O Voto Perpétuo



A neve estava caindo mais uma vez contra as janelas frias; o natal estava se aproximando rapidamente. Hagrid já havia providenciado as doze usuais árvores de natal para o Saguão de Entrada; guirlandas de visco (azevinho?) e fitas tinham sido trançadas ao redor dos corrimãos dos degraus; velas de chama eterna ardiam dentro dos capacetes das armaduras e grandes ramos de visco tinham sido pendurados em intervalos ao longo dos corredores. Grupos numerosos de meninas tendiam a convergir debaixo dos ramos de visco toda vez que Harry passava, o que causava bloqueios nos corredores; sua sorte, porém, era que os freqüentes passeios noturnos de Harry tinham lhe dado um extraordinário conhecimento das passagens secretas do castelo, de forma que ele, sem muita dificuldade, andava por rotas livres de visco entre as aulas.

Rony, que não via necessidade destes desvios por ciúmes em lugar de alegria, simplesmente reagiu com risadas. Mesmo assim, Harry preferiu este riso, era melhor ter o Rony engraçado do que o modelo mal-humorado e agressivo que Harry vinha suportando durante as últimas semanas; Rony melhorava, mas a um alto preço. Primeiramente, Harry teve que agüentar a presença freqüente de Lilá Brown, que parecia considerar qualquer momento que não estivesse beijando Rony como desperdiçado; e depois, Harry se achou o melhor amigo de duas pessoas que pareciam que improvavelmente falariam novamente um ao outro.

Rony, cujo antebraço ainda tinha arranhões e cortes do ataque do pássaro de Hermione, estava com um tom defensivo e ressentido.

"Ela não pode reclamar", falou para Harry. "Ela beija Krum. Ela acha que eu não beijo ninguém também. Bem, é um país livre. Eu não fiz nada de errado".

Harry não respondeu, mas fingiu estar absorvido no livro que supostamente teria que ler para a aula de Feitiços da manhã seguinte (o Quinto Elemento: Uma descoberta). Estava determinado a permanecer amigo de Rony e Hermione, por isso estava passando muito tempo com a boca bem fechada.

"Eu nunca prometi nada para Hermione ", Rony resmungou. "Quero dizer... certo, eu ia com ela para a festa de Natal de Slughorn, mas ela nunca disse... apenas amigos... Eu sou uma pessoa livre..."

Harry virou uma página do Quinto Elemento atento, ainda ouvindo Rony. A voz dele arrastava-se como murmúrios, entretanto, pouco audível, abafada pela crepitação alta do fogo, Harry pescou as palavras" Krum" e " não pode reclamar" novamente.

O horário de Hermione estava tão cheio que Harry só podia falar direito com ela pela noite. Rony estava, em todo caso, firmemente distraído com Lilá, que não notou o que Harry estava fazendo. Hermione se recusou a sentar na sala comunal enquanto Rony estava lá, Assim Harry geralmente se unia a ela na biblioteca em conversas sussurradas.

"Ele é perfeitamente livre para beijar quem ele gosta", disse Hermione, enquanto a bibliotecária, Senhora Pince, rondou as estantes atrás deles. "Eu realmente não me importo mais”.

Ela elevou a pena dela e pontilhou um 'i' tão ferozmente que perfurou um buraco no pergaminho. Harry não disse nada. Ele pensou que a voz dele seria desnecessária. Ele se curvou um pouco sobre o Fabricação Avançada de Poções e continuou fazendo notas em Elixir Perpétuos, enquanto pausava para decifrar as úteis dicas do príncipe, sendo auxiliado pelo texto de Libatius Borage(?) ocasionalmente.

"E aproveitando", disse Hermione, depois de alguns momentos, “você precisa ter cuidado”.

"Pela última vez", disse Harry, falando em um tom ligeiramente rouco após três quartos de hora de silêncio, "eu não vou devolver este livro. Eu aprendi mais com o príncipe mestiço do que Snape ou Slughorn me ensinariam--"

"Eu não estou falando sobre seu príncipe estúpido", disse Hermione, dando para o livro um olhar sórdido como se ele tivesse sido rude com a ela. "Estou falando sobre hoje cedo. Entrei no banheiro das meninas, logo antes de vir pra cá e lá havia uma dúzia de meninas, inclusive Romilda Vance, tentando decidir como utilizar em você um filtro amoroso. Tudo que elas estão esperando conseguir é que você as leve à festa de Slughorn, e elas parecem ter comprado de Fred e George poções do amor, eu tenho medo de que ela realmente funcione--".

"Por que você não as confiscou então?" Harry exigiu, parecia extraordinário que a mania de Hermione em apoiar as regras a abandonasse nesta situação.

"Elas não estavam com as poções no banheiro", disse Hermione desdenhosa. "Elas estavam discutindo táticas. Como eu duvido, o "príncipe mestiço” - e ela deu para o livro outro olhar desdenhoso- poderia inventar um antídoto imediatamente para uma dúzia de filtros amorosos diferentes. Assim, eu convidaria alguém para ir com você, isso pararia todas que estão pensando que ainda tem uma chance. Amanhã a noite, elas estarão desesperadas".

“Não há ninguém que eu queira convidar", resmungou Harry, que estava tentando não pensar em Gina por mais que ela pudesse ajudar, apesar do fato de ela continuar semeando os sonhos Harry, de modo que lhe ele se sentia aliviadamente grato que Rony não pudesse executar Legilimência.

"Bem, só tenha cuidado com o que você bebe, porque Romilda Vance vai tentar executar seu plano", disse Hermione severamente.

Ela se debruçou em cima do rolo longo de pergaminho, no qual estava escrevendo seu rascunho de Aritmancia, e continuou arranhando com sua pena. Harry a assistia com a mente bem longe dali.

"Espere um momento", ele disse lentamente. "Eu pensei que Filch tinha proibido qualquer coisa comprada dos Artigos de Feitiçaria Weasley?".

"E quando qualquer um se importou com o que Filch proíbe?" Hermione perguntou, ainda concentrada na composição dela.

"Mas eu pensei que todas as corujas eram rastreadas. Assim como estas garotas puderam trazer filtros amorosos à escola?".

"Fred e George os enviam disfarçados como perfumes e poções de tosse", disse Hermione. "Faz parte do serviço de entrega por Corujas deles”.

"Você sabe muito sobre isto”.

Hermione lhe deu o olhar sórdido que tinha dado há pouco para o livro de Fabricação Avançada de Poções.

"Estava tudo na parte de trás das garrafas que eles e Gina me mostraram no verão", ela disse friamente, "eu não passo pondo poções nas bebidas de pessoas... ou pretendendo, o que é ruim da mesma maneira...".

"Sim, bem, não importa", disse o Harry depressa. "O ponto é, Filch está sendo enganado, não? Estas meninas estão trazendo materiais proibidos a escola, disfarçados como qualquer outra coisa! Assim por que Malfoy não poderia ter trazido o colar--?"

"Oh, Harry... de novo não..."

"Vamos... Por que não?" Harry exigiu.

"Olhe", suspirou Hermione, “Sensores de Segredo descobrem amuletos de má sorte, maldições, e encantamentos, não é? Eles são usados para achar magia negra e seus objetos. Eles teriam apanhado uma maldição poderosa, como a do colar, em segundos. Mas algo que é posto em garrafa errada não--de qualquer maneira filtros amorosos não são nenhuma magia negra perigosa---".

"Fácil para você, dizer isso" murmurou Harry, enquanto pensava em Romilda Vance.

"-- estaria fora do alcance de Filch perceber que isto não era uma poção de tosse, ele não é um feiticeiro muito bom, eu duvido que ele possa conhecer uma poção de--".

Hermione parou estarrecida; Harry tinha ouvido também. Alguém tinha se movido atrás deles entre as estantes escuras. Eles esperaram, e momentos depois, viram o semblante de Senhora Pince como um vulto aparecendo no canto do corredor, suas bochechas afundadas, a pele como pergaminho, e o nariz curvo longo dela iluminavam-se fracamente pelo abajur que ela estava carregando.

"A biblioteca está agora fechada", ela disse, "Você deve devolver qualquer coisa que você pegou emprestada--o que você faz com este livro, menino depravado?"

"Não é da biblioteca, é meu!" Disse o Harry apressadamente, enquanto arrebatava seu Livro de Poções Avançadas da mesa, ela se apressou e o pegou com uma mão de garras.

"Deteriorado!" ela assobiou. "Profanado, sujo!"

"É apenas um livro que foi rabiscado!”, disse Harry, enquanto arrancava o livro dela.

Ela olhou como se fosse ter um ataque epilético; Hermione, que tinha empacotado as coisas dela apressadamente, agarrou Harry pelo braço e o fez marchar para fora da biblioteca.

"Ela o proibirá da biblioteca se você não tiver cuidado. Por que você tinha que trazer aquele livro estúpido?

"Não é minha culpa pela falta que ela está latindo furiosa, Hermione. Ou você pensa que ela não escutou que estávamos sendo rudes com Filch? Eu sempre achei que havia algo entre eles...".

"Oh, ha ha.."

Desfrutando o fato que eles pudessem falar normalmente de novo, eles retornaram ao longo dos corredores desertos iluminados pelos abajures para a sala comunal, discutindo se Filch e Senhora Pince poderiam estar secretamente apaixonados.

"Bugigangas" disse Harry à Senhora Gorda, isto que é a contra-senha nova, festiva.

"O mesmo para você", disse a senhora gorda com um sorriso mau, e ela girou para admitir a entrada.

"Oi, Harry"! disse Romilda Vance, no momento em que ele apareceu pelo buraco de retrato. "Aceita um gelinho?".

Hermione o deu um “olhar de avisso” sobre os ombros.

"Não, obrigado", disse Harry depressa. "Não gosto muito".

"Bem, leve estas de qualquer maneira", disse Romilda, enquanto empurrava uma caixa nas mãos dele. “Caldeirões de chocolate", têm sabores neles. Meus avós os enviaram a mim, mas eu não gosto".

"Oh--certo--muito obrigado." disse Harry que não pôde pensar em mais nada para dizer. " Er—eu estava vindo pra cá com..."

Ele se apressou atrás de Hermione, seguindo a voz dela.

"Lhe falei", disse sucintamente Hermione, "Quanto mais cedo você convidar alguém, mais cedo elas vão deixá-lo em paz e você pode--".

Mas de repente a face dela ficou branca; ela tinha visto há pouco Rony e Lilá sentados na mesma poltrona.

"Bem, boa noite, Harry" disse Hermione, entretanto eram só sete horas da noite, e ela foi para o dormitório feminino sem nenhuma outra palavra.

Harry foi para cama confortando-se que havia mais um único dia de lições, e após a festa de Slughorn, ele e Rony partiriam juntos para a Toca. Parecia impossível agora que Rony e Hermione fizessem as pazes antes dos feriados, mas talvez, de alguma maneira, o afastamento lhes daria tempo para se tranqüilizar e pensar melhor nos seus comportamentos...

Mas as esperanças dele não eram muitas, e diminuíram ainda mais depois de suportar uma aula de Transfiguração com os dois no dia seguinte. Eles tinham entrado em um tópico extremamente difícil de transfiguração humana; trabalhando em frente a espelhos, onde tentavam mudar a cor das próprias sobrancelhas. Hermione riu indelicadamente quando Rony desastrado, em sua primeira tentativa, conseguiu se dar um enorme bigode espetacular de alguma maneira; Rony retaliou fazendo uma imitação cruel, mas precisa de Hermione, quando ela mexia-se no assento toda vez que Professora McGonagall fazia uma pergunta. Lilá e Parvati acharam muito divertido, e Hermione reduziu-se a beira de lágrimas novamente. Ela correu para fora da sala de aula ao toque do sino, deixando para trás suas coisas; Harry, decidindo que a necessidade dela era maior que a de Rony agora, recolheu os pertences dela e a seguiu.

Quando ele a alcançou finalmente, ela entrou no banheiro feminino do andar de baixo. Foi acompanhada por Luna Lovegood que estava batendo levemente em suas costas.

"Oh, oi, Harry," disse Luna. " Você sabe que uma de suas sobrancelhas esta amarela?".

"Oi, Luna. Hermione, você deixou seus materiais..."

Ele ofereceu os livros dela.

"Oh, sim", disse Hermione, em uma voz sufocada, carregando suas coisas e se virando depressa para esconder o fato que estava esfregando os olhos com sua lapiseira. “Obrigado, Harry. Bem, melhor eu voltar..."

E ela se apressou, sem dar qualquer tempo a Harry para oferecer palavras de conforto, entretanto ele devia admitir que não havia pensado em nada.

"Ela está um pouco transtornada," disse Luna. "Eu achava no princípio que era a Murta que Geme, mas encontrei Hermione. Ela disse algo sobre Rony Weasley...".

"Sim, eles tiveram um desentendimento", disse Harry.

"Ele às vezes diz coisas engraçadas, não?" disse Luna quando partiram juntos ao corredor. "Mas ele pode ser um pouco indelicado. Eu notei ano passado”.

"Eu suponho", disse Harry. Luna estava demonstrando a destreza habitual de falar verdades incômodas; ele nunca tinha conhecido qualquer pessoa como ela. "Você está tendo um bom período?".

"Oh, está tudo certo", disse Luna. "Um pouco só sem Gina por perto, entretanto. Ela parou dois meninos em nossa aula de Transfiguração, depois chamando-me de Loony outro dia--"

"Você gostaria de vir hoje à noite à festa de Slughorn comigo?”.

As palavras estavam fora da boca de Harry antes de ele as pudesse parar; ele se ouviu as dizer como se fosse a sua fala mais estranha.

Luna virou os olhos protuberantes a ele, surpresa.

“A festa de Slughorn? Com você?" "Sim," disse Harry," é comum convidar alguém, pensei que você poderia gostar.. Eu quero dizer..." Ele não estava conseguindo deixar suas intenções perfeitamente claras. "Eu quero dizer, como amigos, você sabe. Mas se você não quiser...". Como que já esperasse ela não querer.

"Oh não, eu amaria ir com você, como amigos!" disse Luna, irradiando como nunca ele tinha visto antes. "Ninguém nunca me convidou a uma festa antes, como um amigo! Você tingiu sua sobrancelha, para a festa? Eu deveria tingir a minha também?" "Não" Harry disse firmemente, "Isso foi um engano. Eu pedirei que Hermione conserte isto para mim. Assim te encontro então no corredor de entrada às oito horas".

"AHA!" gritou uma voz, e ambos saltaram; aparecia de repente Pirraça, que estava pendurando de cabeça para baixo em um lustre e estava sorrindo maliciosamente para eles.

"Potty convidou Loony para ir a festa ! Potty ama Loony! Potty aaaaama Looooony!"

E ele zuniu gargalhando corredor afora e gritando,"Potty ama Loony!"

"Obrigada por manter as coisas privadas", disse o Harry. E certamente, num instante toda a escola parecia saber que o Harry Potter levaria Luna Lovegood à festa de Slughorn.

"Você poderia ter levado qualquer uma!" disse Rony em descrença no jantar. "Qualquer uma! E você escolheu Luna Lovegood?"

"Não chame ela assim, Rony!" disse Gina, parando atrás de Harry unindo-se ao amigo. "Eu estou realmente alegre por você levá-la Harry, ela esta tão entusiasmada".

E ela mudou de mesa para sentar-se com Dino. Harry tentou se sentir contente em saber que Gina estava alegre por ele estar levando Luna à festa, mas não podia administrar isto totalmente. Longe deles na mesa, Hermione estava sentada só, brincando com seu guisado. Harry notou Rony olhando furtivamente para ela.

"Você poderia dizer que está arrependido", sugeriu Harry abruptamente.

"O que, e é atacado por outro rebanho de canários?" Rony murmurou.

"Por que você teve que imitá-la?".

"Ela riu do meu bigode!".

"Eu também ri, era a coisa mais estúpida que já vi."

Mas o Rony não parecia ter ouvido; Lilá tinha chegado há pouco com Parvati. Se apertando entre o Harry e Rony. Lilá arremessou os braços ao redor do pescoço de Rony.

"Oi, Harry", disse Parvati que, como Harry, olhou um pouco envergonhada e enfadou-se com o comportamento dos dois amigos.

"Oi", disse Harry, "Como você está? Você vai ficar Hogwarts, então? Eu ouvi que seus pais queriam que você partisse".

"Eu consegui os convencer a ficar" disse Parvati. "Aquela Katie realmente apavorou eles, mas como não ocorreu qualquer coisa desde... Oh, ola, Hermione"!

Parvati irradiou positivamente. Harry poderia contar que ela estava se sentindo culpada por ter rido de Hermione em Transfiguração. Ele deu uma olhada e viu que Hermione estava de volta radiante, até mesmo mais brilhante. Meninas às vezes eram muito estranhas.

"Oi, Parvati"! Disse Hermione, enquanto ignorava Rony e Lilá completamente. "Você vai hoje à noite para a festa de Slughorn?”

"Nenhum convite", disse Parvati tristemente. "Eu amaria ir, no entanto... parece que vai ser realmente boa... Você vai, não é?”.

"Sim, eu vou encontrar Cormac as oito, e nós vamos -”.

Houve um barulho como uma rolha que está sendo retirada de uma pia bloqueada, e Rony apareceu. Hermione agiu como se ela tivesse visto ou ouvido qualquer coisa.

"- nós estamos indo a festa juntos."

"Cormac?" disse Parvati. "Cormac McLaggen, você quer dizer?"

"Este mesmo" disse Hermione docemente. "O que *quase* - ela pôs muita ênfase na palavra – tornou-se goleiro de Grifinoria”.

"Você está saindo com ele, então?" Parvati perguntou, olhos arregalados.

"Oh - sim - você não soube?" disse Hermione, com uma não-pertencente-a-Hermione risadinha.

"Não!" disse Parvati, enquanto parecendo impaciente por esta fofoca. "Wow, você gosta de jogadores de Quadribol, não? Primeiro Krum, então McLaggen..."

"Eu gosto de * realmente bons * jogadores de Quadribol", Hermione a corrigiu, enquanto sorria. "Bem, nos vemos... Vou indo me preparar para a festa...".

Ela partiu. Imediatamente Lilá e Parvati se consultaram mutuamente para discutir este novo acontecimento, em tudo que elas tinham ouvido falar alguma vez de McLaggen, nunca teriam adivinhado sobre Hermione. Rony parecia estranhamente branco e não disse nada. Harry foi levado a ponderar em silêncio, o que as meninas fariam em resposta.

Quando ele chegou no corredor de entrada às oito horas que noite, ele achou um número extraordinariamente grande de meninas que espreitavam, todos pareciam estar encarando recentidamente quando chegou Luna. Ela estava usando um conjunto de lantejoulas prateadas que estava atraindo uma certa quantia de risadinhas dos espectadores, mas em todo caso ela parecia bastante agradável. Harry estava alegre, ela tinha deixado seus brincos de rabanete, o colar com o copo de cerveja amanteigada, e o espectroscópio dela.

"Oi" ele disse. "Vamos?”

"Oh sim", ela disse felizmente. "Onde está a festa?”

“No escritório de Slughorn”, disse Harry, enquanto a conduzia pela escadaria marmórea longe de todos o fitando e murmurando. "Você ouviu, é provável que um vampiro esteja vindo?"

"Rufus Scrimgeour?" Luna perguntou.

"Eu - O que? disse Harry, desconcertado. "Você quer dizer o Ministro da Magia?".

"Sim, ele é um vampiro", disse Luna inteirada do assunto. "Papai escreveu um artigo muito longo sobre isto, quando Scrimgeour assumiu o lugar de Cornelius Fudge, mas ele foi forçado a não publicar por alguém do Ministério. Obviamente, eles não quiseram que a verdade vazasse!"

Harry, pensou que fosse improvável Rufus Scrimgeour ser vampiro, mas acostumado com as visões estranhas do pai de Luna acerca dos fatos, não respondeu; eles já estavam se aproximando do escritório de Slughorn, e os sons de risada, música, e conversação alta, estavam crescendo mais a cada passo que eles davam.

Se tinha sido construído assim, ou se ele tivesse usado algum artifício mágico para fazê-lo, o escritório de Slughorn era muito maior que os escritórios de professor habituais. Tinham sido drapejados, o teto e paredes com esmeralda, rubis, e toques de ouro, de forma parecida a uma vasta tenda. O quarto era abarrotado e sufocante, uma luz vermelha fixa a um abajur dourado fazia parte do elenco, ornado, oscilando no centro do teto no qual fadas de verdade estavam tremulando, como pontos brilhantes de luz. Um som alto, acompanhado pelo que parecia bandolins soando em um canto distante; uma neblina de fumaça, vinda de um tubo pendurado em cima de vários feiticeiros anciãos que conversavam ao fundo, e vários duendes estavam serviam de modo deles pela imensidão de joelhos, obscurecidos pelas travessas prateadas pesadas de comida que eles estavam carregando, de forma que eles se parecia pequenas mesas perambulando.

"Harry, meu garoto!" Slughorn falava, quase assim que Harry e Luna apareceram pela porta. "Entre tantas pessoas eu gostaria de encontrar você!".

Slughorn estava usando um chapéu aveludado ornado com bolas para combinar com sua jaqueta. Agarrou o braço de Harry tão firmemente que poderia ter desaparatado com ele, Slughorn o conduziu cheio de intentos na festa; Harry agarrou a mão de Luna e a arrastou junto com ele.

"Harry, eu gostaria que você conhecesse Eldred Worple, um antigo aluno meu, o autor de Os Irmãos consangüíneos: Minha Vida Entre os Vampiros - e, claro que, o amigo dele Sanguini".

Worple que era pequeno, robusto, um homem grande, agarrou a mão de Harry e a sacudiu entusiasticamente; o vampiro Sanguini era alto e emagrecia com as sombras escuras debaixo dos olhos, somente acenou com a cabeça. Ele olhou bastante enfadado. Um grupo de meninas estava se levantando perto dele, parecendo curioso e entusiasmado.

"Harry Potter, eu simplesmente estou encantado!" disse Worple, enquanto investigava discretamente a testa de Harry. "Eu estava dizendo a Professor Slughorn outro dia, Onde está a biografia de Harry Potter que todos nos estamos esperando?"

"Er," disse o Harry," você disse?"

"Modesto da mesma maneira que Horace descreveu!" disse Worple.

"Mas seriamente”,—a maneira dele de falar mudou; ficou repentinamente em um tom de negócios—" me seria um prazer escrever isto — as pessoas almejam saber mais sobre você, querido, almejam! Se você estiver preparado para me conceder algumas entrevistas, digo sessões de quatro ou cinco horas, nós poderíamos ter um livro pronto dentro de meses. E tudo com muito pouco esforço de sua parte, eu o asseguro — pergunte para Sanguini se não for totalmente — Sanguini, fique aqui!" Worple disse, repentinamente duro, para o vampiro que estava dirigindo-se para perto do grupo de meninas, com um olhar bastante faminto. "Aqui, distraia-se com isto", disse Worple, enquanto agarrava um duende que passava e deu na mão de Sanguini antes de voltar a dar atenção para Harry. "Meu querido, o ouro que poderíamos fazer, você não tem idéia—".

"Eu definitivamente não estou interessado", disse o Harry firmemente, "e vi há pouco uma amiga minha, com licença". E puxou Luna depois dele na multidão; ele realmente tinha só visto uma longa juba de cabelo marrom desaparecer entre o que se parecia dois membros dos Irmãos Estranhos.

"Hermione! Hermione!".

"Harry! Ai está você, graças! Oi, Luna"!

"O que aconteceu?" Harry perguntou, para Hermione que parecia distintamente desordenada, como se tivesse com uma moita de Armadilha de Diabo.

"Oh, eu há pouco escapei — eu quero dizer, eu deixei Cormac", ela disse. "Debaixo do visco", ela somou em explicação, quando Harry continuou olhando para ela questionando-a.

"Você estava vindo com ele", ele lhe falou severamente. "Eu pensei que isso aborreceria Rony", disse Hermione desapontada. "Eu pensei durante algum tempo em Zacharias Smith, mas, em geral—"

"Você considerou o Smith?" disse Harry, revogando.

"Sim, considerei, e estou começando a desejar tê-lo escolhido, McLaggen faz Grope parecer um cavalheiro. Estranho, só vim perceber quando estávamos vindo, ele é tão alto...." Os três dirigiram-se para o outro lado do salão, atropelando duendes no caminho, percebendo que Professora Trelawney estava por lá sozinha.

"Oi," disse Luna educadamente a Professora Trelawney.

"Boa noite, minha querida", disse Professora Trelawney, enquanto focalizava Luna com alguma dificuldade. Harry podia sentir o cheiro de licor novamente. "Eu não a vi ultimamente em minhas aulas...".

"Não, eu estou com Firenze este ano," disse Luna.

"Oh, claro", disse Professor Trelawney brava, rindo como bêbado. "Ou Dobbin( dobby?), prefiro pensar nele. Você poderia ter pensado, ou não, que agora que volto a escola Professor Dumbledore liberaria este cavalo? Mas não... nós compartilhamos aulas. . . . É um insulto, francamente, um insulto. Você sabe..." Professora Trelawney parecia bastante alterada para ter reconhecido Harry.

Debaixo das críticas furiosas dela a Firenze, Harry chamou Hermione a um canto e disse, "Deixe eu te perguntar. Você está planejando para falar Rony que você interferiu nas provas de goleiro?”.

Hermione elevou as sobrancelhas dela. "Você realmente acha que fiz isso?"

Harry olhou seriamente para ela. "Hermione, você pode perguntar para McLaggen—"

“Há diferenças", disse Hermione com dignidade. “Eu não tenho nenhum plano para contar para Rony, ou qualquer coisa sobre que possa, ou não ter acontecido no teste para a seleção de goleiro”.

"Bom", disse o Harry fervorosamente. "Porque se ele falhar novamente, nós perderemos a próxima partida—".

"Quadribol!" disse Hermione furiosamente. "É com isso que todos os meninos se preocupam? Cormac não me perguntou uma única coisa, não, eu há pouco fui tratada como 'A Grande Salvação Feita por Cormac McLaggen' interrompendo-se —oh não, ai vem ele!" Ela se moveu tão rápido que era como se tivesse desaparatado; em um momento tinha se colocado entre duas bruxas rindo tinha desaparecido.

Viu Hermione?”McLaggen perguntou, forçando-se pela multidão”.

"Não, desculpe", disse o Harry, e ele se virou para conversar com Luna depressa, esquecendo durante um segundo a quem ela estava falando.

"Harry Potter!" disse Professora Trelawney em tons fundos, vibrantes, notando-o pela primeira vez.

"Oh, oi", disse Harry sem entusiasmo.

"Meu querido!" Ela disse em um sussurro. "Os rumores! As histórias! 'O Escolhido! ' Claro que, eu já sabia há tempo.... Os presságios nunca eram bons, Harry. . . Mas por que você não se inscreveu em Adivinhação? Para você, entre todas as pessoas, o assunto é da extrema importância!"

"Ah, Sibila, todos nós pensamos que nosso assunto é mais importante!" disse uma voz alta, e Slughorn apareceu a Professora Trelawney pelo outro lado, a face dele muito vermelha, o chapéu aveludado um pouco obliquo, um copo de mead em uma mão e um enorme pedaço de torta na outra. "Mas eu não acho que haja algo tão natural quanto Poções!" disse Slughorn, dirigindo a Harry um aficionado olhar. "Instintivo, você sabe— como a mãe dele! Eu só ensinei alguns tipos de habilidade, e eu já posso lhe falar, Sibila — quando apareceu Severus— para o horror de Harry. Slughorn lhe passou o braço e parecia puxar o magro Snape pelo ar para perto deles. "Deixe de se esconder e venha, Severus!", dizia Slughorn alegremente. "Eu estava falando sobre capacidade excepcional de Harry em fabricar poções! Algum crédito você tem que ter, claro, você o ensinou durante cinco anos!"

Acanhado, com os braços de Slughorn ao redor dos ombros dele, Snape olhou para baixo de seu nariz curvo para Harry, os olhos pretos estreitaram. "Engraçado, eu sempre tive a impressão que nunca consegui ensinar qualquer coisa para Potter".

"Bem, então, é habilidade natural!" Slughorn gritou. "Você deveria ter visto fez, primeiro lição, Esboço de Morte Viva — nunca vi um resultado melhor de estudante em uma primeira tentativa, acho que nem você, Severus—".

"Serio?" disse Snape, os olhos dele ainda grudados em Harry que sentia uma certa inquietação, calado. A última coisa que ele queria era Snape começando a investigar a fonte do brilho recém descoberto dele em Poções.

"Que outras matérias você está cursando, Harry?" Slughorn perguntou.

"Defesa Contra as Artes das Trevas, Feitiços, Transfiguração, Herbologia...".

Em resumo, "todos os assuntos requeridos para um Auror," disse Snape zombando languidamente.

"Sim, bem, é isso o que eu gostaria de fazer," disse Harry desafiadoramente.

"E um grande você será!” Slughorn prosperou.

"Eu não penso que você deveria ser um Auror, Harry," disse Luna inesperadamente. Todo mundo olhou para ela. "O Aurores fazem parte da Conspiração de Rotfang, eu pensei que todo mundo soubesse isso. Eles estão planejando derrubar o Ministério de Magia usando combinação de Magia Negra e outras armas”.

Harry respirou fundo e baixou a cabeça. Pensou se realmente, tinha valido trazer Luna. Emergiu, tossindo, sem jeito, mas ainda sorrindo, ele viu algo que reanimou seu espírito: Draco Malfoy sendo arrastado pela orelha em direção a eles por Argus Filch.

"Professor Slughorn", ofegou Filch, o ar de queixas e a luz maníaca da descoberta nos olhos inchados dele, "eu peguei este menino espreitando um corredor do andar superior. Ele diz ter sido convidado a sua festa e ter partido atrasado. Você realmente o convidou?".

Malfoy se livrou das garras de Filch, parecendo furioso. "Não, eu não fui convidado!" ele disse furiosamente. "Eu estava tentando entrar, feliz agora?”.

"Não, não estou! disse Filch, numa declaração de extrema vantagem estampada em sua face. "Você está em apuros, isso sim! As ordens superiores mandam não rondar por ai, a menos que você tenha permissão, não é?

-"Certo, Argus está certo" dissee Slughorn, “É Natal, e não é um crime querer vir a uma festa”. Então, nós esqueceremos qualquer castigo; você pode ficar, Draco.

A expressão de furiosa decepção de Filch era perfeitamente compreensível; mas por que, Harry queria saber, observando Malfoy, ele parecia quase igualmente infeliz? E por que Snape olhava Malfoy como se estivesse bravo e... Seria possível?... Levemente amedrontado?

Mas antes de Harry registrar o que ele tinha visto, Filch tinha se virado e saído, resmungando ruidosamente; Malfoy recompôs o rosto com um sorriso e estava agradecendo a Slughorn por sua generosidade e o rosto de Snape exibia novamente uma calma inescrutável.

"Não é nada, nada," Slughorn disse, renunciando aos agradecimentos de Malfoy. "Eu conheci seu avô, afinal de contas...”.

"Ele sempre falou muito bem sobre você, senhor," Malfoy disse depressa. "Disse que você era o melhor para fazer poções que ele havia conhecido..." Harry encarou Malfoy. Não era vê-lo puxando saco que o intrigava; ele tinha visto Malfoy fazer isso por muito tempo com Snape. Era o fato de Malfoy ter, afinal de contas, um olhar um pouco doente.

Era a primeira vez em que ele tinha visto Malfoy agir como um idoso; agora ele reparou que Malfoy tinha sombras escuras debaixo dos olhos e uma cor distintamente cinzenta de pele.

"Eu gostaria de ter uma palavra com você, Draco," Snape disse de repente. "Agora, Severus," Slughorn disse soluçando novamente, "Por Cristo, não seja muito duro-"

"Eu sou o Diretor da Casa dele e eu decidirei quão duro, ou caso contrário, gentil, devo ser", Snape disse. "Siga-me, Draco". Eles partiram, Snape à frente com Malfoy parecendo ressentido. Harry esperou um momento, então disse, "Eu voltarei daqui a pouco, Luna - bem -banheiro".

"Certo," ela disse distraída e ele pensou tê-la ouvido, quando se apressou para longe da multidão, retomar o assunto da Conspiração de Rotfang com a Professora Trelawney que parecia extremamente interessada. Era fácil, uma vez fora da festa, retirar a Capa da Invisibilidade do bolso e colocá-la por cima, no corredor completamente vazio. O mais difícil era achar Snape e Malfoy.

Harry correu pelo corredor, o ruído dos pés disfarçados pela música e pela conversa alta que ainda saía do escritório de Slughorn atrás dele. Talvez Snape tivesse levado Malfoy ao escritório dele nos calabouços... Ou talvez ele o estivesse escoltando para o Salão Comunal da Sonserina... Harry encostava a orelha de porta em porta pelo corredor até que, com um grande sobressalto de excitação, ele se abaixou para o buraco da fechadura da última sala de aula no corredor e ouviu vozes...

“... não pode cometer erros, porque se você for expulso-"

"Eu não tive nada a ver com isto, certo?"

"Eu espero que você esteja contando a verdade, porque isso foi tolo e desajeitado. Você já é suspeito de ter uma mão nisto".

"Quem suspeita de mim?" disse Malfoy furiosamente. "Da última vez, eu não fiz nada, certo? Aquela garota, Bell, deve ter algum inimigo e não sabe - não me olhe como se eu gostasse disso! Eu sei o que você está fazendo, eu não sou estúpido, mas não trabalhará - eu posso parar você!" Houve uma pausa e, então, Snape disse baixo,

"Ah... Tia Bellatrix tem lhe ensinado Oclumência, eu vejo. Que pensamentos você estará tentando esconder do seu mestre, Draco?"

“Eu não estou tentando esconder nada dele, eu só não o quero se intrometendo!” Harry apertou ainda mais a orelha contra a fechadura... O que teria acontecido para fazer Malfoy falar com Snape assim - Snape, para quem ele tinha sempre mostrado respeito e tinha até mesmo gostado?

"Então, é por isso que você tem me evitado? Você temeu minha interferência? Você percebeu isso, tendo faltado e não veio a meu escritório quando eu tinha lhe dito repetidamente para ir lá, Draco-"

"Então, me ponha em detenção! Informe para Dumbledore!" zombou Malfoy. Houve outra pausa. Então Snape disse, "Você sabe perfeitamente que eu não posso ou desejo fazer qualquer uma dessas coisas".

"Você agiria melhor parando de dizer me para ir ao seu escritório!"

“Escute-me", Snape disse, a voz dele tão baixa agora que Harry teve que encostar a orelha dele bem forte contra a fechadura para ouvir. "Eu estou tentando ajudar. Eu jurei à sua mãe que eu o protegeria. Eu fiz o Voto Inquebrável, Draco-"

"Vocês terão que quebrar isto, então, porque eu não preciso de sua proteção! É meu trabalho, ele deu isto para mim e eu estou fazendo, eu tenho um plano e vou cumprir, só está levando um pouco mais de tempo que eu pensei que iria!"

“Qual é seu plano?"

“Não é da sua conta!"

“Se você me contar o que você está tentando fazer, eu posso ajudar...”.

"Eu tenho toda a ajuda de que preciso. Obrigado, eu não estou só!"

“Você estava sozinho, certamente, esta noite, na qual foi tolo ao extremo, vagando pelos corredores sem vigia ou auxilio, estes são erros elementares -”.

"Eu teria Crabbe e Goyle comigo se você não os tivesse posto em detenção!"

"Controle sua voz!” Snape gritou para Malfoy que tinha subido sua voz excitadamente.

"Se seus amigos Crabbe e Goyle pretendem passar a pelo N.O.M. de Defesa Contra as Artes das Trevas, eles precisarão trabalhar melhor do que eles estão fazendo-”.

"O que importa?" disse Malfoy. "Defesa Contra as Artes das trevas - parece piada, não é, um ato? Como se algum de nós precisasse dessa Defesa-”.

"Este passo é crucial para nosso sucesso, Draco!" disse Snape. "Onde você acha que eu teria chegado em todos estes anos se eu não soubesse agir? Agora me escute! Você está sendo descuidado, vagando à noite, se for pego, e se você está colocando sua confiança em assistentes como Crabbe e Goyle-"

"Eles não são os únicos, tenho outras pessoas a meu lado, pessoas melhores!".

"Então por que não confia em mim, e eu posso-”.

"Eu sei como você é! Você quer roubar minha glória!" Houve outra pausa, então Snape disse friamente, "Você está falando como uma criança. Eu entendo totalmente que a prisão de seus pais o transtornou, mas-" Harry teve um segundo apenas para alertar-se; ele ouviu os passos de Malfoy no outro lado da porta e se arremessou para fora no momento em que a porta estourou abrindo. Malfoy estava descendo o corredor, para além da porta aberta do escritório de Slughorn, e sumiu por um canto distante, longe da vista. Quase não ousando respirar, Harry permaneceu abaixado até Snape deixar lentamente a sala de aula. Com uma expressão desconcertada, ele voltou à festa. Harry ficou no chão, escondeu-se perto de uma armadura, com a mente em uma grande corrida.

Capítulo 16 - Um Natal Muito Gelado


Então, Snape estava se oferecendo para ajudá-lo? Ele estava definitivamente se oferecendo para ajudá-lo?"

"Se você me perguntar isso mais uma vez," disse Harry, "Eu vou atirar esses brotos em você."

"Eu só estou checando!" disse Rony. Eles estavam sentados sozinhos na pia da cozinha d'A Toca, descascando um monte de brotos para a Sra. Weasley. A neve caía através da janela aberta.

"Sim, Snape estava se oferecendo para ajudá-lo!" disse Harry. "Ele disse que fez uma promessa para a mãe do Malfoy de protegê-lo, que ele havia feito um Voto Inquebrável ou algo assim."

"Um Voto Inquebrável?" disse Rony, parecendo espantado. "Não, ele não poderia . . . Você tem certeza?"

"Sim, tenho certeza," disse Harry. "Por que, o que isso significa?"

Bem, você não pode quebrar um Voto Inquebrável . . ."

"Eu mesmo já havia pensado nisso, que engraçado. O que acontece se você quebrá-lo?"

"Você morre," disse Rony simplismente. "Fred e George tentaram me pegar para fazer um com eles quando eu tinha mais ou menos cinco anos. Eu estava quase fazendo, eu estava de mãos dadas com Fred e tudo mais quando papai nos encontrou. Ele ficou furioso," disse Rony, com um olhar amedrontado nos olhos. "A única vez que vi papai tão bravo quanto a mamãe, Fred diz que o lado esquerdo do seu traseiro nunca mais foi o mesmo."

"Sim, bem, deixando de lado o traseiro de Fred..."

"Ah, eu imploro por seu perdão" disse a voz de Fred assim que os gêmeos entraram na cozinha.

"Aaah, Jorge, olha isso. Eles estão usando faca e tudo. Coitado deles."

"Eu terei dezesete em pouco mais de dois meses," disse Rony irritado, "e então eu poderei fazer isso com mágica!"

"Mas de qualquer forma," disse Jorge sentando na mesa da cozinha e colocando seus pés sob ela, "nós podemos assistir a demonstração do uso correto da... opa uma margarida!"

"Você me obrigou a aquilo!" disse Rony nervoso, sugando um corte no seu polegar. "Espera só, quando eu fizer dezesete.."

"Tenho certeza que você irá facinar a todos nós com habilidades mágicas até agora insuspeitáveis ," bocejou Fred.

"E falando em habilidades mágicas insuspeitáveis, Ronald," disse Jorge, "o que é essa história que ouvimos da Gina sobre você e uma senhorita chamada, se nossa fonte de informações estiber certa, Lilá Brown?"

Rony corou um pouco, mas estava com um olhar de satisfação quando voltou aos brotos. "Cuide da vida de vocês."

"Que vai muito bem," disse Fred. "Eu realmente não quero saber o que você pensa delas. Não, o que queremos saber é... como isso aconteceu?"

"O que você quer dizer?"

"Ela sofreu um acidente ou algo assim?"

"O quê?"

"Bem, ela pode ter danos cerebrais bastante sérios. Tome cuidado!"

A Sra.Weasley entrou na cozinha justamente a tempo de ver Rony apontando sua faca para Fred, que transformou-a num avião de papel com um simples balançar de varinha.

"Rony!" ela disse furiosa. "Eu não quero te ver apontando essa faca novamente pra ninguém!"

"Não vou," disse Rony, "Você vai ver," ele disse a Fred sob sua respiração, enquanto voltava para a montanha de brotos.

"Fred, Jorge, eu sinto muito, queridos, mas Remus está chagando hoje, então Gui terá que ficar com vocês dois." ;

"Sem problemas," disse Jorge.

"Então, como Carlinhos não virá para casa, é só deixar Harry e Rony no sótão, e Fleur fica com Gina."

"O que vai acontecer com o Natal da Gina!?" murmurou Fred. "Todos deverião ficar confortáveis."

"Bem, elas terão uma cama para dormir de qualquer maneira," disse Sra. Weasley, soando ligeiramente arrasada.

"Percy não vai mostrar sua cara feia por aqui, então?" perguntou Fred. Sra. Weasley antes de sair respondeu. "Não, ele está ocupado, eu espero, no Ministério."

"Ou ele é o maior idiota do mundo," disse Fred, enquanto Sra. Weasley deixava a cozinha. Um dos dois. Bem, vamos indo, então Jorge."

"O que vocês dois vão fazer?" perguntou Rony. "Vocês não poderiam nos ajudar com essas batatas? Vocês só precisam balançar suas varinhas e nós estaremos livres também!"

"Não, eu não acho que podemos fazer isso," disse Fred sério. "É uma lição muito importante, aprender a descascar brotos sem mágica, talvez você perceba o quanto é difícil para os trouxas e abortos."

"E se você quer que as pessoas te ajudem, Rony," adicionou Jorge, jogando o avião de papel nele, "Não deveria apontar facas pra elas. Só uma pequena dica. Nós vamos para a vila, tem uma garota muito bonita trabalhando na Papelaria que acha que meus Cartões de Tricks são fabulosos . . quase como mágica de verdade!"

"Droga," disse Rony sombrio, assistindo Fred e Jorge saírem pelo jardim cheio de neve. "Nós poderíamos fazer isso em dez segundos e então ir também."

"Eu não poderia," disse Harry. "Eu prometi a Dumbledore que eu não sairia enquanto estivesse aqui."

"Ah, sim," disse Rony. Ele descascou mais um pouco de brotos e disse, "Você vai contar para Dumbledore o que você ouviu entre Snape e Malfoy?"

"Sim," disse Harry. "Eu vou falar com todo mundo que possa por um fim nisso, e Dumbledore é o primeiro da lista. Eu acho que vou ter uma outra palavrinha com seu pai também."

"Você não ouviu o que Malfoy está fazendo?"

"Eu não poderia ouvir, poderia? Essa é a questão, ele se recusou a contar ao Snape."

Houve silêncio por um ou dois segundos, então Rony disse, " 'Claro que você sabe o que todos dirão, papai e Dumbledore e todos. Eles dirão que Snape não está realmente tentando ajudar Malfoy, ele só está tentando descobrir o que Malfoy tem que fazer."

"Eles não o escutaram," disse Harry apreensivo. "Ninguém é um ator tão bom assim, nem mesmo Snape."

"Sim . . . eu só estou falando o que eu penso", disse Rony.

Harry voltou a olhá-lo, temeroso. "Você acha que eu estou certo, não acha?" ,

"Sim, eu acho!" disse Rony afobado. "Sério, eu acho! Mas todos eles estão convencidos que Snape está na Ordem, não estão?"

Harry não disse nada. Já tinha lhe ocorrido que esta seria a objeção mais séria a sua evidência; Ele podia ouvir Hermione dizendo: Obviamente, Harry, ele queria ajudar então tentou convencer Malfoy a contar pra ele o que estava fazendo. . . .

Isso era pura imaginação, de qualquer forma, enquanto ele não tivesse oportunidade de contar a Hermione o que ele ouviu. Ela desapareceu da festa do Slughorn antes dele voltar, ou pelo menos foi isso que McLaggen lhe contou, e ela já tinha ido para a cama na hora que ele voltou pra Sala Comunal da Grifinória.
Quando ele e Rony saíram cedo para A Toca no dia seguinte, ele mal teve tempo de desejar um feliz Natal e contar a ela que ele tinha notícias muito importantes para quando voltassem do feriado. Ele não tinha certeza que ela o ouviria se ele contasse naquele momento, é o que pensava; Rony e Lilá estavam se despedindo romanticamente um do outro justamente perto de onde estavam.
Mesmo assim, nem Hermione poderia negar uma coisa: Malfoy estava definitivamente planejando algo, e Snape sabia o que, então Harry achou completamente justo dizer "Eu te conto depois," já que tinha feito Rony esperar bastante.

Harry não teve a chance de falar com o Sr.Weasley, que estava trabalhando muito no Ministério, até a noite da Véspera do Natal. Os Weasleys e seus convidados estavam sentados na sala de estar, que Gina decorou de forma baste exagerada, era como sentar num local onde ocorreu uma explosão de papel-decorativo. Fred, Jorge, Harry, e Rony eram os únicos que sabiam que o anjo no topo da árvore era até pouco tempo um gnomo de jardim que mordeu Fred no tornozelo enquanto ele panhava cenouras para a noite de Natal. Estupefado, pintado de ouro, vestido com um tutu minúsculo e com pequenas asas colodas atrás, ele olhava com raiva para todos eles, o anjo mais feio que Harry já viu, com uma grande cabeça careca como uma batata e pés cabeludos.

Todos eles foram obrigados a escutar por uma transmissão de Natal a cantora favorita da Sra. Weasley, Celestina Warbeck, cuja voz estava gorgeando através de um rádio grande e sem-fio. Fleur, que pareceu achar Celestina muito maçante, estava falando muito alto num canto, então a a Sra. Weasley apontou sua varinha para o controle do volume, e Celestina ficou cada vez mais ruidosa e ruidosa. Quando começou uma música de jazz chamada "A Cauldron Full of Hot, Strong Love," Fred e Jorge começaram uma partida de Snape Explosivo com Gina. Rony continuava a lançar olhares secretos em Gui e Fleur, como se esperasse cair sob eles. Enquanto isso, Remus Lupin, que estava mais magro e mais abatido que nunca, estava sentado ao lado do fogo, encarando as chamas profundas como se não pudesse ouvir a voz de Celestina.

Oh, come and stir my cauldron,
And if you do it right,
I'll boil you up some hot strong love
To keep you warm tonight.

"Nós dançamos isso quando tínhamos dezoito anos!" disse Sra. Weasley, limpando os olhos dela com o tricô. "Você lembra, Arthur?"

"Mphf?" disse Sr.Weasley, que estava com a cabeça balançando para fora da poltrona onde descansava. "Oh sim... canção maravilhosa..."

Com algum esforço, ele se sentou um pouco mais reto e olhou para Harry, que estava sentado próximo a ele.

"Me desculpe por isso," ele disse, apontando com a cabeça a direção do rádio, enquando Celestina voltava ao refrão. "Já está acabando."

"Sem problemas," disse Harry, sorrindo. "Tem estado ocupado no Ministério?"

"Muito," disse Sr. Weasley. "Eu não consideraria assim se nós estivéssemos pegando alguma coisa, mas das três apreensões que fizemos nos últimos dois meses, eu duvido que ao menos um deles é um Comensal da Morte de verdade. Mas não conte isso a ninguém," ele disse rápido, parecendo muito mais acordado.

"Eles ainda não estão mantendo Stan Shunpike preso, estão?" perguntou Harry.

"Eu tenho receio disso," disse Sr. Weasley. "Eu sei que Dumbledore tentou apelar diretamene para Scrimgeour sobre Stan. ... Eu digo, qualquer um que tenha conversado com ele ultimamente dirá que ele é tão Comensal da Morte quanto essa poltrona . . . mas os superiores preferem ver como se ele tivesse fazendo algum progresso, e 'três prisões' soa melhor que 'três prisões erradas e libertação'. . . mas de novo, isso é realmento secreto..."

"Eu não direi nada," disse Harry. Ele hesitou por um momento, pensando em como contar o que ele queria dizer; enquanto ele estava concentrado em seu pensamento, Celestina Warbeck começou uma canção chamada "You Charmed the Heart Right Out of Me."

"Sr. Weasley, você se lembra do que te contei na estação quando estava embarcando para e escola?

"Eu chequei, Harry," disse Sr. Weasley de uma vez. "Eu fui e procurei na casa dos Malfoy. Não havia nada, quebrado ou inteiro, que não deveria estar lá."

"Sim, eu sei, eu vi no Profeta Diário que você verificaria. . . mas essa é uma coisa diferente. ... Bem, algo mais..."

E ele contou ao Sr. Weasley tudo que ele ouviu entre Malfoy e Snape. Enquanto Harry falava, ele viu a cabeça de Lupin se voltar um pouco para ele, absorvendo cada palavra. Quando ele terminou, houve silêncio, exceto pela canção de Celestina.

Oh, my poor heart, where has it gone? It's left me for a spell...

"Lhe ocorreu, Harry," disse Sr. Weasley, "que Snape estava simplismente fingindo?"

"Fingindo oferecer ajuda, de modo que Malfoy soltasse o que ele sabia?", disse rapidamente Harry. "Eh, eu imaginei que você diria isso. Mas como nós saberemos?"

"Esse negócio não é nosso para sabermos," disse enesperadamente Lupin. Agora ele estava de costas para o fogo e fitando Harry através do Sr. Weasley." É de Dumbledore. Dumbledore confia em Severus, e Snape pensa que é bom o bastante para todos nós."

"Mas," disse Harry, "se só falássemos, se só falássemos a Dumbledore sobre Snape?"

"Muitas pessoas já o fizeram, muitas vezes. E vem a questão de confiar ou não no julgamento de Dumbledore. Eu então, consequentemente, confio em Severus."

"Mas Dumbledore pode errar," argumentou Harry. "Ele mesmo diz isso. E você?", ele olhou diretamente nos olhos de Lupin, "você gosta sinceramente de Snape?"

"Eu nem gosto nem desgosto de Severus," disse Lupin. "Não, Harry, eu estou falando a verdade," ele completou, enquanto Harry fazia uma expressão bastante cética. "Nós talvez nunca seremos bons amigos; depois de tudo que aconteceu entre Tiago, Sirius e Severus, ainda há muito rancor nisso tudo. Mas eu não esqueci que durante o ano que ensinei em Hogwarts, Severus fez a Poção Wolfsbane (para os lobisomens) para mim todo mês, fez-a perfeita, então eu não tive de sofrer como sempre durante a lua cheia."

"Mas ele 'acidentalmente' deixou escapar que você é um lobisomem, então você teve de ir embora!" disse Harry nervoso.

Lupin suspirou. "A notícia escaparia de qualquer forma. Nós dois sabemos que ele queria meu emprego, mas ele poderia ter-me causado danos muito piores alterando a poção. Mas ele me manteve saldável.Eu devo ser grato."

"Talvez ele não sabotasse a poção com Dumbledore de olho nele!" disse Harry.

"Você está determinado a detestá-lo, Harry," disse Lupin com um sorriso fraco. "E eu entendo, Tiago sendo seu pai, Sirius seu padrinho, você herdou um velho preconceito. Mas de qualquer forma, diga a Dumbledore o que você contou a Arthur e a mim, mas não espere que ele tenha o mesmo ponto de vista que você nesse ponto, não espere que ele se surpreenda com o que você vai contar. Pode ter sido por ordens de Dumbledore que Severus questionou Draco."

. . . and now you've torn it quite apart I'll thank you to give back my heart!

Celestina terminou sua música com uma nota muito longa e grave, além de aplausos vindos da transmissão de rádio, que a Sra. Weasley acompanhou com muito entusiasmo.

"Isso enfim acabou." disse Fleur chateada. "Grraças a Deus, estava horrível!"

"Nós teremos uma nightcap(bebida tomada antes de dormir), então?" perguntou Mr. Weasley em voz alta, ficando de pé. "Quem quer gemada?"

"Como tem passado ultimamente?" Harry pergunto a Lupin, enquanto Sr.Weasley apressava-se para buscar gemada e todos se distraíam com uma conversa.

"Oh, eu tenho estado escondido," disse Lupin. "Quase literalemte. É por isso que não pude lhe escrever, Harry, enviando cartas para você eu teria me denunciado."

"O que isso significa?"

"Eu tenho vivido entre meus companheiros, meus semelhantes." disse Lupin. "Lobisomens." ele acrescentou, ao olhar de incompreenção de Harry. "Quase todos estão do lado de Voldemort. Dumbledore queria um espião e aqui estou. . . pronto para fazê-lo."

Ele soou um pouco amargo, e talvez tenha realmente sido, porque ele desfarsou sorrindo mais calorosamente que nunca. "Eu não estou me queichando, esse é um trabalho necessário e quem poderia fazê-lo melhor que eu? Entretanto, foi difícil ganhar a confiança deles. Eu carrego sinais de ter tentado uma vida amistosa entre os bruxos, você sabe, eles se mantem afastados da sociedade normal e vivem como marginais, roubando e às vezes matando para poder comer."

"Por que gostam de Voldemort?"

"Eles acham que, sob suas regras, terão uma vida melhor," disse Lupin. "E é duro discutir com Greyback fora de lá..."

"Quem é Greyback?"

"Você nunca ouviu falar dele?" as mãos de Lupin se fecharam no seu punho.

"Fenrir Greyback é, talvez, o lobisomem mais selvagem que já teve até hoje. Ele considera sua missão de vida morder e contaminar quantas pessoas possíveis; ele quer criar lobisomens suficientes para superar o número de bruxos. Voldemort o prometeu presas no retorno para seus serviços. Greyback especializa-se em crianças... Morda os jovens, ele diz, e leve-os para longe de seus pais, para serem criados odiando os bruxos normais. Voldemort disse que o daria os filhos e filhas das pessoas, era quase uma ameaça, o que sempre produz bons resultados."

Lupin parou e depois disse, "Foi Greyback que me mordeu."

"O quê?" disse Harry atônito. "Quando? Você quer dizer, quando você era uma criança?"

"Sim. Meu pai o ofendeu. Eu não soube, por um tempo muito longo, a identidade do lobisomem que me tinha atacado. Eu sempre senti pena dele, pensando que ele não tinha tido controle, sabendo então como era se transformar. Mas Greyback não é assim. Na lua-cheia, ele se posiciona perto de suas vítimas, assegurando-se que esteja perto o bastante para golpeá-las. Ele planeja isso tudo. E este é o homem que Voldemort está usando para comandar os lobisomens. Eu não posso fingir que meu tipo de argumento racional está fazendo muito avanço contra a insistência de Greyback que nós lobisomens merecemos sangue, que nós merecemos nos vingar das pessoas normais."

"Mas você é normal!" disse Harry ferozmente. "Você só teve um... um problema!"

Lupin chorou de tanto rir."Ás vezes você me lembra muito Tiago. Ele chamava essa questão de 'probleminha cabeludo de companhia'. Muitas pessoas tiveram a impressão de que eu possuia um coelho que se comportava mal."

Ele aceitou um copo de gemada do Sr. Weasley com uma palavra de agradecimento, parecendo ligeiramente mais animado, Harry, então, sentiu um ataque de excitação: Esta última menção de seu seu pai o lembrou que havia algo que ele tinha que perguntar a Lupin.

"Você já ouviu alguma coisa sobre uma pessoa chamada Príncipe Mestiço?"

"O que Mestiço?"

"Príncipe," disse Harry, olhando ele de perto para sinais de reconhecimento.

"Não há nenhum Príncipe bruxo," disse Lupin, sorrindo agora. "É este o título que você está pensando em adotar? Eu achava que 'Escolhido' já era o suficiente."

"Não tem nada a ver comigo!" disse Harry indignado. "O Príncipe Mestiço é alguém que estudou em Hogwarts, eu estou usando seu livro velho de Poções. Ele fez anotações nele todo, feitiços que inventou. Um deles era o Levicorpus."

"Oh, esse teve grande repercussão durante meu tempo em Hogwarts," disse Lupin resplandecendo. "Houve uns poucos meses no meu quinto ano que você não poderia se mover sem ser içado no ar por seu tornozelo."

"Meu pai o usou," disse Harry. "Eu o vi na Penseira, ele o usou em Snape." Ele tentou soar normal, como se pensasse que esse era um comentário sem importância, mas ele não tinha certeza se conseguiu o efeito esperado; o sorriso de Lupin demostrou que tinha compreendido.

"Sim," ele disse, "mas ele não foi o único. Como eu disse, ele era muito popular... Você sabe como esses feitiços vem e vão..."

"Mas parece que ele foi inventado enquanto você estava na escola," Harry insitiu.

"Não necessariamente," disse Lupin. "Encantamentos entram e saem da modo como tudo." Ele olhou para o rosto de Harry e disse baixo, "James era puro-sangue, Harry, e eu te juro, ele nunca nos pediu para chamá-lo de 'Príncipe.'"

Com suas as últimas esperanças, Harry disse, "E Sirius? Ou você?"

"Definitivamente não."

"Oh." Harry fitou o fogo. "Eu só pensei... bem, ele está me ajudando muito nas aulas, esse Príncipe."

"O quão velho esse livro é, Harry?"

"Não sei, nunca procurei saber."

"Bem, talvez isso lhe dê alguma noção de quando o Príncipe esteve em Hogwarts," disse Lupin.

Logo após isso, Fleur decidiu imitar Celestina cantanto "A Cauldron Full of Hot, Strong Love," sendo admirada por todos, mas eles perceberam a cara da Sra. Weasley, de que deviam ir para a cama. Harry e Rony subiram todo o caminho pro quarto de Rony no sotão, onde uma cama de montar foi colocada para Harry. Rony dormiu quase imediatamente, mas Harry se levantou e pegou sua cópia do Manual de Poções Avançadas antes de ir para cama. Lá ele deu uma olhada nas páginas, procurando, até que finalmente encontrou, na frente do livro, a data que foi publicado. Ele tinha quase cinquenta anos de uso.

Nem seu pai, nem os amigos de seu pai, estiveram em Hogwarts cinquenta anos atrás. Se sentindo desapontado, Harry jogou o livro atrás de si, desligando a lâmpada, e virou pro lado, pesando nos lobisomens, Snape, Stan Shunpike e o Príncipe Mestiço... e finalmente caiu em um sono inquieto cheio de sombras rastejando e choro de crianças mordidas...

"Ela deve estar brincando..."

Harry acordou e encontrou uma meia grossa no fim da sua cama. Ele colocou seus óculos e olhou ao redor, a janela minúscula estava quase completamente obscura com neve e, na frente dela, Rony estava sentado na cama e examinava o que parecia ser um corrente grossa de ouro.

"De quem é isso?" perguntou Harry.

"É da Lilá," disse Rony, parecendo revoltado "Se ela pensa honestamente que eu vou usar..."

Harry olhou mais de perto e deixou escapar uma risada. Gravado na corrente em letras enormes de ouro estavam essas palavras:

Meu docinho

"Bom," esse disse. "Classíco. Você definitivamente deveria usá-la na frente de Fred e Jorge."

"Se você contar pra eles," disse Rony, tirando a corrente de sua vista, colocando-a no criado, "Eu, eu, eu..."

"Me surraria?" disse Harry, em gargalhadas. "Vem, eu iria..."

"Como ela pôde pensar que eu iria gostar de uma coisa como essa, como?" Rony lançou a pergunta ao ar, parecendo muito chocado.

"Bem, tente se lembrar," disse Harry. "Você nunca deixou escapar que você gostaria de sair em público com as palavras 'Meu Docinho' ao redor do pescoço?"

"Bem... nós realmente não nos falamos muito," disse Rony. "É principalmente. . ."

"Beijos," disse Harry.

"Bem, sim," disse Rony. Ele hesitou por um momento, então disse, "A Hermione está realmente saindo com McLaggen?"

"Eu não sei," disse Harry. "Eles foram na festa do Slughorn juntos, mas eu não acho que eles se deram muito bem."

Rony pareceu ligeiramente mais feliz enquanto ele escondia o colar mais fundo possível dentro de uma meia.

Os presentes de Harry incluiam um suéter com um grande Snitch Dourado trabalhado na frente, feito a mão pela Sr.Weasley; uma caixa enorme das Gemialidades Weasley, com produtos dos gêmeos; e um pacote ligeiramente úmido, com cheio de mofo, que veio com uma etiqueta escrita:

Para o Mestre, do Monstro

Harry olhava fixamente para ele. "Você acha que é seguro abrir?" ele perguntou.

"Não pode ser algo perigoso, todas as nossas correspondências estão sendo checadas pelo Ministério", respondeu Rony, embora olhasse parcialmente suspeito.

"Eu não pensei em dar alguma coisa ao Mosntro. As pessoas normalmente dão presentes de Natal aos elfos-domésticos?" Harry perguntou, balançando cautelosamente o pacote.

"Hermione daria," disse Rony. "Mas vamos esperar e ver o que é isso antes de você começar a se sentir culpado."

Um momento depois, Harry tinha dado um grito alto e pulado para fora de sua cama de montar, o pacote tinha um número enorme de larvas.

"Muito bom," disse Rony, dano uma risada. "Muito bem pensado."

"Eu ainda teria preferido-os em vez daquele colar," disse Harry, provocando Rony mais uma vez.

Todos estavam vestindo suéteres novos quando todos se sentaram para o almoço de Natal, todos exceto Fleur (com quem, aparentemente, Sra.Weasley não quis desperdiçar seu tempo) e a própria Sra.Weasley, que estava usando um chapéu azul meia-noite novo que resplandecia como diamante com o que pareciam ser pequenas estrelas, e um espetacular colar de ouro.

"Fred e Jorge me deram! Eles não são lindos?"

"Bem, nós queremos te agradar cada vez mais, Mãe, agora que estamos lavando nossas próprias meias," disse Jorge, acenando uma mão alta. "Pastinaca, Remus?"

"Harry, você tem uma larva no seu cabelo," disse Gina alegre, inclinando-se sobre a mesa para tirá-la; Harry sentiu um nó na sua garganta que não tinha nada a ver com a larva.

"'Ow, horrível," disse Fleur, estremecendo um pouco.

"Sim, não é?" disse Rony. "Molho de carne, Fleur?"

Em sua ânsia para ajudá-la, ele bateu na tigela de molho de carne e a fez voar; Gui acenou sua varinha e o molho de carne girou no ar e voltou imediatamente para a tigela.

"Você é tão ruim quanto Tonks," disse Fleur para Rony, quando ela por fim deu um beijo de agradeciemnto em Gui. "Ela está sempre batendo..."

"Eu convidei Tonks para vir aqui hoje," disse Sra.Weasley, abaixando as cenouras com uma força desnecessária em frente a deslumbrante Fleur. "Mas ela não virá. Você tem falado com ela ultimamente, Remus?"

"Não, eu não tenho mantido muito contato com ninguém," disse Lupin. "Mas Tonks tem sua própria família para visitar, não tem?"

"Hmmm," disse Sra. Weasley. "Talvez. Eu tive a impressão que ela estava planajando passar o Natal sozinha"

Ela deu a Lupin um olhar irritado, como se pensasse que a culpa era toda dele que ela teria como nora Fleur em vez de Tonks, mas Harry, olhando de relance para Fleur, que agora estava alimentando Gui com pedaços de peru de seu próprio prato, pensou que a Sra.Weasley estava lutando por uma batalha perdida. Entretanto, ele estava se lembrando de uma pergunta a fazer que tinha a ver com Tonks, e a quem melhor para perguntar do que a Lupin, o homem que sabia tudo sobre Patronos?

"O Patrono de Tonks mudou de forma," ele disse a Lupin. "Foi o que Snape disse. Eu não sabia que isso podia acontecer. Por que seu Patrono mudaria?"

Lupin passou um tempo mastigando seu pedaço de peru e o engoliu antes de dizer lentamente, "Ás vezes... um grande choque... uma crise emocional..."

"Ele parecia grande, e tinha quatro pernas," disse Harry, golpeado por um súbito pensamento e abaixando sua voz. "Ei, não poderia ser...?"

"Arthur!" disse Sra. Weasley repentinamente. Ela tinha se levantado da cadeira, sua mão estava pressionando o coração e estava olhando fixamente para fora da janela da cozinha.

"Arthur, é Percy!"

"O quê?"

Sr. Weasley olhou. Todos olharam rapidamente para a janela, Gina ficou de pé para olhar melhor. Lá, com certeza absoluta, estava Percy Weasley, passando pelo jardim cheio de neve, seu óculos coroados de chifres brilhando na luz do sol. Entretanto, ele não estava sozinho.

"Arthur, ele está... ele está com o Ministro!"

E com absoluta certeza, o homem que Harry viu no Profeta Diário estava andando ao lado Percy, mancando ligeiramente, sua juba de cabelos acinzentados e seu casaco preto manchado de neve. Antes que qualquer um deles pudesse dizer alguma coisa, antes que o Sr. e a Sra. Weasley fizessem mais trocas de olhares surpresos, a porta de trás se abriu e lá ficou Percy. Houve um silêncio doloroso por um momento. Então Percy disse particularmente com rigor, "Feliz Natal, Mãe."

"Oh, Percy!" disse a Sra. Weasley, e se jogou nos braços do filho. Rufus Scrimgeour parou na entrada, apoiado em sua bengala e sorrindo enquanto observava a cena de afeto.

"Desculpe-me por essa intromissão," disse ele, quando Sra.Weasley olhou para ele, irradiando e limpando os olhos. "Percy e eu estávamos na vizinhança trabalhando, você sabe, e ele não pôde resistir de vir aqui e ver todos vocês."

Mas Percy não mostrou sinal algum de querer comprimentar alguém do resto da família. Ele ficou quieto e imóvel, e começou a observar todas as pessoas. Sr.Weasley, Fred, e Jorge estavam todos observando-o, enfrentando-o cara a cara.

"Por favor, entre, sente-se, Ministro!" convidou eufórica a Mrs. Weasley, ajeitando seu chapéu. "Coma ou pouco, ou beba... quer dizer..."

"Não, não, minha cara Molly," disse Scrimgeour. Harry supôs que ele tinha checado o nome dela com Percy antes deles entrarem na casa. "Eu não quero me intrometer, eu não estaria aqui se Percy não quisesse vê-los assim tão derepente"

"Oh, Perce!" disse Sra.Weasley com ternura, alcançando-o para beijá-lo.

"Nós só vamos ficar uns cinco minutos, então eu vou dar uma volta no jardim enquanto vocês concersam com Percy. Não, não, eu lhe asseguro que não quero me entrometer! Bem, se alguém pudesse me mostrar esse jardim chamosíssimo... Ah, aquele jovem já terminou, por que ele não me leva para dar uma volta?"

A atmosfera ao redor da mesa mudou perceptivelmente. Todos olharam de Scrimgeour para Harry. Ninguém parecia entender o que Scrimgeour pretendia quando fingiu não saber o nome de Harry, ou pensar que era natural que ele fosse o escolhido para acompanhar o Ministro ao jardim quando Gina, Fleur, e Jorge também estavam com os pratos limpos.

"Sim, tudo bem," disse Harry entre o silêncio.

Ele não convenceu ninguém, todo a conversa de Scrimgeour que eles estavam na vizinhança, que Percy queria ver sua família... a razão real que eles tiveram para ir até lá foi que Scrimgeour poderia conversar sozinho com Harry.

"Tudo bem," ele disse baixo, enquanto passava por Lupin, que já estava se levantando de sua cadeira. "Bem," completou, quando Sr.Weasley abriu sua boca para falar.

"Maravilha!" disse Scrimgeour, voltando para deixar Harry passar através da porta atrás dele."Nós só iremos dar uma volta pelo jardim, e Percy estará livre. Continuem, todos!"

Harry andou através do quintal em direção ao jadim dos Weasley, coberto de neve, Scrimgeour mancando ligeiramente ao seu lado. Ele foi, Harry sabia, o Chefe do Escritório dos Aurores, e parecia rígido e tinha cicatrizes, muito diferente do distindo Fudge no seu chapéu coco.

"Fascinante," disse Scrimgeour, parando na cerca do jardim e olhando o gramado com neve e as plantas indistinguíveis. "Fascinante."

Harry não disse nada. Ele poderia dizer que Scrimgeour estavam observando-o.

"Eu quis te conhecer por muito tempo," disse Scrimgeour, depois de alguns instantes, "Sabia?"

"Não," disse sinceramente Harry.

"Ah sim, por muito tempo. Mas Dumbledore foi muito protetor com você," disse Scrimgeour. "Natural, claro, natural, depois do que você passou... Especialmente o que aconteceu no Ministério..."

Ele esperou que Harry dissesse algo, mas Harry manteve-se quieto, então ele continuou, "Eu estive esperando por uma ocasião para conversar com você desde que assumi meu posto, mas Dumbledore imcompreensível, como eu disse, impediu isto."

Harry ainda não disse nada, esperou.

"Os boatos que ocorreram!" disse Scrimgeour. "Bem, claro, nós dois sabemos como essas histórias são destorcidas... todos esses comentários sobre a profecia... de você ser o 'Escolhido'..."

Eles estavam se aproximando, Harry pensou, da razão por Scrimgeour estar lá.

"Suponho que Dumbledore discutiu esse assunto com você."

Harry deliberou, querendo saber se devia mentir ou não. Ele olhou para os pequenos gnomos que estavam perto de todos os canteiros, um vareta marcava o lugar onde Fred tinha capturado o gnomo que agora vestia o tutu no topo da árvore de Natal. Finalmente, ele se decidiu pela verdade... ou um pouco dela.

"Sim, nós discutimos isso."

"Você, você. . ." disse Scrimgeour. Harry poderia ver, pelo canto de seu olho, Scrimgeour dando uma olhada nele, então ele resolveu dedicar grande interesse num gnomo que tinha colocado sua cabeça para fora do rododentro(tipo de arbusto) congelado.

"E o que Dumbledore lhe contou, Harry?"

"Me desculpe, mas isso é um assunto que só interessa a nós," disse Harry. Manteve sua voz tão agradável quanto possível, e o tom de Scrimgeour, também, estava claro e amigável quando ele disse, "Ah, naturalmente, se essa é uma questão confidencial, eu não queria que contasse. . . não, não ... em todo caso, eles realmente se importam se você é ou não o 'Escolhido'?"

Harry teve que por em ordem aquilo por alguns segundos antes de responder. "Eu realmente não sei o que você quer dizer, Ministro.."

"Bem, naturalmente, para você isso seria de uma importância enorme," disse Scrimgeour com um riso. "Mas para a comunidade bruxa em grande... é tudo percepção, não é? É em que as pessoas acreditam que importa."

Harry não disse nada. Ele achava que sabia, vagamente, para onde aquela conversa estava se dirigindo, mas ele não queria ajudar Scrimgeour a chegar até lá. O gnomo sob o rododentro estava procurando agora vermes em suas raízes, e Harry manteve seus olhos fixados nele.

"Veja, as pessoas acreditam que você é o 'Escolhido'," disse Scrimgeour. "Elas pensam que você é o herói e, naturalmente, você é, Harry, escolhido ou não! Quantas vezes você enfrentou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado até agora? Bem, em todo o caso," ele se apressou, sem esperar por uma resposta, "a questão é, você é o símbolo da esperança de muitos, Harry. A idéia que há alguém que pode, de que há alguém destinado, a destruir Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, bem, naturalmente, dá as pessoas um porto seguro. E eu não posso ajudar, mas saiba, uma vez que você fez isso, você pode considerar, bem, quase uma obrigação, estar do lado do Ministério, e dar a todos confiança."

O gnomo tinha conseguiu apenas pegar um verme. Agora estava puxando ele muito duramente, tentando tirá-lo do do arbusto congelado. Harry permaneceu em silêncio por um bom tempo, então, Scrimgeour disse, olhando de Harry para o gnomo, "Umas rachaduras engraçadas, não? Mas o que você me diz, Harry?"

"Eu não estou entendendo exatamente o que você quer," disse Harry devagar. '"Ficar do lado do Ministério... O que isso signifca?

"Ah, bem, nada de tão oneroso, eu te asseguro," disse Scrimgeour. "Se você pudesse ser visto dentro e fora do Ministério de tempos em tempos, por exemplo, isso daria uma boa impressão. E naturalmente, quando você estivesse lá, você teria uma grande oportunidade de falar com Gawain Robards, meu successor como Chefe do Escritório dos Aurores. Dolores Umbridge me disse que você tem a ambição de se tornar um Auror. Bem, isso poderia ser facilmente arranjado..."

Harry sentiu a raiva borbulhar no topo de seu estômago, "Então Dolores Umbridge ainda está trabalhando no Ministério, não? Então basicamente," ele disse, como se apenas quisesse esclarecer alguns pontos, "Você gostaria de dar a impressão que eu estou trabalhando para o Ministério?"

"Isso daria a todos um motivo para pensar que você está mais envolvido, Harry," disse Scrimgeour, soando aliviado que Harry tenha entendido tão bem. "O 'Escolhido,' você sabe... Tudo isso é para dar esperança as pessoas, o sentimento que coisas boas estão acontecendo..."

"Mas se eu me mantivesse dentro e fora do Ministério," disse Harry, ainda se esforçando para manter sua amigável, "Não vai parecer que eu aprovo o que o Ministério faz?"

"Bem," disse Scrimgeour, ligeiramente carrancudo, "bem, sim, que é em parte o que nós gostaríamos..."

"Não, eu não acho que isso irá funcionar," disse Harry agradavelmente. "Olha só, eu não gosto de algumas das coisas que o Ministério faz. Preder Stan Shunpike, por exemplo."

Scrimgeour não falou por um momento mas sua expressão ficou imediatamente sombria.

"Eu não esperava que você entendesse," ele disse, e não foi tão bem sucessudido em manter sua voz calma como Harry foi. "Estes são tempos difíceis, e determinadas medidas precisam ser tomadas. Você tem dezesseis anos?"

"Dumbledore tem muito mais de dezesseis, e ele também não acha que Stan deveria estar em Azkaban," disse Harry. "Você está fazendo de Stan um bode expiatório, como você quer fazer de mim um mascote!"

Eles olharam um pro outro, loga e duramente. Finalmente Scrimgeour disse, sem nenhuma pretenção de cordialidade, "Percebo. Você prefere, como seu herói, Dumbledore, se desentender com o Ministério?"

"Eu não quero ser usado," disse Harry.

"Alguns diriam que é sua obrigação ser usado pelo Ministério!"

"Sim, e outros diriam que é sua obrigação checar quem realmente é um Comensal da Morte antes de metê-las na prisão," disse Harry, seu temperamento subindo agora. "Você está fazendo o que Bartô Crouch fez. Você nunca faz o certo, ou seus empregados, fazem? Pegaram Fudge, querendo que todos se amassem enquanto pessoas morriam bem embaixo do nariz dele, e nós te pegamos, colocando as pessoas erradas na cadeia e tentando fazer o 'Escolhido' trabalhar para você!"

"Então, você não é o 'Escolhido'?" disse Scrimgeour.

"Eu pensei que você tivesse dito que isso não importava." disse Harry, com um grande sorriso. "Não para você, de qualquer maneira."

"Eu não deveria ter dito aquilo," disse rapidamente Scrimgeour. "Foi falta de educação."

"Não, foi honestidade," disse Harry. "Uma das únicas coisas honestas que você me disse. Você não se importa se estou vivo ou morto, mas você se importa se eu vou te ajuda a convencer a todos que você está ganhando a guerra contra Voldemort. Eu não esqueci, Ministro...."

Ele levantou seu punho direito. Lá, brilhando atrás de sua mão fria, estavam as cicatrizes que Dolores Umbridge o obrigou a fazer nele mesmo: Eu não devo contar mentiras.

"Eu não me lembro de você ter feito a minha defesa quando eu estava tentando contar a todos que Voldemort estava de volta. O Ministério não era tão apegado a amigos ano passado."

Eles ficaram em um silêncio tão gelado quanto a terra sob seus pés. O gnome finalmente conseguiu soltar seu verme do arbusto e estava agora sugando-o feliz, inclinado-se contra a base de galhos de rododentro.

"O que Dumbledore faz?" disse bruscamente Scrimgeour. "Para onde ele vai quando fica ausente de Hogwarts?"

"Não tenho idéia," disse Harry.

"E você não me contaria se soubesse," disse Scrimgeour, "contaria?"

"Não, eu não contaria," disse Harry.

"Bem, então, eu terei de ver se eu não posso encontrá-lo por outros meios."

"Você pode tentar," disse Harry indiferente. "Mas você parece mais inteligenge que Fudge, então eu acho que você poderia aprender com os erros dele. Ele tentou interferir em Hogwarts. Você deve saber que ele não é o Ministro mais, mas Dumbledore ainda é o diretor. Eu deixaria Dumbledore sozinho, se fosse você."

Houve uma longa pausa.

"Bem, está claro pra mim quie ele tem feito um trabalho muito bom com você," disse Scrimgeour, seus olhos gelados e duros por trás dos óculos, "Os homens de Dumbledore pensam muito, você é um deles não é, Potter?"

"Sim, eu sou," disse Harry. "Estou feliz por termos esclarecido isso."

E dando suas costas para o Ministro da Magia, ele voltou para a casa.

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