Antídoto... O início do fim?
Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.
Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!
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Cap. 08 – Antídoto... O início ou o fim?
Num país do hemisfério sul duas pessoas conversavam cautelosamente. Uma delas era um jovem rapaz de cabelos rebeldes e olhos muito verdes, ele tinha uma expressão feliz, embora em seu braço um corte profundo sangrasse. Ao seu lado um senhor já velho, gordo e careca falava baixo e com preocupação na voz.
- Bem Harry, se enumerarmos os horcruxes agora, a nossa busca já se findou. Os cinco fragmentos já foram destruídos. Nossa preocupação agora é com o confronto final que se aproxima. Se o que o velho Alvo falou for verdade, agora só nos resta enfrentar o mal maior. E essa aparente tranqüilidade no mundo mágico não está me cheirando muito bem.
- Pelas minhas contas e conversas com o Professor Dumbledore, já terminamos a primeira etapa da missão. Os cinco fragmentos foram:
1 – O diário de Tom Riddle. (destruído por mim no segundo ano)
2 – O medalhão de Slytherin (destruído pelo Regulus, na sede da Ordem).
3 – A xícara de Helga Hufflepuff (destruída por mim, no Egito).
4 – O anel da família Marvolo (destruído por Dumbledore)
5 – O brasão da família Ravenclaw (destruído por nós dois agora)
- O mais difícil agora, além de estar frente a frente com Voldemort de novo vai ser pegar aquela cobra. Ela está sempre com ele aonde ele vai. Teríamos que ter alguém infiltrado no meio dos comensais para matá-la e fazer parecer um acidente.
Parou de falar nesse ponto. Um ódio sem tamanho arrancou sua fala. Até pouco tempo eles tinham um espião infiltrado, mas ele era um traidor para os dois lados. O Professor Slughorn pressentindo o que acontecia dentro de Harry, tratou de mudar o assunto.
- Que tal agora você combinar o encontro com os seus dois amigos? Pode ser que a sua amiga excepcional tenha conseguido algo inesperado. Ela não estava à procura do Snape?
- Hermione! Mas é claro, ela o está cassando! Pode ser que tenha encontrado alguém para ajudá-la pelo caminho, por isso ela enviou aquela carta estranha! Vamos para Hogwarts, a Minerva tem que saber que as buscas terminaram e de lá mesmo eu escrevo para Mione e pro Rony, marcando um lugar para nos encontrarmos.
- Antes de qualquer coisa Harry, vamos para St. Mungus, nenhum dos feitiços de cura que conheço funcionou no seu corte. Deve ser efeito daquela poção que você tomou, conheço bem a estrutura dela, mas de alguma forma ela foi alterada com mais algum ingrediente que faz o sangramento não parar. Temos que descobrir que ingrediente foi esse e pesquisar o antídoto antes que você sangre até morrer.
- Tudo bem, agora que está mais próximo o fim, não posso me dar ao luxo de morrer. Vou me manter vivo pelo menos até que Voldemort também morra.
- Pro hospital então Harry.
Ambos aparataram direto na recepção do hospital mágico, Harry foi atendido prontamente e os testes começaram de ínicio, mas depois da conclusão deles a situação descrita pela curandeira encarregada do caso não foi nada animadora:
- Sr. Slughorn, sinto informar, mas realizamos todas as baterias de exames com o jovem Harry Potter e somente conseguimos identificar um vírus letal em seu sangue que o faz jorrar sem parar, tentamos fechar o corte com algumas bandagens, mas elas tem que ser trocadas a cada meia hora e sempre estão encharcadas. Conseguimos diminuir o fluxo para nos dar mais tempo para encontrarmos o antídoto, mas deixo-o de sobreaviso que o máximo de tempo que temos até chegar o ponto crucial só é de mais uma semana. Até lá todos os medibruxos pesquisadores do hospital buscarão informações para curá-lo.
- Posso vê-lo?
- Claro senhor, quarto 15 final do corredor à esquerda.
- Ah, Clara e só mais uma observação, ninguém absolutamente ninguém deve saber que o garoto está internado aqui e o que ele tem. É uma questão de vida para todo o mundo mágico. Confio em você para isso.
- Pode deixar senhor, ninguém saberá, daria minha alma por essa causa.
Apressadamente o professor dirigiu-se pra lá lançando um feitiço silenciador na porta assim que entrou. O rapaz já dava sinais de fraqueza e palidez, mas lutava com todas as forças para não demonstrar isso.
- Escute Harry, você deve estar a par da sua situação não é mesmo?
Harry apenas confirmou com a cabeça.
- Então eu mesmo vou agora para Hogwarts contatar a Minerva do que aconteceu, esclareço tudo e tento contatar seus amigos para informá-los, alguma coisa me diz que sua amiga sabe algo sobre o Snape, e com certeza ele foi o encarregado das poções que protegiam os horcruxes. Por favor, Harry lute! Vou correr contra o tempo, mas não se entregue, todos nós precisamos de você. Agüente firme rapaz e se mantenha acordado, tente não perder a consciência.
- Certo Professor Slughorn. Já passei por coisas piores, não vai ser esse cortezinho que vai me derrubar. Mas, por favor, o senhor pode avisar a Gina que estou aqui? Queria muito vê-la...
- Claro garoto, vou aparatar na Toca antes de ir a Hogwarts e avisá-la. E lembre-se se mantenha acordado. Embora tenho certeza que a sua namorada poderá cuidar disso muito bem.
Da mesma forma que entrou o professor saiu como uma bala direto para Toca e em seguida para Hogwarts. O tempo continuava a correr.
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Os raios de sol adentravam pela janela do aposento em que um casal descansava. Hermione olhava para Severo dormindo ao seu lado, tinha vivido um momento especial com aquele homem, mas por algum motivo seu coração estava apertado. Desenroscou o braço de Severo e levantou-se, apanhou a capa dele no chão e ficou na janela observando o céu lá fora. Seus pensamentos estavam presos em seus dois amigos. Onde eles estavam agora? Estariam bem? Porque estava com estranha essa sensação de que algo ruim aconteceu? Sentiu dois braços fortes a envolverem.
- Tão cedo... Porque já acordada?
- Eu estava só colocando alguns pensamentos em ordem.
- Preocupada com alguma coisa?
- Não sei, por enquanto é só uma sensação ruim. Mas pode ser só saudades de casa.
- Nós temos mesmo que resolver logo essa situação, mais cedo ou mais tarde sentirão sua falta e as coisas complicarão. Mas porque vestiu essa capa? Não gostei de te ver com ela, me trás péssimas recordações.
- Nem reparei o que era quando peguei.
- Pode tirá-la então? Essa capa sempre me acompanhou em missões más... Por falar nisso agora eu vou tratar de resolver aquele assunto com o Draco, ele me deve uma bela explicação. Não esqueça, enquanto ele estiver aqui não saia do quarto. Vou pedir para Judithe trazer seu café da manhã e desculpe por não poder acompanhá-la. Prometo explicar-lhe toda situação depois.
- Tudo bem, peça pra ela demorar um pouquinho, vou ver se relaxo um pouco tomando uma ducha.
Severo beijou-lhe de leve nos lábios e tratou de ir se vestir enquanto ela continuava a admirar o céu, ainda com a sensação de pesar dentro de si.
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- Muito bem Draco, a nossa conversa adiada de ontem pode ter início agora. Porque me desobedeceu?
- Você não manda em mim Snape! Só porque o Lorde das Trevas o considera o melhor de nós não lhe dá o direito de mandar em mim.
- Está muito enganado Draco, mando em qualquer comensal da morte, você ouviu muito bem quando o Lorde das Trevas disse a todos que minha autoridade somente está abaixo da dele. E como você fez a besteira de se tornar um, está sob minha autoridade.
- Isso porque você passou em minha frente para ganhar pontos com ele!
- Calado pirralho! Aquela sua tia maldita está mesmo tentando jogá-lo contra mim não é? Todos do círculo dos comensais sabem que o Lorde deu aquela ordem a você sabendo que não cumpriria. Aquela tarefa sempre foi para ser cumprida por mim, ou a sua titia não lhe disse isso? Responda Draco! Você acha mesmo que seria páreo para Dumbledore? Acha que o único bruxo do mundo que o próprio Lorde teme deixaria ser morto por você? Um pirralho que não sabe o que quer da vida! Ele ainda estaria aqui se essa decisão não fosse tomada por ele mesmo, se ele quisesse mesmo viver não haveria nem Draco, nem Snape e nem mesmo Lorde das Trevas que o derrotasse. Tudo é só uma questão de discernimento coisa que você ainda não possui!
Draco estava furioso, seu rosto pálido estava rubro de raiva. Odiava estar numa situação que não tinha como argumentar. Sua tia não o enganara, aquela era mesmo uma missão dúbia. Tinha outra finalidade além da morte de Dumbledore. Mudou de assunto para fugir da admissão que estava errado.
- E o que isso tem a ver com aquela sangue ruim? Por que você me desmoralizou na frente dela? É uma Trouxa.
- Em primeiro lugar, não use esse termo na minha frente, está esquecendo que sou mestiço? E em segundo lugar eu o repreenderia se fosse qualquer outra pessoa no lugar dela, aqui é a minha casa e eu decido o que fazer com quem tiver sob minha custódia. Como por exemplo, você.
- Qual é a sua Snape? De que lado você está? Acha que vai ficar a vida toda bancado o herói dos dois lados? Você só quer a fama que essa guerra pode lhe dar você não é nem um bom comensal nem um bom bruxo do “bem”. Você me dá náuseas. Fica exaltando aquele imbecil do Dumbledore e...
- Já disse para ficar calado garoto! Ainda não entendeu quem manda aqui? Achei que fosse mais inteligente. Deveria ajoelhar aos meus pés por eu ter jurado a sua mãe que o protegeria ou estaria morto a essa hora. Acha que o feitiço que o Potter lhe lançou não o mataria? Ou que se eu não houvesse cumprido sua missão o Lorde hesitaria em matá-lo? Você não sabe nada da vida Draco, só olha para si próprio. Dentro de você existe algum resquício de bom senso, sei muito bem que não gostou daquele lobisomem dentro da escola, há algo bom dentro de cada pessoa é só você deixá-lo fluir. Mas a escolha tem que ser sua, se preferir correr para barra da saia da sua titia, vá, mas depois não diga que não avisei, ela vai largá-lo na primeira vez que ver você hesitar em cumprir alguma coisa ou em matar alguém. Se quiser ficar aqui vai aprender a ser um Comensal da Morte, mas também vai ter que aprender a ser um homem de verdade e não esse garoto mimado que sempre foi. Olhe para dentro de si próprio e decida o que quer, não haverá volta se escolher qualquer um dos lados. Você jamais conseguirá ser como eu, mas se estiver do meu lado continuará a ser meu protegido. E a primeira coisa que deve fazer é ficar longe da Granger, ela é minha tarefa, e tenho meus motivos para querer mantê-la segura. Pode ir pro seu quarto, amanhã...
Um grito foi ouvido no quarto ao lado interrompendo a conversa entre eles.
- Mais que diabos... – Draco soltou.
Ambos saíram correndo em direção ao quarto de Hermione.
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Hermione saiu da janela assim que Severo se foi, caminhou para o banheiro e ficou olhando a água escorrer queria que suas preocupações se fossem assim como a água que descia pelo ralo. Voltou para o quarto para apanhar um roupão e um arrepiou percorreu seu corpo ao ver um gatinho enroscado no seu travesseiro com uma carta entre as patas.
Carta da Minerva!
Correu para apanhar a carta e a cada linha que lia seus olhos se arregalavam primeiro de alegria pelos horcruxes terem sido destruídos, mas o pânico modificou sua expressão e deixou escapar um grito de horror assim que leu sobre o estado de Harry. A carta caiu de suas mãos e sentiu suas pernas e sentidos fraquejarem, na mesma hora que Draco e Severo entravam no aposento, Severo conseguiu segurá-la antes que batesse no chão.
- Hermione! O que houve? O que aconteceu? Fale mulher
Draco estranhou o fato de o padrinho tratar sua ex-aluna pelo primeiro nome e com tanta delicadeza, mas preferiu ficar calado.
- A carta... Leia a carta...
Draco avistou o pergaminho no chão e apanhou-o, mesmo com a curiosidade gritando em seu ouvido estendeu o papel e entregou a Snape que o leu rapidamente.
- Potter! Sempre correndo perigo! Estou cansado de salvá-lo. Temos que correr. Aqueles curandeiros idiotas não vão descobrir a tempo. Hermione apronte-se você vai para Saint Mungus levar o antídoto. E você Draco, não tem mais tempo pra pensar, decida com quem vai ficar sua lealdade.
Snape desceu correndo as escadas e seguiu direto para a câmara escondida da casa. Acionou uma passagem secreta oculta pelas estantes de livros e entrou numa saleta escura, vasculhou as gavetas e encontrou as anotações que buscava. Rapidamente leu a página que falava da poção do sangramento e encontrou o ingrediente adulterado: Essência de Abacaxi.
Voltou para a câmara e recolheu um frasquinho na sua estante de materiais. Voltou correndo ao quarto e encontrou uma Hermione aflita andando de um lado para o outro e um Draco pensativo.
- Pronto Hermione, aqui está essa essência vai reverter o efeito da outra, leve para o Potter, tente não ser vista, todo cuidado é pouco. Deixe-o de sobreaviso que está quase tudo terminado. E use a cabeça, se tiver alguém com ele vai querer que você explique como sabe exatamente o elemento que está causando a hemorragia, use a inteligência, agora vá! Já desfiz o feitiço contra aparatação.
Hermione o abraçou.
- Obrigada Severo.
- Corra! O tempo é inimigo dele, e não esqueça, evite ser vista e volte rápido.
Ela partiu na mesma hora.
Severo virou-se para Draco e perguntou:
- E quanto a você?
- Bandeira branca Snape, não adianta mesmo querer esconder alguma coisa de você. Mas tenho princípios, não espere que eu me junte com gentinha como a Granger e o Potter. Eles são a escória do mundo bruxo. Eu só quero livrar minha pele daquele psicótico por poder.
- Ótimo então. Vá buscar suas coisas e tranqüilize a Narcisa, mas não fale nada sobre sua decisão para ela, apenas diga que vai passar um tempo comigo para aprender o que lhe falta do sétimo ano de estudo. O Lúcius pode querer tirar essa informação dela assim que sair de Azkaban e não vai ser nada bom ele descobrir que um Malfoy vai quebrar a tradição da família.
- Ok então, estou indo agora.
- E não fale com a Belatrix, tente não encontrá-la pelo caminho, sua Oclumência não vai funcionar perto dela.
No minuto seguinte Draco também sumiu da presença dele. Com uma esvoaçada da capa Severo também desaparatou e foi direto para mansão Lestrange. Agora era a hora de o Lorde escutar sua versão antes que alguém visse Hermione. Seguiu até a sala que Voldemort estava e fez uma ligeira reverência a ele.
- Ah Severo, veio me trazer alguma novidade?
- Estou com a garota sobre minha guarda. Autorizei-a escrever aos amiguinhos e deixei-a sair para um encontro com ele e sondar as idéias do Potter. Vim avisá-lo que ela agora está sob a maldição Império e vai sempre localizá-lo quando o Lorde achar necessário. Deixei-a sair, mas pedi que não fosse vista, ela vai trazê-lo até nós assim que tivermos uma estratégia pronta. Quero só deixá-lo alerta, pois o dia que as trevas triunfarão está cada vez mais próximo.
- Ótimo Severo. Esta noite eu convocarei todos os comensais, vamos elaborar um plano de combate. Mas no dia do triunfo eu e o Potter estaremos sozinhos, quero matá-lo sem ninguém para atrapalhar, ele se acha poderoso demais quando tem espectadores e pode querer aprontar alguma gracinha.
- Vou voltar ao esconderijo agora, à noite eu e Draco viremos para reunião.
- Severo? Traga a menina, quero ver como ela está se comportando sob sua maldição.
- Pois não Lorde, eu a trarei.
Severo aparatou em casa com uma ruga de preocupação na testa. Temia o que estava por vir. Esperaria Hermione retornar e tentaria junto com ela encontrar uma solução, não podia deixá-la a mercê daquele bando de Comensais.
*
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Na entrada de visitantes, Hermione procurava esquivar-se de algumas pessoas que estavam amontoadas na recepção do hospital. Cada minuto que passava se desesperava mais para encontrar o quarto de Harry e tentar não ser vista. Estava se saindo muito bem, percorrendo os corredores disfarçada com um lenço sobre a cabeça e óculos que a fazia parecer muito mais velha, sem querer esbarrou numa das curandeiras e quase caiu de costas, apoiou-se na parede a tempo, mas seus óculos caíram e a curandeira a reconheceu.
- Granger? Hermione Granger?
- Ah... Oi Madame Pomfrey... O que a senhora faz aqui?
- Suponho que o mesmo que você não? Vim visitar o Potter.
- Ah, claro, e a senhora poderia me dizer em qual enfermaria ele está?
- Claro querida, ele está no quarto 15 a menina Weasley está lá com ele fazendo de tudo para mantê-lo acordado, e é bom que ela consiga, nossas pesquisas ainda não tiveram progr... Senhorita Granger?
Mas Hermione já havia corrido para o quarto e nem ouviu o que a senhora falou.
- Harry meu amor, olha para mim, por favor, olha nos meus olhos.
Gina tentava desesperadamente manter Harry acordado, ela segurava seu rosto com as duas mãos e chamava por ele toda vez que ele fechava os olhos. Alguém pousou uma mão delicada sobre seu ombro lhe passando tranqüilidade, ela ergueu os olhos com o rosto banhado em lágrimas. Abraçou a amiga.
- Ah Mione, ele não quer mais me ouvir, ele está indo embora!
Ela começou a soluçar no ombro de Hermione, ela alisou os cabelos da amiga e a afastou delicadamente.
- Gina querida, eu preciso ficar sozinha com o Harry agora, você poderia sair um pouco?
- Eu não queria sair de junto dele, não agora.
- Por favor, Gina, eu preciso ficar sozinha com ele agora, você ainda confia em mim?
A garota ainda chorando confirmou com a cabeça.
- Então se quer me ajudar, me deixe aqui com ele uns instantes e mande uma mensagem para a professora Minerva, diga para ela que estou aqui e preciso vê-la, o professor Slughorn também, e se alguém souber do paradeiro dele chame o Lupin. Prometo que assim que você voltar ele já estará bem.
Gina lançou um último olhar pro moreno sobre a cama e saiu em seguida.
Hermione cerrou as cortinas em volta da cama de Harry e sentou ao seu lado.
- Oi Harry, porque sempre tenho que estar por perto de você hein?
O garoto esboçou um sorriso fraquinho pra ela e a observou tirar um frasquinho do bolso da capa.
- Beba isso, vai te fazer bem e nada de perguntas agora. Tudo num gole só OK?
Ela delicadamente abriu o frasquinho e levou a boca do garoto. Ele desfaleceu de vez assim que engoliu o líquido espesso com gosto de fel. Esperou alguns minutos e quando ela já estava começando a se preocupar com a falta de reação dele, o garoto começou a se debater na cama. Ela tentou segurá-lo para tentar evitar que ele caísse, mas ele era muito mais forte que ela, jogou seu corpo por cima dele e aos poucos ele foi se acalmando. Desceu da cama e o observou abrir os olhos.
- Mione... O que aconteceu?
- Ah vejo que já está bem, começou com o interrogatório. Bom dia pra você também Harry. Vou chamar a curandeira para tirar essas bandagens e ver seu ferimento.
Ele a segurou pelo braço. Sentou-se na cama e falou baixinho:
- Não Mione, fica aqui. Não quero ficar sozinho.
- Ah Harry, deixa de ser bobo, quanta coisa você já enfrentou sozinho hein? E não está sozinho, a Gina está lá fora vou buscá-la para você.
Não foi preciso ela sair, Gina já vinha entrando na sala acompanhada de Rony.
Ela correu para Harry ao vê-lo sentado e o abraçou. Rony aproveitando a reação da irmã também se abraçou a Hermione.
- Mione, não sabe como eu estava preocupado com você. Depois que soube o que aconteceu com o Harry fiquei muito inseguro de estarmos separados.
Ele segurou o rosto dela em suas mãos e olhou em seus olhos, ela pôde ver que eles demonstravam todo alivio que ele estava sentido por vê-la bem. Segurou as duas mãos dele e abraçou-se novamente a ele.
- Eu também estava preocupada com você Rony, aliás, com vocês todos.
- Mione, como você fez isso? O Harry já está muito bem, o que você deu a ele? Gina perguntou.
Hermione abriu a boca para responder quando uma nova leva de pessoas entrou no quarto, uma curandeira tentava impedi-las de entrar no quarto, mas as pessoas não cederam. Entraram lá Minerva, professor Slughorn, Lupin, Tonks e o sr. e a sra. Weasley. Molly correu imediatamente para cama e junto com Gina ficou observando a curandeira carrancuda retirar as bandagens do braço dele. Ao retirá-las ela constatou que a ferida ainda estava um pouco inflamada, mas totalmente fechada e sem sangrar.
Todos os olhares recaíram sobre Hermione que sentiu o peso da situação. Após um longo silêncio que todos esperavam pela explicação de Hermione, Lupin decidiu quebrar o silencio.
- Bem Hermione, acho que agora você nos deve uma explicação não é mesmo?
- É acho que sim, mas eu não gostaria que fosse aqui. Além de não acho um lugar seguro o Harry precisa ainda descansar. Alguma possibilidade de irmos ao seu escritório professora?
- Claro que sim filha, mas acho que o Harry Potter também vai querer estar a par do que realmente aconteceu com você neste tempo. Ele vai receber alta ainda hoje Clara?
- Ainda não Minerva, ele vai fazer uma nova bateria de exames, só deve sair daqui amanhã pela manhã.
- Mas não posso esperar isso tudo! Tenho que voltar para onde estava! Harry, você se importa de saber toda a história depois por algum membro da Ordem?
- Mas Mione porque tanta pressa? Quero ouvir as explicações de você, nosso trabalho é em equipe!
- Por favor, Harry, sua missão pode ter acabado, mas a minha ainda não. Ainda confia em mim não é mesmo?
- Claro que confio Mione eu nunca duvidei de você, e agora mais do que nunca, você salvou a minha vida! Mas está esquisita desde aquela carta.
- Por favor, Harry, me deixe ir com a Minerva. Lá eu conversarei com ela e explicarei tudo, preciso voltar o mais rápido possível. E você Rony, também poderia ficar aqui?
- Ah não Mione, o Harry tudo bem, ele está doente. Mas o que você não quer me contar agora? Não é uma lição que não sei fazer e você vai me explicar, vou junto e pronto!
Hermione olhou suplicante para Molly e Arthur que assentiram com a cabeça.
- Rony querido, não vê que a Hermione precisa conversar com os adultos primeiro? Deve haver alguma coisa que não pode ser dita agora querido, deixe-a ir.
- Eu já sou adulto, mãe! A Hermione foi a que amadureceu mais cedo, mas estamos juntos desde o inicio. Eu e o Harry temos o direito de saber o que está acontecendo.
- Ronald Weasley, não está vendo que a Hermione não quer contar a você agora? É mesmo um adulto? Então se comporte como tal e respeite a decisão dela! Você vai ficar aqui com o Harry, a Gina precisa ir descansar. Hermione querida pode ir com a Minerva, eu cuido deste teimoso aqui.
Rony lançou um olhar fulminante na direção de Hermione e deu as costas para ela, ela caminhou até ele e o abraçou por trás.
- Por favor, Rony, me perdoa... Mas você um dia vai entender porque estou agindo assim. Eu gosto muito de você. Sempre gostei.
Ele não respondeu nem se virou para olhá-la, ela se despediu de Harry e Gina e cumprimentou os outros. Saiu junto com a professora Minerva, o professor Slughorn, Lupin e Tonks. A professora tirou o mesmo bule antigo usado pelo professor Dumbledore para transportar Harry do departamento de mistérios no quinto ano e em poucos segundos todos estavam no escritório da diretora. A própria Minerva foi a primeira a falar:
- Pronto, senhorita Granger, agora que estamos aqui chega de mistérios e me diga: Como encontrou o Severo e o que fez para ele lhe dar o antídoto do Potter?
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