Espírito
Ó... Esse capítulo eu acho que vocês vão gostar... Mas quero q vocês comentem suas opiniões ok? Agora fiquem a vontade para ler e COMENTAR depois xD... Uhashusauha...
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1.07 Espírito
Hermione acordou, seu corpo estava dolorido. Estava em um quarto pequeno, com paredes de pedra, o local era iluminado por apenas duas tochas presas às paredes. Á sua frente, uma porta de madeira velha.
Levantou sentindo dores por todo o corpo, seu joelho estava ferido e sua cabeça latejava. Levou a mão na cabeça, que ardeu forte, viu sangue em sua mão e constatou um extenso corte na testa.
Foi até a porta, mas a mesma estava enfeitiçada. Procurou por sua varinha, mas as únicas coisas que haviam no lugar era uma pequena janela no alto de uma das paredes e um espelho quebrado.
A garota tentou olhar pela janela, mas não alcançou.
– Não adianta Granger – disse uma voz fria atrás da garota – Você não conseguirá fugir, o mestre preparou tudo de maneira minuciosa.
– Quem é você? – perguntou ao comensal.
– Você não me conhece, nem precisa conhecer.
– O que vocês querem de mim? – perguntou sentando-se no chão, os joelhos não sustentavam mais o corpo.
– Não sei os planos que o mestre tem pra você garota.
– Se não sabe de nada, então porque esta aqui – perguntou desafiadora.
– Mais respeito com os superiores – disse sacando a varinha e apontando para Hermione – Vai aprender a me respeitar.
– O que você...
– Crucio – interrompeu.
Hermione sentiu a horrível sensação de contorcer-se novamente, a dor era quase insuportável, seu corpo se contorcia como se fosse de elástico, mas o fato de não ser causava uma dor torturante em todas as extremidades.
Ela gritou, gritou com toda a voz que tinha, gritou como se assim conseguisse aliviar o sofrimento, como se seus gritos pudessem diminuir a tortura.
O comensal cessou o feitiço. Se antes o joelho de Hermione já doía, agora estava latejando, como se de dois em dois minutos ela ajoelhasse em uma agulha.
Sua cabeça parecia levar marteladas fortes sem parar, estava cansada do duelo com Bellatriz, e não agüentaria aquela situação por muito tempo, mas a única coisa que sentia mais que dor, era raiva.
– Agora imagino que você saiba como tratar um superior, sua garota insolente – disse divertido.
– Garanto que você vai se arrepender – disse entre dentes, o brilho estranho invadia seus olhos novamente e o comensal pode jurar ver chamas queimando no fundo dos olhos dela.
– Reposta errada – sorriu novamente.
– Eu juro que acabo com você – agora sua voz também assumia um tom diferente.
O comensal agora sentiu uma pontada de medo, não sabia como ter medo, ela parecia somente uma garota, sangue-ruim, inútil, mas poderia jurar ter visto raiva e ódio estampados no rosto da morena.
Hermione agora se levantava com uma dificuldade imensa, seu joelho ferido ainda não conseguia sustentar o corpo, sua cabeça, com um corte profundo na testa, não queria mais pensar, mas algo a fazia levantar, uma sensação que ela mesma não conseguia explicar insistia que se levantasse, que não se desse por vencida.
Levantou-se como se não houvesse dor e caminhou calmamente ate o comensal. Ele não entanto, com medo da expressão da garota, resolveu terminar com aquilo.
– Crucio – bradou antes que ela pudesse se aproximar muito.
A garota caiu novamente no chão. Aquela expressão estranha sumira.
O desespero invadiu sua mente, não sabia mais o que fazer, não tinha como fugir, mas não poderia deixar que a matassem.
Sentiu sua mente falhar, seu corpo se render à dor. Não sabia se sua vida resistiria, sabia somente que naquele momento suas forças haviam se esgotado e não tinha do onde tirar mais.
Logo se rendeu à dor que o feitiço causava e fez a única coisa que parecia aliviar seu sofrimento e afastar suas preocupações e medos. Gritou, mas não gritou uma coisa qualquer, gritou pelo nome da pessoa que a confortava, pela pessoa que a fazia sentir-se segura, gritou pela pessoa que a fazia sentir-se feliz como nunca fora antes, gritou com toda voz que tinha, esgotando as ultimas forças, gritou por Harry e caiu desmaiada no chão sujo e frio daquele lugar.
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– Hermione! – gritou o moreno acordando assustado.
Todos na sala o olharam assustados.
– Você esta bem Potter? – perguntou a professora olhando-o, atenciosa.
– Eu... Eu acho que sim – disse levando a mão à cabeça.
– Tem certeza? Não quer ir à enfermaria? – perguntou preocupada.
– Será que, bem, eu poderia ver o professor Dumbledore?
– É sobre...
– Isso mesmo, posso?
– A senha é Chifre de Unicórnio.
– Obrigado professora Minerva – agradeceu juntando o material rapidamente.
O garoto colocou tudo na mochila, apressado, e saiu da sala depois de dizer algo a Rony. Depois foi apressado até sala do diretor.
– Chifre de Unicórnio – disse a estatua que dava acesso a sala de Dumbledore.
O garoto subiu até a sala do diretor, que já o esperava sentado em uma cadeira atrás de sua mesa.
– Até que você demorou – disse o professor, sem tirar os olhos dos papeis que estavam em cima da mesa.
– Como sabia que eu vinha? – perguntou se aproximando.
– Eu não sabia, apenas deduzi – disse, agora se virando para encarar o garoto.
– Eu, queria saber se vocês descobriram alguma coisa, sobre a mione – o garoto se sentou na cadeira à frente a mesa do diretor.
– Iria interrogar Bella agora mesmo – disse levantando-se – Se quiser, eu peço para te chamarem assim que souber de algo.
– Eu quero ir junto.
– Harry...
– Por favor – interrompeu – Me deixa ir junto, não to aguentando esperar.
O professor olhou o garoto por cima dos oclinhos de meia lua, e analisou calmamente sua expressão.
– Se você tem tanta certeza que quer – disse depois de pensar um pouco – Me acompanhe.
O garoto se levantou e foi até o professor.
– Harry, me responda uma coisa – pediu calmo.
O garoto não disse nada, apenas assentiu com a cabeça.
– Essa preocupação toda com a Srta. Granger, não é só por amizade, é? – perguntou olhando-o desconfiado.
– Er... É, bem... Nós estamos namorando e eu gosto muito dela, de, uma maneira diferente – disse corando furiosamente.
O professor sorriu divertido e saiu do escritório.
Harry seguiu Dumbledore pelos corredores de Hogwarts, que pareciam nunca terminar. Ele não sabia dizer se isso era ansiedade ou nervosismo, mas os corredores pareciam não acabar mais.
Saberia finalmente o que Voldemort queria com Hermione, e apesar de suspeitar que era por sua causa, não podia ignorar uma pequena esperança que tinha de saber que o motivo era outro.
Dessa vez Bellatriz não teria como mentir, usariam o Veritasserum.
– Chegamos – anunciou Dumbledore.
Entraram na sala que Harry reconheceu ser de Snape. A bruxa estava amarrada por cordas enfeitiçadas no centro da sala, aparentemente desacordada.
– Potter, o que faz aqui – Snape perguntou com desprezo.
– Ele, como namorado da Srta. Granger, quer ver o que a nossa amiga, Bella, tem a dizer – disse o diretor indo para junto de Snape.
Só então o garoto notou uma outra pessoa na sala.
– É melhor ficar aqui Harry – disse Allison colocando uma mão no ombro do garoto.
– O que você faz aqui? – perguntou o garoto no tom mais educado que conseguiu.
– Eu serei sua professora de Defesa Contra as Artes das Trevas esse ano – disse sorrindo.
– Dumbledore não avisou nada – disse observando o diretor que conversava distraído com Snape.
– Isso porque eu cheguei muito tarde ontem, mas creio que hoje ele comente alguma coisa.
O garoto ia dizer alguma coisa, mas Bellatriz já acordava e eles lhe dariam o Veritasserum.
– Malditos, não digo nada, NADA – gritava ainda sonolenta.
– Severo – disse Dumbledore indicando que poderia dar a poção.
O bruxo se aproximou da mulher e derramou o frasco inteiro na boca dela. Ela tentou cuspir, mas acabou se engasgando e bebendo tudo.
– Agora, nos diga – disse o diretor calmo – O que, exatamente, Voldemort quer com a Srta. Granger?
– Foi depois do ataque no beco diagonal, ele ficou impressionado com o poder que aquela sangue-ruim demonstrou ter, ele queria esse poder sendo usado a seu favor, queria fazê-la se juntar a nós, sob a maldição Impérius – a bruxa soltou uma gargalhada de satisfação – E agora ele a tem, agora ele a possui.
– NÃO – gritou Harry da porta da sala, chamando a atenção de todos.
– Nem eu gosto de admitir isso Harry, mas a Srta. Granger não iria conseguir resistir a uma maldição imperius do próprio Voldemort.
– Ela ainda não ta enfeitiçada, eu vi, num sonho a eu vi, ela ta sendo muito torturada, mas não ta sob o controle dele – explicou tentando se manter calmo.
– Bella, você sabe se isso é verdade? – pergunto voltando a bruxa.
– Provavelmente – confirmou – o mestre queria mostrá-la a alguém, antes de qualquer coisa.
– Para quem?
– Eu não sei, ele não quis dizer.
– Sabe o porquê?
– A pessoa esta a procura de uma menina especial, quer saber se a sangue-ruim é essa menina.
O diretor trocou um olhar desconfiado com Snape, mas o mesmo afirmou ser impossível ela estar mentindo.
– Voldemort planeja algo para Harry? – perguntou voltando-se à mulher.
– O mestre planejava um ataque, mas agora sua atenção voltou-se totalmente para garota, ele parece muito interessado na inteligência e nas habilidades dela.
– Ele não tem mais nada para Harry então?
– Ele pretende voltar ao garoto assim que puder controlar a sangue-ruim.
– Onde ele esta? Como chegamos ate ele e a Srta. Granger?
– O esconderijo é uma casa magicamente modificada no meio do nada, suas portas são chaves-de-portal para lugares estratégicos, e há chaves-de-portal especiais para se chegar até lá.
– Quer dizer que, apesar de total sigilo sobre a localização desse lugar, a Srta. Granger pode fugir apenas tocando uma das portas? – perguntou Snape incrédulo.
– Basicamente, sim, mas ai esta a questão, como ela desconfiaria que pode fugir apenas tocando as portas? – debochou.
– Como vocês são idiotas – exclamou com desprezo.
– Em que lugar cada porta leva? – perguntou Dumbledore.
– Uma leva a uma floresta, perto de umas ruínas antigas, do outro lado das montanhas de Hogwarts, a segunda a um beco escondido em Londres e a terceira leva ao cemitério onde o mestre ressurgiu.
– Ótimo – declarou o diretor – Severo fique aqui, Profª Sulliver mande uma coruja para Azkaban, quanto a você Harry, venha comigo.
A Professora Sulliver saiu apressada da sala, e logo em seguida o diretor seguiu até a sua sala seguido de Harry.
O garoto o seguiu calado, não sabia o que ele tinha em mente. Ao chegar na sala de Dumbledore, o professor sentou-se confortável na sua cadeira e o garoto na cadeira a frente de sua mesa, onde estivera sentado a algum tempo atrás.
– E então professor, sabe como podemos ajudar a mione? – perguntou ansioso.
– Bom, eu reunirei a ordem e pedirei que vasculhem os locais indicados por Bellatriz, mas temo que seja a única coisa que possamos fazer, portanto torça para acharmos essas chaves-de-portal que ela citou – lamentou.
– E se eu tentar avisar a mione, digo, nos sonhos, tentar manda-la tocar as portas? Assim como ela me pediu ajuda.
– Harry, comunicação via sonhos, pensamentos, é uma habilidade rara, assim como ser ofidioglota e essa eu receio que nem você, nem a Srta. Granger tenham.
– Mas professor, eu tenho certeza que não foi sonho, eu podia ouvir na voz dela o quanto ela estava desesperada por ajuda, sabe, ela gritava com expectativa que alguém a ouvisse, no caso eu.
O diretor se ajeitou na cadeira.
– Tem certeza do que diz?
– Absoluta, era como se ela gritasse diretamente para mim, só faltava estar olhando na minha direção – completou abrindo um pequeno sorriso.
– Então, talvez, Bella esteja certa – o garoto o olhou intrigado – Talvez, a Srta. Granger seja mais... Habilidosa que nós pensamos.
– E então, acha que eu posso tentar alerta-la?
– Acho difícil conseguir isso, mas tente, não tem nada a perder – disse mirando sua atenção a um pergaminho em cima da mesa.
– Hã... Tem mais uma coisa professor – disse chamando novamente a atenção do diretor.
– Sim?
– Quero ir junto quando a ordem for procurá-la.
– Se acha que vou concordar com isso, esta louco – declarou calmo.
– Mas...
– Sem “mas” Harry, se quiser eu te aviso sobre qualquer pista, mais nada.
– Quero – disse por fim, saindo do escritório.
O garoto saiu apressado pelos corredores do castelo, queria achar Rony e contar o que presenciara, a essa hora as aulas já haviam terminado e o amigo devia estar no salão comunal.
– Harry! – chamou Alyne de longe, agora corria ao seu encontro.
– Oi – cumprimentou.
– Alguma coisa da Hermione? – perguntou preocupada.
– Temos uns pontos onde achamos que podemos achar pistas ou até mesmo ela, mas só isso – suspirou desanimado.
– Hum, bom, tenho que ir – disse vagamente.
– Onde vai? – perguntou curioso.
– Biblioteca e depois salão comunal – disse indicando um pergaminho, provavelmente para algum trabalho – Sabe, agora eu sei por que a Hermione odeia aquela Cho Chang, meu merlin, porque eu tive que ir parar na mesma casa que ela? Ela é muito chata.
– Corvinal é uma ótima casa, significa que você é uma pessoa inteligente – disse sorrindo forcado.
– Que seja – respondeu voltando a correr, dessa vez na direção oposta.
O garoto terminou seu caminho até o salão comunal da Grifinória, onde encontrou Rony e Gina desanimados, aparentemente esperando por ele.
– E então? – perguntou o ruivo curioso.
– Aplicaram a poção, ela deu umas informações que acho que serão muito preciosas pra ordem, alguns mistérios novos pra eles desvendarem – disse, levemente, irônico.
– Ta, mas e sobre a Mione? – Gina perguntou ansiosa.
– Apenas falou sobre o interesse que Voldemort tem nela e sobre alguns lugares onde podemos encontrar pistas do paradeiro dela ou chaves-de-portal que levem até o esconderijo dele, onde, supostamente, ela esta presa.
– Supostamente? – a ruiva levantou a sobrancelha.
– A forma de escapar de lá não é das mais difíceis, toque uma maçaneta e esta longe de Voldemort, logo, ela pode já ter escapado.
Os amigos ficaram sem fala, na verdade, não sabiam ao certo o que dizer. Harry aproveitou e contou tudo sobre o sonho e sobre o que Dumbledore havia dito, contou também sobre o interrogatório de Bellatriz.
– Bom, meninos... Vou me deitar – disse Gina, levantando-se e subindo ao dormitório feminino.
– Eu também – disse Harry se levantando e olhando interrogativo à Rony.
– Não to com sono, pode ir.
– Ta, boa noite – disse já subindo as escadas.
– Noite...
O garoto subiu ao dormitório, se trocou e logo se deitou, não havia mais nada a fazer, o professor havia dito que sonhos não ajudariam, então desistiu e resolveu dormir.
O sono do garoto, no entanto, foi atormentado por um outro sonho. Ou seria uma visão? Estava dormindo, mas estranhamente conseguia pensar e agora se perguntava o que diabos estava acontecendo.
Seus pensamos foram interrompidos por sussurros que chamavam por seu nome. Aquela voz, aquela voz era conhecida, era de Hermione. Seria algum tipo de sonho como o que tivera na aula? Ou somente um sonho bobo.
Não, não poderia ser um sonho bobo, sem sentido, ele conseguia pensar, conseguia ver e pensar, como em uma penseira, mas sabia que não estava em uma. A garota estava desmaiada, com uma terrível expressão de dor no rosto e chamava seu nome.
Se pensar duas vezes, fez o que sabia que não teria chance de fazer novamente. Teria que ser agora ou nunca, se aquilo que teimara com Dumbledore fosse verdade, provaria agora, nem que precisasse tentar invadir a mente da namorada, mas diria a ela o que fazer, a chance fora lhe dada e ele não desperdiçaria.
– HERMIONE! – gritou o mais alto que podia – A MAÇANETA, TOQUE NAS MAÇANETAS DAS PORTAS, TRES DELAS SÃO CHAVES-DE-PORTAL.
A garota se mexeu inquieta como se ouvisse o que o namorado dizia, mas aos poucos, sua imagem foi se afastando do rapaz.
– HERMIONE – Harry gritou uma ultima vez o mais alto que podia, acordando logo em seguida.
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– Harry – chamou a morena, acordando assustada.
A garota se levantou e se viu novamente no quarto escuro, onde fora aprisionada. Foi calma até a porta, onde tocou com calma a maçaneta.
Nada aconteceu, mexeu na mesma, agitada, mas ainda assim, continuava no mesmo lugar. Era um sonho, foi o que concluiu, só um sonho.
Deu mais um olhada no lugar, tudo continuava da mesma maneira, a janela, o espelho, tudo. Ela foi novamente até a janela, observou que o sol já havia ido embora. Sentou-se no chão se perguntando a quanto tempo estava ali e quanto tempo ainda ficaria.
O machucado do joelho já não doía tanto, mas o corte que tinha na testa ainda latejava forte. Levantou-se e se olhou no espelho rachado de fora a fora, o corte estava realmente feio, não demoraria a infeccionar se continuasse naquele lugar horrível.
Sentou-se no chão novamente, sentia-se derrotada, não havia mais o que fazer, agora a única solução era esperar e ver o que o destino lhe guardava. O mesmo, no entanto, não demorou a dar resposta, cerca de meia hora depois a garota pode ouvir vozes se aproximando e uma delas era do homem que a torturara horas atrás, ou seria dias? Não sabia a quanto tempo estava ali e nem quanto tempo ainda ficaria.
A porta a sua frente se abriu e o homem adentrou o local seguido de mais dois comensais, os quais Hermione não conseguiu identificar.
– Levante-se – exigiu com desprezo – o mestre quer te ver.
A garota mordeu o lábio inferior, assim como fazia sempre que estava nervosa ou ansiosa. O momento que mais temera desde que fora capturada estava, enfim, chegando, ficaria cara a cara com Voldemort.
– O que foi? – perguntou elevando o tom de voz – Não vai obedecer? Quer um pouco mais de tortura?
– Porque deveria? – perguntou calma – Ele vai me matar se eu for, se eu ficar você me mata. Que diferença faz?
– E eu disse que ele quer te matar? – perguntou abrindo um sorriso malvado.
– E não quer? – levantou a sobrancelha intrigada – O que mais ele iria querer com uma... “sangue-ruim” ? – ela agora imitava o tom de desprezo do comensal.
– Você logo descobrirá. Apenas me siga.
Hermione pensou duas vezes antes de fazer qualquer coisa, mas decidiu ser mais racional dessa vez, logo se levantou e começou a seguir os comensais.
Ela os acompanhou por uma longa escada, quase não conseguia subir, seu joelho agora voltava a doer. Ela concluiu que deveria estar em um porão, quase soterrada ou que estivesse indo ao topo de uma torre, pois a escada parecia nunca terminar.
Depois de um período, quase interminável, subindo as escadas, seus joelhos pareciam não querer mais sustentar o corpo. Enfim chegou a uma enorme sala, o lugar não poderia ter aquela estrutura, uma sala enorme era sustentada por uma escada longa que descia em um pequeno quartinho? Não, não era possível, o lugar era com certeza, magicamente modificado.
A sala era redonda e vazia, de um lado havia uma porta e do outro, estava ele, Lord Voldemort sentado em uma imensa poltrona.
A garota ficou em pé, observando tudo com calma, ate ser empurrada pelo comensal. Ela cambaleou alguns metros à frente, ficando próxima a Voldemort. O mesmo lançou um olhar significativo ao comensal, que rapidamente saiu do lugar.
– Levante-se – ordenou o bruxo, agora sozinho com ela na sala.
Ela tentou obedecer à ordem do bruxo, mas sem a contribuição do joelho machucado, não conseguiu.
– Eu disse para se levantar sua escória desprezível – disse nervoso, estendendo a varinha na direção dela.
– Eu não posso, meu joelho não aguenta – respondeu firme.
– Ora, não seja covarde e levante-se – vociferou, balançando a varinha.
A garota sentiu como se houvesse pessoas a forçando a se levantar, e em questão de segundos, mesmo lutando contra o feitiço, estava de pé.
– Ótimo – sorriu, agora o bruxo se levantava da cadeira e caminhava em direção a ela – Para ser minha aliada tem que ser forte.
– A questão é essa, eu não quero ser sua aliada, nem sua comensal ou algo do tipo.
– Não tem que querer, você conhece a maldição Imperius, não conhece?
– Fique longe de mim – exigiu vendo ele cada vez mais perto.
Ela tentou correr ao se ver frente a frente com o bruxo, mas a dor no joelho novamente a derrubou.
– Sabe, você tem que aprender a superar a dor – disse se abaixando – tem que saber fazer todos os feitos que a dor tenta lhe privar de realizar.
Ela tentou se afastar, mas o bruxo pegou seu braço e estendeu, em seguida encostou de leve a ponta da varinha no braço da morena.
– Diffindo – bradou.
Um grande corte se abriu no braço de Hermione, provocando uma dor descomunal, a qual ela se rendeu e gritou. Alem da dor na cabeça e no joelho, agora ela tinha uma no braço também.
A garota recolheu o braço, como se para protegê-lo, e viu o sangue escorrer do corte e pingar no chão.
– Agora, me ouça – disse o bruxo calmo, colocando a própria varinha na mão da garota – Você pode ser apenas uma sangue-ruim, nojenta e desprezível, mas aprenderá, comigo, a resistir a dor.
O bruxo a levantou a força e estendeu novamente o braço dela, que gritou novamente, agora lagrimas desesperadas já deixavam os olhos. Ele, com se quisesse vê-la gritar mais, chutou-lhe o joelho ferido. A viu novamente urrar, desta vez não só de dor, mas também de ódio.
O brilho insano que já invadira seus olhos duas vezes, agora parecia mais forte. Quem olhasse de longe, diria que os olhos da garota estavam vermelhos, o que não deixava de ser verdade, estavam vermelhos em fúria.
– Quer que eu supere a dor? – perguntou com um sorriso cínico – Vou superar.
E dizendo isso socou-lhe com o braço cortado e devolveu-lhe o chute no joelho.
O bruxo xingou-a, mas ela nem ouviu, agora se ocupava em correr para a porta. Ela já estava quase na porta quando ouviu a voz de Voldemort novamente.
– Se não quer se unir a mim – ele agora pegava a própria varinha, que ela deixara cair – Então não se unira a ninguém. AVADA KEDAVRA!
Foi nesse momento que ela sorriu vitoriosa, mesmo sem saber o porquê. Sentia o feitiço se aproximando apesar de estar de costas. Sentiu os pés saírem do chão, seu corpo ficar mais leve, viu tudo escurecendo e assim parou de andar.
Voldemort assistir assustado aquela cenas, o feitiço havia desviado.
– AVADA KEDAVRA – gritou novamente.
Quando o feitiço estava a ponto de atingi-la, ela se virou em um movimento rápido e estendeu a mão para frente. Ao chegar à mão dela, as faíscas verdes se dissiparam metade para cada lado.
Ela enfim sorriu e começou a andar calma até o bruxo.
– Como você é idiota – exclamou com desdém – Me diga, achou realmente que iria conseguir me matar?
– Granger... Como, como você? – ele olhava assustado para a garota que agora tinha um porte diferente e um tom de vitória na voz.
– Granger? É esse o nome da minha herdeira? – perguntou mais para si mesma do que para o bruxo – Ah sim, eu posso ver na mente dela, Hermione Granger é seu nome.
– Herdeira? Você... Não, não pode ser, é apenas uma lenda – exclamou confuso.
– A lenda esta prestes a se tornar realidade.
– Você, você é... Elizabeth?
– Helen Elizabeth Rhys – completou – Ora, justo você, herdeiro de Salazar Slytherin, deveria me conhecer melhor do que ninguém.
– Eu não pensei que essa sangue-ruim pudesse ser a herdeira – disse, agora conformado – Ela é apenas uma nascida trouxa, um ser desprezível sem nenhuma habilidade mágica excepcional.
– Saiba que ela tem mais habilidades mágicas que você pode imaginar, e nem todas por ser a escolhida da lenda.
– Não conheço nada dessa lenda – ele declarou.
– Não minta seu idiota, você sabe muito bem os três passos devem ser seguidos para que eu pudesse voltar, sendo que o primeiro deles você deveria seguir.
– Eu não sei do que esta falando, nunca dei importância a essa lenda idiota.
– Sabe sim – insistiu – Os três passos que devem ser concretizados para o meu retorno. Primeiro, eliminar o sangue novo, o que abre as portas do corpo da herdeira para mim, este passo somente o maior inimigo pode fazer, na hora certa e no dia certo. Logo Voldemort, você fez o primeiro passo.
– Não seja tola. Eu não ligo pra você, não sou seu inimigo e nem fiz nenhum “passo”.
– A lenda te torna meu maior inimigo querido – explicou andando calma e examinando o lugar.
– Acredite ou não, eu nem sei que passos são esses – disse o bruxo, agora sorrindo.
– O segundo – continuou sem dar atenção ao que o bruxo dizia – Que deve ser feito por mim mesma, é provar a compatibilidade com a herdeira, e o terceiro, que deve ser feito pela própria herdeira, é marcá-la, dando a ela os meus poderes e tornando real a lenda de uma vez por todas.
– Isso não me interessa, eu nem sei do que você esta falando – afirmou voltando a apontar a varinha para a bruxa – Se quiser se aliar a mim ótimo, se não te matarei.
– Nunca vou me aliar a você.
– Então, adeus sua miserável – disse sorrindo – Avada Kedavra.
A bruxa não se moveu, apenas abriu a mão e estendeu. As faíscas verdes pararam na frente da mão da bruxa.
– Esses feitiços não funcionam comigo – explicou fazem o feitiço se dissipar no ar.
– Então porque não deixa de ser covarde e lutamos de igual para igual – o bruxo sugeriu.
– Ótimo, se me der a varinha da garota.
– Ela não trouxe a varinha, mas você pode lutar com a de um comensal.
– Você disse um duelo de igual para igual – disse sorrindo, irritando o bruxo.
Voldemort, irritado, foi até a bruxa.
– O que quer de mim afinal? – ele perguntou.
– Nada, e é por isso que eu vou indo – disse se virando e indo ate a porta.
– Mas não mesmo – o bruxo afirmou furioso, armando a varinha.
A bruxa, no entanto, não deixou que o bruxo fizesse mais nada, se virou rapidamente e, fazendo um gesto com as mãos, o arremessou.
– Não tente me impedir.
– Estupefaça – berrou furioso.
– Desipare Incatatum – gritou fazendo um gesto com as mãos.
Em poucos segundos o feitiços se dissipou no ar.
– Vejo que sabe usar magia antiga – Voldemort disse apontando a varinha para ela – Bom pra você, os feitiços antigos são muito poderosos. Avada Kedavra.
– Sei usar magia nova também, basta olhar nas memórias dessa garota – disse desviando das faíscas – Expeliarmus.
Logo o feitiço atingiu o bruxo e sua varinha voou longe.
– Sua...
– Calado – disse gesticulando, em seguida uma luz saiu da garganta de Voldemort e foi até a mão da bruxa, onde se transformou em uma pedra rosa.
O bruxo tentou completar a frase, mas a sua voz não saia.
– Desculpe – disse fingindo arrependimento – Fui obrigada a retirar sua voz, ela já estava me incomodando.
O bruxo novamente tentou falar alguma coisa, mas continuava sem voz.
– Quer ela de volta? – ela perguntou sorrindo, como se brincasse com uma criança.
Ele olhou-a com ódio. Ela sabia que ele não iria pedir, poderia ficar sem voz, mas não iria se rebaixar agora.
– Ótimo – ela voltou-se para o bruxo – Agora que você esta quietinho, eu vou embora, ainda tenho que providenciar que a garota cumpra o terceiro passo.
Ela jogou a pedra rosada no chão, quebrando-a.
– Voltaremos a nos ver – disse já na frente da porta – A propósito, eu quebrei a pedra, pode falar já.
Dizendo isso, o brilho vermelho nos olhos desapareceu, o joelho fraquejou, a dor na cabeça voltou e o corte no braço voltou a arder.
Hermione estava novamente naquela sala enorme, confusa, tonta. Voldemort a olhava assustado, com os olhos arregalados. Havia vestígios de uma batalha na sala.
Ela observou tudo calma por um momento, mas ao ver que o bruxo começava a vir em sua direção, rapidamente tocou a maçaneta da porta.
No primeiro instante nada aconteceu, mas no segundo seguinte tudo começou a rodar. A garota ainda não estava pensando direito, apenas se via caindo dos céus.
Agora já não estava mais na sala, caira em uma floresta escura, com arvores altas de grossos troncos. Já havia anoitecido.
Ela não sabia onde estava, mas, sem outra opção, começo a andar por entre as arvores. Ela estava mancando, o joelho ainda doía, mas não conseguiria sair dali se não andasse, mesmo não sabendo para onde ia, uma hora haveria de encontrar alguém, achar um lugar para descansar, ou algo assim.
– Por Mérlin, onde eu estou? – perguntou a si mesma enquanto caminhava.
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– Harry – chamou Rony, entrando no salão comunal, apressado.
– Que? – perguntou sem desviar o olhar da lareira.
– A professora Mcgonagal, disse que ela o professor Dumbledore precisam falar com você – ao dizer isso o moreno se levantou do sofá e foi até o ruivo.
– É sobre a Mione? – perguntou curioso.
– Não sei.
– Então vamos descobrir.
Os dois saíram do salão comunal em disparada para o escritório do diretor.
– Professor o Rony me disse que o senhor queria falar comigo. É sobre a Hermione? Vocês a acharam? Onde ela esta? – Harry perguntou ansioso.
– Acalme-se Sr. Potter – pediu Mcgonagal – uma pergunta de cada vez.
– Em primeiro lugar Harry – disse o diretor, calmo – Sim, em segundo, não e em terceiro, não sabemos.
– O que é então? – perguntou irritado com calma de Dumbledore.
– Foi notificado pelo ministério o uso recente de uma chave-de-portal não registrada, ela dá em um dos lugares que Bellatriz nos indicou.
– Onde?
– Em uma floresta atrás das montanhas.
– Ótimo, hoje eu tive um sonho com a Hermione, eu disse pra ela tocar nas maçanetas, ela deve ter ouvido.
– Isso é impossível Sr. Potter, o dom da transmissão de pensamentos é raro, pouquíssimos bruxos têm – a professora explicou, espantada.
– Bom, então é só irmos lá pega-la – o garoto parecia nem ter ouvido o que a professora disse.
– Não é tão simples Harry, a floresta que fica depois das montanhas é tão perigosa quanto a Floresta Proibida e não sabemos onde a Srta. Granger esta – Dumbledore esclareceu.
– Mais um motivo para não perdemos tempo – disse o moreno.
– Harry, calma, a ordem vai achá-la, não vai professor? – disse Rony, tentando acalmar o amigo.
– Vamos sim Sr. Weasley – afirmou o diretor.
– Eu também quero ir – protestou o moreno, agitado.
– Harry, você sabe que...
– Sei, mas eu quero ir, por favor professor.
– Bom... Vocês são os melhores amigos dela, portanto... – os dois sorriram esperançosos – Vão para o salão comunal de vocês, eu reunirei a ordem ainda hoje e quando formos eu mando chama-los.
Os dois assentiram com a cabeça.
– Harry – chamou quando o garoto já estava saindo – Não se preocupe, garanto que nada acontecerá a Srta. Hermione.
Harry forçou um sorriso e saiu do escritório do diretor. Era horrível não ter certeza de onde Hermione estava e nem se ela ainda estava presa, mas não tinha mais nada a fazer, o jeito era esperar e torcer, torcer para que a garota tivesse conseguido escapar.
N/A -> Gentii... comenta... ó... da mor desanimo entrar e ver que vcs num tão dndo suas opiniões.... Num da vontade de escrever..... Sério mesmo, vcs naum estão gostando??
N/A -> Brigadaum a Sally.. ela ajudou bastante nesse cap....
N/A -> Comentem e votem... -> 0 <-
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