O Conceito de Arthur

Krika (posso te chamar só de krika?) - Olha, até o fim da fic você vai ver que a chance o Malfoy não quer! E eles estão dando, você vai ver que eles se tratam do mesmo jeito e que Mione de uma chance à Malfoy e você viu o que houve? Mas sim, ele está do "nosso" (?) lado.
Brendok, abandonou a fic, foi? Rsrs?
Lisa Hase

Ron não estava acreditando, tinha jogado para a rua a única pessoa a quem ele amou. Mas o que ele podia fazer? Amar não significava agüentar tudo e fingir que não estava vendo, ele não tinha entendido nada, Mione estava com roupas estranhas, abraçada no Malfoy.

Era tudo confuso demais, a única coisa que Ron tinha certeza era que ele não queria ficar mais ali. Ele se levantou do sofá e subiu correndo as escadas:

- Senhor. – Chamou uma voz aguda quando ele estava no alto da escada:

- Agora não, Ced... – Resmungou Ron.

- Ced está indo embora...

Ron ficou estático, esqueceu que o Malfoy do qual estava falando era o seu companheiro de casa. E Ced era empregado dele... Nossa! Definitivamente sua vida não seria a mesma depois daquela manhã. Mesmo que ele quisesse, ele não podia por Malfoy para dentro de casa, se ele não pedisse para voltar, embora não falasse muito amigavelmente com Malfoy, era ele quem falava bobagem quando Ron estava para baixo e era ele quem ajudava Ron a xingar os chefes ou o ministro (que todos adoravam, embora seus atos extremos).

- Senhor! Ced estou indo embora! – Avisou novamente o elfo.

Ron foi tirado de seus pensamentos:

- O.K.

Ron também notou algo curioso, Ced carregava uma malinha e estava mais arrumado como nunca esteve: usava uma capa preta e um chapéu coco laranja que estava torto em sua cabeça.

- Adeus, senhor, Ced sou grato por tudo e pede desculpas pelas falhas.

Ron sorriu:

- Adeus Ced. Eu também sou grato por tudo. – Ele teve a estranha sensação que Ced não ia para junto de Draco, já que era um elfo livre, sentiu que Ced ia embora, para nunca mais voltar...

O elfo estalou os dedos e sumiu, Ron sentiu um pequeno aperto no coração, aquela casa ficaria vazia demais para ele, sem os gritos de Ced com Malfoy, ou de Malfoy com Gina, ou de Gina com Ced. Ou dos três o acordando, os três abrindo seus presentes nas manhãs de Natal, quando ele demorava a acordar, ou de Malfoy tentando conversar com Ced sobre Quadribol enquanto o elfo insistia em dizer que Quadribol com enceradeiras seria muito mais divertido.

Ron foi para o seu quarto, puxou a varinha do bolso e com um único feitiço arrumou a mala, estava pronto para passar o resto das férias n’A Toca com seu pai, e depois, ele se empenharia no trabalho e ficaria tão cansado que não pensaria nos problemas. Tudo isso em uma noite, por que ela tinha voltado se era para estragar a rotina dele?


Mione acordou se sentindo triste, demorou um pouco para se lembrar do porquê. A última coisa que ela se lembrava era de flashes, mas agora via que estava numa casa diferente, escutou pessoas falando no que parecia ser o andar debaixo.

A mulher se levantou e olhou para o espelho:

- Está triste? Tudo por água abaixo não foi? – Falou o espelho para ela, Mione preferiu ignorar. Com um feitiço arrumou os cabelos e desceu, notou que estava vestindo aquelas roupas trouxas ridículas ainda, e com mais um feitiço Mione se pôs a usar as mesmas vestes bruxas que estava no jantar. A casa era idêntica á de Ron, só que uma decoração totalmente diferente:

- Boa tarde, querida. – Falou Gina quando Mione apareceu na sala, ela lembrou estranhamente a Sra. Weasley:

- O que aconteceu? Por que eu estou aqui? – Perguntou ela.

Neville, Luna, Harry, Heather, Gina e Draco estavam sentados em volta da mesa central com pergaminhos, tinteiros, penas e corujas:

- Qual é a última coisa da qual você se lembra? – Perguntou Heather por cima dos óculos, Mione notou que ela, como os outros pareciam exaustos:

- De estar na porta da casa de Ron sendo fotografada.

- Sim. Foi a última coisa que aconteceu, sente aqui, vamos contar para você o porquê de ter acontecido, alguém tem que te pedir desculpas. – Falou Heather maternalmente enquanto tirava os óculos.


Ron estava pronto para ir para A Toca, foi para o quintal, pegou a vassoura e partiu, ele não queria usar nenhum outro meio de transporte, senão um que o fizesse relaxar.

Uma hora depois ele estava n’A Toca quando pousou viu Arthur alimentando as galinhas:

- Filho!

Ron desceu e abraçou o pai:

- Eu estava com saudade!

Arthur não o soltava, estava o abraçando muito apertado:

- Pai... Pode me soltar, agora... – Falou.

- É claro! – Arthur o soltou - Hoje não vem ninguém pra cá, Gina falou que não vem, e Percy também não, estão muito ocupados... Os gêmeos estão viajando. Só Lannie está aqui, veio passar a semana. Lannie! – Chamou Arthur. – Tio Ron chegou!

Uma garotinha ruiva cheia de sardas e de marias-chiquinhas apareceu correndo:

- Tio Ron!

- Você está cada dia maior, sabia? – Perguntou Ron a pegando no colo. – E mais pesada também!

- Você vai almoçar com a gente? Não veio ninguém hoje, e o vovô disse que me ensinaria a segurar uma varinha, e praticar feitiços, é claro que eu vou usar uma varinha falsa, mas já dá pra ir treinando para Hogwart, você sabe, eu entro daqui a dois anos e já quero aprender bastante coisa, e entrar sabendo já ajuda bastante. Queria cair na Grifinória...

- Respire Lannie, deixe seu tio chegar... – Falou Arthur.

Ron riu, Lannie se parecia com o pai, mas era mais delicada, na verdade ela tinha um pouco de cada irmão, coisa que nenhum dos outros sobrinhos de Ron tinha:

- Lannie, que tal se você fosse arrumar a mesa, para nós três? – Falou Arthur.

Lannie franziu o cenho:

- Vovô, ainda são onze horas!

- Meio-dia nós almoçaremos e que ruim será se já não tivermos a mesa pronta, hein?

Lannie rolou os olhos:

- Ah vovô! O que o senhor não me pede, que eu não faço? – E saiu do colo de Ron:

- Ficar quieta... – Suspirou Arthur quando a menina já não estava perto:

- Ela é um misto dos sete, não é? – Perguntou Ron:

- De todos... – Arthur olhou para o céu, sonhador. – Ela se parece mais com Molly do que você imagina, Molly tinha este mesmo temperamento quando tinha onze anos, falava, planejava... Ah se eu pudesse! Traria Lannie para morar comigo...

Ron abriu a porta da cozinha para Arthur:

- E por que não trás? Lannie não ligaria, tenho certeza!

- Não. Nem Penny e Percy, na verdade. Mas não é bom para o ministro mandar a filha morar com o avô, é? E Lannie precisa da educação dos pais, e não a do avô. Eu a educaria como eduquei qualquer outro filho meu, mas ela não é minha filha... Os tempos mudaram, Ron, não posso a educar conforme o seu – E apontou para o peito do filho. – tempo.

Ron olhou para Lannie pegando pratos, se lembrou da casa cheia de gente, incluindo Harry, Mione e Bichento. Se ele pudesse voltaria no tempo.


Voltar no tempo. Era tudo que Hermione queria. Se ela soubesse, o que teria acontecido ela jamais teria ido ao jantar, com Ron:

- Então graças a Gina eu estou quebrada!

Gina franziu o cenho:

- Mais ou menos... Se apenas noticiarem o seu caso com Ron tudo bem... Você estaria disposta a assumir o caso, não estaria? – Perguntou Gina em tom de desafio.

Mione ainda não havia pensado nisso, o que ela faria? Assumiria o caso com Ron, depois de uma noite?

“Uma noite que você esperou sete anos para ter...” pensou, então a imagem dela e Ron se beijando no meio do parque, apareceu em seus pensamentos:

- Sim. Eu assumiria. – Falou com convicção.

As pessoas presentes se entreolharam:

- Temos que achar o Ron e explicar tudo. Depois mandar cartas para os jornais explicando o que houve, e pedir ao Percy que faça o Profeta desmentir tudo, já que é o jornal mais famoso. Depois e por último, mandamos uma carta para Tonks explicando o que houve e o porquê do ataque de Harry. – Falou Neville parecendo cansado.

Mione sorriu ironicamente:

- Só isso? Simples...

Draco a olhou:

- Pelo menos você tem uma casa! Aonde eu vou ficar?

- Aqui. – Disse Harry mais para Gina do que para Draco:

- Aqui? – Repetiu o loiro incrédulo:

- Sim. Gina armou essa confusão, nada mais justo do que Gina te hospedar enquanto você não volta a morar com Ron...

- Falando em morar em outro lugar, cadê o Ced? Será que ele foi para o Camboja? – Perguntou Luna fazendo um feitiço para que os pergaminhos se organizassem.

Todos a olharam:

- O que raios Ced faria no Camboja? – Perguntou Malfoy.

- É óbvio não é? – Disse Luna sonhadora. – Lá no Camboja existe um lugar só para elfos, não me lembro como se chama... Mas lá eles tem comida, e abrigo... Uma cidade só de elfos...

Draco bateu a palma da mão na testa:

- Você é desse mundo? – Perguntou.

Luna o encarou como se tivesse acabado de perceber que ele existe:

- Trouxa é que não sou...

Heather pigarreou, e olhou para Mione, ela sim não parecia estar nesse mundo, e olhou para Mione, ela sim não parecia estar nesse mundo:

- Mione, que tal se você fosse alimentar Bichento? Ele não deve estar conseguindo muita comida num hotel trouxa, deve?

Mione aparatou:

- Isso me lembra de colocar feitiços anti-aparatação em casa! – Falou Gina.


- Tio, me leva para dar uma volta de vassoura? – Perguntou Lannie depois do almoço:

- Claro... Pode ser à noite?

- Pode...

Arthur chegou e sentou na varanda ao lado de Ron:

- Lannie, desgnomiza o jardim, para o vovô?

Lannie saiu correndo em direção ao jardim, o que fez várias galinhas saírem correndo, espalhando penas para todos os lados:

- Diga meu filho. O que o trouxe para cá?

Ron olhou para o seu pai, não tinha porque esconder a verdade:

- Mione voltou... – Disse por fim, olhando para Lannie:

- É... Eu sei, Percy me falou isso ontem, quando trouxe Lannie:

- Nos envolvemos... Mas... Eu não sei! Ela se envolveu com Draco...

Arthur parou de olhar para Lannie para olhar Ron:

- Draco Malfoy? O filho de Lucio Malfoy?

- Sim.

- Hermione não seria capaz...

- Eu a encontrei, usando roupas... Suspeitas... Abraçada ao Malfoy...

Arthur franziu o cenho:

- Hermione sabia que você mora com ele?

- Não...

- Ron, já passou pela sua cabeça que você está totalmente enganado?

Ron não tinha pensado nisso:

- Hermione foi embora daqui a sete anos, Malfoy ainda não era bem visto, não que ele seja, mas era muito menos; ela não o via bem. Você acha que depois de passar a noite com você, numa manhã Hermione já se atiraria nos braços de Draco Malfoy? Sinceramente! Eu convivi bem menos com ela do que você, e sei que ela não seria nem um pouco capaz de fazer isso.

Ron definitivamente não tinha pensado nisso, se sentiu tão furioso ao ver Mione nos braços de Malfoy com aquelas vestes, se é que aquilo pode ser considerado vestes, que não pensou que ela podia estar falando a verdade.


- Repassando, Harry, Malfoy e eu vamos falar com Ron. – Disse Neville. – Heather manda as cartas, Luna se encontra com o ministro, Gina se encontra com Tonks, e não esquece de pedir para que Malfoy não seja mais um dos capangas de Mione. Nos encontramos aqui, às dezesseis horas.

Todos balançaram as cabeças confirmando, e aparataram deixando Heather sozinha:

- Como será que está Mione, numa hora dessas


No próximo capítulo...
- Bom... Ninguém nunca entendeu a cabeça daquele cabeça-dura... Temos que achá-lo antes que ele faça uma besteira, e se eu bem conheço Ronald Weasley ele é bem capaz de fazer uma besteira...
Malfoy desceu a escada:
- E se eu o encontrar primeiro? Ele é capaz de me matar!
Harry riu:
- Ele nos faria um favor.

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