memórias e mais surpresas



Capítulo 15: memórias e mais surpresas

- Harry querido, vamos para a casa dos teus tios e ficamos lá na próxima noite, enquanto você pega tudo, esta noite vocês devem estar cansados da viagem, pode ser? - perguntou Molly Weasley.
- Ok…
- Oh e querido, temos uma surpresa para você.
- O quê? – perguntou ele curioso e desconfiado.
- Bem, tu sabe que o negócio dos gêmeos anda de vento em popa, não sabes? – disse Arthur Weasley enquanto comia uma garfada de guisado.
- Aham…
- Então espera até ao fim do jantar. – Disse o Sr. Weasley maliciosamente.
- Vocês vão mesmo me deixar assim, na dúvida?
- É uma surpresa, não é, querido? – interveio a Sra. Weasley sorridente.
- Então pronto, não como! – disse Harry, numa tentativa de chantagem, afastando o prato.
- Eu não gosto que sobre comida e você não está tão magro que uma refeição não vai te fazer falta
- Estou gordo? – perguntou ele preocupado com a afirmação de Molly.
- Não, seu vaidoso, está ótimo! – disse Hermione divertida
- Sou vaidoso?
- Naaaaa, que idéia! – disse Ron
- Ei eu não sou vaidoso! É só que eu trabalhei e trabalho muito para ter um corpo minimamente bom e dizerem que estou gordo me em alarma!
- Então desculpa, querido! Não era minha intenção insinuar que estava gordo… Estás ótimo assim!
- Nesse caso obrigado Sra. Weasley – agradeceu Harry
- Sra. Weasley não! Molly!
- Desculpe Molly! Então, vão ou não vão me contar qual é a surpresa?
- Não, reza para que a refeição acabe depressa. – disse Arthur.
Harry juntou as mãos esticadas à frente do nariz, fechou os olhos e começou a dizer:
- Por favor, Senhor, deixai esta refeição que, tão caridosamente, acabe depressa, pois eu tenho uma tremenda curiosidade em ver a fantástica surpresa que a família que, também tão caridosamente, introduziste na minha vida, tem para mim.
- Felizmente somos só seis! – disse Ron
- Oh, vai, põe isso tudo na boca logo – ordenou o menino impaciente.
Para satisfação dele o jantar acabou pouco depois.
Colocaram uma venda em volta da cabeça dele, tapando os olhos e arrastaram-no escadas acima.
Ron, Hermione e Gina estavam também curiosos, não sabiam o que esperar.
As dúvidas acabaram quando os três chegaram na porta do antigo quarto de Percy e viram uma placa dizendo: HARRY, da Escandinávia, tem origem no nome Harold embora se possa usar como nome independente, significa Guerreiro Chefe.
Conduziram o “ceguinho” porta adentro e colocaram-no no meio do quarto, deixaram-no tirar a venda.
- Oh meu Deus!
- É o teu novo quarto, querido! – disse Molly – agora que o Percy já tem a sua própria casa…
- É ótimo! Está lindo! Vocês são fantásticos! Adoro vocês! – exclamou excitado, correu e abraçou o casal que estava extremamente contente com a reação do rapaz – Eu adoro, nem sei bem o que dizer! Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado!
- Não ten de quê, Harry!
- Vocês não deveriam ter feito! Devem ter gasto um dinheirão!
- Harry, não penses nisso agora, ok? E além disso, foram os gêmeos que pagaram!
- Onde estão eles?
- Fora, em negócios! Oh, e Ron, amor, o teu quarto está maior, e Gina, querida, tem uma mobília nova…
Os dois correram para os quartos.
Gina viu que também tinham arranjado uma placa dizendo a origem e significado do seu nome.
GINA, tem origem em Ginevra ou Virgínia, ambos do latim, embora Gina seja de origem Inglesa, com o significado de virgindade e pureza.
O quarto estava muito melhor, tinham tirado os cor-de-rosas todos e o quarto estava em tons de verde-seco e laranja. A cama era de casal e finalmente tinha uma escrivaninha com organização.
O quarto era pequeno, mas por livre e espontânea vontade dela. Assim ajudava a mantê-lo arrumado.
Voltou a sair, abraçou os pais e entrou no quarto de Ron, cuja placa dizia: RONALD, do Inglês, significa conselheiro do Rei.
Estava muito melhor assim! A mãe tinha-lhe organizado os pôsteres, e o quarto estava com um ar mais fresco e limpo! Mas continuava com a mobília normal e a colcha e cortinass laranjas dos Chuddley Cannons!
De volta ao quarto de Harry ela reparou na cama de casal com uma colcha verde-esmeralda e as cortinas combinando. Um armário de portas de correr igual ao novo dela, em que uma das portas era um espelho.
A escrivaninha era linda! Tinha um tampo de vidro (só vidro, mas grosso) assente em dois cavaletes de madeira clara, como toda a madeira do quarto. Para melhor organização tinha duas prateleiras de madeira.
- Este quarto é lindo!
- De fato… Acho que vou ficar e viver aqui o resto da vida! – comentou ele.
- Isso seria uma honra! – disse Molly feliz – Oh Hermione querida, só queríamos uma pessoa curiosa no jantar… O Carlinhos e o Gui, já têm as suas casas há muito tempo, e a gente não tinha nada para fazer do quarto deles… E depois olhamos para a mobília e pensamos logo em ti! Falamos com eles e eles dão o quarto de bom grado! Só tiramos uma cama e os pertences mais íntimos deles, porque a decoração é unisex e dum verdadeiro Grifinório!
- Oh, não era preciso!
- Era sim! – insistiu Molly empurrando a garota para a porta.
Também tinha o significado do nome do seu novo habitante.
HERMIONE, do grego, significa responsável.
Ela abriu a porta e Gina por cima do ombro de Hermione viu o ex-quarto de Gui e Carlinhos.
Cortins vermelhas e douradas, com a colcha combinando. O resto era tudo de madeira escura. No quarto as paredes eram brancas e pouco cobertas. O armário da roupa era uma cômoda muito baixinha (chegava apenas aos joelhos de Gina) que ia dum lado ao outro da largura do quarto (que visto que era um quarto de duas pessoas era grande), metade do móvel para a roupa e a outra metade para a papelada.
Ao lado da cama de solteiro estava uma secretária, muito simples, se não fosse pela quantidade exurbitante de gavetas: 16. 11 evidentes e 5 escondidas. Eram todas pequeninas, é claro...
Apesar das cores fortes e pesadas o quarto era grande e tinha as paredes brancas, o que fazia um bom quarto.

Todos os quartos naquela casa tinham o seu estilo, o que tornava difícil a tarefa de dar um estilo fixo à casa.
- É lindo! – suspirou Hermione.
- Eu pensei logo em ti, porque na minha opinião, este quarto combina contigo!
- Me dá uma sensação de concentração, vai ser fácil estudar aqui!
- Harry! – chamou Molly enquanto saía do quarto – esqueci de te dar isto! É um pôster da seleção nacional de Quadribol, põe onde quiser!
- Obrigado…
- Não sabia de que clube que é…
- Sou dos Puddlemere United, mas não sou muito fanático…
- CHUDLEY CANNONS!!! – gritou Ron.
- Porcaria, é o que é! – disse Harry antes de fugir com Ron no seu encalço.
**
- Acorda, temos de ir ajudar o Harry com a casa dos tios! – sussurrou Hermione.
- Que horas são?
- Dez…
- Ai! – queixou-se Gina enquanto se levantava e corria para o banheiro.
- NÃO! O Harry está tomando banho!
Ela parou com a mão na maçaneta.
- Tenho mesmo de parar de acordar tarde quando estão todos em casa!
- Porquê? – perguntou Ron que também estava com elas.
- já é a segunda vez… - ela deixou escapar.
- O quê?????!!!!!
Aí Harry saiu de calça, com uma camiseta branca, que dava pra ver os músculos. E disse enquanto secava o cabelo com uma toalha.
- Bom dia! Como vão? Dormiram bem?
- Sim – responderam as duas ao mesmo tempo, Ron permaneceu em silencio e agora olhava de Harry para Gina.
- Vamos de chave do portal e almoçamos lá, por isso ande! Ah, e só precisam levar pijama!
- Ok…
Harry entrou no seu novo quarto e fechou a porta, Gina por sua vez, se apressou a entrar no banheiro para não ter que dar explicações ao Ron.
Tomou uma ducha rápida e passou o tempo todo se esquivando do irmão até que finalmente:
- Estão prontos, meninos?
Os quatro desceram.
- Pegaram tudo?
- Aham.
- Vamos lá então!
Gina, como todos os outros tocou na garrafa de cerveja. Sentiu um gancho no umbigo e passado uns instantes voltou a ter os pés em terra firme.
Estavam no meio duma sala super arrumada, quase irreal.
Depressa soube que o resto da casa estava tão arrumada como a sala.
- Bem, há quatro quartos. Molly e Arthur, ficam no quarto dos meus tios, Hermione e Ron ficam no do Duda, Gina, vais para o das visitas e eu durmo, no meu, logicamente. Até lá, tava pensando em empacotar as roupas todas.
Todos concordaram.
Sr. Weasley conjurou um grande conjunto de caixas de papelão.
- Eu vou ver a roupa do meu primo, apesar de duvidar, pode ser que tenha alguma coisa lá que me agrade… Gina, me ajuda?
- Claro!
O quarto de Duda era estranho. Cheio de aparelhos muggles. Harry compreensivo explicou:
- Isto é um computador, pode jogar e surfar na net, aquilo é uma playstation, que serve também para jogar, Em cima tá uma televisão. Ali é uma aparelho de som e ao lado são Cd’s, para ouvir música, agora essa, é a única parte que me interessa… é que, para a fama de Dudão Durão o meu primo tinha de ouvir música minimamente pesada… Rock, também algum Metal. Mas de qualquer forma, tem aqui alguns Cd’s bem legais… e o aparelho é ótimo! Vou ver se encontro um feitiço para funcionar por magia e não por eletricidade.
- o que é isso? - perguntou ela pegando numa coisa em forma de disco e com uns fios pendurados.
- Um discman e os fones, também para ouvir música, mas para quando sai de casa.
Começaram a ver as roupas, mas eram muito espalhafatosas para o Harry, que preferia ser discreto.
Ele gostava de jeans e camisetas confortáveis, Duda preferia camisetas de times e grandes!
À uma da tarde Hermione entrou no quarto.
- Harry, está na hora de almoçar, mas só eu e tu é que sabemos mexer naquela cozinha e de qualquer forma… não gosto de cozinhar, não podia fazer o almoço e eu faço o jantar…?
- Eu? Nem um omelete eu sei fazer! Mas não tem problema… – ele pegou numa espécie de caixinha preta com botões e um ecrã e depois de apertar em alguns botões encostou-o ao ouvido.
- AH, já sei! É um Feletone!
- Não, isso é um celular quase a mesma coisa…
- Alo, Boa Tarde, eu queria encomendar três pizzas grandes, duas vegetarianas e uma de carne… Sim, sim!... Hum, Little Whinning, Rua dos Alfeneiros nº 4… Boa tarde. – Harry desligou o celular – Demoram 20 minutos…
- Tu sabe o número da pizzaria de cor? – perguntou Hermione espantada.
- Não! Mas o meu primo tem-no na lista.
- Ah, ok!
- O que são pizzas? - perguntou Gina.
- Comida. – disse Harry.
- Esclareceu muito!
- Espera e vê!
Passados 20 minutos as pizzas chegam e como ele tinha dito, era comida (UAU!)! Gina descobriu que gostava de pizza e Ron adorou!
Depois de almoçarem voltaram novamente ao trabalho.
À noite estava tão cansada que caiu na cama e adormeceu logo.


Harry desceu as escadas o mais silenciosamente que pode. Abriu a portinha de debaixo das escadas e vislumbrou o antigo quarto dele cheio de caixas de papelão. Removeu algumas, cheias de roupas velhas e brinquedos antigos do Duda e deparou-se com uma caixa enorme que dizia: LILLIAN E JAMES (não mexer).
Ele puxou-a e a levou até à sala.
A curiosidade aumentava a cada segundo, e depois de ir buscar uma faca na cozinha, se sentou e cortou a fita adesiva que selava a caixa. Abriu.
Logo ali estava uma penseira cheia daquela substância nem líquida nem gasosa e muito menos sólida. Tirou-as para fora e encontrou uma série de diários pertencentes a Liliam Evans, sete ao todo. Depois dos diários encontrou cartas, maços de cartas. A seguir à papelada haviam fotografias, dos tempos de Hogwarts e algumas do casamento dos Potter. No fundo da caixa estava um vestido lindíssimo branco e uma túnica preta, eram as roupas do casamento.
Harry despiu-se e vestiu a túnica do seu pai. Ficava um pouco justa, visto que o pai era mais esguio que ele, mas ainda assim ficava bem.
Voltou a sentar-se ainda com a túnica vestida e passou as fotografias vendo como os seus pais tinham sido felizes. Nas fotos de Hogwarts a maior parte era do seu pai, do Sirius, do Pettigrew e do Remo.
Havia algumas fotos da mãe e das suas amigas, mas dava para ver que Liliam era muito tímida. Lá para o sétimo e até mesmo sexto ano, o seu pai começava a ganhar a confiança de Liliam e ela já fazia parte do grupo. Havia algumas bastante íntimas dos vários rapazes com as suas ex-namoradas… ou mesmo futuras mulheres….
E sim, Harry, era tal e qual o seu pai!
Pegou no diário de Liliam correspondente ao 5º ano, abriu numa página e começou a ler.
"Porquê?
Ele é arrogante! Ele é estúpido! Ele é insensível! Ele é exibicionista!
Ele é tudo o que eu não queria! E no entanto…
Todas as vezes que o vejo quero agarrá-lo e beijá-lo, felizmente uma voz me lembra olha que ele é venenoso.
E quando ele diz o meu nome, a energia que eu gasto para conseguir dizer não…
ISTO É HORRIVEL!
Como é que eu posso gostar da pessoa que mais odeio?
Eu acho que já não vou agüentar muito mais a dizer que não quero sair com ele, porque quero. Só me apetece dizer-lhe: SIM, JAMES! QUERO! e ouvi-lo dizer: Jim, por favor. ou então… como é? Ah! Pontas, se preferir.
Mas depois sei que vou ser só mais uma na lista dele!"
Ele sorriu ao ver que afinal Sirius e Remo tinham-lhe dito a verdade no seu 5º ano, afinal Liliam nunca tinha odiado James assim tanto…
Pegou na penseira e mergulhou lá.
Estava na biblioteca, avistou então Liliam estudando sozinha, muito concentrada, foi então que percebeu. James ia na direção dela.
- Olá Lilly!
Harry reparou que a mãe não se preocupou em corrigi-lo para Evans.
- Olá James… – não era Potter?
- Sabes Lilly, nada de pessoal, maisapesar de não me chamar de pontas, podes sempre simplificar o James, que é muito clássico, pra Jim, se quiser me humilhar podes sempre usar o Jimmy! Tenta lá outra vez… - James engolia muitas de letras ao falar, tinha uma pronuncia estranha, própria.
- Oi, Jim.
- Oh, viu como consegue! Como vai?
- Estava tentando estudar, Jim… Porque, alguns precisam estudar para saber.
- Isso foi uma indireta?
- Mais uma direta, sim! Lá porque o senhor compreende na perfeição este novo feitiço de transfiguração e o tenha feito de primeira, isso não quer dizer que eu também tenha conseguido…
- Ah ok, Olha… quere ajuda?
Liliam olhou-o desconfiada.
- Quando?
- Quando quiseres… até pode ser agora!
- Agora… hum… não, já estou um pouco cansada de estudar.
- Ah ok, então, só mesmo pra não quebrar a rotina… Quer sair comigo?
- Não me parece…
- Porquê?
- Porque não… – disse ela levantando-se.
- Isso não é resposta! – resmungou ele seguindo ela.
- Como queiras, mais cai ou não vai? Se quiser até te ajudo a estudar, gasto o encontro todo estudando contigo!
- Hum…
- Não faço nada que não queiras! Juro! Juro pela minha magia!
- És mesmo terrível! Vai parar de me chatear se eu disser que sim!
- Muito possivelmente.
- Ai! Nunca pensei que iria dizer isto, mas… ok, Jim.
- Ótimo! – disse ele dando-lhe um beijo na bochecha e saindo correndo.
Foi quando a imagem da sua mãe petrificada começou a nublar que Harry percebeu que a memória era de James e seguiu o pai a corendo.
Conseguiu apanhá-lo no corredor a seguir James, ou Jim, ia extremamente bem-humorado, cantarolava e assobiava enquanto dava saltinhos e abanava a cabeça ao som da suposta música.
- …You blow me off like it's all the same, You lit a fuse and now I'm ticking away, Like a bomb, Yeah, baby…
You're playing games and now you're hittin' my heart, Like a drum, Yeah, Baby…
I'll let her rough me up, Till she knocks me out, She walks like she talks, And she talks like she moves…
And she bangs, she bangs, Oh baby, When she moves, she moves, I go crazy, 'Cause she looks like a flower but, she stings like a bee, Like every girl in history, She bangs, she bangs…
Your rap sounds like a diamond, Map to the stars, Yeah, Baby…
Well if it looks like love should be a crime, You'd better lock me up for life, I'll do the time with a smile on my face…
Till she knocks me out, She walks like she talks, And she talks like she moves
Harry seguiu-o sala communal adentro.
- Hei! Almofadinhas, Aluado, Rabicho! Sabem o que aconteceu? A Lilly aceitou sair comigo! – disse excitado sentando-se no chão de costas muito direitas e pernas cruzadas à frente dos amigos espantados com a notícia.
Depois Sirius sacou da carteira e tirou de lá 2 galeões e deu-os a James.
- Toma lá!
- Que é isso?
- É o dinheiro da aposta.
- Aposta? Que aposta?
- A que fizemos no quarto ano, você disse que conseguia sair com ela e eu disse eue não. – aquilo espantou Harry, como o seu pai poderia ter apostado sobre a sua mãe?
- Esquece, Almofadinhas, ela já não é uma aposta! Guarda o dinheiro, eu não quero ganhá-lo à pala da Lilly! Ela é mais que uma estúpida aposta! – disse James sonhador.
- Pontas? Estás se sentindo bem? Está sendo… maduro!
- Nunca me senti melhor! – disse ele com os olhos presos no céu, do lado de fora da janela.
- JAMES! – gritou Sirius depois de trocar uns olhares de dúvida com Remo e Pedro.
- QUE?
- Toma o dinheiro! Aposta é aposta!
James agarrou nas moedas e foi até à janela manda-las.
- A Lilly é mais que uma estúpida aposta! – e saiu lentamente para o dormitório.
- SOCORRO! SALVE-SE QUEM PUDER! O APOCALIPSE ESTÁ PERTO DE ACONTECER!!! JAMES POTTER! APAIXONADO!!!!! – gritaram Remus e Sirius depois de uma troca de olhares, deixando todos na sala olhando para eles e Pedro rindo.
Jim deu meia volta pegou em duas almofadas e atirou-as na cara dos dois amigos.
- E se tiver?
Sirius não conseguia responder por causa do riso…
Harry saiu da lembrança do seu pai, de volta ao presente, contente por verificar que o seu pai não era tão estúpido assim.
Quando voltou a olhar para a sala dos seus tios deparou-se com Gina a apreciar o vestido de noiva da mãe dele.
- Gina?
- Oh! Desculpa, Harry! Nem sequer sabia se podia! – lamentou-se ela pousando o vestido e voltando-se para se ir embora.
- Não! Não vái! Fica… – disse ele reparando em como ela era parecida com a sua mãe. Era o mesmo tipo de cara magra, de queixo saliente, lábios finos e perfeitos, nariz pequeno mas também perfeito, olhos redondos e grandes sob umas sobrancelhas direitas e finas, com as maçãs do rosto salientes, rodeado por um cabelo ruivo ondulado. A única diferença era que os olhos de Gina eram castanhos-claros e os de Lilly eram verdes – gostou do vestido?
- É lindo!
- Experimenta… Deve ficar bem, ten uma estatura parecida com a da minha mãe, apesar de ela ter sido um pouco mais alta.
- Ok… – disse ela, virando-se de costas e despindo a camisola.
Para o êxtase dele ela estava sem soutien e, apesar de ela estar de costas, ele teve de suster a respiração, pois era grande a atração que ele sentia pelo corpo bem feito da menina. Podia ver as omoplatas movimentarem-se enquanto ela se inclinava para enfiar o vestido. A cintura dela era fina e conduzia a umas ancas bonitas, as pernas eram musculadas e magras, como o resto do corpo!
Por baixo da saia do vestido ela retirou a calça do pijama e virou-se para ir buscar a segunda parte do vestido.
Só assim com o tecido escorrido ela estava ótima! Ele nem queria imaginar como ficaria ela com o corpete.
O vestido era sem costas com exceção dos fios que apertavam o corpete em volta do tronco.
- Harry, eu não consigo amarrar isto…
- Eu faço isso.
Ela encaixou a peça debaixo do peito pequeno e bem feito e desviou os cabelos das costas para ele poder amarrar.
Ele respirava com dificuldade devido à proximidade enquanto pensava «Eu sou tão estúpido!!!!» devido ao ambiente romântico que tinha criado ali.
Ela arrepiava-se cada vez que ele lhe tocava nas costas nuas.
Quando acabou ela virou-se, e ele deparou-se com a visão mais bela que alguma vez tinha tido. Deslizou os olhos dos cabelos desalinhados, mas ao mesmo tempo penteados, passou-os pelo decote aberto do vestido proibindo o uso de roupa interior superior, pelo peito encaixado em cima do corpete que demarcava a cintura fina e a barriga lisa dela, pelas mangas de sino compridas, pelas ancas que o tecido abraçava sem ficar justo e continuava pernas abaixo, quase transparente e solto.
Ele sorriu-lhe e encorajada por esse sorriso ela deu uma risada e deu umas voltinhas, fazendo a saia levantar-se ate aos joelhos com a velocidade.
- Tá linda!
Ela corou e respondeu:
- Também não tá nada mal!
- Oh, já me tinha esquecido que estava com a túnica do meu pai!
Ele pegou as fotos.
- Quer ver as fotos dos meus pais? – disse ele educadamente com um sorriso.
- Isso seria um prazer, já para não dizer, uma honra – respondeu igualmente educada, mas divertida.
Ambos se sentaram no sofá e começaram a ver as várias fotos, era diferente ver sozinho do que acompanhado… Com alguém reparava sempre em mais coisas.
Tiveram cuidado em manter a conversa baixa, para não acordar ninguém.
Depois das fotos passaram aos diários, nos quais alternavam a vez de quem lia em voz alta. A seguir viram também algumas cartas e quando já não tinham nada para ver Harry voltou a procurar caixas e encontrou umas cheias de roupas dos seus pais.
Nestas roupas não as experimentaram, apenas as olharam. Aliás, apesar de velhas, as roupas do seu pai eram de ótima qualidade e bem legais, havia inclusive um jaqueta de couro e Harry disse que ia guardar para ocasiões mais extravagantes…
Gina também gostou das roupas simples de Lilly.
- Tenho uma idéia – anunciou Harry.
- Ahm!
- Se eu gosto muuuuuuuuito das roupas do meu pai e tu gostas muuuuuuuuito das roupas da minha mãe, porque é que não ficamos com elas… quer dizer… se não ficarmos quem fica? Não acho que elas devam ficar fechadas no armário para sempre! E são de ótima qualidade!
- Ten certeza, Harry, quer dizer… como tu disse, devem ter sido caríssimas, e tu podia guardar as da tua mãe para oferecer a pessoal que te convide para festas…
- A quem? À Hermione não dá ela tem o peito muito grande grande, as camisas ficariam apertadas, e em você eu tenho a certeza que ficam bem…
- Ten mesmo certeza?
- Sim!
- Bem… então… pode ser! Mas então, no meu próximo aniversário não me dar nenhum presente!
Harry conhecia bem o orgulho Weasley, a dificuldade que eles tinham em aceitar algo, e Gina ainda era a melhor… Não, os gêmeos eram os menos orgulhosos!
- Combinado! – disse ele sorrindo-lhe e estendendo a mão.
Ela aceitou a mão com um sorriso deslumbrante.
Sem nada para fazer eles arrumaram tudo de volta nas caixas, depois Harry pegou no controle da TV e começou a fazer um tour. Parou num canal onde estava começando um filme qualquer.
Passado um pouco de começarem a ver o filme Harry sentiu a cabeça de Gina no seu ombro, ela adormecera, para não a acordar deixou-a ficar assim.
E na verdade, não demorou muito até ele, também, deixar a sua cabeça cair para trás. Acordou Às 6.00 da manhã, o seu relógio biológico já estava habituado a acordar muito cedo, ficou uns instantes observando ela dormir… retirou-se cuidadosamente para que ela não acordasse e voltou-se a vestir. Vestiu uma blusa branca e uma calça do pai, estavam mesmo ali à mão e foi correr pela vizinhança. Não reparou que alguém tinha desligado a TV.

Gina começou a acordou, tava com uma terrível dor no pescoço.
Alguém tinha desligado a televisão e Harry não tinha sido porque ela acordara no meio da noite, mas em vez de ir para o quarto aproveitara a sua sorte e voltara a adormecer com o cheiro fresco dele e quando isso aconteceu o televisor ainda estava ligado o que quer dizer que… “oh não! Alguém nos viu nesta figura! mas se calhar foi ele que desligou quando acordou, afinal não está mais aqui.” Animou-se Gina reparando que ele também já tinha despertado.
- Bem, ora vejam quem acordou! A nossa noiva favorita! Menina, sabe que horas são?
- Não…? - respondeu Gina à mãe.
- 10.00! Todos já estão de pé! Vai lá despir esse vestido e vem ajudar faz favor!
- Peço desculpa mãe, perdemos noção das horas e devemos ter adormecido por volta das 3 da manhã… – desculpou-se enquanto se levantava e esfregava inocentemente o pescoço
- Está desculpada, querida, mas anda logo.
Ela pegou suas roupas e subiu, as caixas já tinham sido arrumadas.
Gina vestiu-se rapidamente e deu uma escovada no cabelo, ainda não querendo acreditar que tinha adormecido no vestido de casamento de Lilly Potter com o filho dela, vestido com a túnica do marido dela, no mesmo sofá!
E no ambiente da noite passada, quando se tinha esquecido da vergonha de estar num vestido extremamente bonito à frente de Harry. Os dois divertidos vendo fotografias… Sirius era um bonito rapaz, tinha um charme que nem Harry nem James tinham… Lupin era um rapaz bem parecido, mas claro, não chegava aos calcanhares dos outros dois amigos… Peter Pettigrew, o traidor, era uma bola de gordura andante!
Depois os diários de Lilly, sempre a criticar James! O que eles não riram com os nomes que ela lhe chamava, do gênero “Sr. Não-se-percebe-nada-do-que-eu-digo-porque-junto-as-palavras-todas”. Mas havia uns ainda pior.
O engraçado é que depois de saírem pela primeira vez juntos os “Sr. Não-se-percebe-nada-do-que-eu-digo-porque-junto-as-palavras-todass” passaram a “Sr. Maravilhosamente-lindo-e-interessante”!!!
A troca de cartas entre o Lupin, Sirius e James, ou Jim, como ele preferia, eram extremamente cômicas… Gina ainda tinha na memória o relato pormenorizado de Sirius duma noite em companhias “extremamente agradáveis” e as respostas cruéis dos dois amigos.

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