixo pra ele.
- Já sei!! – disse malicioso para o olhar de Nicole – acho que poderia se Marianne Cherie, uma corvinal que se deixar cai de quatro por ele – Nicole e Sirus sorriram – você vai à festa das cobras?
- Lógico! Que tal aproveitarmos a oportunidade?
- Perfeito! – disse Sirus – e você, Remo, pode ficar, ou você acha que eu não ouvi que você pode estar a fim da Lise?
E começaram a tramar o plano. Tudo daria certo, se fosse exatamente como pensaram.
* ~ * ~ * ~ *
A festa estava fantástica! Estava bem escuro, bomba de fumaça, strobles e o melhor, canto para alguma orgia. Remo olhava para aquilo com nojo. Como poderiam ser tão estranhos? Ainda mais se soubessem que ele monitor estava lá!!! Sirus e Nicole pareciam se divertir com a festa. Então foram colocar o plano em prática.
Todos se sentaram em uma roda para conversar. Cada um com seu par. Andersen com Nicole, Sirus com Marianne, Remo com Narcisa (que já sabia do plano), David e Isa, Zabini e Clarisse.
Zabini não parava de olhar descaradamente para Marianne, que por si não deixara sem resposta os olhares quentes e queimantes. Logo, sumiram. Perfeito. Sabiam o que Marianne ia fazer com ele, somente os 3. A gravidez tinha que chegar aos ouvidos do pai de Zabini logo, logo.
David sentia desconfortável com a presença de Narcisa no grupo. Sirus havia pegado algumas bebidas para todos, junto de Andersen, que depois sumiu. Sirus se divertia com ele. Na bebida de David, o único que pediu algo diferente (uísque), colocou uma poção que Gabi havia preparado, bendita Gabi, disse uma vez Sirus, que sempre precisava de uma poção anticoncepcional para ele.
David bebeu tudo de uma vez só. Ele logo após encontrou os olhos de Narcisa, de depois os de Isa. Parecia que tudo ia girar. Quando olhava para Narcisa. Mas ao lado de Isa teve um acesso de riso.
- Não quero uma grifinória como mãe dos meus filhos, Narcisa, quer casar comigo? – puxou o anel do dedo de Isa, que logicamente não fez nenhuma objeção e deu a Narcisa que estava sorrido com a situação.
Somente sobraram Sirus, Nicole, Remo, Lise e Isa. Todos saíram da festa, dando um grande show (logicamente Sirus não ia deixar de olhar para uma daquelas meninas com namorado e Nicole dar uns amassos em um menino noivo). Remo e Lise foram para os jardins, já estava quase amanhecendo, não era necessário ir para a torre. Isa, parecia estar aérea. E começava a andar sem rumo. Sobraram Nicole e Sirus, um sorriu para o outro. É seria uma longa caminhada até a torre.
* ~ * ~ * ~ *
- O jardim a noite não parece encantado? – disse Lise para quebrar o gelo.
Estavam sem conversar já fazia alguns minutos. Ambos envergonhados com tudo o que havia acontecido hoje. Um olhou para o outro e ali tentaram alguma salvação para a vida deles.
- OquevoceachademimLise?
- O que? – ela havia entendido, mas queria ouvir de novo
- O que você acha de mim? – mais pausadamente
- Eu?- sorri marota – eu acho que te amo....
Ele olhou incrédulo para ela. Ele sorriu bestamente.
- Eu também...
Remo estava bem mais próximo do rosto de Lise a ponto dela sentir a respiração dele em sua face, foi aí que ele alcançou os lábios de Lise e beijo-os suavemente, ela o correspondia ternamente, eles realmente se acariciavam,pelos lábios, Lise levou sua mão a nuca de Remo e lá brincou com os cabelos do jovem, Remo para de repente e ainda próximo a ela ,olha para ela como se pedisse permissão,mas sem falar nada lhe beija novamente, só que dessa vez foi um beijo profundo e longo,o qual ele pode explorar cada canto da boca de Lise com sua língua, essa brinca com a língua dele ao mordê-la de leve, mas tudo que é bom acaba e eles têm que se separar..........
- Acho que... – disse Remo – tenho certeza – sorrindo – te amo
* ~ * ~ * ~ *
- Acho que deu certo... – sorriu Nicole
- Lógico, Nicky, fui eu quem fez, quem teve a brilhante idéia!
Ela parou no meio do corredor. Ela sabia com ele era egoísta. Mas dessa vez ele tinha passado longe de mais. Ele virou-se para ver o rosto maroto da bela garota que se encontrava atrás dele. Que o fazia sentir coisas um pouco difíceis de entender.
- Que foi? – ele a olhou maroto – que tal brincarmos?
- De que?
Ele a empurrou para um tapete que havia do lado esquerdo do corredor, dando em uma sala pouco iluminada. O contado dos corpos eletrizou-os levemente, já que não deram ouvidos aos leves toques que tinham quando se encontravam.
- O que estamos fazendo aqui?
- Vamos brincar um pouquinho – sabia exatamente a brincadeira de Sirus, e resolveu brincar também
- Tudo bem – ele a olhou ainda mais malicioso, queria saber até onde Nicky ia com ele e sabia que poderia ir bem longe...
- Relaxe – ela o fez sentar em uma cadeira, ele a olhou assustado, mas concordou
- Só não vai me matar com as suas massagens!!
Ela respirou fundo, engolindo a resposta que daria, e tocou com gentileza os ombros de Sirus. As mãos começaram a trabalhar com habilidade, movimentos precisos e delicados desfazendo toda a tensão que ele carregava. Pôde sentir o corpo relaxando e a respiração pausada e tranqüila. Ele parecia tão inocente que despertou dentro dela o desejo de tomá-lo em seus braços e acalentá-lo.
Sirus sentiu o choque inicial ao primeiro toque de Nicole, uma estranha energia percorrendo seu corpo e alertando seus sentidos. Mas então se deixou dominar pelos movimentos suaves e permitiu-se relaxar, fechando os olhos em deleite.
Quando sentiu os lábios dela tocarem sua nuca em um beijo delicado, mas profundo, deixando-o eletrizado, o que estava acontecendo, com ele? Quem era ela pra fazer tantos sentimentos fluírem? Levantou-se rapidamente da cadeira, e olhou para ela. Um dos seus sorrisos matreiros, divertidos, lascivos.
Nicole caminhou até ele em movimentos lentos e sensuais. Ela parou em frente a ele, levantando a cabeça para fitar o rosto sério e sedutor, enquanto passava o dedo pelos traços bonitos de Sirus, explorando a face de pele fria e os lábios macios.
Ela afastou-se repentinamente, como se quisesse pensar, refletir sobre o que estava fazendo. Ouviu pequenos murmúrios, pareciam repetições que o deixavam esquisito, louco de desejo, tomá-la em seus braços e continuar a fazer amor com Nicky. Ela virou-se para ele marota, cheia de malicia.
Ainda podia sentir o toque leve como a seda em seu rosto, em seus lábios, e desejou tocá-la da mesma forma. Fitou os olhos cor de castanho esverdeada que o fitavam com um brilho quente e sensual. Imaginou-se tocando a pele macia, saboreando o gosto doce dos lábios cheios, e pensou em como tudo isso parecia irreal. Ela estava ali, parada em sua frente, os lábios entreabertos, o olhar esperançoso, o corpo falando por si só o quanto ela o queria.
Nicole semicerrou os olhos, num gesto extremamente lânguido e que o fez estremecer. O colo alvo, subindo e descendo enquanto respirava, deixou-o fascinado, e uma sensação de expectativa o dominou. A verdade, é que ela sabia exatamente o que tinha em mente e o que pretendia fazer.
Ela estava lhe enlouquecendo. Cada gesto parecia estudado e feito especialmente para prendê-lo em sua rede. O corpo estava muito próximo, quase colado ao seu. Ele podia sentir a energia fluindo dela e penetrando em seu ser. A respiração, morna e cadenciada, tocava em sua pele, provocando arrepios.
Ele tentou afastá-la, mas os seus olhos o puxavam para mais perto. Tocou o cabelo negro e brincou com uma pequena mecha. Era sedoso e macio, como parecia ser a pele clara e rosada.
As mãos dela tocaram sua cintura, penetrando sob a camisa branca. Podia sentir seu ar fugindo de seu corpo a cada toque, os músculos retesando-se sob os dedos que deslizavam por sua pele.
Queria tocá-la, mas ela o mantinha distante. Esse era o jogo dela e ele era o seu peão. Ouvia a voz rouca sussurrada em seu ouvido, excitando-o. Sua respiração estava acelerada e sua cabeça girava. Precisava tocá-la, não agüentava mais as mãos dela percorrendo seu corpo, entorpecendo seus sentidos.
Sentiu o toque suave dos lábios dela no lóbulo de sua orelha, a língua começando a traçar contornos delicados pela linha do seu pescoço. Pôde sentir a camiseta sendo retirada lentamente, como em uma dança bem ensaiada.
Seus cabelos negros espalharam-se, caindo uma mecha sobre o rosto. Ela colocou-se na ponta dos pés enquanto beijava sua testa, de uma maneira carinhosa, e retirava a mecha rebelde. Ele fechou os olhos, permitindo-se sentir o toque suave dos lábios dela.
- Abra seus olhos. Não quero que perca nada.
A voz rouca e sensual penetrou em seus sentidos, lhe fazendo abrir os olhos. O olhar dela sobre si era tão intenso, que se sentia afogar na íris que brilhava desafiador.
Ela se afastou um pouco, permitindo que os dedos jeitosos descessem até o botão de sua calça. Ele pôde sentir seus olhos abrirem em um espanto mudo, ao perceber que ela abrira o botão. O sorriso que se seguiu, foi malicioso e provocante, quase tirando sua atenção do som suave do zíper descendo.
- Você tem certeza?
Foi tudo o que conseguiu dizer. Sua garganta estava seca, e não estava bem certo se conseguiria recuar agora.
Sua calça sendo retirada lentamente foi toda a resposta que recebeu. As mãos dela tocando suaves como plumas a sua pele, à medida que descia a calça . O olhar, que em momento algum ela deixou de sustentar, mostrava-se quente como uma floresta em chamas.
Uma brisa fria tocou em sua pele, contrastando com o calor que sentia. Não conseguia lembrar-se de onde estava, ou do porquê fora àquele lugar. A vida fora reduzida a ele, ela e um momento no tempo.
Ela retrocedeu alguns passos, fechando os olhos por alguns segundos. Ele sentiu-se só, como um navegador em pleno mar em uma noite sem estrelas. Ele queria o castanho esverdeado daqueles olhos, queria perder-se nele, mergulhar sua alma e seus sentidos.
Ela abriu os olhos lentamente. Ali ele pode ver algo diferente. Ela sorriu calmamente. Como ele conseguiu fazer isso com ela. Deixá-la norteada, deixá-la agir como queria. Ele estava sendo um fogo que parecia consumi-la de uma maneira profunda.
- Não quero mais brincar Sirus – disse sorridente – eu já brinquei o bastante, depois, quem sabe um dia a gente termina esse joguinho? – piscou sedutoramente e saiu pelo mesmo buraco aonde fora levada.
Sirus caíra atônito no sofá. Pela primeira vez sentiu o que sentiu com uma garota, ela era perfeita, muito perfeita. Não pode nem tocá-la, fazê-la sentir o que ele sentiu. Mas sabia que um dia teria volta. Com certeza. Não poderia deixar esse jogo de sedução não ir ao final. Ah, não. Um Black nunca perde, mas também nenhum Potter perdeu.
*~ * ~ * ~ *
Isa andava sem rumo desde que saíra da festa. Não pensava em nada, não sentia nada. Parecia um simples robô que precisava desligar na tomada para acordar. Aquela história a havia deixado sem ação. Por que será? O que ela estava procurando pra conseguir pensar em tantas coisas assim?
Isa abriu os olhos novamente. Com certeza não estava em seu quarto. Por que ele não era bagunçado. Deveria se o quarto dos meninos. Mas como entrara ali? Ela nem sabia aonde era? Ou sabia? Nesses pensamentos ela ouvira a voz de um dos rapazes cantando lentamente, calmamente, embalando o lugar, dando um certo ar etéreo para aonde estava.
Broken this fragile thing now
And I can't, I can't pick up the pieces
I've thrown my words all around
But I can't, I can't give you a reason
I feel so broken up (so broken up)
And I give up (I give up)
I just want to tell you so you know
Isa seguia com cuidado a melodia, poderia ser um rádio, ou uma ilusão. Então encontrou alguém lá. Estava de cortina fechada, não se podia saber quem era. A musica inebriava Isa, parecia que era para alguém que seria muito especial. Parou para ouvir a melodia novamente. Por que pensar e ouvir a musica não eram muito seus fortes, ainda mais neste estado.
Here I go, scream my lungs out and try to get to you
You are my only one
I let go but there's just no one that gets me like you do
You are my only, my only one
Made my mistakes, let you down
And I can't, I can't hold on for too long
Ran my whole life in the ground
And I can't, I can't get up when you're gone
Something’s breaking up (breaking up)
I feel like giving up (like giving up)
I won't walk out until you know
Sutilmente andou até chegar à cama do desconhecido. Abriu as cortinas com calma, parecia que ela não estava ali, estava tão concentrado na sua musica que nem reparou que ela estava lá. Então se assustou, mas segurou o medo, o grito, a ação. Era David, era o Harry cantando, ele nunca cantava. Nunca o ouviu cantar. Será que era para ela? Ou era para outra? Agora que estava livre ela queria somente ele, somente ele.
Here I go, scream my lungs out and try to get to you
You are my only one
I let go, there's just no one who gets me like you do
You are my only my only one
Here I go so dishonestly
Leave a note for you my only one
And I know you can see right through me
So let me go and you will find someone
A música entrava em seus ouvidos e parecia estar sendo gravada. Como o gravador que estava ao lado de Harry, que estava maravilhoso. Estava bonito, animado, se divertido. Era esse Harry que ela queria ver enquanto estavam no futuro. Era esse por quem ela se apaixonou, e ama até agora. Mesmo que não fosse para ela, aquela musica marcaria sua vida para sempre, pelo simples fato de ter ouvido seu amado tocar.
Here I go, scream my lungs out and try to get to you
You are my only one
I let go but there's just no one, no one like you
You are my only, my only one
My only one
My only one
My only one
You are my only, my only one
Seu corpo fez alguma sombra logo após a musica terminar. David entrara em choque, então Isa fechou o cortinado. Ele desligou o som e virou-se para a sombra que ainda estava lá.
- Quem é que ta aí? – gritou um menino dentro das cortinas, abriu as cortinas e viu Isa – Isa? O que foi?
- Eu estou com uma cara tão ruim para uma coisa que aconteceu de bom?
- Ta linda – sorriu – vai me contar?
- Você não sabe? – disse intrigada
- O que?
- David – disse com um sorriso amarelo – lógico que você sabia...
- O que Isa?
- Que o time de quadribol inteirinho ta na ala hospitalar! – disse nervosa
- Sério?
- Não coisa!
- Nossa, calma – disse David – o que aconteceu?
- Nada... – disse fria
- Tudo bem então - deitou-se na cama – vou dormir – fechou o cortinado, e apagou a luz do abajur.
- Mas eu não quero que você durma! – abriu o cortinado, ele calmo olhou para ela
- Mas eu quero dormir! Boa Noite – fechou o cortinado
- Você não estava com sono até agora! – abriu ferozmente o cortinado
- E você está me estressando, Isa!!! – fechou novamente o cortinado, desligou a luz e se deitou, Isa sentiu o sangue subir e contou até 10, enquanto fechava os olhos
- VOCE QUE É UMA BESTA AMBULANTE, ACORDA!! – abriu novamente o cortinado
- Sai daqui!!! – disse David fechando o cortinado – e ponto final! Deixa-me dormir!
Isa já estava vermelha de raiva, uma raiva incontida. Grunhiu e silenciou-se novamente, a raiva estava transbordando ela. Até ouvir o grito de David.
- Quer sabe? Dane-se!
E então, o inesperado. Ela ainda estava furiosa quando David se levantou. Ele parou quando os corpos dos dois encontravam-se a poucos centímetros de distância. Os dois se encaravam, e Isa estava quase certa do que iria acontecer, mas mesmo assim, continuou ali parada. Mais uma vez a grifinória fechou os olhos. Sentiu dois dedos tocarem levemente em torno de seus lábios. Mal teve tempo de sentir falta dos dedos, quando estes foram embora. Sentiu ele a puxar para bem perto, modelando o corpo dela no dele. Uma das mãos dele continuou a segurá-la firme pela cintura, enquanto a outra a tocava no pescoço, lhe mandando arrepios por todo o corpo. Quando ele estava próximo de chega os braços da garota timidamente envolveram o pescoço do rapaz.
E então aconteceu, e foi como mágica. Uma vez, observando ele beijar não muito empolgado a ex-ficante, ela imaginou que aqueles lábios deveriam estar provavelmente frios e amargos. Acabou tendo uma surpresa no momento em que lábios quentes tocaram os seus, suavemente, provando sem pressa o gosto que ali se encontrava. Aquele beijo era tudo que Virginia esperava: era gentil, era lento, e acima de tudo, era doce. Chegava perto da perfeição novamente. Ela estava no céu apenas com os lábios dele nos dela. Não pode evitar um suspiro frustrado quando ele acabou com o beijo no momento em que o ar se esgotou. Os rostos se afastaram. Novamente sentiu ele em seus lábios, o que mais precisava?
- Sabe – disse ela – eu ainda me lembro de nossos beijos eram bons... mas e agora?
- É melhor. - a voz não passava de um sussurro. - Mas ainda falta alguma coisa... - eles novamente estavam tão próximos a ponto dela sentir a respiração dele. As pontas dos narizes se tocaram de leve, e a ruiva voltou a fechar os olhos, sentindo um frio na barriga. Mas em vez de sentir os lábios, ela sentiu outra vez os dedos. Não que fosse reclamar. Mas o tempo agora parecia estar passando bem mais devagar, e pareceu uma eternidade até David retirar os dedos e voltar a colar seus lábios nos dela.
E daquela vez as sensações foram duas vezes mais intensas. Isa não sabia por que mas essa conexão que os dois estavam compartilhando parecia tão... certa. Como se fosse algo que sempre fora predestinado a acontecer de novo, e de novo. Ela desfrutava de tudo aquilo e esquecia-se completamente do mundo ao seu redor. Estava a beijar David e David estava beijando-a, e aquilo era simplesmente perfeito, novamente perfeito. Era primoroso o calor que lhe preenchia o corpo com o toque dos lábios, o formigar de sua pele conforme os dedos dele percorriam sua face, afastando alguns fios de cabelo que insistiam em cair, os sons que os dois produziam assim que suas línguas se encontravam por breves momentos. Sim, aquilo era o paraíso...
Quando o rapaz acabou o beijo, ambos encontravam-se ofegantes. Os olhos azuis novamente encontraram os castanhos, e novamente Virginia viu vida naqueles olhos frios. Apesar da face pálida do moreno mostrar apenas sinais de calma, os olhos dele revelavam diversão.
- Agora você vai me dizer o que aconteceu? – disse sorrindo, ai aquele sorriso é tudo – e não diga que eu sei, por que Nicole não me contou nada...
- Ta – ela abriu um sorriso – o Malfoy terminou comigo! – ele a olhou incrédulo, quase delirando – ta vendo algum anel aqui? Ta ele estava sobre uma poção do amor, mas até esse momento meus pais já saibam, toda a Sonserina estava lá...
Ele limitou-se a um de seus belos sorrisos, e levantou-a e girou-a. Ela parecia se divertir com a situação. Os dois olharam-se novamente, não precisava dizer mais nada, tudo estava de volta em seu lugar. Como deveria ser.
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