Tá Quase Lá

Os marotos mal foram se deitar e já tiveram que se levantar. Passaram a noite em claro conversando. Uma vez em que, Thiago e Lupin gostariam de conversar sobre o palácio e o cálice de fogo, Sirius se continha em falar apenas das meninas das outras escolas. Ele até mencionou aquela garota que havia chamado a atenção de Lupin naquela noite ‘’ a maioria das garotas da Beauxbatons são maravilhosas, as da Durmstrang são até que razoáveis, mais vocês viram aquela aberração? Aquela coisa? Aquele corvo? Que coisa ridícula, uma menina tem que se vestir e se cuidar como uma menina, não como um, um, nossa, não tem nem como descrever com o que aquela coisa se compara!``. Thiago nem prestou muita atenção no amigo, mas Sirius mal tinha terminado o comentário maldoso e já havia levado uma bronca de Lupin ‘’... Você acha que tem o direito de julgar as pessoas desta maneira, a maneira que ela se veste é da conta dela, você nem conhece ela...’’ Ninguém deu muita importância a aquela conversa, a qual acabou tão de repente quanto surgiu.



Os garotos levantaram com muito sono, pois haviam dormido muito pouco, demoraram um pouco para acordar, assim que perceberam que estavam calçando a camiseta, resolveram se espertar.



A hora que chegaram no salão de refeições da Beauxbatons, Sentran-se em uma das mesas, tomaram seu café da manha, e depositaram seu nome no cálice, e então ficaram ali, para olhar quem depositava seu nome também


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Severo Snape entrou no salão, tirou seu pergaminho do bolso, e quando estava prestes a soltá-lo para ser engolido pelas chamas azuis dançantes do cálice...



- Leviocorpus – disse Thiago azarando o colega



Snape ficou suspenso no ar, como se uma corda invisível estivesse o segurando pelo tornozelo e o deixando de cabeça para baixo.



- Hahahaha, sem chance Severo... Você não vai ser selecionado como campeão de Hogwarts, colocando ou não o seu nome no cálice, então... Para que perder tempo?! Vem, vamos brincar comigo.



- Com certeza não tenho menos chance que você!Me solte agora! Se não...



- Se não o que? Vai chamar o Papaizinho? Um trouxa? Pensei que você os desprezava não é?! Que ironia do destino não!



- Isto.Não.É.da.Sua.Conta.Seu.Potterzinho.Nojento!



- Me chamou do que?



- Potterzinho nojento!



- Acho que estou ouvindo alguém me chamar lá fora... Bom... Estou indo... Sirius... Tenho impressão que estou esquecendo alguma coisa... Mas não sei o que é!!– Falou Thiago em tom iônico



- Potter! Seu imbecil volte aqui e me solte agora!



- Seja mais gentil, por favor...



- Você vai se arrepender...



- Ai que medinha!!



- Potter, me solta agora! Seu fracassado!



- Seu o que?



- Fedido, imbecil e fracassado!



No momento em que Thiago levantou a varinha para amaldiçoar Snape de novo...
Lílian chegou, pegou o pergaminho que estava caído no chão com os dizeres: ``severo Snape – Hogwarts`` e o atirou para as labaredas azuis do cálice, e com um aceno delicado da varinha, despendeu Snape, que com delicadeza, voltou ao chão.



- Pronto severo, não de bola para estes idiotas!



- E VOCE.TIRE.AS.MAOS.IMUNDAS.DE.CIMA.DE.MIM. SUA SANGUE-RUIM NOJENTA – Urrou Snape, tirando os cabelos do olho, e saindo batendo os pés.
- Potter! Seu ser covarde e desprezível! Como pode ser tão invencível! – berrou a menina com os olhos queimando de raiva.



- Como você pode ter compaixão, dessa, dessa coisa cheia de gordura de porco! Não esta vendo como ele te tratou!



- Você o tornou assim! Você o tornou amargo e excluído como ele é!



- Eu? O que eu posso fazer se todo mundo o odeia!



- Não é todo mundo que odeia ele! Só você o odeia – Continuou Lílian mesmo sabendo que não era verdade – Você acha que só por que é o favorito de alguns professores pode sair por ai azarando todo mundo que tiver a cara um pouco menos feia que a sua!



Antes que Thiago pudesse responder, Lílian depositou seu pergaminho e saiu batendo os pés.



- Por que ela o protege? Eu não entendo! Olha o jeito que ele a trata – Perguntou Thiago se virando para os colegas. Mas percebeu que estava falando sozinho, por que Sirius estava falando com um grupo de meninas, a qual uma delas alisava seus cabelos negros, e outra estava abraçada em um de seus braços. E Lupin, estava sentado na mesa, lendo um livro.



- Acho que as meninas daqui sofrem por falta de homem! Este comportamento não é normal! – Comentou Lupin ainda voltado para o livro.



- Você, você, você viu aquilo? Como a Lily pode defender o nojento do seboso? – Falou Thiago guardando a varinha no bolso interno das vestes.



Neste momento os alunos da Durmstrang chegaram, e agora, estavam todos depositando seus nomes no cálice.



Assim que Lupin avistara a garota que qualquer trouxa chamaria de gótica ou punk, já não ouvia mais nada, não queria ouvir mais nada, não se importava com mais nada, não interessava mais nada, a única coisa que importava agora, era aquela linda garota.



-Lupin... Lupin... O Lupin...LUUPIN... SEU SONO?! Que? Que foi? O LUUPIN... – Falou Thiago estralando os dedos bem na frente do nariz do amigo.



- Aaa sim, sim, preto fica ótimo nela...



- Aaaa, tudo fica ótimo nela!



- Espera ai! De quem você esta falando – Perguntou Lupin sem jeito, agora que voltara em si.



- Da Lílian! De quem mais poderia ser! De quem você estava falannnnnn...



Uma das garotas da Durmstrang, com cabelo castanho ondulado, olhos esverdeados, e cílios muito grandes, passou encarando Thiago, e então sorriu para o garoto
- Minha mãe do céu! OLÁ – Falou Thiago quando ela passava



A garota apenas acenou sorridente e continuou a seguir o diretor.



- Minha nossa! O que foi aquilo, ela quase te comeu com os olhos... – Riu Lupin mudando de assunto rapidamente



- Eu gostaria que ela me comesse, mas não com os olhos!! – Falou Thiago bagunçando os cabelos.



Lupin riu, apontou para Sirius e falou – Daquele jeito?



Sirius agora estava beijando uma garota, parecia que iam se engolir. Mas a garota a qual estava abraçada a um de seus braços a pouco não parecia gostar nem um pouco.



Thiago riu, mas não falou nada. Os dois começaram a conversar, e então Sirius chegou apertando o nó da gravata.



-Este lugar, definitivamente, é o paraíso – Comentou Sirius ofegando, como se tivesse corrido na maratona.



- Pensei que tivesse odiado o palácio! – Indagou Lupin.




- Aaa o palácio sim, mas não seus, quer dizer, suas habitantes.



- Sirius.... Você só pensa em mulher, tente se concentrar, esta noite é a seleção!



- Por isso mesmo, eu só to comemorando adiantadamente.



Todos riram, mas a ansiedade para o resultado que sairia naquela noite não diminuiu, ao contrario, apenas aumentou.



Thiago sentia que a cada minuto que se passava seu coração acelerava mais, suas entranhas dançavam em um ritmo mais acelerado, e o frio que começou na barriga já havia invadido todo o seu corpo.



Finalmente anoiteceu, Sirius achou que precisaria de um suporte, pois não conseguia ficar sequer em pé, como se seus ossos fossem feitos de gelatina. Lupin não sentia mais um frio apenas na barriga, mas agora este frio estava tomando todas as partes do seu corpo. Thiago agora sentia que suas entranhas não estavam mais dançando, mas pareciam que estavam em um show de rock.



Com muito esforço, os marotos tomaram um banho, se arrumaram e obedeceram ao chamado do diretor e compareceram junto aos demais alunos de Hogwarts no hall de entrada do trem.



- Boa noite a todos – Falou o diretor olhando para o rosto de cada um dos 15 pré-selecionados – Esta palidez que presencia o rosto de cada um de vocês sem exceção, confirma minha teoria que esta, com certeza será uma noite muito importante na vida de vocês. Gostaria de dar os parabéns a todos, pois chegaram até aqui, e isto não é pouca coisa! Mas, infelizmente, apenas uma pessoa será o representante da escola de magia e bruxaria de Hogwarts, e como dito antes, eu deposito minha total confiança na capacidade deste aluno!



Thiago percebeu que não era apenas ele que não estava concentrado no discurso do diretor, todos os alunos estavam ansiosos de mais para absorver uma palavra daquelas proferidas pelo professor.



- Bom, estamos atrasados para o jantar de seleção, todos, me sigam, em silencio, por favor.

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