O Baile das Bruxas



Manha de sabado do dia 30 de Outubro em Hogwarts e todos estavam felizes, pois na noite do dia seguinte teriam um baile para comparecer, e havia rumores de que banda bruxa, As Esquisitonas, participariam do evento. Seria uma ótima chance para que novos amores fossem descobertos, pois dumbledore disse:


- Caros alunos! Eu hoje devo informar que no dia de amanha, nós preparamos uma surpresa para todos, hoje os alunos que quiserem poderão solicitar uma carruagem com o professor Hagrid para poder fazer algum passeio a Hogsmead, acredito que isso seja um “Se Divirtam”. E gostaria de informar que esse ano se vocês terão de vir acompanhados. No caso de alguém não tiver par, eu solicitarei algum professor para que acompanhe vocês. Como eu disse, vocês são obrigados a vir acompanhados. – e olhou diretamente para o mestre de poções que parecia que iria vomitar um sapo daqui a pouco. – E eu gostaria de nomes até o final do dia.


- Poxa! Como ele radicalizou esse ano. O que será que ele está planejando? – perguntou Rony com uma expressão de intrigado e misturado com divertimento no rosto – E quem será a louca que irá ficar com o professor Snape?


Todos riram, mas ninguém conseguiu terminar, pois Dumbledore tornou a falar:


- Alem disso, para amanha eu planejei que todos os casais terão uma tarde só para eles, assim podem se conhecer melhor ou aproveitar para um passeio romântico. Bom, voltem a comer.


- Ei Rony, Hermione, com quem vocês vão? – perguntou Harry.


- Pow cara, você se esqueceu que eu estou saindo com a Di-Lua?


- É mesmo, esqueci. E você Mione, com quem você vai?


- Eu não tenho par. Vou esperar que ágüem me chame ou se não vou pedir para o professor Dumbledore colocar com algum professor.


- Você vai ser acompanhada pelo professor Flitwick? Hahaha!


- Parem vocês dois! Eu vou mesmo para Hogsmead sozinha. Aproveite e fique com a Gina Harry, ou se não alguém rouba ela de você.


E nisso Harry viu que alguns garotos já estavam a importunando, chamando –a para o baile. Ele foi correndo abraçar a namorada e espantar os “urubus”.


Hermione solicitou sua carruagem com o Hagrid que disse:


- Mione, você se importa de que outra pessoa te acompanhe na carruagem? Porque só sobrou essa.


- Não Hagrid, imagina. Quem está lá dentro?


- O professor Snape.


Hermione congelou, ela teria de dividir a carruagem com o tão temido mestre de poções. Mas logo recuperou –se e como uma Grifinória enfrentou o problema de frente.


- Não tem problema. Eu irei.


Então despedindo –se de Hagrid entrou na carruagem. O mestre que já estava enfurecido pelo fato de estar demorando assustou –se quando Hermione entrou, e disse:


- Senhorita Granger, acho que você trocou de carruagem.


- Não professor. Hagrid pediu para que o senhor o desculpasse, mas as outras carruagens estão cheias e por isso eu estou aqui, não tenho outra carruagem para ir.


“Humf” foi o único som que saiu da boca dele, Hermione entendeu como um pode ficar.


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“Por Merlin! Tinha que ser justo ela, essa Grifinória tão... tão linda? Não! Ela pode ser linda, mais continua sendo sua aluna e ainda por cima é a melhor amiga do irritante Potter”.Uma voz dizia em sua cabeça. Mas outra discordava. “E daí que ela é amiga do Potter. Ela é inteligente, sensual e tudo que eu mais quero nessa vida, por Merlin! Essa garota me tira o sono faz meses. E agora eu tenho a chance de conquista –la e não digo nada? Aposto como ela já tem algum par para o baile e nunca que iria querer ficar com esse velho mestre de poções feio, oleoso, carrancudo que sempre a maltratou. Vamos, diga alguma coisa homem! Diga”.


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“Meu Merlin! Como ele parece perturbado, será que minha presença o incomoda? Mas parece que ele está tentando dizer algo! Como ele fica engraçado quando está em uma situação embaraçosa. Até que te –lo como par não seria má idéia! Opa, Hermione, o que você pensa que está dizendo? Ele é o tão odiado professor. Não você irá ao baile com qualquer um menos ele, até mesmo o professor Flitwick”.


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Ele resolveu falar.


- A senhorita espero que não demore em Hogsmead, pois nós voltaremos juntos.


- Eu apenas irei comprar as vestes da festa e alguns livros de que preciso, penso que uma hora e meia está bom para o senhor? – Hermione estava espantada com o gesto cavalheiro de seu professor.


- Penso que está ótimo. E a senhorita, já tem o seu par para o baile, imagino que não foi difícil achar alguém.


- Pelo contrario professor, não acho ninguém que me interesse, os meninos só pensam em quadribol. Quero alguém com quem eu possa conversar, que seja companheiro e não queira meu corpo como alguns querem. – ela se lembrou de quando Malfoy quase a estuprou, pois não conseguiu um encontro com ela.


“Meu Merlin! Por que eu estou falando sobre garotos com ele? Nem com os meninos eu faço isso. Melhor eu parar”.


- Entendo.- ele tentou esconder sua alegria, aquilo só poderia significar uma coisa, ela quer experiências novas, com alguém que não goste de quadribol. Estava sorrindo por dentro.


O resto da viagem foi tranqüilo, logo já tinham chegado.


- Espero –te em frente ao três vassouras exatamente daqui uma hora e meia.


- Está bem.


Hermione resolveu comprar seus livros primeiro, para ver se o movimento da loja de roupas diminuía. Entrou na loja e foi direto para transfiguração avançada. Olhou por alguns minutos e escolheu um livro com o titulo: “Animagia e seus segredos”, levou um susto ao ouvir uma voz extremamente aveludada e sexy em seu ouvido.


- Pretendendo se tornar uma animaga?


- Não é nada professor, eu apenas acho interessante o assunto.


- Entendo. – e saiu em direção a prateleira de poções, mas passou reto, então pegou um livro de uma prateleira que Hermione não conhecia.


Ela estava brava, quem lhe dera permissão de ver o que ela estava comprando, ainda por cima dar –lhe um susto com aquela voz que quase a fez desmaiar.


Pronto, o livro estava comprado e agora só faltava o vestido. Que ela iria comprar era um mistério, pois nem ela sabia.


Chegou na loja que pela aparência era uma filial da loja da Madame Malkin, entrou e logo entendeu que sim, era uma filial, pois a própia Madame veio lhe atender.


- Olá senhorita Granger, estava a sua espera.


- Mas por que? Alguém lhe avisou que eu viria?


- Ah o professor Dumbledore disse que queria todas as meninas muito lindas e que eu deveria atender a todas elas, como você é a ultima, eu posso dar atenção total à senhorita.


- Claro. – disse Hermione tentando acreditar no que a senhora a sua frente dizia.


Elas entraram em uma sala onde haviam vestidos ilimitados, todas as cores e tamanhos.


Hermione passou os olhos em alguns, até que a sra Malkin lhe trouxe um que ela apaixonou no momento em que viu. Era preto e longo, até os pés, era tomara-que-caia com detalhes em rosa brilhante e com uma capa de inverno por cima preta também com bordados em rosa. Ela experimentou o vestido que ficou perfeito nela, ele ficou colado na sua cintura mostrando cada curva da garota, delineando seus seios fartos, deixando seu belo colo a vista. A capa apenas dava um certo charme a garota. O vestido ficou perfeito e Madame Malkin exclamou:


- Minha menina, você ficou linda, estava esperando que a pessoa certa chegasse para que eu pudesse mostrar o vestido, está perfeito! Você vai arrasar, eu te digo, nenhuma menina de Hogwarts saiu tão linda quanto você saíra hoje. Quer saber de uma coisa, use o seu dinheiro para comprar outra coisa, porque o vestido e o sapato sairão por minha conta, nunca menina tão linda assim.


- Muito obrigada Madame! Estou muito feliz!


- Mas só deixo você sair se me deixar tirar uma foto sua!


- Claro! – Hermione estava tão radiante, seria a mais bonita do baile.


Tirou a foto e de repente percebeu que estava atrasada. O mestre obviamente estaria furioso a sua espera. Despediu –se e saiu correndo, quando antes de sair da loja ouviu novamente aquela voz aveludada em seu ouvido:


- Não se preocupe, eu também estou atrasado.

Novamente ela pulou de susto, mas conseguiu controlar um gritinho.


- Professor é muito feio ficar assustando as pessoas no meio da rua! – disse Hermione em um tom irônico.


- Não são todos que tem esse privilegio senhorita. – Snape parecia ter entrado na dela, mas ele percebeu o quando ela ficou vermelha e recuperou –se. – estou aqui faz meia hora esperando para que alguém me atenda e parece que ninguém vem.


- Minha culpa, estava escolhendo um vestido. Bom com licença professor mais como o senhor vai comprar sua veste ainda eu irei te esperar em frente ao três vassouras daqui a meia hora.


- Está bem.


Ela saiu da loja ainda pensando como aquela voz era quente.


“Acho que vou pedir a Dumbledore que me ponha com algum par logo, antes que o professor Snape queira ir com essa Grifinória aqui. Mas espera aqui, vocês com certeza formam um belo casal! Não! Não Hermione, o que você está falando. Espero encontrar o meu par em meia hora, ou terei de ir com algum professor”.


Ela decidiu que iria gastar seu dinheiro na dedosdemel, comprou uma barra de chocolate explosivo para ela e uma guloseima para seu gato, o Bichento.


Ela ficou sentada em uma pedra em frente ao três vassouras e comeu seu chocolate delicadamente enquanto seu professor de poções não chegava. O que ela não sabia é que ele a observava de longe, sentindo que cada mordida que ela dava em seu chocolate era cada vez mais sexy, então ele decidiu que não a deixaria sozinha e a levaria de volta para o castelo. Chegou perto dela e disse:


- Vamos senhorita, ou prefere ficar aqui no frio comendo seu chocolate?


- Está delicioso ficar aqui a sua espera, mas como você chegou, penso que devemos voltar.


Caminharam na direção da carruagem e entraram, o silencio predominou novamente, só que dessa vez ninguém pronunciou uma palavra até a chegada em Hogwarts. Onde ambos se despediram e foram para seus aposentos. Pensando é claro em como poderiam achar seus companheiros de baile.


Ela nessa tarde havia conseguido ganhar vários convites de meninos desesperados para ter um par. Ela recusou todos os convites, pois não gostaria nem um pouco de ser ignorada na festa. Então foi falar com Dumbledore, já havia decidido. Pelo menos nenhum professor iria ignora –la.


- Professor eu estou aqui para me oferecer como par para algum professor, não consegui achar o meu par ainda.


- Ah sim! Você foi a primeira corajosa, sei bem com quem te colocar. Amanha depois do café da manha, entre na carruagem de numero oito. Hagrid a levará até ela. Bom, acredito que você queira se arrumar.Então eu vou indo. Esteja no jantar.


- Sim professor. – e saiu do escritório do diretor pensando quem seria o seu par.


“Seria o professor Cloe, de DCAT, ou seria o professor Flitwick? Penso que o professor Dumbledore usaria o bom censo e saberia que eu não me sentiria confortável com ele. Espero que não seja o professor Snape. Acho que os meninos morreriam se soubessem que eu iria com ele. Mas em todo caso ele é um homem, forte, sexy, cavalheiro e com certeza não gosta de quadribol. Pode parar Hermione Granger, ele é seu professor e você deve respeita –lo. Esqueça isso já e vá escolher sua roupa para amanha”.


Ela entrou no dormitório feminino e logo foi guardar seu vertido onde ninguém poderia encontrar, pois ele seria uma surpresa. Estava pensando em até se arrumar no banheiro da Murta. Isso, ela iria se trocar no banheiro da Murta. Seria a surpresa de todo o baile. Agora só faltava escolher a roupa para Hogsmead. Ela olhou para fora e percebeu que estava para nevar. Então teria de ser uma roupa bem quente. Resolveu que colocaria vestes bruxas, então pegou um belo vestido longo de veludo azul-marinho. Separou uma capa por cima preta e um chapéu pontudo preto sem ornamento nenhum, por ultimo adicionou luvas e um cachecol negro para combinar. Depois pegou seu kit de poções e uma copia da revista bruxa, O Seminário das Bruxas, onde na capa dizia: “aprenda a domar cabelos muito crespos e deixe –os lisinhos”. Era isso. Hermione seguiu todas as instruções e leu que “os efeitos da poção duram por 24 horas, mas se quiser que continue muito liso, apenas passar a poção toda noite em seu cabelo”. Pronto ela decidiu que apenas experimentaria antes de dormir. Estava louca pra começar a ler seu livro. Tomou um banho quente e desceu para o jantar com o novo livro na mão. Desceu os lances de escada vagarosamente absorvendo rapidamente as informações que o livro trazia, quando ela percebeu, já estava no Salão Principal sentada com seus amigos. Foi quando Rony disse:


- Mione estão todos dizendo que você estava em Hogsmead junto com o professor Snape, é verdade?


- Quem lhe disse uma bobagem dessas? Eu apenas dividi a carruagem com ele acabamos nos encontrando nos mesmos lugares. Apenas isso.


- Ai! Que horror, dividir a carruagem com o Ranhoso! – dessa vez foi Harry que protestou.


- Ele pelo menos não foi normal, ele foi simpático comigo. Esqueça vai.


- Ei! Hermione, com que você vai ao baile? – perguntou Gina que estava agarrada a Harry


- Não sei, o professor Dumbledore disse que eu irei com um professor, mas não me disse quem é. Eu espero que seja o professor Cloe, ele é tão bonito.


- Espero que seja. Mas há rumores de que ele virá ao baile com a professora Sinistra.


- Então só me resta o professor Snape. Porcaria!


“Meu Merlin! Eu vou com ele! Com Snape”. Ela tentava esconder a felicidade, mas era muito difícil. O que será que estava acontecendo com ela? Devia de estar louca, ficar feliz de saber que vai se encontrar com o Ranhoso. Estava realmente louca.


Após um jantar muito tumultuado Dumbledore levantou –se e começou a falar:


- Acredito que estejam todos prontos para o dia de amanha. Gostaria de informar que alguns alunos ainda estão sem par: o senhor Crabe e o senhor Goyle, a senhorita Parkinson, da Sonserina. Senhor Dufin da Corvinal. E da Lufa-Lufa, a senhorita Powtunson. E da Grifinória apenas a senhorita Patil. Estes alunos irão se juntar aos professores que serão desiguinados para fazer companhia para os tais.


- Hermione, porque ele não falou nada de você?


- Não sei. Realmente não sei.


- Ah deixa pra lá Mione! Vamos comer logo. – disse Rony.


- É verdade, pois eu tenho que correr hoje, ainda vou arrumar meu cabelo.


- Que você vai fazer nele? – perguntou Harry curioso.


- Eu vou alisar com uma poção.


Então Hermione começou a comer correndo esquecendo –se de sua leitura ou de qualquer outra coisa. Depois do jantar correu para o seu banheiro de monitora, levando consigo a poção de alisamento. Entrou no banheiro que estava extremamente perfumado e começou a encher a grande banheira. Abriu algumas torneiras da qual saiam espumas e sabonetes coloridos, logo a banheira ficou cor de rosa e cheia de espuma. Hermione tirou o seu robe e entrou na banheira, estava super confortável, esquecera até de quanto tempo ficou lá. Ela olhou em seu relógio e percebeu que já estava atrasada e que se Filch a encontrasse ela ganharia uma detenção. Rapidamente ela esvaziou a banheira e se cobriu com seu robe. Pegou a revista e começou a seguir os passos para alisar os cabelos:


Primeiro, ele deveria estar molhado;


Segundo ela teria de deixa –lo liso;


Terceiro, passar a poção em quantidades pequenas, mas que atinjam todos os fios;


Quarto, secar o cabelo esticando –o para que continue liso.


Depois que Hermione acabou, seu cabelo estava lindo, como ela sempre mantinha –os compridos ele nesse dia eles chegavam até a cintura. Ela estava linda. Vestiu sua camisola e seu robe por cima. Saiu em disparada. Estava mais do que atrasada, se ela não dormisse, ficaria com olheiras e o que ela não queria era estar com olheiras.


Ela estava andando para seu salão comunal que era no sétimo andar.


“Oh! É ela!”. Pensou Snape que acabara de se esconder. “Como está linda! O que será que ela estava fazendo até agora? Ela estava se arrumando, quem será o seu parceiro? Como eu queria estar no lugar dele agora. Quem será a pirralha com quem Alvo me colocou?”. E depois de se acalmar e ver que tudo estava tranqüilo, que ele poderia sair.


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Hermione havia acabado de chegar em seu quarto, quando Gina sua companheira acende a luz.


- Onde você estava Mione?


- Estava tomando um banho e arrumando o meu cabelo. Olhe como ficou lindo! – e balançou os cabelos para que Gina observasse.


- Está lindo, você usou a mesma poção que você usou quando foi ao baile de inverno?


- Não, a poção que eu usei, é mais poderosa, ela deixa mais liso e por mais tempo. Mas temos que dormir, pois não podemos ficar com olheiras amanha. Boa noite Gina!


- Boa noite Mione.


E dormiram tranqüilamente.


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Enquanto isso nas masmorras, o professor Snape não conseguia dormir, estava em sua cama apenas de pijama. Suava em frio, como aquela menina conseguia fazer isso com ele?


Ela era tão inteligente e sexy. Como uma aluna sabe-tudo poderia o deixar assim, era um absurdo. Mas não poderia fazer nada, no dia seguinte estaria com uma de suas alunas cabeças-ocas e que com certeza o deixaria assim que pudesse. Não restava nada a fazer se não esperar. Acabou adormecendo de cansaço.


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No outro dia Hermione acordou sentindo –se muito bem, ela adorava a neve e nesse dia havia amanhecido nevando, ela levantou –se de sua cama e abriu a janela, respirou fundo e abriu um largo sorriso. Correu para acordar Gina.


- Gina! Levante, amanheceu! Está nevando, olha que linda manha! – disse sorrindo


Gina parecia estar em um sono profundo, pois não acordava. Hermione resolveu deixa –la dormir mais um pouco enquanto se arrumava. Foi ao banheiro do dormitório e arrumou seu cabelo, prendeu parte da franja para trás com um elástico e deixou uma pequena mexa cair sobre o rosto. Depois vestiu seu vestido de veludo junto com as luvas, capa e cachecol, pois realmente a manha estava muito fria, depois colocou os sapatos. Foi acordar Gina que ainda não havia acordado.


- Gina, você vai perder hora, vamos! Acorde!


- Hum quem é você? E o que está fazendo aqui no dormitório das meninas? Cadê a Hermione? – Gina acordou assustada, não reconheceu a bruxa que estava na sua frente.


- Sou eu mesma Gina. Pare de graça, se você não se arrumar logo vai perder a hora.


- Hermione você está tão diferente! Por que você colocou vestes bruxas ao invés de sair de calça jeans?


- É porque como eu vou como um professor, acredito que ele não vá se sentir confortável com uma adolescente de calça jeans.


- Entendo, mas Mione, você está realmente diferente. Espere até os meninos verem você. Eles vão ficar de boca aberta.


- Mais do que você já está? – ironizou Hermione. – Bom mais eu ainda tenho que me maquiar, vamos Gina levante –se.


Então Gina começou a se arrumar. Ela havia optado por uma roupa trouxa, já que seu acompanhante também era adolescente e obviamente iria se vestir como trouxa.


- Alias, feliz dia das bruxas Gina!


- Pra você também Mione.


Hermione passou apenas um lápis preto no olho e um brilho nos lábios. Acabou colocando seu chapéu e desceu com Gina.


As duas começaram a rir ao ver as caras de espanto dos meninos. Gina correu e deu um beijinho no rosto de Harry, que estava boquiaberto literalmente assim como Rony, que nesse momento começou a gaguejar:


- Mi...Mio...ne! Co...co...mo você está lin...lin...d..da.


- Obrigada Rony. Apenas vesti uma roupa bruxa em homenagem ao dia. E feliz dia das bruxas para vocês.


- Igualmente. – foi a única coisa que saiu da boca de Harry.


Gina e Hermione não conseguiram conter os risos e caíram na gargalhada.


- Vamos. – disse Gina.


Eles se encaminharam para o salão principal, que estava lotado, quando adentraram o salão, todos ficaram em silencio. Todos olhavam para Hermione espantados, alguns murmuravam para seus amigos: “quem é essa menina”. Lilá e Parvati estavam aos cochichos, e pareciam fazer vários comentários maldosos sobre a garota. Snape estava atordoado, se ele estava apaixonado por ela, agora ele morreria para te –la ao seu lado, para o resto de sua vida.


Tentava disfarçar mais era difícil. Dumbledore percebeu a inquietação de Snape e lhe disse:


- A senhorita Granger está magnífica hoje não está? Uma perfeita bruxa.


- Alvo você sabe que eu não tenho tempo para ficar reparando em como meus alunos estão. – disse Snape rabugento.


Alvo olhou feliz para o Snape, ele estava atordoado e não sabia o que Alvo tinha preparado para os dois. Ele possuía aquele brilho nos olhos que indicava que tudo daria certo.


Hermione caminhou acompanhada de seus amigos para o café da manha percebeu que varias pessoas, em especial do sexo oposto, continuavam a olhar ela.


- Ei, não vai dar, estão todos me olhando eu não agüento, vou comer junto com os elfos. Tenham um bom dia!


- Tchau Mione, igualmente para você e sorte né! - completou Gina.

Ao sair Hermione estava agradecida por isso, pois os olhares se cessaram. Foi direto para a cozinha dos elfos, que a receberam com muito amor. Dobby elogiava tanto Hermione que ela não agüentava mais. Terminou de comer rapidamente e foi para o seu banheiro escovar os dentes.


Logo que saiu percebeu que os casais já se dirigiam para suas carruagens. Percebeu também que devido à comemoração, Dumbledore conjurou mais carruagens para não faltar como da ultima vez. Ela procurou por Hagrid que estava ajudando alguns alunos do quarto ano.


- Oi Hagrid!


- Hermione! Que bom te ver. Como você está linda! Está esperando seu par?


- Não, Dumbledore me colocou com um dos professores. Ainda não sei quem é. Ei Hagrid, por que os alunos do primeiro, segundo e terceiro ano não estão participando?


- Dumbledore disse que eles são muito novos. Eles irão participar do banquete. Mas e a sua carruagem, qual é o numero dela?


- Eu irei para a carruagem de numero oito.


Nesse momento Hagrid fez uma cara de desgosto, mas se recuperou antes de Hermione ver. Levou –a para a carruagem de numero oito. E disse:


- qualquer coisa que acontecer me avise. Boa sorte.


- Hagrid quem está lá dentro?


- Você vai descobrir.


Assim que Hermione entrou, ele retirou o numero oito da carruagem deixando apenas uma plaqueta escrita “Snape”. Deu um tapinha no cavalo branco que saiu trotando em direção a Hogsmead.


Ao entrar na carruagem Hermione levou um susto, era seu mestre de poções o seu acompanhante.


- Bom dia professor. Feliz dia das Bruxas!


- Para você igualmente senhorita Granger. – disse em seu tom mais formal possível.


“Por Merlin, como Avo foi aprontar essa comigo? Essa garota será minha acompanhante! Por que Alvo faz isso comigo? Será que ele descobriu que eu estou apaixonado por ela?”.


“Por que ele não fala comigo? Realmente, eu não deveria ter me preocupado em ficar tão bonita. Se ele não vai falar eu também não falo”.


- A senhorita está muito bonita! – “droga! Não deveria ter dito isso”.


- Muito obrigada professor, o senhor também está muito bonito hoje. Por favor, professor já que o senhor é meu acompanhante acredito que o senhor possa me chamar de Hermione.


- Obrigado... Hermione. Bom devido às circunstancias, você poderá me chamar de Severo.


- Claro...Severo. Aonde nós iremos?


- Para onde você escolher. Eu tinha pensado em um chá que fica nos limites de Hogsmead, é pouco conhecido e assim não ficaremos em situação tão embaraçosa na frente dos outros alunos. O lugar se chama “Café com Chocolate”. É muito agradável o local.


- Bom em primeiro local, eu não tenho vergonha de estar com você então se caso qualquer aluo venha falar alguma coisa é melhor ele tomar cuidado para não levar uma azaração. E em segundo lugar, acho que como você disse que o lugar é muito agradável, eu gostaria de conhecer. – “poxa, eu me empolguei! Não deveria ter dito isso”.


- Claro, então vamos até lá.


O silencio predominou novamente. Desta vez eles foram em um silencio total até Hogsmead. Nenhum dos dois tiveram coragem de falar alguma coisa. Chegaram depois de uns quinze minutos de passeio, ao que parecia Dumbledore aumentou o passeio para que os casais aproveitassem mais. Snape saiu primeiramente de sua carruagem e percebeu que todos os olhares voltaram –se para ele, ele ouvia alguns dizer:


- Quem será que foi a corajosa a sair com ele?


E ele não pode deixar de se sentir orgulhoso ao saber que estava com a menina mais bonita e inteligente de Hogwarts. Abriu um sorriso meio que sarcástico olhando para o professor Flitwick que acompanhava Pansi Parkinson, depois olhou para o professor Cloe que acompanhava uma Lufa-Lufa que não tinha mais espinhas porque no seu rosto não cabiam. E por fim olhou para Crabe e Goyle, que eram acompanhados pelas professoras Sprout e Hooch. Percebeu também que Dumbledore o olhava por trás daqueles óculos de meia lua.


Quando Hermione saiu, Snape foi um perfeito cavalheiro e lhe ofereceu a mão para sair. Ela olhou e percebeu que todos a observavam e murmuravam uns para os outros em voz baixa.


- Vamos Severo, antes que eu lance uma azaração em alguma professora, para ser mais precisa na professora Sinistra.


- Vamos. – e Severo lançou um de seus assassinos para a professora e saiu de braços dados com Hermione.


Todos olhavam com espanto para os dois. Quando se afastaram Hermione começou a rir gostosamente.


- O que foi Hermione? – Severo parecia que estava preste a sorrir.


- Você não viu a cara de todos, quando eu te chamei pelo seu próprio nome, ainda mais quando eu disse que iria lançar uma azaração na professora Sinistra? Foi muito hilário.


Então para a surpresa de Hermione Severo começou a sorrir para ela, mas não era um de seus sorrisos sarcásticos ou irônicos e sim um sorriso sincero.


- O que foi? – Hermione se assustou ao ver seu professor sorrir para ela.


- Nada, é que você fica linda quando sorri.


Hermione enrubesceu


- Obrigada professor!


- Por que me chamou de professor se até agora você me chamava pelo nome de batismo.


- Ah...não é nada não... Severo, esqueça. Olhe! Chegamos. – “Por Merlin, ele me chamou de linda. O que está acontecendo com ele? Só pode estar passando mal. Olha como é lindo esse café! A neve deixa tudo muito bonito”.


- Vamos entrar ou ficar parados na neve admirando as abóboras do dia das bruxas? – disse ele em um tom sarcástico.


- Prefiro olhar a neve, é mais bonita. Mas acho que devemos entrar.


- realmente a neve é bonita. Mas como você disse é melhor entrarmos para não congelar. – abriu a porta e disse – Depois de você Hermione.


Ela se sentia como uma princesa, estava acompanhada de um belo cavalheiro, por onde ela passava chamava atenção de todos e ainda por cima essa era uma bela manha com neve. Estava tão feliz que sorria por qualquer coisa. Mas uma coisa a intrigava. Porque ele estava sendo tão diferente com ela, como se fosse um amigo? Será que ele não a odeia como sempre pensou? Esperava que ele não percebesse que ela estava criando sentimentos por ele.


Sentaram –se em uma rústica mesa de madeira, o lugar era charmoso, possuía uma decoração de dia das Bruxas, com abóboras enfeitiçadas e fantasmas que passavam assustando a todos, um corajoso fantasma tentou assustar Severo, mas esse lhe devolveu um de seus olhares mortíferos. O fantasma olhou ofendido para Hermione e disse:


- Ele é sempre assim?


Ela apenas acenou com a cabeça afirmativamente. Estava adorando tudo não deixava de sorrir. O barman veio lhes atender:


- Eu vou querer um wisk de fogo e você Hermione?


- Por favor, cancele o wisk de fogo e me acompanhe em um café com chocolate.


- Está bem, Astroldo, quero o que ela disse. E traga também aqueles bolos que só sua mulher sabe fazer.


- Sim senhor. E se me permite dizer, você escolheu uma linda namorada viu!


- Por favor, eu gostaria de respeito, Hermione é apenas uma aluna de Hogwarts que estou acompanhando.


- Desculpe –me, mas eu nunca teria imaginado que essa linda mulher é uma aluna. Eu já volto. Mais uma vez, desculpe –me.


- Desculpe o Astroldo, ele é um bom homem, mas tem uma língua muito grande.


- Eu não me importo. – Hermione não conseguia parar de sorrir. Aquele senhor havia chamada ela de linda mulher. Era a maior realização de uma garota, ser chamada de mulher e ainda por cima de linda.


- Hermione. O que aconteceu, você estava distante. Nosso pedido já chegou. Você não vai experimentar?


- Ah? Sim, desculpe. Acabei me distraindo.


- Não precisa se desculpar. Mas me conte, o que pretende fazer quando acabar Hogwarts?


- Estou pensando em estudar poções e transfiguração. Farei uma faculdade e não sei o que esperar. Penso em ser uma pesquisadora. Assim como gosto de estudar. Ficarei em casa realizando pesquisas.


- Muito interessante, sabe, você tem um talento para poções. Já que pretende trabalhar com essa matéria que é uma arte. Gostaria de ser minha assistente?


- Severo, não sei como agradecer é obvio que eu quero. – realmente hoje era o dia mais feliz de sua vida. A não ser por uma duvida que não queria se calar. – Severo, posso te fazer uma pergunta?


- Fale. – ele temia o pior e ele aconteceu.


- Porque você está diferente comigo, porque normalmente a única coisa que sai de sua boca, são palavras que me ofendem profundamente.


Graças a Merlin ele foi salvo por Alvo Dumbledore, que chegou acompanhado por Minerva McGonagall. Logo avistaram o casal e sentaram –se na mesma mesa que eles.


- Desculpe a intromissão, mas preciso resolver um assunto importante com Severo. Você nos permite Hermione?


- Claro.


E então do Café saíram Dumbledore e Snape. Minerva começou a conversar animadamente com Hermione sobre assuntos banais. Ela embora distante deixou se levar pela conversa.


- Então Severo? Como está indo o encontro? – perguntou Dumbledore com seu brilho nos olhos.


- Não muito bem nesse momento, ela resolveu me indagar o por que eu a humilho na aula e agora eu estou a tratando bem.


- Severo, acho que no momento, só lhe resta dizer a verdade.


- Não posso! Agora que ela resolveu conversar comigo. Irei dar uma desculpa, no momento certo eu direi a ela.


- Severo, não minta para ela, só vai piorar as coisas.


- Alvo, como que no começo de meu encontro eu direi a ela, que me odeia, que eu a amo mais do que tudo, que eu quero ficar com ela para o resto de minha vida e dizer a ela que por culpa dela eu não durmo mais. Acho que não seria cavalheiro e nem certo de minha parte.


- Bom eu acho que seria romântico de sua parte. Mas se você acredita que não é a hora, então não é. Bom, agora irei fazer um belo passeio com a minha companheira. Acho que você deveria fazer isso. E chegue em sua carruagem às cinco horas, ela tam que se arrumar.


***********


- Senhorita Granger, me diga, como vai o passeio com o professor Snape?


- Está tudo perfeito. Ele se provou mais gentil fora da escola do que na sala de aula. Acredito que ele apenas deseje que seus alunos não destruam as masmorras, pois se não fosse assim, já estariam destruídas.


- Acredito que sim, mas eu já estive com ele em outros lugares e ele sempre se mostrou rabugento do jeito que ele é. – disse Minerva pensativa. – Acredito que ele seja assim só com a senhorita. Mas por que?


- Isso eu não saberia dizer. – disse Hermione que começou a ficar nervosa.


- Não se preocupe. Alias você foi corajosa em dizer que estava a ponto de azarar a professore Sinistra.


- Creio que estava apenas me defendendo, você não viu a cara que ela fez ao me ver com Severo? – terminou ela com um sorrisinho maroto no rosto.


- Bom, mas se você fizesse isso eu seria obrigada a lhe por em detenção. Embora cá entre nós, eu teria adorado que você fizesse isso. Olhe! Eles estão voltando.


Severo chegou com uma expressão triste em seu rosto. Não é fácil expressar o que sente e depois ver a mulher que se ama sem poder repetir. Estava com medo. Alvo ofereceu o braço para Minerva e disse:


- Bom nós já estamos indo. Espero vocês no baile. E não se esqueça esteja ás cinco nas carruagens.


- Claro Alvo. Até mais.


Depois que o diretor e a professora saíram Hermione decidiu que não voltaria a falar sobre o assunto anterior, já que abalara tanto seu professor. E ainda estava pensando sobre o que a professora havia lhe dito sobre ele. Comeram silenciosamente até que Severo disse:


- Hermione, gostaria de visitar a livraria comigo?


- Adoraria. O senhor gostaria de comprar algum livro?


- Não apenas quero reservar um livro trouxa.


- Qual livro, eu possuo alguns, quem sabe, eu posso lhe emprestar.


- Eu adoro Romeu e Julieta, mas eu realmente gostaria de compra –lo.


- Eu também adoro o livro. Foi um dos primeiros livros que li. Acho que foi antes de vir para Hogwarts.


Então continuaram em uma conversa que durou até a hora do almoço.


- Acredito que não esteja com fome. Está?


- Não, se eu comer mais não irei caber em meu vestido.


- Então entenderei isso como um pedido para sairmos daqui. – deixou alguns galeões, que Hermione sabia ser á mais do que o preço real, então apenas sorriu.


Começaram a andar e foram direto para a livraria de braços dados, que isso gerava ainda mais cochichos da parte dos alunos. Entraram na loja e perceberam que eram os únicos visitantes.


- Acredito que apenas nós sabemos aproveitar os prazeres de um bom livro. – disse Hermione.


- Realmente, aqueles obtusos da escola apenas pegam ou compram um livro por obrigação. – terminou Snape.


Entraram e Snape pediu licença para Hermione dizendo para que ela olhasse os livros enquanto ele pegava o dele. Hermione consentiu com a cabeça e foi direto ver os livros de transfiguração. Ela não percebeu, mas na verdade Snape apenas a observava. Assim que ela saiu para ver outros livros, ele pegou o que ela mostrou mais interesse e mais um de poções e os comprou, queria agrada –la e nada melhor do que um livro para ela ficar radiante. E realmente. Assim que ela recebeu os livros ficou radiante. Mas não aceitou.


- Vamos aceite. Em primeiro lugar, sou seu professor e estou te mandando aceitar. E em segundo lugar, se você quiser ser minha assistente tem que ler esse livro pra começar. – e mostrou o livro de poções – Agora o outro é um presente que se você não aceitar eu ficarei muito ofendido.


Hermione não poderia estar mais feliz, ganhara dois livros novos, estava com uma pessoa que possuía interesses afins aos dela e ainda por cima iria trabalhar com poções.


- Vamos caminhar na neve Severo. Está tão bonito. Sente o cheiro.


- Claro.E realmente o cheiro da neve é agradável. Por onde voe quer ir?


- Por ali. Esse caminho é lindo. – e apontou para uma rua onde todas as casas pareciam estar grudadas.


Caminharam durante meia hora, até que de repente Hermione começou a corar e chorar em silencio. Eles haviam passado pela casa dos gritos, o lugar onde eles haviam achado Sirius Black, ela estava sentindo falta dele, afinal, ele acolhera ela em sua casa. Foi como um amigo do qual ela pode conversar, quando Harry se trancou no quarto ele fora pedir ajuda para ela. Era uma pessoa de sua família, alias toda a Ordem fazia parte de sua família, pois são eles que ajudam quando eles estão em perigo, são eles que dizem palavras reconfortantes quando mais precisa. Vários pensamentos rodavam em sua cabeça, quando percebeu que Severo estava lhe chamando:


- Hermione, não chore. – “droga! Até morto aquele Sirius tem que atrapalhar meu momento com ela”. – eu preciso falar com você um negocio muito serio, vamos, esqueça isso. Já passou. – concluiu ao ver que ela chorava mais ainda. – vamos para algum lugar mais reservado. – abraçou –a para ver se a acalmava.


Assim que ela parou de soluçar, ele perguntou:


- Posso tirar a gente daqui?


- Sim. – respondeu com muito esforço.


Ele abraçou –a mais forte e aparatou para um lugar mais afastado.


- Onde estamos? – perguntou Hermione assustada.


- Ainda estamos em Hogsmead, mas em um lugar mais reservado. Espere um momento.


Pegou sua varinha e conjurou uma tenda. Eles entraram. A tenda embora por fora não aparentasse, era um tanto grande, possuía alguns cômodos muito bem mobiliados e arrumados. Ele a levou para a sala, que parecia ser um lugar bem descontraído, com grandes almofadas no chão e um tapete bem confortável. A lareira deixava o cômodo quente e extremamente confortável. Ela retirou sua capa e colocou em cima de uma das almofadas e disse:


- Muito aconchegante esse lugar.


- Obrigado, fui eu mesmo que mobiliei. Mas eu te chamei aqui porque eu preciso falar uma coisa para você que está presa em minha garganta há dias.


- Não antes de me responder à pergunta que lhe fiz no café. – disse determinada.


- Eu chegarei lá, se você me deixar falar tudo que tenho para falar. Então sente –se. – sentaram no chão, apoiados em almofadas. Então Snape começou a falar. – O que eu vou lhe dizer é muito importante, então, por favor, ouça com atenção. Depois se quiser me azarar e ir embora, eu não reagirei, mas me matarei. – Hermione levou as mãos à boca, mas não disse nada. – Ah alguns meses você me tira o sono, você é bonita, a mais inteligente da sua idade e alguém como você é tudo que eu sempre pedi. E hoje, quando você entrou naquele salão e todos ficaram observando você, senti ciúmes, você, foi à única que me fez sentir assim em anos, e sei que não estou errado. Eu te amo Hermione Granger, eu te amo. E quero ficar com você pelo resto de minha vida. Se você não me aceitar, eu morrerei. Eu juro pela minha vida, que irei pedir sua mão em casamento, não farei nenhuma proposta indevida antes do casamento. Por favor, me aceite como seu marido.


Hermione estava chocada com o excesso de informações, mas ao invés ouvir seu coração, ela saiu correndo, chorando, mas acabou se perdendo em uma floresta que tinha onde eles estavam. Ela chorava e corria. Até que percebeu o quão longe estava. Ficou com medo. Queria que Severo fosse salva –la, por que reagira daquele jeito com ele? Ela o amava. Chorava tanto. E o baile? Perderia o baile, não tinha mais vontade de voltar ao castelo nem nada. Queria apenas que Severo ficasse com ela. Agora ela estava perdida, e não sabia como sair. Abaixou a cabeça e acabou adormecendo.


************


Severo não sabia o que fazer. Estava em prantos. Ela fugiu dele. Ele nem teve tempo de se desculpar. Mas não podia ficar parado, ela tinha fugido para a floresta. Poderia se machucar. Ele chorava, pela primeira vez em anos, ele chorava. Chorava de medo de perde –la. Uma força incontrolável se apoderou dele. Parecia que poderia matar qualquer coisa com um só olhar. Ele fez sua barraca desaparecer e saiu correndo atrás de Hermione. Andou por meia hora, até que achou –a dormindo embaixo de uma grande árvore, ela estava coberta de neve, com certeza estava com frio. Cobriu –a com sua capa, pegou –a no colo e aparatou para o lugar onde estavam. Ela havia acordado.


- Severo? Onde eu estou? Desculpe-me. Eu não queria ter feito aquilo, eu queria dizer. Eu também te amo. Não sei porque fugi. Por favor, eu peço –te, descul...


Ela não conseguiu terminar de dizer, pois Snape começou a beija –la. Ela percebeu que seus olhos estavam cheios de água. Ele havia chorado por ela. Deixou –se levar pelo beijo. Sua língua passeava delicadamente pela boca da jovem que estava em seu colo. Depois de alguns minutos Hermione interrompeu –o:


- Severo, a carruagem. Temos um baile para ir.


Ele a colocou no chão, abraçou –a e aparataram á alguns metros do café onde estavam. Não havia uma santa alma lá, a não ser talvez por algum morador do povoado. Saíram correndo na direção da saída de Hogsmead e perceberam que apenas a única carruagem que continuava lá era a que lhes pertenciam. Severo deu a ordem para q o cavalo os levassem o mais rápido possível e entrou na carruagem. Parecia que flutuavam, de tão rápido que o cavalo corria. Hermione recompunha –se, quando Snape ajoelhou em sua frente e disse:


- Hermione, você aceita se casar comigo?


Ela não agüentava de tanta felicidade.


- Sim Severo Snape, eu quero me casar com você e quero ser a Senhora Granger! – e pulou em seus braços.


- Posso pedir a Dumbledore então que avise sobre nosso casamento á escola? Pois assim evitaremos comentários sobre estarmos namorando. Alias, você terá de ter suas aulas de poções com a professora Sinistra, já que iremos nos casar.


- Não me importo. E quanto ao aviso. Eu acho que chocará a escola inteira. É claro que pode!


Logo em seguida, já estavam no castelo, perceberam que chegaram juntos com as outras pessoas, então não estavam tão atrasados assim. Snape se despediu de Hermione e foi logo avisar ao diretor. Hermione não cabia em si de tanta felicidade. Foi correndo contar a Gina que pelo visto já estava no dormitório já que não a encontrara em lugar algum. Correu para o dormitório, e lá estava ela. Toda feliz Hermione resumidamente contou a Gina o que aconteceu e sobre seu casamento. Gina estava de boca aberta. Não conseguia acreditar que Hermione, a menina mais bonita e inteligente de Hogwarts, iria se casar com o professor mais temido de todos os tempos. Não tiveram tempo de conversar, pois tinham um baile para ir. Hermione pegou suas coisas e foi para o banheiro das monitoras. Entrou lá e ficou mais linda no que nunca. Colocou seu belo vestido com capa. Seu cabelo ela prendeu em um rabo de cavalo, deixando apenas uma mexa de seu cabelo caindo em sua face. Fez sua maquiagem e quando percebeu, já era hora de ir embora, estava atrasada novamente.


**************


Snape encontrou com o diretor saindo de sua carruagem junto da professora McGonagall.


- Alvo. Preciso falar –lhe urgentemente.


- Boas noticias?


- Ótimas.


- Seria o que eu estou pensando?


- Sim – falou Snape sorrindo como uma criança.


McGonagall nesse momento gostaria de uma câmera para registrar o momento. Nunca virá o professor Snape sorrir. E hoje, sorria como uma criança. “O que será que aconteceu?” Pensou.


- Alvo, você poderia me explicar?


- Creio que no baile você irá descobrir. – disse Snape se virando para a professora


E Saiu junto do diretor. Caminharam apressadamente até o escritório do diretor e este disse:


- Severo, creio que pelo sorriso em sua face, você e a senhorita Granger resolveram seus problemas de comunicação.


- Melhor do que isso, ela vai se casar comigo Alvo. Ela aceitou.


- É, mas tenho que alerta –lo que a aceitação não vai ser muito boa entre os alunos e professores.


- Eu sei, mas os problemas que tinha que resolver, eu já resolvi. Ela irá ter aula com a professora Sinistra para que não tenha problema. Eu irei falar com os pais dela. E gostaria de pedir que você anunciasse para toda a escola hoje no banquete.


- Claro Severo, fez bem. Eu irei avisar a toda escola hoje. Agora vá se arrumar, porque com uma mulher tão bonita do seu lado, você não vai querer estar feio.


- Está bem, eu vou. Obrigado Alvo.




*************


Por onde passava Hermione chamava atenção, mas não era a mesma atenção que recebera quando estava no café da manhã. Era pior. Ela pediu para que seu gato, Bichento, levasse uma mensagem a Severo, pois não queria chegar sozinha no salão. Bichento pegou o pergaminho e saiu em disparada atrás do professor. Minutos depois ele estava de volta com o professor que estava lindo. Vestia suas roupas pretas de costume, mas essas, eram mais bonitas, com certeza eram suas melhores vestes. Ela havia comprado –as para o baile. Ele usava uma calça, muito bem passada, com uma blusa de lã cinza com gola alta e uma capa preta de veludo.


- Vamos? – perguntou ele com sua voz aveludada.


- Claro. Alias, está muito bonito professor! – disse sarcástica.


Andavam graciosamente em direção ao salão principal. Quando pararam em um corredor que estava escuro e a luz que possuía vinha apenas da lua cheia que estava linda no céu. Pararam em frente a uma janela grande, Hermione estava iluminada pelo luar. Estava graciosa, perfeita. O corredor estava vazio, então Severo ajoelhou –se e nervosamente disse:


- Hermione. Eu gostaria de dizer que você está mais bela do que nunca. Alem disso também queria dizer que hoje eu fui a sua casa, pedir para que seus pais me concedessem sua mão em casamento. Eles disseram que apenas desejam sua felicidade. Então eu, Severo Snape, gostaria de pedir sua mão em casamento. Para poder cumprir ao que prometi a seu pai. Fazer –te feliz para o resto de sua vida, amar –te incondicionalmente não importando o que qualquer um pense ou diga. Eu mesmo renunciarei o Lorde das Trevas mais uma vez para contigo ficar. Amo te mais do que tudo. Então, pergunto –te, aceita ser a senhora Snape?


Nesse momento Hermione não tinha palavras, não sabia o que dizer. Não estava preparada para uma emoção tão grande. Como tudo poderia ter acontecido tão rápido. “Foi coisa de momento”, inicialmente pensou Hermione. Mas estava enganada, pois a anos ela sustenta um sentimento do qual foi oculto até mesmo de si e este apenas resolveu dizer a todos que existia. Então ela disse fracamente:


- Sim Severo. Eu aceito ser sua esposa e lhe fazer o homem mais feliz do mundo.


Severo pegou uma das alianças contidas na caixinha e colocou no dedo de Hermione. A aliança era fina e delicada, prateada, continha as iniciais do casal. A aliança de Hermione possuía uma pequena pedra de diamante. Já a de Severo era um pouco grossa e continha as iniciais do casal. Ela ainda tremendo, pegou a aliança de seu noivo e colocou em seu dedo também.


Os dois estavam abraçados quando Hermione exclamou:


- O baile! Esquecemos do baile!


Saíram apressadamente pelos corredores até chegarem ao salão. Ao entrarem tiveram uma surpresa, ao invés do salão ser dividido pelas quatro mesas das casas e a mesa dos professores, o salão estava dividido em varias mesinhas com duas cadeiras e no meio tinha também uma pista de dança. Hermione percebeu que os alunos que apenas do jantar participariam estavam divididos em quatro em algumas mesas no canto direito do salão.


Ao entrarem, todos ficaram calados apenas observando o casal, estupefatos, Hermione os surpreenderam de novo com sua arrumação, já Snape estava com um ar agradável, com um quase sorriso no rosto. Dumbledore assim que os avistou fez questão de ir até eles. Chegou e parabenizou Snape pelo casamento, olhou para Hermione e disse:


- Minha criança, estava esperando para ver quando você descobriria sobre esse sentimento guardado em você por tantos anos. Gostaria de dizer que para mim Severo é como um filho, eu dou –lhes a minha benção, digo também que você também é como uma filha para mim, quero que vocês sejam muito felizes e me tragam um neto logo. Alias, adoraria ser o padrinho, penso também que McGonagall adoraria ser a madrinha.


Hermione, que estava emocionada demais para falar apenas acenou com a cabeça afirmativamente. Severo estava sem palavras, mas disse:


- Se assim deseja, será assim, vocês serão nossos padrinhos.


- Ótimo, ótimo. Mas vamos para a sua mesa, estão todos olhando.


Dumbledore os levou até a mesa e disse:


- Bom, após o jantar avisarei a toda escola sobre o casamento e gostaria de saber uma data, vocês já tem?


- Sim. – disse Severo. – Será no ano que vem, no dia das bruxas.


Hermione olhou espantada para seu noivo, mas consentiu com a cabeça.


Todos jantaram lentamente, apreciando a bela noite que fazia. Logo que todos descansaram os garfos, Dumbledore se levantou:


- Que bela noite estamos tendo, não? Uma noite romântica e acima de tudo, feliz. Hoje eu agradeço a todos por terem feito de tudo para que não ocorresse nenhum problema nessa noite. Alem de todos os agradecimentos, gostaria de informar, que um casal hoje está comemorando seu noivado. Embora eles possuam uma diferença de casa e idade, foram feitos um para o outro. Gostaria de uma salva de palmas para os noivos, Severo e Hermione!


Todos estavam estupefatos. Dumbledore só podia estar brincando. Harry não tinha ação, assim como Rony, que se mostrara muito chateado. Gina ao contrario estava feliz, já desconfiava, batia palmas felizmente. Todos do salão estavam assustadíssimos. Snape até ouviu seu pupilo, Malfoy, dizer:


- Ele ficou louco, casar –se com uma sangue ruim e alem de tudo Grifinória. Meu pai terá de saber sobre isso.


- Menos 50 pontos para sua casa, senhor Malfoy. – disse Snape severamente virando –se para Malfoy.


- Vamos dançar uma valsa em homenagem aos noivos! – Disse Dumbledore, que estava sorrindo.


Com os alunos mais novos em seus quartos, uma musica começou a tocar no fundo do salão. Então o casal começou a valsar. Eles estavam mais felizes do que nunca. Eles se amavam, era o mais importante. Sabiam que muitos problemas iriam enfrentar, mas não sentiam medo. Pois o amor era tão grande que não permitiriam que ninguém os fizesse parar de se amar. E assim foi pelo resto do baile. Dançaram até se cansarem e foram namorar pelos jardins de Hogwarts, trocando juras de amor, que sabiam que se cumpririam.

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