Visita ao Vilarejo
Harry Potter © J. K. Rowling
Poção do Amor Nº9 © Black Lady
Copyright © Set/2005
Capítulo 3 – Visita ao Vilarejo
Quando o despertador tocou, eu já estava acordado. Não tinha dormido aquela noite. Fique imaginando como a Weasley poderia saber do que eu estava procurando. Como ela podia ter tanta certeza que o tal do Potentadium ia me ajudar de alguma forma? Ela não pode ter usado Legimância, não, eu teria suspeitado, afinal de contas, sentava sendo treinado para ser um comensal, e eu precisava saber isso.
Agora eu tinha dois problemas. Descobrir o conteúdo daquela maldita poção e descobrir se a Weasley não estava apenas tirando um sarro com a minha cara. E se ela realmente soubesse, isso era perigoso. Poções do Amor são ilegais. E isso com certeza me expulsaria de Hogwarts. Precisava descobrir o mais rápido possível.
Levantei preguiçosamente da cama para tomar um banho. Água gelada, era a única coisa que realmente me acordava. Troquei de roupa e desci para o salão comunal. Todo dia Crabbe e Goyle me esperavam para irmos tomar café, mas hoje eles não estavam lá. Achei aquilo um pouco estranho, mas tinha coisas mais importantes na cabeça. Então fui para o Salão Principal sozinho.
- O que vocês estão fazendo aqui? – pergunto para Crabbe e Goyle quando me sento ao lado deles.
- É que estávamos morrendo de fome. – responde Crabbe com a boca cheia.
- Hum...
- Draco... – disse Pansy Parkinson se sentando ao meu lado – A professora McGonagall disse que queria falar com você. Para você ir até o escritório dela depois do café da manhã.
- Inferno! O que será que aquela velha quer agora? – resmungo me retirando da mesa.
Ando pisando forte até o escritório dela, que está sentada como sempre em sua mesa olhando e rabiscando alguns papéis.
- Bom dia, Sr. Malfoy. – cumprimenta ela sem tirar os olhos do papel.
- Bom dia. – respondo de mal grado.
- Sente-se. Temos que esperar a Sta. Weasley, por que vocês... – começou ela, mas foi interrompida pela Weasley que entro nesse exato momento.
- Bom dia, professora. – cumprimentou ela.
- Ah sim...bom dia, Sta. Weasley. – disse a velha se levantando e fazendo sinal pra Weasley sentar. – Estava falando para o Sr. Malfoy que como parte da detenção de vocês, vocês terão que ir a Hogsmeade com Hagrid agora de manhã.
- Mas professora nós temos aula e... – começou a impertinente da Weasley.
- Ficarei satisfeita em dar desculpa aos outros professores. E tenho certeza que poderão pegar as matérias do dia com seus colegas. – disse ela – Agora podem ir, Hagrid os está esperando em sua cabana, ele lhes dirá o que deverão fazer.
Saímos ambos sem dizer nada. Não acredito que ela esteja chateada pó perder aula. Meu Merlin, de onde essa garota vem? Tem coisa melhor do que perder aula, no vilarejo e ainda por cima não perder pontos por estar faltando? Chegamos na cabana e o gigante já estava do lado de fora nos esperando.
- Hagrid! – cumprimentou ela feliz.
- Bom te ver também, Gina! É melhor irmos andando, temos muito que fazer.
- O que exatamente vamos fazer? – perguntou ela quase dando pulinhos de alegria.
- Dumbledore precisa de umas coisinhas. E McGonagall achou que vocês poderiam me ajudar. Assim voltamos mais cedo.
Francamente, quem aquele velho acha que é? Usar-me para fazer comprar para ele? Eu não mereço isso! E a idiota da Weasley fica ai, toda contente. Deve estar acostumada a ter que fazer compras para aquela penca de irmãos que ela tem.
Chegamos ao vilarejo e Hagrid nos manda ir até a loja de livros para comprar um livro intitulado “Os Segredos De Hunt.” A Weasley pega o dinheiro e vai andando na frente. Ela acha que vai me ignorar o dia todo?
- Só não pode roubar o dinheiro, Weasley. – digo com a voz mais mortal que consigo.
- Não se preocupe... – diz ela sem se virar para trás – Eu não me chamo Lucius Malfoy.
- O que você está querendo insinuar com isso, Weasley? – pergunto. Que atrevimento o dela falar do meu pai.
- Eu não quis disser nada. – diz ela antes de entrar na livraria e bater a cara na minha porta.
Meu Merlin, que garota mais abusada!
- Vocês tem um livro chamado... – começa ela a perguntar para a mulher que estar no balcão. Quando a mulher sai para procurar o livro, ela passa por mim direto para uma estante. Posso sentir um cheiro bom quando ela passa. “Mas que diabos, ela não tem cheiro bom, ela é apenas uma fedorenta”. Acompanho-a com o olhar e sem perceber faço uma inspeção rápida. Pernas, glúteos, cintura, costas, cabelo. “Até que ela tem um corpo bonito...”.
- Perdeu alguma coisa? – pergunta ela sem se virar.
- Não. – como ela podia saber que eu estava olhando para ela? Ela estava de costas.
- Aqui está. – diz a mulher da loja com um livro na mão.
- Obrigada. – agradece a Weasley dando o dinheiro para a mulher e saindo da loja.
- Posso ajudar? – pergunta a mulher me olhando.
- Não, obrigado. – respondo e saio da loja.
- Você deveria procurar aqui. – diz a Weasley quando saio da loja e dou de cara com ela.
- Do que você está falando?
- O livro que você precisa... – diz ela começando a andar – Tem ai na livraria.
- Você é louca. – foi a última coisa que eu disse até encontrarmos com Hagrid novamente.
- Aqui está! – diz ela sorrindo, entregando o livro.
- Oh, obrigado. – agradece Hagrid – Preciso que vão na loja de ingredientes para poção. Aqui esta a lista e o dinheiro. Encontro vocês em duas horas em frente ao banco. – diz ele antes de virar as costas e ir embora.
- Deixa-me ver a lista. – digo antes de puxá-la da mão dela.
- À vontade. – diz ela antes de sair andando.
Entramos na loja e ela fica apenas parada.
- Tá esperando que? – pergunto.
- Caso você não se lembre, a lista está com você. – diz ela e começa a olhar alguns ingredientes.
Dirijo-me até o balcão e peço os ingredientes. “Meu Merlin, que demora em pegar alguns ingredientes!”
- Toma... – diz a Weasley colocando um frasco com um líquido verde na minha mão – Você vai precisar disto.
- Chega! Do que você está falando? – digo batendo com força o frasco em cima do balcão.
- Eu sei o que você quer fazer, Malfoy. E vai por mim... você vai precisar disso. – disse ela virando as costas.
Por via das dívidas achei melhor levar aquele frasco também. Peguei o embrulho com a encomenda e coloquei o frasco no bolso e sai da loja atrás da Weasley.
- Já que ainda temos tempo e você comprou o ingrediente, vamos à livraria pegar o livro.
- Calma ai... – disse segurando o braço dela, fazendo ela me encarar. – Será que você poderia me explicar o que está acontecendo aqui?
- Eu sei que você quer descobrir como funciona aquela poção.
- E como você sabe disto? – pergunto levantando uma sobrancelha.
- Eu tenho meus métodos. – responde ela voltando a andar.
- Anda me espionando, Weasley? – provoco.
- Isso daria muito trabalho. – responde ela simplesmente – Apressa o passo que não temos tanto tempo assim.
- Tá, e o que você ganha me ajudando?
- Um pouco da poção.
- E o que te faz pensar que eu vou te dar?
- O fato deu estar te ajudando.
Tudo bem, essa garota é esperta. Mas também é muito intrometida. Por acaso eu pedi a ajuda dela? Eu não me lembro disto ter acontecido.
- Eu não pedi a tua ajuda. – respondo grossamente.
- Ótimo! – responde ela virando para a esquerda, quando a livraria é para a direita.
- Tudo bem. Mas você não pode contar pra ninguém.
De repente ela para. Vira para mim devagar e se aproxima e novamente eu sinto aquele cheiro bom.
- Essa poção é ilegal. Eu não pretendo ser expulsa de Hogwarts, então, não se preocupe. – e virou se novamente – Estúpido.
- E como vamos fazer para descobrir?
- Potentadium. Eu já lhe disse. – responde ela como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E quando eu fico calado, ela me olha com uma cara pasma – Você não sabe o que é isso? Meu Merlin, nem como bruxo das trevas você é bom.
- Olha aqui, Weasley, não é porque estamos fazendo isto junto, que você pode me criticar. – disse enquanto entravamos na livraria.
Entramos e saímos em poucos minutos. Ela sabia exatamente onde estava o livro e quanto custava. Isso me deixou um pouco preocupado. Quero disser, como vou saber se ela não estar me usando? Algumas horas depois estamos de volta a Hogwarts.
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