Lílium
N/A - > Bom, ANTES DE COMEÇAREM A LER, esse capítulo tem uma música da Avril Lavigne, a mais nova música dela, que chama KEEP HOLDING ON, eu aconselho MUITO vocês a lerem ouvindo ela, porque é linda. E depois VOU QUERER SABER SE GOSTARAM DESSE CAPÍTULO, ok? BOA LEITURA!
Hermione está morta. Ela disse a si mesma; dessa vez não sentira vontade de chorar. Os fenômenos deveriam ter acabado no momento em que ela morreu...
Alyne, cansada de repetir tanto aquele gesto, tornou a dar uma olhada pela janela.
Se os fenômenos estavam somente piorando, então... Então Hermione não podia estar morta... Ela podia estar sem respirar há dias e seu coração poderia não estar batendo, mas se tudo aquilo ainda não tinha terminado, então ela ainda não havia ido embora. Não completamente.
Alyne calçou os sapatos e saiu correndo pela casa. Precisava falar com Dumbledore imediatamente.
You're not alone
Você não esta sozinho
Together we stand
Juntos nós confrontamos
I'll be by your side
Eu vou estar ao seu lado
You know I'll take your hand
Você sabe que eu vou pegar a sua mão
When it gets cold
Quando ficar frio
And it feels like the end
E parecer o fim
Theres no place to go you know I won’t give in
Não há para onde ir, você sabe que eu não vou desistir
No, I won’t give in.
Não, eu não vou desistir
Os pensamentos ferviam em sua cabeça enquanto corria até o quarto no fim do corredor, onde Dumbledore ficava boa parte do dia, escrevendo em velhos pergaminhos algo que ninguém sabia exatamente o que era.
Se Hermione estava morta, então definitivamente não havia magia que pudesse trazê-la de volta, mas... Havia uma outra hipótese.
Ela viu a porta fechada e, sem hesitar, abriu-a abruptamente.
- Professor Dumbledore. – ela chamou em voz alta, ofegando.
O velho estava repousando em uma cama velha ao canto do quarto, lendo os pergaminhos que tanto escrevia com um sorriso no rosto.
- Srta. Wood? O que faz aqui?
- Eu... Me desculpe pela forma como entrei, mas eu preciso muito falar com o senhor.
Ele se ajeitou a cama, sentando-se e indicando a cadeira à frente para a menina.
- Pois então? Sou todo ouvidos.
- A Hermione... Ela não pode estar morta. – disse de uma vez.
Dumbledore ficou calado por um momento, fazendo-a imaginar que ele ficaria incrédulo, mas depois sorriu.
- Você é mais esperta do que eu pensava, mas peço que não tire conclusões apressadas.
- Mas professor, o senhor sabe que os desastres naturais deveriam acabar assim que Hermione morresse.
- Ninguém disse que era imediato.
- Ainda assim. – ela insistiu. – Já faz dias que ela faleceu e o céu de Londres parece cada vez pior. Tirando os outros pontos no mundo onde o tempo só piora.
- Bem...
- Olha, professor, eu venho tentando compreender que talvez o senhor não quisesse nos revelar alguma coisa, mas o senhor tem que concordar comigo que o fim do mundo está diante dos nossos olhos. Pode ser logo amanhã, ou depois, ou daqui há um mês. Peço que, no caso do senhor saber de alguma coisa, me conte. Nós temos que fazer alguma coisa.
O velho pareceu refletir sobre a proposta por um momento e depois suspirou.
- Não há o que esconder de você, há apenas o que lhe explicar.
- Certo, o senhor sabe da presença de magia que vem rondando a casa, e sabe também do lírio. O senhor acha que a Mione ta ressuscitando?
- Nenhuma magia é capaz de trazer de volta alguém que já se foi.
- Mas então... Isso que dizer... – ela sorriu para si mesma. – Significa que ela não se foi!
Dessa vez o homem não contrariou o pensamento da menina.
- Como ela pode estar viva se estava sem respirar? Nem o coração batia.
- Estava cumprindo a prova que ninguém cumpriu antes. – respondeu Dumbledore.
O rosto da menina se espantou e, não mais que dois segundos depois, se maravilhou. Ela sabia o que significava o “cumprindo a prova que ninguém cumpriu antes” e, se fosse sincera consigo mesma, acharia aquilo no mínimo surreal.
Ela se levantou e levou as mãos à cabeça, mexendo nos cabelos enquanto sorria boba.
- Então... Então só falta uma prova, certo?
Dumbledore compartilhou do sorriso da menina.
- Bem ou mal, essa história toda esta prestes a acabar, senhorita Wood.
Ela olhou para o velho, atordoada.
- Como eu posso ajudar?
O homem sorriu misteriosamente, colocando todos aqueles pergaminhos dentro de uma pasta de papelão, vermelha, que estava nos pés da cama.
- Confiar, senhorita Wood. Acreditar no poder das duas pessoas que você sabe que precisam da sua confiança.
Alyne sorriu, sabendo a quem ele se referia.
Sorridente, agradeceu ao velho e saiu do quarto, atônita.
- Lílium... – disse sorrindo boba a si mesma. – Hermione, você conseguiu!
Keep holding on
Continue segurando firme
'Cause you know we’ll make it trough, we’ll make it trough
Porque você sabe que nós passaremos por isso, nós passaremos por isso
Just stay strong
Apenas continue forte
‘Cause you know i'm here for you
Porque você sabe que eu estou aqui para você
There’s nothing you can say, nothing you can do
Não há nada que você possa dizer, nada que você possa fazer
There’s no other way when it comes to the truth
Não há outra saída quando se trata da verdade
So keep holding on
Então continue segurando firme
‘Cause you know we'll make it trough, we'll make it trough
Porque você sabe que nós passaremos por isso, nós passaremos por isso
A sensação de ter o estômago congelado que incomodava Harry desde o começo da discreta e escondida viagem de vassouras até Hogwarts, finalmente havia acabado. Estava no chão novamente.
O breu da floresta negra o impedia de ver qualquer coisa à sua frente. Não saberia que Rony estava ao seu lado se não o ouvisse tremendo, de medo ou de frio.
Os olhos do moreno queimaram em ódio quando, ao longe, viu os contornos do topo de uma das torres de Hogwarts. Voldemort deveria estar se achando o vencedor lá dentro.
Na orla da floresta, há alguma centenas de metros a frente do rapaz, era possível ver vultos se movimentarem lenta e discretamente, Harry sabia que eram apenas os membros da ordem junto a outros aurores.
Segundo as instruções de Lupin, os aurores atacariam primeiro, para chamar a atenção, depois viriam os duendes, apenas para sustentar o inicio do ataque e então, ele, Harry, Rony e Tonks adentrariam o castelo discretamente, procurando exclusivamente por Voldemort e, por último, atacariam os gigantes, para que o ataque deixasse de ser apenas uma distração e os comensais passassem a ser derrotados com mais facilidade, conforme a intenção.
Harry acreditava plenamente que se Voldemort fosse destruído por ele, poderia vingar Hermione e dar paz ao mundo, já que os comensais não teriam mais orientações, mas nem por isso deixava de pensar em outras hipóteses nem tão otimistas.
O barulho do mato o despertou fazendo-o olhar apreensivo para a orla da floresta. Forçou os olhos para enxergar os campos de Hogwarts, sem sucesso.
- Devem estar atacando. – disse baixa e rapidamente a voz de Lupin.
Harry não respondeu. Naquela noite, pra ele, até as árvores pareciam ter ouvidos. E uma audição bem aguçada.
A noite estava extremamente fria, mas nem por isso ele deixava de suar e, assim, uma gota escorreu apreensiva pelo seu rosto.
Os minutos pareciam horas e isso o incomodava muito. Será que o tempo não podia simplesmente passar mais rápido?
Para o rapaz, fora um período de meia hora desde o barulho no mato até os primeiros gritos de dor ecoarem pelos campos de Hogwarts. Ele horrorizou-se a ouvir Lupin, a sua frente, reclamar de como os comensais tinham percebido rapidamente o ataque.
Os gritos começaram com um longo intervalo de tempo entre si, mas não demorar nem dez minutos para se intensificarem, deixando claro que havia muito mais gente naquela batalha do que Harry jamais imaginara. Os gemidos altos de dor eram até mesmo simultâneos às vezes.
O mato se moveu novamente e Harry soube de imediato que eram os duendes indo fazer a sua parte.
Não demorou até que novos gritos surgissem, agora nem todos em voz humana.
Harry sentiu uma maior movimentação das pessoas próximas a si.
- Vamos! – sussurrou Lupin, inesperadamente, pegando sua mão e o puxando bruscamente, enquanto atrás deles, Tonks empurrava pra frente um Rony amedrontado.
Então, sem mais diálogos, eles foram passando pela densa folhagem da floresta, tentando desesperadamente chegar à orla.
Chegar ao local, no entanto, foi algo que Harry se arrependeu de desejar, quase imediatamente, ao ver o que até algumas semanas antes era o lindo e extenso campo de Hogwarts.
Agora, enquanto comensais, aurores e duendes lutavam furiosamente, o sangue tingia nitidamente o mato antes verde do lugar. Havia muitos corpos sem vida pelo jardim, dezenas deles, mas ainda assim não se comparavam as centenas de pessoas que lutavam vivas.
Uma pontada de medo atingiu seu estômago. A luta estava mais séria do que ele sequer imaginara.
- Nós... Nós vamos passar por aqui? – perguntou Rony, engolindo em seco.
Finalmente era possível ver alguma coisa ali, agora que a luz da lua iluminava-os junto as milhares de faíscas que não paravam de voar pelo ar.
- Temos que ser rápidos, por aqui é o único lugar que podemos passar correndo e diretamente para o castelo.
- Mas têm pessoas morrendo ali. – o ruivo gritou, esganiçado.
Ele apontou para a batalha e ao longe, com um gesto violento da varinha, um auror fez a cabeça do oponente voar longe.
Harry franziu a testa e encarou Lupin e Tonks com um olhar cético. Os dois continuaram calados.
- Vamos logo! – disse o rapaz, seriamente, antes de partir correndo, com os amigos no encalço, para dentro da batalha.
So far away I wish you were here
Tão longe, eu desejo que você estivesse aqui
Before it's too late this could all disapear
Antes que será tarde demais, isso tudo poderia desaparecer
Before the doors close, this comes to an end
Antes que as portas se fechem, isso chegue à um final
But with you by my side I will fight and defend
Mas com você ao meu lado eu vou lutar e defender
I’ll fight and defend yeah yeah
Eu vou lutar e defender, yeah yeah.
Na mansão Black o clima ainda era de luto, mas agora, mais do que nunca, todos estavam apreensivos sabendo que a última de todas as batalhas já deveria ter começado.
Do sofá da sala, Madame Pomfrey levantou-se, entediada. Ela foi até a cozinha, procurando algo para comer, mas descobriu que não tinha fome. Andou um pouco pela casa a procura de Dumbledore, mas acabou constatando que ainda deveria estar no seu quarto, trancado.
Foi até o topo da escada e de lá viu os Weasley’s e Luna, todos preocupados.
A enfermeira achava perda de tempo se preocupar daquela maneira, eles deveriam estar tentando esquecer aquilo na sua concepção, para depois do fim da batalha, se preocuparem com o que viria a acontecer.
Ela voltou a andar pelos corredores do segundo andar e arqueou as sobrancelhas, perguntando-se onde estaria Alyne.
Com a Srta. Granger, obviamente.
Ela sorriu de leve ao lembrar-se do quanto as duas andavam juntas por Hogwarts.
Foi, então, até o quarto de Hermione.
A primeira coisa que viu no quarto deu-lhe certeza que Alyne deveria estar ali, a janela aberta com a cortina esvoaçando para fora.
- Não deveria deixar a janela aberta, Srta. Wood. – disse sem dar atenção a mais nada no quarto, enquanto ia fechar a janela. Não houve resposta.
Ela virou-se e constatou que Alyne não estava ali.
Ficou contemplando o quarto por um momento, achando que havia algo de diferente no ambiente.
Madame Pomfrey então foi até a cama, percebendo finalmente o que estava diferente no lugar.
- Madame Pomfrey, você está com Heron? Eu o procurei pela casa inteira e ninguém o viu desde que Harry partiu com os outros. – disse a voz de Alyne. A mulher levantou o olhar para a porta, por onde a garota tinha acabado de entrar. – O que houve? Por que essa cara?
Ela tocou a cama macia a sua frente.
- Hermione. – disse quase sem voz. – Onde está Hermione?
Alyne direcionou os olhos à cama e enquanto lágrimas formaram-se nos olhos, ela sorriu discretamente.
A cama onde jazia Hermione estava, simplesmente, vazia.
Merda!
Harry jogou-se para trás, desviando por centímetros de um raio de luz vermelho.
Até ali ninguém havia percebi que Harry Potter estava tentando chegar a Voldemort, mas como qualquer outra pessoa ali, ele estava muito propicio a morrer a qualquer instante, bastava se deixar atingir por um daqueles raios de luz.
Desesperado para chegar ao castelo, ele já havia se perdido de Lupin, Tonks e Rony. Esbarrava em comensais e aurores, pulava sobre os corpos sem vida, jogava-se no chão para esquivar-se de feitiços. Sentia-se cada vez mais exausto, mas sabia que não podia parar.
Ele correu mais alguns metros, com dificuldade.
A batalha já tinha tomado proporções assustadoras, saindo dos campos de Hogwarts e chegando às terras vizinhas. Centenas de pessoas já haviam morrido.
Com tais pensamentos amedrontadores na cabeça, o garoto se viu tropeçando em um cadáver e caindo de cara no chão.
Harry se levantou, mas antes que sequer fizesse menção de continuar a corrida, viu uma varinha apontada para seu rosto.
- Adeuzinho, maldito auror. – disse o comensal, no tempo em que o rapaz aproveitou para dar-lhe uma rasteira e, com pressa, seguir para a entrada do castelo. – Você não irá escapar, auror. – tornou a dizer o bruxo, que ainda não o havia reconhecido.
Sentindo as pernas implorarem por uma parada, o moreno se virou e disparou um feitiço contra o oponente, que desviou agilmente.
- Avada Kedrava! – bradou o homem e da sua varinha saíram as verdes faícas mortais.
Harry não teve tempo de pensar, apenas usou a varinha para, em um movimento rápido, levantar um dos cadáveres estendidos no chão e usá-lo de escuro para a maldição da morte.
Em seguida, atirou o próprio corpo contra o comensal, que foi facilmente atingido e se viu imóvel, no chão, com o peso morto por cima.
Harry apontou a varinha para o bruxo, pronto para acabar com aquilo, mas não o fez.
Sua mão tremeu em hesitação e o verde dos seus olhos tornou-se confuso. Ele simplesmente não sabia o que fazer, não tinha coragem para tirar a vida de alguém. Aquilo já estava indo longe demais, precisava acabar...
- Vá garoto! – bradou um outro auror, que chegou pela frente e se ajoelhou sobe o comensal.
Harry sentiu os olhos arderem, mas acatou as ordens do bruxo.
Ele estava realmente cansado, cansado de tantas mortes. Não agüentava mais ver tantas vidas sendo o preço da sede de poder de Voldemort, não queria mais aquilo.
Uma lágrima deixou o olho verde do rapaz, quando atrás de si, ouviu o comensal gritar enquanto se debatia e, depois da convocação de um feitiço pelo auror, o mesmo calar-se com um grito seco.
Ele cerrou os punhos, sabendo que Voldemort era o único responsável por tudo aquilo. Se não tivesse matado os pais de Hermione, a maldição nunca teria a afligido. Se não tivesse mandado Malfoy armar contra ela, teria passado ao lado da menina os melhores e últimos meses de sua vida. E por fim, se Malfoy não tivesse se tornado um maldito comensal, talvez Hermione estivesse lutando ao seu lado naquele momento.
Harry podia afirmar a qualquer um que lhe perguntasse a diferença que ela faria. Ela o controlaria, ela acabaria com a confusão na sua cabeça, afastaria todos os seus medos, estaria com ele nos piores e nos melhores momentos, seguraria sua mão e não a soltaria por nada. Ele sabia que Hermione era a única pessoa que estaria com ele até o final e nunca o deixaria.
Mais lágrimas vieram e estas novamente o prejudicaram, fazendo sua visão embaçar e, assim, se deixar atingir por uma rajada de luz vermelha, que o arremessou violentamente para a esquerda. Ele caiu de costas no chão e urrou de dor.
Keep holding on
Continue segurando firme
'Cause you know we’ll make it trough, we’ll make it trough
Porque você sabe que nós passaremos por isso, nós passaremos por isso
Just stay strong
Apenas continue forte
‘Cause you know i'm here for you
Porque você sabe que eu estou aqui para você
There’s nothing you can say, nothing you can do
Não há nada que você possa dizer, nada que você possa fazer
There’s no other way when it comes to the truth
Não há outra saída quando se trata da verdade
So keep holding on
Então continue segurando firme
‘Cause you know we'll make it trough, we'll make it trough
Porque você sabe que nós passaremos por isso, nós passaremos por isso
- Você morrerá pelo meu lorde, estúpido auror. – disse ainda outro comensal.
Harry tentou se levantar.
- Estupefaça. – bradou o homem.
Harry não foi rápido o suficiente e se viu novamente sendo mandado para longe. Sua roupa já estava suja e cheia de lama e sangue.
- Você morrerá aos poucos, maldito auror. – disse o homem a sua frente, com uma calma fria e maliciosa. – Diffindo!
Harry contraiu o rosto em dor, urrando enquanto sentia os músculos do seu braço se rasgar violentamente, deixando um profundo corte a mostra.
Ele arrastou-se para trás, enquanto rasgava um pedaço da camisa e amarrava no braço, numa tentativa desesperada de estancar o sangramento.
- Algum último pedido?
Interiormente, Harry apenas desejou que Hermione estivesse ali, mas o orgulho não permitiu que dissesse o mesmo, se ele era “Harry Potter, o eleito”, faria ao menos uma vez, jus a essa denominação.
- Que você morra! – disse se levantando em um salto.
Partiu para cima do comensal sem saber direito aonde seu instinto queria que chegasse.
Desferiu-lhe um soco no rosto, fazendo-o cambalear, e na tentativa de um novo golpe, viu-se entre duas varinhas inimigas.
- Pronto para morrer?
Ele não respondeu, preferiu apenas encarar o comensal com ódio.
- AVADA KEDRAVA! – gritaram os dois, com sorrisos maliciosos.
Harry não fechou os olhos e nem se moveu. Algo, de alguma maneira, lhe dizia que tudo ia ficar bem. Era como um daqueles instintos e sensações sem explicação que as pessoas simplesmente não conseguem explicar. Ele só sabia que tudo ia acabar bem; quase podia ouvir uma linda melodia no ar, com uma maravilhosa voz feminina cujas palavras eram de total incentivo. Ele simplesmente acreditou.
Não precisou de mais do que isso. Estranhamente, quando há centímetros do rapaz, as duas linhas de luz verde mudaram de direção bruscamente, como se um força invisível acabasse de rebatê-las.
- Nem um pouco pronto. – respondeu uma voz feminina em um tom altamente autoritário. – Você está?
Antes que Harry tivesse qualquer reação, os comensais que o cercavam saíram voando para longe, subitamente. Gritos de dor foram sufocados pela distância a que ficaram do chão.
Harry virou-se para onde havia ouvido a voz, e ao longe, caminhando imponentemente até o rapaz, estava uma linda morena de cabelos cacheados.
A menina, que agora tinha uma aparência muito mais madura e imponente, usava uma fina blusa preta, de alça, que deixava uma parte da barriga a mostra. A bota de couro negra ia até um palmo abaixo do joelho, garantindo-lhe flexibilidade para lutar. Não havia sequer uma pulseira no seu braço ou um colar no pescoço, a única coisa que lhe enfeitava o corpo era a tatuagem abaixo do ombro, que brilhava em um tom intenso de dourado. Por fim, usava uma calça jeans negra que lhe deixava a mostra às lindas curvas, carregando na cintura uma pequena adaga de pedras que refletiam a luz da lua de maneira intensa. O ar da mulher era simplesmente sexy e intimidador ao mesmo tempo, fazendo qualquer um pensar duas vezes antes de se aproximar.
Um primeiro comensal veio até ela e lhe lançou a maldição da morte.
Harry gritou seu nome, alertando-a, mas ela apenas abriu um sorriso dotado de malícia.
- Desipare Incantatum – ela bradou, levantando uma das mãos.
As faíscas se dissiparam instantaneamente no ar.
O comensal ficou estático e, sem deixar de sorrir, ela fez um gesto mais violento com as mãos, fazendo uma brisa gelada avançar mortalmente contra o homem e mandá-lo longe, sendo então amparado pelo tronco de uma árvore.
Ela abriu os braços, gentilmente.
- Mais alguém? – perguntou, causando ódio em muitos outros comensais, que partiram para cima da menina sem hesitar.
Harry, que ainda não acreditava no que seus olhos viam. Será que a vida tinha lhe dado uma nova chance? Ele perdera Hermione, seria aquilo uma segunda chance para salvá-la?
Ele quis levantar depois de pensar nisso, crente que não podia deixá-la ir novamente, mas ao longe, Hermione rodopiou no ar, fazendo todos os feitiços lançados contra ela se chocarem um contra o outro. Ela parecia muito poderosa.
- Hermione, sai daí, agora! – o rapaz gritou.
Ela não respondeu, apenas mirou com os olhos um amontoado de pedaços de madeira ao longe e levantou as mãos na direção do mesmo.
- Nunca, e eu repito, nunca, tentem tirar de uma mulher, seu filho e o homem que ama. – ela disse furiosamente aos muitos comensais que lutavam ali, sendo com ela ou não.
Levantou as mãos pro céu e ao longe às centenas de estacas de madeira começaram a flutuar subindo cada vez mais aos céus.
Harry deixou o queixo cair. Como ela estava fazendo aquilo sem varinha? Como tudo aquilo estava acontecendo?
Não teve tempo de pensar muito nisso. Sentiu algo pontiagudo contra a sua cabeça.
- Pare ou o moço aqui morre – disse um comensal, apontando a varinha para a cabeça de Harry.
Hear me when I say
Me ouça quando eu digo
When I say I believe
Quando eu digo que acredito
Nothing’s gonna change
Nada vai mudar
Nothing’s gonna change trust in me
Nada vai mudar, acredite em mim
What ever is ment to be
Seja o que for
We work out perfectly yeah yeah yeah yeah
Nós resolvemos perfeitamente, yeah yeah yeah yeah
Hermione olhou para Harry e sorriu. Ele entendeu aquele sorriso, achando tudo aquilo loucura.
- Você deveria passar a escutar melhor as instruções de uma mulher.
- Eu já disse, que o mato.
- Não vai ter nem tempo de fazer isso!
Antes que ele respondesse, ela abaixou as mãos velozmente, fazendo com que toda a madeira que antes escalava os céus, descessem como centenas de pequenos foguete, em uma velocidade assustadora.
Harry aproveitou a incredulidade do comensal ao seu lado e lhe deu uma rasteira, vendo a chuva de estacas chegar ao chão, umas delas acertando a barriga do comensal.
Ao longo do terreno as estacas caíam certeiras nos comensais, ferindo-os ou matando-os rapidamente, ajudando consideravelmente os aurores.
Ela voltou a caminhar e, os que ainda tentavam chegar a ela com estacas presas nos ombros, pernas e braços, eram arremessados para longe de maneira violenta por apenas alguns gestos da menina.
Ela finalmente chegou a Harry e ajoelhou-se a sua frente.
- Você está bem? – perguntou, mudando completamente o jeito, ficando mais carinhosa.
- Eu... Você... Como? – ele gaguejava.
Ela sorriu para ele. O sorriso dela era lindo.
- Foi ferido no braço. – disse observadora, colocando as mãos sobre o machucado do rapaz.
- Ai... – ele reclamou. – O que você...?
- Calma. – disse, piscando pra ele. – Confia em mim.
Ela tampou o machucado dele com as mãos, que inevitavelmente sujaram-se de sangue. Fechou os olhos e suspirou.
Após um murmúrio, uma luz branca contornou suas mãos e Harry sentiu um frio intenso no braço. A dor estava passando.
Ela sorriu e abriu os olhos, tirando a mão e revelando o braço do rapaz em perfeitas condições.
Harry sorriu aliviado e tocou o rosto da morena.
- Como?
Ela se levantou, olhando para o topo da montanha ao lado de Hogwarts.
- Uma longa história. – disse, puxando-o para cima. – Vamos, não temos tempo a perder.
- Hã?
- Vamos logo, não vai demorar a ter mais comensais aqui e eu não quero ter que fazer... Isso.
- Ir aonde? – perguntou, abobado.
- Para a nossa guerra. – ela disse com certa ênfase – Vamos acabar com isso de uma vez por todas.
Harry aceitou a mão da garota e, juntos, se puseram a correr, tentando desesperadamente alcançar o topo da montanha.
Keep holding on
Continue segurando firme
'Cause you know we’ll make it trough, we’ll make it trough
Porque você sabe que nós passaremos por isso, nós passaremos por isso
Just stay strong
Apenas continue forte
‘Cause you know i'm here for you
Porque você sabe que eu estou aqui para você
There’s nothing you can say, nothing you can do
Não há nada que você possa dizer, nada que você possa fazer
There’s no other way when it comes to the truth
Não há outra saída quando se trata da verdade
So keep holding on
Então continue segurando firme
‘Cause you know we'll make it trough, we'll make it trough
Porque você sabe que nós passaremos por isso, nós passaremos por isso
N/A -> Bom, Lílium ta cada vez mais perto do final e isso me deixa MUITO triste. Vou sentir falta de vir aqui postar pra vocês a fic e tals, mas vou deixar toda a “despedida” pro último capítulo. Que por acaso vai ser o próximo. Pois é gente, esse já o penultimo e eu já tenho o final da fic quase pronto. Pra quem gostar de ler fics sobre BANDAS, me avisa, eu escrevo também, tenho uma já pronta e to escrevendo outra, blz?
N/A -> Quem não leu o capítulo com a música da Avril perdeu, viu? Fica muito² legal! Mas o último capítulo também vai ter música e daí vocês podem ouvir a dele.
N/A -> Agora, é a parte onde eu peço pra vocês votarem MOITO² e comentarem MOITO² também ^^, ta bom?
N/A -> Pra finalizar, peço para serem pacientes, eu crio que não vou demorar a postar o último capítulo de Lílium. Até lá vocês podem ficar se perguntando como vai ser, se alguém morre e coisas do tipo. Mas eu REALMENTE quero saber o que vocês acharam desse capítulo em especial, blz?
Beijão povooo, até o último capítulo!
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