Adeus



A rua dos Alfeneiros nunca havia parecido causar tanto tédio. Harry ainda tentava se recuperar da morte de Dumbledore, pensar em uma maneira de conseguir os outros Horcruxes e se manter afastado de Gina. Já estava á duas semanas na casa dos tios e haviam sido piores do que os 11 anos que viveu lá. No dia seguinte seria seu aniversário, esperava que pelo menos nesse dia alguém da comunidade mágica lembrasse que ele existia, já que até então, nem mesmo Rony, Hermione e Gina lhe mandaram uma carta que fosse, embora Harry lhes tivesse escrito pelo menos umas 3 para cada um.
Então ele se jogou na cama desanimado pensando em como seria dali em diante, será que Hogwarts iria fechar? Torcia para que não, as melhores coisas de sua vida havia passado lá. Então escutou algo batendo na janela, por um momento pensou ser apenas seu primo Duda tentando desafiá-lo a sair do quarto, olhou para o teto e viu a gaiola de Edwiges pendurada, vazia. Se lembrou que a coruja havia ido caçar, fechou os olhos, escutou novamente o barulho na janela, devia ser apenas Edwiges tentando entrar.
Estava certo em partes, era Edwiges, porém ela vinha acompanhada por outra coruja, que Harry não conhecia. Então ele abriu a janela e as duas corujas entraram, acariciou Edwiges e então percebeu que a outra coruja trazia uma carta. Deu um sorriso, pegou a carta e leu.

Caro Harry,
Como você está? Nós, na medida do possível para uma guerra estamos bem. Mas vamos ao que interessa.
Amanhã, aproximadamente umas 10 horas, estaremos em sua casa para te levar para a Toca. Claro, se você quiser vir. Portanto mande sua coruja com a resposta o mais rápido possível.
Caso aceite, aparataremos em sua casa no horário combinado, esteja com suas coisas prontas, e por favor, dessa vez avise seus tios que estamos indo lhe buscar. Se despeça deles amigavelmente, talvez seja a última vez que os verá, afinal amanhã estará se tornando maior de idade e não voltará mais para essa casa.
Todos pedem desculpas por não terem respondido suas cartas, digamos que andamos tendo alguns problemas. Ainda não encontramos o testamento de Dumbledore. Mas, você ficará sabendo de tudo amanhã.
Sem mais, aguardamos ansiosamente sua resposta.
Atenciosamente,
Família Weasley, Hermione, e membros da Ordem.

No fundo Harry sabia que não haviam lhe respondido porque estavam tendo problemas, e só o fato de saber que no dia seguinte iria embora da casa dos Dursley para nunca mais voltar já havia feito valer a pena as duas semanas desagradáveis. Então pegou um pedaço de pergaminho, pena e tinteiro, e se colocou a escrever a resposta.

Caro amigos,
Claro que gostaria de ir para a Toca! Portanto estarei esperando-os amanhã, com minhas coisas prontas, e deixarei meus tios avisados.
Desde já, obrigado por virem me tirar daqui.
Carinhosamente,
Harry.

Pegou Edwiges e pediu que entregasse a carta para qualquer um dos Weasley, Hermione, Lupin ou Tonks, enfim, que entregasse para o primeiro que encontrasse. Não sabia porque, mas estava receoso de que a carta não chegasse a tempo, embora soubesse que mesmo que a carta não chegasse eles iriam vir buscá-lo. Pela primeira vez desde a morte de Dumbledore ele se sentia feliz, afinal havia recebido uma carta de seus melhores amigos, apesar de tudo ele não estava sozinho e isso era uma esperança pra quem teria que enfrentar Voldemort.
Passou pelos menos meia hora imaginando como seria bom encontrar os amigos, só agora havia notado o quanto sentiu saudade deles. Se lembrou da última vez que os Weasley vieram buscá-lo, vieram por Flu, e Duda acabou com a língua “levemente inchada”. Isso o fez lembrar que deveria avisar os tios, e se despedir deles. Apesar de tudo, mesmo sendo muito mal tratado, seus tios o haviam aceito e isso permitiu que ele completasse 16 anos de vida, não os odiava a ponto de lhes desejar mal, portando não queria ir embora brigado com eles.
Pela primeira vez em sua vida passou pela sua cabeça de que talvez fosse sentir falta das brigas com o primo, das broncas do tio e da tia espionando os vizinhos. Estava com medo do que teria que enfrentar no mundo dos bruxos. Nesse momento escutou Tia Petúnia gritando, chamando-o para o almoço. Era o momento perfeito para contar o que aconteceria no dia seguinte.
Respirou fundo, levantou da cama, foi para a frente do espelho e tentou dar uma arrumada na aparência. Riu de si mesmo, estava tentando agradar seus tios! Saiu do quarto e rumou direto para a cozinha, todos já estavam lá. Se sentou, olhou para a comida, não tinha fome. Queria falar mas não tinha certeza se era o momento certo. Decidiu parar de enrolar, teria de falar de qualquer forma, então que fosse logo e enquanto o tio aparentava estar de bom humor.
- Amanhã eu vou embora e nunca mais vou voltar! – disse tão rápido que seus tios e Duda apenas olharam intrigados sem entender uma só palavra.
Harry respirou fundo e tentou recomeçar. Agora 6 olhos intrigados, estavam fitando-o.
- Hoje eu recebi uma carta dos meus amigos, eles disseram que virão me buscar amanhã. – fez uma pausa, respirou fundo, e quando percebeu que os tios haviam entendido perfeitamente continuou – E como os bru... – recebeu olhares de censura – Desculpa! – acrescentou rapidamente – E como as pessoas como eu, recebem a maioridade aos 17 anos, e eu me formo ano que vem, acredito que não voltarei mais para essa casa. – Tio Valter foi o único que sorriu – Eu apenas gostaria de me despedir amigavelmente de vocês.
Pronto, tinha falado tudo, agora temia a reação. Duda foi o primeiro a dizer alguma coisa.
- Finalmente você vai embora. Sem mais ninguém pra me ameaçar com feitiços idiotas. Espero que você vença o tal bruxo lá, por vingança por ele ter mandado me atacar no verão passado.
- Apesar de tudo, nunca te odiei para lhe querer mal, e também desejo que você vença Voldemort, e saia vivo. Afinal, eu prefiro que você vença ela logo, antes que ele implique conosco, já que somos sua família. – disse tia Petúnia.
- Arrume suas coisas, leve apenas seus pertences estranhos. Espero que não destruam minha sala e nem nos façam fazer uma viagem a toa dessa vez. – disse Tio Valter, sendo o mais frio.
- Tia Petúnia, obrigado por me aceitar. Mesmo com vocês não me tratando tão bem quanto eu desejava, não sinto ódio. Ah, eles chegarão amanhã as 10 horas, aparecerão na sala, portanto os vizinhos nem mesmo verão que eles entraram e saíram. – disse Harry, tentando ser o mais educado possível.
Ao dizer isso ele se levantou e subiu para se quarto, havia sido melhor do que ele esperava. Tio Valter fora o único que estava realmente feliz com a ida de Harry, que não se importava afinal ele não era seu parente de sangue. Tia Petúnia e Duda, mesmo justificando que gostariam que ele vencesse Voldemort somente pensando neles, já era um grande avanço eles desejando que algo ocorresse bem para Harry.
Quando chegou no quarto, olhou para suas coisas, todas espalhadas. Sabia que não poderia usar magia para arrumar, pois ainda não era maior de idade. Teria que arrumar tudo como um trouxa, e tinha o resto do dia para fazer isso. Só então percebeu que não estava simplesmente arrumando sua mala para ir para Hogwarts, estava indo embora. Dessa vez não poderia deixar os livros que não usa mais, as roupas de trouxa, teria que levar tudo consigo, se deu conta de que tinha mais coisas do que pensava, e que realmente não voltaria nunca mais. Deu uma olhada geral pelo quarto e se lembrou de tudo que já vivera naquela casa. Sem querer percebeu que uma lágrima escorria pelo seu rosto, era difícil abandonar certas coisas, estava acostumado demais a reclamar que teria de voltar, acomodado demais a isso para perceber que havia acabado e uma nova fase de sua vida estava por começar.
Dobrou com cuidado cada peça de roupa; tirou o pó dos livros velhos, deu uma folheada nos livros do último ano, como se quisesse recordar o que eles dizem, e só então guardou todos dentro do malão. E assim foi indo, até que o quarto simplesmente parecia desabitado, sem nenhum objeto pessoal de Harry, como se nunca tivesse deixado de ser o segundo quarto de Duda.
Então Harry olhou pela janela, estava um lindo dia de sol. Pegou sua varinha, somente como precaução, desceu as escadas, ao passar pela sala somente disse a sua tia, que estava na cozinha, que sairia andar um pouco, mas que voltava para o jantar. Para a surpresa de Harry sua tia apenas lhe respondeu com um sorriso.
Andou pelas ruas, passou por praças, parques, estava distraído, simplesmente andando. Por incrível que parece, apenas durante esse dia, ele decidiu esquecer tudo sobre Voldemort, queria apenas aproveitar aquilo. Parou em uma praça e se sentou em um banco, olhou para o céu e viu estrelas, foi quando percebeu que já havia anoitecido, era hora de voltar para casa.
Quando chegou na rua dos Alfeneiros número 4, a família estava novamente reunida na cozinha, Harry sentiu um cheiro bom, certamente tia Petúnia havia feito alguma comida especial, por um momento pensou se não era alguma data importante. Mas quando entrou na cozinha e viu a cara emburrada do tio Valter, e o sorriso tímido de Tia Petúnia e Duda, demorou a acreditar, mas era verdade, era um jantar de despedida. Petúnia e Duda ainda tentaram manter a imagem de quem não se importava com Harry, mas durante o jantar foram deixar passar alguns pequenos gestos, sem dúvida a notícia dada na hora do almoço os havia abalado de certa forma.
Já era quase meia noite quando Harry subiu para seu quarto, estava ansioso, mas o cansaço impediu que ele tentasse fazer qualquer coisa, então apenas colocou o relógio para despertar as nove horas e adormeceu, sem nem mesmo colocar o pijama.
Quando acordou nem mesmo levantou da cama, esperou até o relógio despertar. Havia voltado para a realidade. Finalmente levantou, arrumou sua cama, trocou de roupa, sem pressa. Nesse momento viu uma coruja trazendo o profeta diário, pegou três moedas de prata, colocou na pequena bolsa que ela carregava e retirou o seu jornal. Reconheceu a foto que ocupava grande parte da primeira página do jornal, era ele mesmo.

Harry Potter
O menino que sobreviveu, atualmente mais conhecido como “O Escolhido”, completa hoje 17 anos, se tornando maior de idade. Todos conhecem a história desse excepcional garoto, que já nos salvou várias vezes das garras de Quem-não-deve-ser-nomeado. Porém será que ele sobreviverá mais um ano? Afinal agora não existe mais a proteção de Dumbledore, e ainda não foi decidido se Hogwarts será aberta. Apenas esperamos que ele continue a apoiar o Ministério...

Nesse ponto Harry foi tomado pela raiva, nunca havia apoiado o ministério, não gostou do jeito que trataram o nome de Dumbledore, e aparentemente todos estavam desejando vê-lo morto somente para dizer “sabia que ele não conseguiria”. Jogou o jornal pela janela, e quando passou os olhos pelo seu criado mudo viu a carta que recebera no dia anterior, se lembrou que em menos de uma hora veria seus melhores amigos, não devia se estressar com as bobagens do Profeta Diário, afinal não seria a primeira e muito menos a última vez que o jornal falaria mal de Harry. A única coisa que continuou incomodando-o era que não podia mais fingir ter esquecidos dos Horcruxes.
Deu uma última verificada em suas coisas, ao perceber que estava tudo pronto desceu com o malão e o deixou em um canto na sala, onde encontrou tia Petúnia tentando tampar todos os buracos na janela, tio Valter sentando fingindo estar calmo, lendo um jornal e Duda extremamente nervoso roendo as unhas encolhido em um canto no sofá.
Ignorando a todos seguiu direto para a cozinha. Pegou um copo de leite, enquanto tomava ficou observando a janela, fazia um dia muito bonito e alguns minutos depois se virou para o relógio que marcava 9:56, estava quase na hora.
Voltou para a sala, Duda continua a roer as unhas e tio Valter a ler seu jornal, somente Tia Petúnia, que agora parecia certa de que os vizinhos não veriam nada, estava sentada ao lado do marido passando o olho pelo jornal dele. Harry estava ansioso demais para ficar sentado, por isso somente encostou na parede ao lado do malão e ficou observando a sala pela última vez.
Quando o relógio marcou 11 horas quase que imediatamente 6 bruxos aparataram na sala. Era Tonks, Lupin, Moody, Jorge, Fred e Gui. O Sr. Dursley por pouco não teve um ataque no coração devido ao susto que levou, estava muito concentrado em seu jornal.
Então Moody começou a dar as ordens:
- Weasley vejam se está tudo bem pela casa. – os Weasley saíram cada um pra cada lado – Tonks se entenda com os trouxas – Tonks apenas olhou para Moody e depois para os Dursleys desanimada – E você Lupin verifique se ele é realmente o Harry. – Lupin olhou sorrindo para Harry, que não agüentou e teve uma crise de risos.
“Moody sempre obcecado por segurança” – pensou Harry.
- Moody, pela risada é o Harry. Um comensal não riria ao ver você tão preocupado com a segurança. – disse um Lupin muito tranqüilo.
- Bem, Sr. E Sra. Dursley, estamos levando o Harry, acredito que ele já tenha conversado com vocês. – disse Tonks, então ela parou e olhou para Mody – Desculpa, mas não consigo agradecer a eles por terem maltratado o Harry durante tantos anos.
- De qualquer forma, de nada. – respondeu um Valter aborrecido pelo comentário de Tonks.
TAC
Gui e os gêmeos aparataram de volta na sala.
- A casa está limpa, acredito que já podemos ir. – disse Fred, que se jogou no sofá.
Jorge tirou a varinha do bolso, apontou para Duda, que imediatamente levantou do sofá e saiu correndo em direção a escada.
- O que há com ele? – perguntou Moody á Lupin que ria.
- Acredito ser trauma causado pelas gemialidades Weasley. – disse Harry, que também ria.
- Ah, se vocês soubessem o tanto que eu me orgulho desses meus irmãos! – disse Gui, enquanto os Dursleys apenas se limitavam a permanecer juntos, calados e apavorados.
- Vocês não pretendem ficar para o almoço, certo? – questionou Tia Petúnia, temendo uma resposta afirmativa.
- Talvez não fosse uma má idéia. – respondeu Tonks, com um ar animado.
- Nem pensar! Por sinal se demorarmos mais um pouco Molly é capaz de achar que tivemos problemas. Vamos para a Toca imediatamente! – disse Moody, que parecia irritado devido a demora.
- Vamos por Flu? – perguntou Harry.
- Não. A rede Flu não é mais segura, seqüestros. Vamos ter que aparatar. – respondeu Lupin, que só agora parecia sério.
- Más eu ainda não passei no teste... – tentou argumentar Harry.
- Você acha que o ministério se preocupa com isso? Estamos em guerra, certas coisas foram deixadas de lado, ainda mais agora com a rede Flu interditada, não podem culpar as pessoas por aparatarem. – disse Gui.
- Harry, se despeça. – disse Tonks, que já segurava as malas de Harry.
- Bem, é isso. Adeus. – disse Harry aos tios, se despedindo sem jeito.
- Adeus moleque. – disse Tio Valter, frio.
Tia Petúnia levantou e abraçou o sobrinho.
- Adeus Harry. – então ela o soltou e subiu as escadas, provavelmente indo atrás de Duda.
- Adeus Duda! – gritou Harry, esperando que o primo ouvisse.
- Certo Harry, agora se concentre na Toca. Mas segure em mim, assim poderei te guiar. – Disse Lupin, apoiando as mãos no ombro de Harry.
TAC
Tonks e os gêmeos se foram.
TAC
Harry abriu os olhos, ainda estava um pouco tonto, mas mesmo assim reconheceu o jardim da Toca.
TAC
Moody e Gui apareceram também.
Nesse momento Harry apenas sentiu alguém pular em cima dele e o derrubar no chão. Antes mesmo de ver quem era sentiu uma boca tocando a sua em um beijo doce. Era Gina. Quando acabou, ela se deitou na grama ao lado dele.
- Desculpa, eu sei que eu não deveria, mas eu não resisti. – disse Gina sem jeito, quando Harry olhou para ela, percebeu que a garota estava vermelha.
- Juro que não estou bravo com você. Mas me da um tempo pra mim ter certeza se é seguro agente continuar junto.
Harry estava feliz, queria ter Gina ao seu lado, mas não iria suportar a idéia de colocar a garota em perigo. Então ele sentiu que estava sendo levantado do chão.
- PARABÉNS PRA VOCÊ! NESSA DATA QUERIDA! MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA! Viva o Harry! VIVAAA!
Era uma festa para comemorar o aniversário de Harry, que recebeu os votos de felicidade de todos, e muitos presentes. A Toca nunca parecera tão cheia, entre os adultos havia muitos membros da Ordem. Os únicos Weasleys que não estavam presentes eram Percy e Carlinhos. A festa durou até algumas horas após o almoço, todos se divertiram muito, principalmente com as amostras grátis que Fred e Jorge trouxeram.
- Vem Harry, temos muito o que te contar! – disse Rony chamando Harry até o seu quarto.
Ao chegar no quarto Hermione já estava lá, fecharam a porta e lançaram um feitiço para que não pudessem ser ouvidos.
- Aconteceu alguma coisa séria? – perguntou Harry, preocupado com todas medidas de segurança tomada pelos amigos.
- Ainda não encontraram o testamento de Dumbledore, Hogwarts talvez não abra esse ano, a Ordem está desestabilizada, os Comensais que estavam presos fugiram e tem atacado frequentemente causando uma media de 2 mortes por dia, entre bruxos e trouxas. A rede Flu está interditada e o ministério foi tomado pelos comensais. – despejou Hermione.
Harry demorou um pouco para assimilar tudo que aquilo significava.
- Ok, agora vocês me explicam uma coisa por vez. – pediu Harry, ainda um tanto confuso com o tanto de informações que recebera.
- Quem começa? – perguntou Rony para Hermione.
- Fique a vontade. – respondeu a garota, que deitou na cama desanimada. Rony respirou fundo.
- Com a morte de Dumbledore a Ordem perdeu seu líder, está completamente perdida, ninguém sabe o que fazer, como agir, enfim, a Ordem simplesmente parou de atuar contra Voldemort. E para ajudar, após a traição de Snape começou a surgir muita desconfiança entre os membros, causando brigas. – disse Rony.
- E para complicar, algumas pessoas como Moody, Lupin e Professora Minerva estão achando que Scrimgeour está sob a maldição Imperius, já que o ministério aparenta mais ajudar os comensais do que tentar deter eles. – completou Hermione.
- Então, ninguém está fazendo nada para impedir Voldemort? – perguntou Harry aflito.
Os dois amigos apenas concordaram desanimados com a cabeça. Harry, sentou no chão, encostado na parede.
- E o que aconteceu com a Rede Flu? – perguntou Harry, a essa altura era melhor saber de tudo de uma vez.
- Não sabemos ao certo. Mas ao que parece algum comensal que trabalha no ministério, na área de supervisão do Flu, está mudando o destino das pessoas. Muitas pessoas de influencia ao tentar usar o Flu ficaram desaparecidas, aparecendo alguns dias, outras vezes semanas, com a memória adulterada. O ministério ainda tenta dizer que o Flu é seguro, porém as pessoas perderam a confiança. – disse Rony, que sentou na cama e colocou a cabeça de Hermione em seu colo.
- E todo esse caos no ministério tem levado a morte de tantas pessoas e a fuga dos comensais? – perguntou Harry novamente, mais desanimado ainda, se possível. Mais uma vez Ron e Mione responderam apenas mexendo a cabeça pra cima e para baixo. Harry respirou fundo e continuou. – E porque é tão importante assim encontrar o testamento de Dumbledore?
- Porque ele tem que ter deixado escrito lá os segredos de Hogwarts, que devem ser passados para a Professora Minerva. Provavelmente também indicou o novo líder para a Ordem e fez sugestões ao Ministério e a população Bruxa. E o menos importante é que ninguém sabe o que fazer com a casa de Dumbledore, a quem ela pertence agora, e muito menos como localizá-la. Já que parece estar tão bem escondida quanto Hogwarts. – disse Hermione, que tinha os cabelos acariciados por Rony.
Harry permaneceu alguns minutos pensando, quando finalmente conseguiu colocar em ordem todas as novas informações, deu um leve sorriso para os amigos e perguntou.
- Alguma novidade boa?
Rony ficou extremamente vermelho, e Hermione tentava esconder um sorriso maroto. Mesmo sem ninguém falar nada, Harry entendeu. Os dois amigos finalmente haviam se acertado e estavam juntos.
- E você e Gina? – perguntou Hermione, Rony se sentiu incomodado, por isso levantou e saiu do quarto com a desculpa de pegar algo para comer.
- O que deu nele?
- Está chateado porque saber que você está fazendo a Gina sofrer.
- Eu só não quero colocar ela em risco! Todas as pessoas que eu amo acabam morrendo, não posso permitir que isso ocorra com a Gina!
- Sei disso Harry! Mas não será mantendo ela afastada de você que as coisas serão resolvidas! Você precisa dela, assim como ela precisa de você.
- Será que ela me aceitaria de volta?
- Não acredito que você tenha dúvidas.
Harry sorriu.
- Fico feliz por você e pelo Rony. Finalmente se acertaram! Como que foi isso?
- Ah, bem...

[flashback ~ON~]
Rony e Hermione estavam sozinhos na Toca. Os gêmeos estavam na loja, Gui em Gringotes, Sr. Weasley no ministério e Sra. Weasley havia levado Gina até a casa de Luna.
No quarto de Gina estava uma Mione concentrada, tentando ler um livro. Ainda estava irritada da briga que tivera com Ron. Odiava quando brigava com o amigo por motivos idiotas, como quadribol. De certa forma, ela sabia que o real motivo da briga era um certo jogador chamado Victor Krum, embora o nome dele não tivesse sido tocado em nenhum momento da briga.
Enquanto isso Ron estava no jardim, deitado no chão, pensava consigo mesmo:
“Claro que ela odeia quadribol, o idiota do Krum nunca mais mandou carta pra ela, aposto que ela ainda gosta daquele cara. Ele não merece ela. Ela é inteligente demais para um jogador idiota, linda demais para um jogador deformado pelos balaços...”
Então, Ron sentiu vontade de dizer tudo isso para Ela, queria dizer o quanto Krum era idiota, e ao mesmo tempo se perguntava porque se importava tanto assim com ela. Mas nessas horas se lembrava que era amigo de Mione fazia sete anos, se preocupava com ela como amigo. E repetia para si mesmo, era apenas ciúmes de amigo, embora ás vezes isso soasse um pouco estranho.
Cansada de fingir que lia, Hermione fechou o livro irritada e o jogou em um canto do quarto. Não gostava de deixar as coisas mal resolvidas, queria conversar com Rony, mas ao mesmo tempo desejava que ele tomasse alguma atitude e viesse pedir desculpas. Mas ao olhar pela janela viu que Ron estava indo em direção á casa, não agüentou, levantou da cama e desceu correndo as escadas rumo á cozinha, onde Rony havia acabado de chegar.
- Que bom que você desceu, assim não tenho que desperdiçar meu tempo indo até você. – disse Ron, tentando se manter frio.
- Se é pra desperdiçar seu tempo, não precisa nem se importar comigo! – disse Hermione, que ficou um pouco irritada.
- Mas eu vou desperdiçar meu tempo sim! – enquanto dizia isso Rony ia na direção de Mione, que ia andando para trás.
- Por quê você vai se dar a esse luxo? – perguntou Hermione quando encostou na parede. Agora ela podia sentir a respiração de Rony.
- Porque eu preciso te falar que o Krum é um idiota porque ele... – antes mesmo de terminar a frase Hermione levantou o braço para dar um tapa nele.
- Não xingue o Victor! – Ron segurou o braço dela.
- Como eu ia dizendo, o Krum é um idiota porque ele não percebe a garota maravilhosa que você é! – ao dizer isso para Hermione, a garota parou de tentar se livrar se Ron, que soltou seu braço.
- Realmente, eu sou muito idiota afinal não percebi que...
- Você fala demais. – disse Rony interrompendo Hermione, passando a mão pelos lábios dela.
Então Rony encostou seu corpo no de Hermione, uma mão acariciava o rosto da garota e a outra estava apoiada na cintura dela, que tinha as duas mãos na nuca dele. Sem mais, os dois se beijaram, e ficaram lá, sem falar uma palavra por pelo menos 15 minutos, apenas se beijando.
- Te amo. – disse Ron, que apesar de tímido fitava a garota, que abriu um largo sorriso.
- Como eu ia dizendo antes de você agir maravilhosamente, eu realmente sou muito idiota por não ter percebido que eu também te amo.
- O QUE SIGNIFICA ISSO? – gritou a Sra. Weasley ao entrar na cozinha.
Rony soltou Hermione, os dois estavam muito vermelhos.
- Mamãe, eu e Hermione estamos juntos. – disse Rony, se escondendo atrás da namorada.
- Desde quando? – perguntou Moly, que agora parecia feliz com a notícia.
- Desde 2 minutos atrás. – respondeu Hermione, puxando o namorado para o seu lado.
- Então venham comer esses sapos de chocolate que eu comprei! – disse Molly, retirando alguns doces de dentro de uma sacola e colocando-os em cima da mesa. Ron e Mione se olharam aliviados, sentaram a mesa e se puseram a comer os doces.
[flashback ~OF~]

Quando terminou de contar, poupando Harry de alguns detalhes, Hermione não conseguia esconder o brilho nos olhos.
- Já acabou o assunto Gina? – disse Rony ao entrar no quarto.
- Sim. Estávamos no assunto Ron e Mione agora. – disse Harry, que riu ao ver o amigo ficar vermlho.
Rony entrou no quarto e se sentou na cama ao lado de Mione.
- Voltando á realidade, da importância do testamento de Dumbledore. – disse Ron, que agora parecia estar sério. – Talvez ele tenha deixado alguma pista sobre os Horcruxes e então...
TAC
- Vocês não vão acreditar! – disse Fred, aparentemente nem ele mesmo estava acreditando.
- Carlinhos encontrou o testamento de Dumbledore! – completou Jorge.


********************************************************************************************************************************************

[N/A: Bem, esse é o primeiro capítulo, espero que tenham gostado, e que comentem! Pretendo postar um capítulo por semana já que só posso utilizar o computador durante os finais de semana. Eu preciso de alguém para beta essa fic, quem estiver interessado me mande um e-mail ([email protected]). É isso. Leiam e comentem!]

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.