Epílogo



Epílogo




O ar da manhã era fresco e os pássaros cantavam alegremente do outro lado da janela. Ao seu lado, Harry Potter dormia confortável e feliz, coberto apenas por um lençol, sinal de que a noite passada fora mais uma entre as tantas em que passava feliz e prazerosamente ao lado da pessoa que mais amava no mundo.

Virou-se para fitar a mesa de cabeceira, onde um porta-retrato de carvalho jazia em pé, onde ela e Harry se separavam por uma garotinha de cabelos negros e chacheados nas pontas e olhos azuis ofuscantes, que aparentava ter no mínimo 15 anos. Sorriu. Fazia tanto tempo...

- O que foi, amor? - Harry resmungou, antes de abraçá-la por trás - fizemos uma filha linda, não é?

E era verdade. Mesmo que não gostasse de admitir, Carrie Granger Potter era uma das garotas mais bonitas e populares de toda Hogwarts, e tinha dois melhores amigos que conhecera acidentalmente: Justin Houstin e Jennifer Weasley.

- Ela só não gosta da pressão de ser sua filha. - Hermione se virou novamente, sorrindo com os lábios.

- Ela se acostuma, vai ver. - ele lhe deu um beijo rápido e lhe fitou, mexendo em seus cabelos castanhos.

Hermione sempre sentia um arrepio costumeiro e habitual com aquele olhar avassalador e sedutor que ele dava. Hoje, o olhar era diferente, como se sentisse tanta falta daquele momento como ela.

- Você é uma ladra de sentimentos, sabia? - ele desdenhou, sorrindo.

- Jura? - ela riu rapidamente - e porque diz isso?

- Você é irresistível. Hermione, tenho que te contar uma coisa que estava entalada na minha garganta há tanto tempo que eu não sabia como lhe lembrar de certos... acontecimentos.

Hermione sorriu, sabendo do que ele falaria. O que acontecera há dezessete anos era algo tão chato, mas, como ela sempre se pegava pensando na lembrança com a maior normalidade e seriedade, nem se importava mais.

- Eu estava sem emprego, tinha acabado de ter sido demitido do grupo de aurores por causa de uma mulher que me odiava e do time de quadribol, aí Draco Malfoy me encontrou e me fez a proposta. - suas palavras saíam fáceis e apreensivas.

Ele parou por um momento, esperando qualquer reação drástica e fatal de Hermione, que o escutava atenciosa e leve.

- Continue, amor. - ela pediu, colocando uma mecha preta de cabelos que caíam em sua face.

- Quando eu fiquei sabendo do plano, eu neguei imediatamente, mas ele me pressionou, e jogou na minha cara a minha real situação, e me fez acreditar que você não sairia machucada em nenhum momento. - Harry relaxou - ele contratou um grupo de atores de uma escola de teatro bruxa, que conhava em ser grandes artistas, e os colocou no plano, pagando algo miserável para eles, e algo considerável para mim. Quando eles souberam do plano... hesitaram, mas aceitaram, acho que Malfoy escolheu os que mais estavam precisando, se é que você me entende. Eu os conheci de verdade, amor, eles são as melhores pessoas que eu poderia ter conhecido.

- Mas os planos deram errado. - Hermione suspirou, com um sorriso frouxo e cansado.

- Totalmente. Como eu disse, você não passa de uma ladra de sentimentos - ele riu, fazendo-a rir também - eu me apaixonei por você no dia em que decidi falar para você todo o plano e travei. Não pude travar. Draco Malfoy também teve algum tipo de acesso romântico por você.

Hermione ergueu as sobrancelhas.

- E Rony? - quis saber, ainda acariciando a face de seu amado.

- Bom... ele negou tudo, quase bateu em Malfoy ao saber do plano. Só que Malfoy conhece muita gente das trevas, e elas trataram de ameaçar Ron, até ele sumir do país.

- Ele virá hoje, almoçar. Convidei ele, Luna e as crianças. - Hermione informou, lembrando-se do que esquecera completamente.

- Que ótimo. - Harry sorriu.



- Carrie, ajude sua tia a arrumar a mesa! - Hermione repreendeu, ao ver a filha sentada no sofá, quando passava com um avental amarrado na cintura.

- Ahhh... mãe... - ela jogou os cabelos pretos para trás e se levantou, para abraçar Hermione.

- O que aconteceu? - Hermione quis saber.

A filhe nunca fora de se lamentar assim só por arrumar uns pratos e uns garfos. Luna Lovegood estaria arrumando sozinha e logo chegaria para chamá-la para fazer qualquer coisa. Ronald e Harry saíram para comprar as cervejas amanteigadas, e para conversar sobre a situação do Ministério, que ultimamente estava em seus piores momentos.

O abraço durava mais firmemente enquanto a filha de Harry e de Hermione parecia estar sufocada e precisasse de tal ato.

- Eles me perseguem... - ela murmurou - tanto os interesseiros, os curiosos, e os fotógrafos! Eu odeio eles!

Hermione riu, lembrando-se dos dias em que noivara realmente com Harry, dois anos antes de terem Carrie. Fora uma perseguição fora do comum! Tiveram que ficar entalados no mundo trouxa, sem poder fazer suas compras, ou ir até o apartamento vizinho pedir uma xícara de café!

- Eu também os odeio.

Hermione também era perseguida, por curiosos, e via os flashes de todos os ângulos quando passava. Era horrível! Não podia ir ao mercado sem ter sua foto segurando um pacote de bolachas na mão na primeira página do jornal.

- Mas com você é menos e...

- Tia Mione, Tia Mione!!!

Uma figura de cabelos louros e olhos verdes reluzentes, a pele branca como leite, aparentando ter no mínimo cinco anos, correu até os braços de Hermione e a abraçou.

- Oi, Chris... - ela o cumprimentou, afagando seus cabelos, dando uma piscadela para Carrie, que sorria.

Uma garota de cabelos vermelhos e longos, lisos em cima e encaracolados nas pontas, veio de braços cruzados e os olhos azuis estonteantes expremidos, um bico de raiva.

- Você disse que não ia correr, Christopher! - ela repreendeu, parecia ter a mesma idade do irmão.

- Onde estão Jennifer e Jonh, Melanie? - Hermione tentou tirá-la do mal humor, tendo sucesso.

- Estão lá fora. - a garota sorriu e se juntou ao irmão, que a abraçava ainda.

Eram gêmeos, embora fossem totalmente diferentes. Ronald e Luna tinham quatro filhos, Jennifer tinha a idade de Carrie, e John tinha 19 anos. Se consideravam família, já que tinham sido criados com amor e carinho praticamente juntos. Hermione e Harry eram padrinhos de Christopher e de Melanie, os outros dois foram decisão de Luna, que escolheu alguns amigos distantes que nunca os visitavam.

Carrie havia saído e ela conversava sobre o que os gêmeos fizeram no final de semana passado, em que viajaram para visitar a avó Weasley. Normalmente, eles sempre se reuniam no final de semana, e sempre se divertiam até o dia acabar, ainda mais nas férias, como era agora.

- Aí eu falei pro meu tio que ele era velho demais para me ensinar aquelas coisas que ele fazia quando era criança, sabe? - Chistopher lhe segredou em voz baixa, sendo acompanhado por Melanie para confiarem em Hermione.

- Eu acho que ele ficou de mal do Chris. - Mel deu uma risadinha com a mão na boca, tampando-a.

Hermione riu e os abraçou novamente, antes de iniciarem uma conversa animada sobre por que Harry e ela não tinham filhos pequenos para brincarem com os dois e serem amigos para sempre, até a hora em que Luna Lovegood, com seus cachos loiros até as costas e sua roupa de verão, foi chamá-los com um sorriso carinhoso e agradecido.

- Obrigada por cuidar deles enquanto eu arrumava tudo por aqui.

Elas passavam pela porta e Hermione pôde avistar Harry e Rony conversando em um canto afastado do gramado, já que decidiram almoçar no jardim, o que sempre acontecia, ambos com uma cerveja na mão e riam animadamente...

Harry viu a filha conversando com John Weasley. Os traços desta eram tão perfeitos, que ele não sabia como John resistia quando ela jogava os cabelos negros para trás ou dava aquele sorriso estonteante e imponente com os dentes perfeitos. Pôde ver que o garoto estava sedendo às tentações, esfregando as mãos uma nas outras e batendo os pés nervosamente no chão, enquanto conversava animadamente com ela, sentados em um banco que rodeava o jardim todo. Rony se aproximou e falou em voz baixa e divertida:

- Sua filha não tem idéia do poder atrativo que tem, amigo, vai deixar os hormônios do meu filho malucos.

Harry riu marotamente. Era bom saber que o espírito animado e brincalhão do amigo permanecia nele, mesmo depois de tanto tempo.

- Hey, gente... vamos almoçar... - Hermione se aproximou, colocando os cabelos atrás da orelha.

- Estávamos conversando sobre sua filha, Mione, e no quanto ela está enlouquecendo meu filho. - ele revelou.

Ela olhou para Harry com um sorriso e este a abraçou por trás, carinhosamente.

- Ela é linda, não é? - informou, os três olhando para os dois que riam animados.

- Queria saber que tanto conversam. - revelou Rony novamente, olhando com orgulho para o filho, que tinha os cabelos loiros e os olhos azuis, e certamente fora e era muito bonito.

- Hey, Ronald Weasley. - ela repreendeu, em sua mente passando a lembrança das várias vezes em que o repreendera na escola, usando seu nome completo - você tem...

Levou as mãos à boca, sarcástica, fingindo espanto e indignação, surpresa:

- Trinta e nove anos! - ela exclamou, fazendo Harry rir e Rony corar habitualmente, suas orelhas da cor dos cabelos, cerrando os olhos.

Hermione sorriu, mordendo o lábio inferior, esperando alguma resposta, pronta a ser novamente a pessoa sarcástica, engraçada e desconfiada que virara.

- Vocês também tem, espertinha. - ele interveio, com um sorriso maroto no rosto.

Hermione abriu a boca duas vezes para responder, mas não havia respostas. O que ela responderia? Os dois riram, atendendo ao chamado de Luna, para irem almoçar.

Era incrível como a amizade permanecia a mesma, sem manhas ou vergonhas, sempre firme e fiel, sem mentiras.

Hermione entendia perfeitamente o que isso queria dizer, e esse amor entre os três permaneceria, mesmo que entre ela e Harry fosse mais forte, com mais testes para ser comprovado, o amor sempre seria o mesmo, firme e fiel.

FIM!!!


N/A: agora sim... o fim!!! espero q tenham gostadoo!!
vmos ver por qnto tempo eu aguento fikar sem escrever uma fic o.O'
kkkk... jah tenho até idéias ^^'
Bjuxx, =***
Nah~

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